MEU LIVRO DE VISITAS

DreamBook

Marcus Valerio XR

Nova Mensagem de

FRANK DE SOUZA MANGABEIRA

framan7@uol.com.br

Em resposta a FRANK - XR 2

Meu texto original está em VERDE e os comentários de Frank em
AMARELO.

De fato. Pelo meu ponto de vista isso significa colocar a responsabilidade fora do próprio Ser Humano, delegando-a a um Ser hipotético. Não obstante em todo o mundo, e em todo lugar, sempre foi apenas a atitude mental humana e sua extensão prática, a responsável por tudo o que nos diz respeito. Sempre foi nossa responsabilidade a maneira como vivemos e interagimos uns com os outros. As demais religiões apesar de suas características específicas, todas colocam a conduta do indivíduo no centro da importância, ou seja, depende unicamente de você. O Cristianismo é a Única religião que faz diferente, e nesse sentido, é sem dúvida inusitado e surpreendente.

Cada um é o árbitro do seu próprio destino, no sentido das escolhas pessoais. O Cristianismo enfatiza a responsabilidade humana sobre o curso da história e sobre a vida pessoal; não justifica os atos humanos, dando-os comoresponsabilidade do destino,dos demônios, das circunstâncias,dos anjos oude qualquer outro fator. O quea religião cristãnão advoga é que o homem comece a sua própria história a partir de si mesmo.Houve o antes e haverá o depois. Toda a históriahumana é apenas um parêntese, um lapso de algo bem mais amplo. Deus nos fala da Queda, de acontecimentos que não foram responsabilidade nossa, mas que nos alcançaramcom suas conseqüências. Isto é revelação bíblica.Fala-nos também de uma restauração cósmica de toda a criação, mediante Seu poder. Fala-nos de redenção: dohomem e do planeta e a conseqüente religação da Terra com o restante do Universo.A grande diferença entre o cristianismo bíblico e as demais religiõesé quanto à salvação do homem. Para a concepção bíblica, ser um homem moral não é ser um homem justo, mas ojusto necessariamente, pela influência da graça, será um homem moral. Biblicamente, tudo que não procede de fé é pecado - Romanos 14:23. Entenda-se pecado como a quebra do relacionamento comDeus e não meros atos moralmente reprováveis. Pelo fato de recorrermos a Deus para pedir auxílio quanto à nossa salvação, não significa que estamos transferindo toda a nossa responsabilidade para Ele.O convite feito a fim de irmos a Cristo (Mateus 11:28) ou Sua declaração de que sem Ele nada podemos fazer (João 15:5) refletem a filosofia cristã de salvação, de queé necessária aharmonia do poder divino com a vontade humana, para se operar a mudança no íntimo do homem. Semoconcurso humano, Deus não pode exercer os efeitos deSua graça. Ao contrário, somente pelo esforço próprio, o homem nãose ergue de seu estado de caído. Portanto, Deus e homem interagem num processo dinâmico de redenção. Assim,o Cristianismo não defende nem o extremo da autonomia humana nem a posição de que Deus fará tudo, sem a participação humana. A questão suprema concernente à justiça de Deus, assunto do mais profundo interesse e conseqüência para nós, é nossa relação pessoal com essa justiça. É a justiça em qualquer medida inata à natureza humana? Se o for, como pode ser cultivada e desenvolvida? Se não, há algum meio de obtê-la? Em caso afirmativo, por que meio e quando? O tema da justiça de Cristo e da inabilidade humana de salvar-se perpassa todo o Volume Sagrado. Na queda da humanidade a justificação própria se evidenciou, quando: o homem, ao pecar, cobriu-se de folhas de parreira (Gênesis 3:7); transferiu para a mulher e para Deusa responsabilidade de seu pecado (Gênesis 3:12); quando a mulher acusou a serpente de enganá-la (Gênesis 3:13). Posteriormente, Caim expressou o mesmo espírito de seus pais, ofertando a Deus os frutos de seu próprio labor como sacrifício, em vez de aceitar o conselho de Deus de trazer um cordeiro como oferta. Ocordeiro simbolizavaCristo que viria morrer pelos pecadores. Por isso a oferta de Caim foi rejeitada. Seus belos frutos representavam a justiça humana em querer apresentar-se perante Deus. Só que o profeta declara que os nossos atos de justiça são como trapos de imundícia (ver Isaías 64:6 e 7). Ou seja: para avisão bíblica, as obras humanas, por melhores que sejam, são insuficientes para nos recomendar a Deus.As Escrituras declaram que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus(Romanos 3:23); que cada um de nós é carnal, vendido à escravidão do pecado (Rom. 7:14); que não há justo, nem sequer um (Rom. 3:10); que em nossa carne não habita bem nenhum (Rom. 7:18); e finalmente, que somos cheios de toda injustiça (Rom. 1:29). Isso responde claramenteà indagação se a justiça é inerente à natureza humana em qualquer grau. Não é. Por isso, o Criador humanizou-Se e baixou até nós para nos erguer, mediante Cristo, que é Deus. Daí a Bíblia indicar Jesus, o próprio Deus em carne, como a nossa justiça: Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o Seu nome, com que o nomearão: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA - Jeremias 23:6. Cristo, como o segundoAdão, veio em forma de homem, semelhante a nós em tudo, exceto no fato de que Ele não nasceu pecador. Por isso, tornou-se nosso Salvador. Cristo devia iniciar a redenção humana onde Adão falhara. Como homem perfeito, Adão, utilizando mal o seu livre-arbítrio, pecou. Como homem espiritualmente perfeito, Cristo venceu pela fé e deu-nos o exemplo de que, confiando na graça divina podemos ser novas criaturas.Nossa natureza continua pecadora, mas a graça instala um conflito entre o bem e o mal e dependerá do homem em sujeitar-se aDeus a vitória sobre o mal.A moralidade humana não é capaz de atender aos requisitos da lei de Deus. Com a Queda, a natureza humana tornou-se corrompida, alienada de Deus e incapaz de, por esforço próprio, voltar ao Criador.Por natureza, estamos distanciados de Deus. Entretanto, o plano da redenção foi posto em ação. Assim que o homem pecou, a graça atuou, quando Deus substituiu as folhas de parreira de Adão e Eva(símbolos da justiça humana) pela pele de cordeiro (representando a justiça de Cristo). O homem que se acha moralmente puro deveria considerar estaadvertência: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?- Jeremias 17:9. Destarte,o justo viverá pela fé (Habacuque 2:4; Hebreus 10:38).Note estes trechos de escritos cristãos, a respeito da justificação pela fé.

Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efetuar segundo Sua boa vontade. - Review and Herald, 1º de abril de 1890.

Por meio de Cristo provê-se ao homem tanto a restauração como a reconciliação.

Nós transgredimos a lei de Deus, e pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Os melhores esforços que o homem, em suas próprias forças, possa fazer, não têm valor para satisfazer a santa e justa lei que ele transgrediu; mas pela fé em Cristo pode ele alegar a justiça do Filho de Deus como toda-suficiente.

A observância de formas exteriores nunca preencherá a grande necessidade da alma humana. Uma mera profissão de Cristo não é suficiente para preparar alguém para suportar o teste do juízo. - Review and Herald, 25 de janeiro de 1887.

Quando jejuns e orações são praticados num espírito de justificação própria, tornam-se abomináveis ao Senhor. A solene assembléia do culto, a rotina de cerimônias religiosas, a humilhação exterior, o sacrifício imposto - tudo proclama ao mundo o testemunho de que o fazedor dessas coisas se considera justo. Tais coisas chamam a atenção ao observador de deveres religiosos, declarando: 'Este homem está qualificado para o Céu.' Mas tudo não passa de um engano. As obras não nos adquirirão entrada no Céu. ... A fé em Cristo será o meio pelo qual o espírito e motivo corretos impulsionarão o crente, e toda bondade e mentalidade celestial procederão daquele que olha para Jesus, autor e consumador de sua fé. - Review and Herald, 20 de março de 1894.

Há muitos que parecem imaginar que as observâncias exteriores são suficientes para a salvação; mas o formalismo, o rigoroso apego aos exercícios religiosos, falharão em trazer a paz de Deus que supera todo entendimento. Somente Jesus pode dar-nos a paz. Review and Herald, 18 de novembro de 1890.

Aqueles que não têm uma experiência diária nas coisas de Deus não agem com sabedoria. Podem ter uma religião legalista, uma forma de santidade, pode haver uma aparência de luz na igreja; toda a maquinaria - muito disso de criação humana - pode parecer estar operando bem, e ainda a igreja pode estar tão destituída da graça de Deus quanto as colinas de Gilboa careciam de orvalho e chuva. Review and Herald, 31 de janeiro de 1893.

O povo de Deus tem perdido muito por não manter a simplicidade da verdade tal como é em Jesus. Esta simplicidade foi tornada complexa, e formas e cerimônias, e uma rotina de excessivas atividades de caráter mecânico tomaram o seu lugar. Exaltada auto-suficiência e complacente justiça própria têm mascarado e ocultado a mendicãncia e nudez da alma. - Review and Herald, 7 de agosto de 1894. (ver Apocalipse 3:14 a 22, sobre a condição espiritual da última igreja verdadeira antes do aparecimento glorioso de Cristo em Sua segunda vinda à Terra. Este estado, porém, mudará).

Muitos atos que passam por boas obras, mesmo feitos de beneficência, se investigados rigorosamente, terão de ser considerados como induzidos por motivos errados. Muitos há que recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Esquadrinhador dos corações (Jeremias 17:10) inspeciona os motivos, e muitas vezes os próprios atos que são vivamente aplaudidos pelos homens, são por Ele registrados como provindos de motivos egoístas e vil hipocrisia. - Mente, Caráter e Personalidade, páginas 348 e 349, volume I, Editora Casa, tatuí, São Paulo, 2ª Edição.

É claro que isso não elimina a responsabilidade do indivíduo para com sua conduta, mas ocorre um declaração de impotência, de que o mais importante não é por conta dele. Esse resultado é ambíguo, pois isso seduz uns e assusta outros. Infelizmente isso é muito proveitoso para indivíduos de menor força de vontade, preguiçosos, ou para aqueles cujos atos os condenam severamente, pois passam a contar com um suporte sem o qual não conseguiriam se manter com um mínimo de dignidade.

Sem a graça de Cristo, o pecador está numa condição desesperançada; nada pode ser feito por ele. Isto é, o pecador não pode purificar-se. Nem pode qualquer outro pecador ajudá-lo. Mas mediante a graça divina, poder sobrenatural é comunicado ao homem, e opera na mente, coração e caráter. Mas o que é poder sobrenatural? Todos os milagres de Cristo são apenas as manifestações naturais de Sua pessoa, e assim eram operados com a mesma facilidade com que nós realizamos nossas tarefas diárias ordinárias. O elemento sobrenatural e miraculoso em Cristo, tenhamos em mente, não foi um dom emprestado ou uma manifestação ocasional. Uma virtude interior habitava em Sua pessoa, e dEle saía, de sorte que mesmo a orla de Sua veste era curativa ao toque por meio da fé, que é o elo entre Ele e a alma. Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. - Efésios 4:8. Ou seja: concedeu poder para a vitória sobre o mal.

Pela Bíblia estamos desvalidos, mas não desvalorizados. Devido à Queda, o homem alienou-se de Deus . Em determinado ponto espácio-temporal na história, o ser humano caiu. O homem da Reforma sabia que a criatura humana revoltou-se contra Deus. Todavia, o homem da Reforma e aqueles que após a Reforma forjaram a cultura do Norte Europeu, sabiam que, enquanto o homem é moralmente culpado diante do Deus que existe, ele não é o nada. Temos, no pensamento da Reforma um homem que é alguém. Vemo-lo, porém, envolvido numa condição de revolta e a rebeldia é real - jamais uma peça de teatro. Uma vez que é um ser não programado e de fato se revolta, ele incide em genuína culpabilidade moral. À vista disto, os reformadores compreenderam algo mais. Tiveram uma compreensão bíblica da obra de Cristo. Compreenderam que Jesus morreu na cruz em função substitutiva e em ação propiciatória a fim de salvar o homem da verdadeira culpa que sobre ele pesa. Necessitamos reconhecer que, no instante em que nos pomos a alterar a noção bíblica da verdadeira culpa moral, seja a falsificação psicológica, seja a falsificação teológica ou seja de qualquer outra forma, nosso conceito da obra de Jesus não será mais bíblico. Cristo morreu pelo homem que tinha uma culpa moral verdadeira por ele próprio ter feito esta real e verdadeira escolha. Agora, se alguns indivíduos de menor força de vontade, preguiçosos acham que Deus é um papai noel e que a mensagem de justificação pela fé os isenta de batalhar por sua salvação deveriam reconsiderar suas idéias sobre salvação. Somos instados a trabalhar por nossa salvação em cooperação com Deus (ver Filipenses 2:12). Somos cooperadores no sentido de nos submetermos ao plano divino, mas não somos a causa final de nossa salvação. Segundo a Bíblia, sem a morte expiatória de Cristoseria vão qualquer esforço em salvar-se. Daí a Bíblia admitir que a salvação é pela graça, mas esta graça exige a boa vontade humana em querer salvar-se. Os orgulhosos assustam-se com o método de Deus. Os próprios líderes da nação judaica incomodavam-se com os ensinos surpreendentes de Cristo, porque estes feriam seu moralismo. O homem que nasce de novo (São João 3) experimenta uma ação do Espírito Santo no seu íntimo, a qual não é, em essência uma obra humana. O novo nascimento é válidopara sábios e ignorantes, fortes e fracos, morais e imorais, bons e maus; enfim, para todo aquele que deseja estar um dia no reino Deus.

É por isso que há um número tão impressionante de pessoas que tiveram vidas extremamente repreensíveis sob qualquer ponto de vista moral, e se regeneram abraçando o Cristianismo, pois é um modo fácil de regeneração. Infelizmente a maioria dessas pessoas não se reabilita de fato, elas apenas se submetem a fortíssimos freios psíquicos, uma mistura irresistível do perdão de um senhor onipotente acompanhado de uma vida de prazeres, e a ameaça de uma condenação de sofrimento indizível. O indivíduo submetido a essa dictomia é, ao meu ver, uma Laranja Mecânica, é artificial. Tanto é notório o fato de que ele não é um autêntico regenerado, que a maioria retrocede ao seus maus hábitos anteriores se sua fé for abalada. Eles no fundo não acreditam numa melhora verdadeira, num salto de qualidade no Ser, pois dependem de uma força externa, e se essa força lhes falta, sucumbem.

Porque bem sabemos que a Lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob pecado. Porque o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. - Romanos 7: 14 e 15.

Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum: e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. ... Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. - Romanos 7: 18, 19 24 e 25.

E da mesma maneira também o Espírito ajuda nossas fraquezas. ... - Romanos 8:26.

O que me causa admiração na Bíblia é sua honestidade quanto à situação humana. Ela fala de pessoas transformadas pela graça e de apóstatas que deixaram os caminhos da fé. O processo de santificação bíblica não é algo instantâneo (ver II Pedro 1:3 a 11). A santificaçãoou regeneração moral do ser humano é algo contínuo e sempre ascendente. No processo, o homem pode sofrer quedas, mas a graça ainda continua à sua disposição. Se o cristianismo não produz os mesmos efeitos de vitória e libertação na vida dos que você chama um número impressionante de pessoas, alguma coisa errada há com elas e sua concepção de salvação. A questão central cifra-se na experiência pessoal de cada um com Deus. Não se pode negar o valor da mensagem cristã na vida de indivíduos transformados. Também não se pode deixar denotar que muitos voltam aos seus antigos hábitos, porque não procuram de fato viver em Cristo. Aceitar a Deus é uma questão diária e não um ato isolado e único. Teremos sempre de lutar contra tentações. É nossa natureza. Entretanto, não é verdade que o homem não pode mudar seu caráter: Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo. ... - II aos Coríntios 5:17 e 18. E vos revistais do novo homem, que segundoDeus é criado em verdadeira justiça e santidade. - Efésios 4:24. E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo;(...) E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos e os observeis. - Ezequiel 36:26 e 27. Inúmeras são as passagens bíblicas que falam de um novo homem, regenerado. Contudo, é sempreDeus e Seu poder oAutor da santidade. Nunca o homem foi capaz de mudar o seu coração sem a ajuda divina constante e diária (Jeremias 2:22). Por isso, muitos fracassam em viver a vida cristã.

O evangelho de exterioridades é mais caro ao coração humano. Pode tomar a forma de cultura e moralidade; ou de 'cultos' e sacramentos e liturgia; ou de ortodoxia e filantropia. Tais coisas tornam-se em si mesmas nossos ídolos, e a confiança nelas toma o lugar da fé no Cristo vivo. É possível esquecer, possível renunciar Àquele que nos chamou na graça de Jesus Cristo. Com pequena mudança na forma de nossa vida religiosa, sua realidade interior de alegria em Deus, de filiação consciente, de comunhão no Espírito, podem-se desfazer completamente. A vida de Deus nas almas humanas é sustida pela energia de Seu Espírito, perpetuamente renovado, sempre procedendo do Pai e do Filho. Esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo Se entregou por mim. A vitalidade de sua fé pessoal em Cristo manteve Paulo livre do erro, fiel em vontade e intelecto ao evangelho único.

A possibilidade de ocristão voltar aos seus antigos hábitos existe. O próprio Cristo admitiu isso em Mateus 12:43 a 45. A Bíblia traz exemplos flagrantes de pessoas que abandonaram a fé. Paulo falou a respeito de um de seus companheiros: Porque Demas me desamparou, amando o presente século. ... - II Timóteo 4:10.As Escrituras falam também de indivíduos pecadores regenerados.Não há como negar o poder de Deus na vida de milhares. O seu argumento de que a maioria retrocede aos seus maus hábitos anteriores se sua fé for abalada carece de dados estatísticos. Se a força externa lhes falta, foi a própria vontade de tais indivíduos que escolheu assim. Desistem da luta cristã. O apóstolo Paulo afirmou em Efésios 6:10 a 18que a vida cristã é uma batalha e que o cristão deve empenhar-se nela com todas as forças, unindo a sua fraca vontade ao poder de Deus. Não é genuíno nenhum arrependimento quenão opere reforma. A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não confessados e não abandonados; é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta. Santidade é integridade para com Deus; é a inteira entrega da alma e vida para habitação dos princípios do Céu. Cristo nos imputa Seu caráter imaculado, e nos apresenta ao Pai em Sua própria pureza. Há muitos que julgam ser impossível escapar do poder do pecado, mas a promessa é que podemos ser cheios da plenitude de Deus. Nós ambicionamos muito pouco. O alvo é muito mais elevado. Na religião de Cristo há uma influência regeneradora, que transforma o ser todo, levantando o homem acima de todo vício degradante, abjeto e elevando os pensamentos e desejos para Deus. Ligado ao Ser Infinito, o homem se faz participante da natureza divina. Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A menos que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, mas sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão achamo-nos à mercê do inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade, pois o mundo jaz no Maligno. - I São João 5:19. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o Maligno não lhe toca. I São João 5:18. Contudo, se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Cristo) é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-Lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós. - I São João 1:8, 9 e 10. Até que Deus nos revista de imortalidade, na vinda de Jesus Cristo (ver I aos Coríntios 15:50 a 54) seremos seres de natureza pecadora, mesmo sob a guia de Deus. A influência do pecado sobre o homem e o planeta só será extirpada completamente quando Deus cumprir o Seu plano de renovar a raça. Suas promessas quanto a isso estão registradas, especialmente, no livro de Apocalipse, mas encontram-se na Bíblia inteira.

É imputada a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele. - Review and Herald, 4 de junho de 1895. Justiça imputada pela qual o homem é justificado da culpa, é o fundamento sobre que a justiça comunicada é concedida, a qual santifica a conduta da vida, e provê nossa qualificação para o Céu.

É nesse sentido que creio ser o Cristianismo um mecanismo falho de reabilitação, ele não promove um autêntica revolução de consciência no indivíduo, ele apenas o condiciona, o submete a um complexo coquetel de promessas e ameaças. Nada traduz melhor isso do que a frase Temente a Deus, pois revela que o indivíduo tem sua crença baseada no Medo, não no Amor.

Será que esta proposição sua é um reflexo de sua própria experiência falhacom o Cristianismo? Tenho visto o contrário em muitas vidas e na minha própria. Não me comporto como uma ovelhinha-obediente-com-medo-de-pecar. O amor de Deus é algo profundo e respeitador. Não age pela força nem tampouco anula a vontade de ninguém. Se tal pensamento existe em sua mente, sinto em dizê-lo, mas é uma concepção desvirtuada e doentia. Parece que você nunca leu declarações como estas:No amor não há medo. Antes o perfeito amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. I João 4:18. Há muito que o Senhor me apareceu dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí. - Jeremias 31:3. Atraí-os com cordas humanas, comcordas de amor. ... - Oséias 11:4.Deus não força a vontadeou o juízo de ninguém. Não tem prazer na obediência servil. Deseja que as criaturas de Suas mãos O amem porque Ele é digno de amor. Quer que Lhe obedeçam porque reconhecem inteligentemente Sua sabedoria, justiça ebenevolência. E todos os que possuem concepção justa destas qualidades, amá-Lo-ão porque são atraídos para Ele e Lhe admiram os atributos.Temer a Deus na linguagem bíblica significa reverenciá-Lo amorosamente, não sentir pavor. É o sentido que dão os escritores bíblicos. Apocalipse convoca a humanidade para o temor a Deus, ou seja, o reconhecimento de que Ele é digno de nossa adoração (ver Apocalipse 14:6 e 7). O temor do Senhor ainda é princípio da sabedoria. É necessário muito cuidado com as interpretações que se dão quanto aos juízos de Deus sobre os homens, como são narrados na Bíblia. Muitas delas, geradas por causa de erros de hermenêutica e da própria mentalidade de certos indivíduos, deturpam o caráter de Deus e transformam-no num Ser cruel e tirano. Nãoé Deusinimigo do homem, e sim este.Deus estava em Cristo, reconciliando Consigo o mundo. - II aos Coríntios 5:19. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela mortede Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida. - Romanos 5:10. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito. ... - São João 3:16.

Ainda há algo a dizer quanto à reabilitação moral do homem: Por nossos próprios esforços é impossível escapar do abismo de pecado no qual estamos mergulhados. Nosso coração é mau e não o podemos transformar. A educação, a cultura, a vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas nesse caso não têm valor. Poderão levar a uma vida exteriormente correta, mas não podem mudar o coração. Muitos que se dizem cristãos são meros moralistas humanos. Cristianismo não é moralidade, é redenção. Mudar atos externos é fácil, ser um indivíduo moral não é difícil, ser bom perante os olhos dos outros é possível. Agora tente purificar seu coração de intenções e pensamentos impuros; tente mudar o caráter e aí você verificará a fragilidade do esforço humano nesta questão. Pra isso dependemos de Deus e temos de reconhecer que somos, de fato, impotentes. Você pode não concordar com isso, mas é assim que o cristianismo apresenta nossa condição. E eu endosso.

Há um outro lado é claro. Um número muito grande de pessas não são propícias a um autêntico aperfeiçoamento moral, de modo que só conseguem mesmo alguma melhora através do paradoxo de Amor e Terror típico das Religiões abraámicas, temperada com a singular justificação pela Fé. Abrir centros de estudos espíritas, templos budistas ou escolas de filosofia em presídios provavelmente seria inútil, o nível de ser local é muito baixo para essas vertentes. Já uma igreja pentecostal pode ter um efeito drástico, servindo para um expressiva regeneração de criminosos.

Também não quero dizer com isso que o Cristianismo é uma religião de ignorantes ou criminosos, ele possui também uma característica muito elaborada, elementos capazes de satisfazer aspirações morais e intelectuais elevadas. Mas é claro que tais elementos passam longe da atenção da maioria da população cristã, interessando apenas a uma elite.

A humanidade está cada vez mais caída moralmente. Este processo de degradação será crescente à medida que nos aproximamos do fim dos tempos preditos nas Escrituras (ver II Timóteo 3:1 a 9; Mateus 24:12 e 37 a 39). Porém, onde abundou o pecado superabundou a graça. Depende muito da boa vontade humana areabilitação moral. Aqui trabalhamos com presos e alguns têmexperimentado uma genuína transformação. Outros não querem saber de cristianismo. São escolhas. O processo de mudança moralnão é da noite para o dia e envolve lutas íntimas mesmo. Muitos, no entanto, que lutam contra suas más tendências asseguram que Deus tem lhes dado forças e vitória no conflito com o pecado. Como afirmei anteriormente, não se pode negar totalmente a eficácia da graça no coração de homens e mulheres. Também não se pode olvidar o fato de que a graça não surte efeito em muitas pessoas. Entendo que a graça é como um presente. Ela é dada ao homem, mas é preciso que o homem abra o pacote e usufrua o presente. Muitos deixam o embrulho fechado e por isso, o poder de Deus não é experimentado. A culpa não é da graça, mas do arbítrio humano. E Deus respeita nosso arbítrio.

Eles tem o enfoque contrário, neles há um Livre-Arbítrio autêntico, pois a elevação é uma escolha do indivíduo. No Budismo por exemplo, você não é obrigado a reconhecer as 4 Nobres Verdades e seguir a Senda Óctupla se não quiser. Pode muito bem continuar sua vida como bem entender, reencarnando incessantemente e resgatando karmas, passará por muito sofrimento, podendo passar até pelos infernos, mas é bem melhor do que ir para O Inferno pregado pelo Cristianismo.

O livre-arbítrio é valorizado na Bíblia. Deus mostra Seus caminhos, o homem escolhe segui-los. Não há predestinação. O que Deus faz é avisar das conseqüências em se desviar de Seus caminhos (ver Deuteronômio 30: 15 a 20; I Reis 18:21). Precisamos encarar a realidade da vida. A Bíblia não admite reencarnação. Só temos uma encarnação, uma única vida na qual devemos fazer escolhas acertadas. Depois da morte o que vem é o juízo (Hebreus 9:27). A doutrina budista ou qualquer outra de cunho oriental é ilógica e destrói a personalidade humana ao imergir o homem em sucessivas e infindáveis reencarnações. Pura abstração. A reencarnação agrada muito bem aos preguiçosos (usando sua expressão), pois acham que terão muitas chances para refazerem em outra vida os erros que cometeram numa anterior (mesmo que se realize em infinitos ciclos). Isto lança o homem numa condição de comodidade, bem diferente da Bíblia que adverte a não perdermos tempo, a sermos sóbriose a trabalharmos por nossa redenção.

O Cristianismo da Bíblia não prega a existência de um inferno de fogo, onde as almas dos ímpios serão atormentadas pelos séculos intérminos da eternidade. Esta doutrina horrenda entrou no cristianismo quando se aceitou a crença de uma alma imortal. Ela ainda subsiste em muitos credos da cristandade. A palavra inferno, na Bíblia, refere-se não a um lugar de tormento, mas à sepultura ou à condição final de aniquilamento no Juízo. É só estudar as línguas originais para se perceber o significado do vocábulo.A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestadas do paganismo, incorporando-as à religião da cristandade. Quão repugnante a todo sentimento de amor e misericórdia, e mesmo ao nosso senso de justiça, é a doutrina de que os ímpios mortos são atormentados com fogo e enxofre num inferno eternamente a arder; que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir! Contudo, esta doutrina tem sido largamente ensinada. Está além do poder do espírito humano avaliar o mal que tem sido feito pela heresia do tormento eterno. A religião da Bíblia, repleta de amor e bondade, e abundante de misericórdia, é obscurecida pela superstição e revestida de terror. Ao considerarmos em que cores falsas têm sido mostrado o caráter de Deus, supreender-nos-emos de que o Criador seja receado, temido e mesmo odiado? As opiniões aterrorizadoras acerca de Deus, que pelos ensinos do púlpito são espalhadas pelo mundo, têm feito milhares, e mesmo milhões de céticos e incrédulos. Contudo, numerosa classe, para a qual a doutrina do tormento eterno é revoltante, é levada ao erro oposto. Vêem que as Escrituras representam a Deus como um ser de amor e compaixão, e não podem crer que Ele executará justiça sobre o mundo. O pecador pode viver em prazeres egoístas, desatendendo aos preceitos de Deus, e não obstante esperar ser, ao final, recebido em Seu favor. Esta doutrina, admitindo a misericórdia de Deus, mas passando por alto Sua justiça, agrada ao coração carnal, e torna audazes os ímpios em sua iniqüidade. Diz o salmo 6:12: Se o homem se não converter, Deus afiará a Sua espada: já tem armado o Seu arco, e está aparelhado. Não é porque Deus é amor que não executará juízo sobre o mundo. Ele é longânimo, mas dá o aviso de que tem determinado um dia em que COM JUSTIÇA há de julgar o mundo. ... - Atos 17:31. Visto como se não executa LOGOo juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal. - Eclesiastes 8:11. Mas o juízo virá, creiamos ou não. E não é uma crença mítica.

A condição fica clara, se você quiser transcender a roda do sofrimento, segue a receita de Buda, se não, não segue, mas arcará com consequência pelo tempo em que mantiver sua decisão. De qualquer modo é reversível. Um dos grandes males da doutrina cristã, para mim, é que ela empurra um situação irreversível. Isso pode ser útil para mentes mais impressionáveis ou mais fracas, mas é uma agressão às mentes mais sensíveis e mais esclarecidas.

A doutrina cristã tem impressionado mentes sensíveis e esclarecidas, como também mudado a direção de mentes embotadas. Se por mentes esclarecidas você quer dizer os sábios deste mundo, os intelectuais e refinadosà vista dos homens, eu concordo com você de que o cristianismo assusta tais pessoas. Muitos rejeitam a Deus com um sorriso. O cristianismo é comparado a uma porta estreita (ver Mateus 7:13 e 14) e são poucos que têm disposição para percorrer o caminho. Entre estes estão muitas mentes sensíveis e esclarecidas, homens bons e morais que escolhem seu próprio método de salvação. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundiras sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo , e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele. - I aos Coríntios 1:27, 28 e 29. A mensagem cristã não agrada ao coração humano não regenerado. Haverá sempre uma inimizade entre Deus e o homem em razão do pecado. Esta inimizade unicamente a graça é capaz de romper.

Essa evolução espiritual a que você se refere tem a vantagem de conferir maior liberdade ao Ser Humano, os preceitos morais e éticos são claros, todas essas religiões condenam a violência, a ganância, a maldade e etc. mas não exigem condutas discutíveis como renegar totalmente as outras crenças, seguir normas sócio-morais que só fazem sentido num contexto isolado no Espaço-Tempo, ou inibir uma série de possibilidades culturais humana

O que vemos não é um processo de evolução, mas de involução.O cristianismo não renega todas asoutras crenças, mas rejeita métodos humanos de salvação. Confúcio, Buda,Zoroastro ou qualquer outro grande ensinador da humanidade elaboraram apenasensinamentos morais, válidos, bonitos, úteis. Mas não trataram do dilema da existência humana. Cristo foi além das aparências e focalizou o problema humano: separação de Deus.O cristianismo, além de condenar a maldade, apresenta sua origem e solução final; vai além da ética e da moral para centrar-se emquestões existenciais. A divergência entre o cristianismo e as demais religiões está na questão da verdade final sobre Deus, da condição humana e da solução para o nosso dilema. O cristianismo responde bem estas questões, enquanto as demais religiões deixam lacunasconsideráveis em suas respostas. Pornão apresentarem uma resposta satisfatória e pessoais, eu as rejeito como expressões da verdade divina.Claro,seus ensinamentos éticos não devemser de todo descartados, sendo que muitos deles estão em harmonia com a pregação cristã e até melhor elaborados. Só queo anseio existencialhumano não é por ética ou moral: é por relacionamento. E este anseio o cristianismo satisfaz.

Hoje a Verdade está sendo muito discutida. O pensamento pós-moderno rejeita as metanarrativas. É uma questão de relatividade, sem regras que nos guiem em nossa busca para entender a realidade e a verdade. A moralidade é substituída pelo relativismo. A realidade em si se torna uma construção social. ... (Veith, 1994). Michael Foucault, pós-modernista, pergunta não o que é a verdade? mas como ela é criada? Nesse sentido ele diz que a verdade é uma construção baseada no conhecimento, subjetividade e poder. Estes três são chamados de tecnologias da verdade. A verdade, então, é construída através do controle de discursos diretos (Simola, Heikkinen e Silvonen, 1998). Em resposta a Foucault, Fidelibus opõe-se a esta posição declarando que temos uma receita para o desastre potencial quando a 'verdade' se torna uma multiplicidade de 'verdades' socialmente construídas e os indivíduos se tornam anônimos dentro dos grupos sociais que o definem, e neste momento pode parecer superficialmente imparcial e tolerante exteriormente... sua negação do indivíduo e fascinação com o poder, 'contém' os ingredientes da manipulação... (Fidelibus, 1996). Esta, no entanto, não é a única visão evangélica da questão. ...A crítica mais comum dos pós-modernistas é que os 'cristãos pensam que têm a verdade única'. As afirmações do cristianismo não são negadas; são rejeitadas porque pretendem ser verdade' (Veith, 1994). Os cristãos rejeitam as afirmações pós-modernistas de que não há verdade ou metanarrativas na qual podemos construir nossa fé. Ao mesmo tempo, com Deus fora de cena, os humanos surgem como os criadores últimos da realidade (Marsden, 1997). Em resposta ao pós-modernismo, não ousamos acolher as afirmações modernistas para sermos capazes de encontrar a verdade última através de esforços humanos. Os cristãos reconhecem que desde a Queda têm havido limitações para a razão humana. Os pós-modernistas estão corretos ao afirmarem que o conhecimento objetivo que os seres humanos podem alcançar não é a única forma de conhecimento. Em suma, o pós-modernismo adota uma visão de realidade que não admite verdades, que relativiza a moralidade, e iguala todas as religiões. Os cristãos rejeitam essa forma de relativismo evangélico. Por outro lado, o pós-modernismo abre o caminho para que os cristãos tomem parte de discussões de diferentes áreas do conhecimento. O pós-modernismo adota um construtivismo radical que rejeita mesmo a sugestão da existência de verdades fundamentais. Os cristãos sustentam um construtivismo que encoraja as pessoas a adotarem a fé pela construção de sua própria crença baseada nos princípios bíblicos. O modernismo apresentou uma posição difícil par os cristãos por causa de sua insistência em dizer que a ciência e a objetividade poderiam prover respostas a todas as questões. Recusando a reconhecer a existência de Deus e Sua parte ativa na criação e sustentação da Terra, o modernismo limitou possíveis respostas às questões. O pós-modernismo abre o caminho para perspectivas múltiplas sobre o mundo e a vida devido à ênfase que dá à subjetividade. Mas firmando-se na subjetividade, o pós-modernismo relativiza a verdade e a realidade de um modo que limita a crença num Deus particular, ou num conjunto de verdades. Isto questiona a existência dos fatos, demandando deles posições pragmáticas mantidas convenientemente para objetivos práticos.

A Bíblia não é um recurso exaustivo da verdade. Muitas verdades existem fora da Bíblia, mas é importante notar que nenhuma verdade existe fora da estrutura metafísica da Bíblia. A autoridade de ensino da Escritura, escreveu Arthur Holmes, compromete o crente em certos pontos focais e então provê uma estutura interpretativa, um lampejo geral sobre como tudo se relaciona com Deus. A revelação especial não é o conhecimento completo, mas não pode ser por demais enfatizado que ela fornece o padrão para toda a verdade. A verdade não está em conflito, mesmo que pareça estar, dado o presente estado incompleto do conhecimento humano. A Bíblia provê uma estrutura de referência pela qual indivíduos podem guiar e corrigir seus julgamentos. A revelação, vista desta perspectiva, não elimina a razão e o entendimento humano. Sua função é guiar e dar propósito, sentido e direção à atividade e ao pensamento humano. A ciência está sempre a descobrir novas maravilhas; mas nada traz de suas pesquisas que, CORRETAMENTE COMPREENDIDO, esteja em conflito com a revelação divina.

Quando a Bíbliaregistrou que nunca homem algum falou assim como este homem (João 7:46), queria inferir que Jesusconcentrava em Sua mente a essência de todas as verdades e as relacionava perfeitamente.Isto seria verdade em relação a Cristo, tivesse Ele falado apenas sobre o mundo físico e intelectual, ou meramente em assuntos teóricos e especulativos. Poderia Ele ter revelado mistérios que requereriam séculos de trabalho e estudo para serem penetrados. Poderia ter feitosugestões nos ramos científicos, as quais até o final do tempo proporcionariam nutrição ao pensamento, e estímulo às invenções. Mas Ele não fez isto. Nada disse para satisfazer a curiosidade, ou estimular ambição egoísta. Não tratou de teorias abstratas, mas do que é essencial ao desenvolvimento do caráter, e daquilo que alarga a capacidade do homem para conhecer a Deus e aumenta seu poder para fazer o bem. Falou daquelas verdades que se referem à conduta da vida, e que unem o homem com a eternidade.Educação, pág. 81.

Acredito que a realidade última é achada fora do Universo e não dentro de sua unidade estrutural e funcional. Isto não quer dizer que não podemos apreender alguns elementos da verdade do uso de nossas faculdades racionais. Podemos obter algum conhecimento. Contudo, conhecimento não é algo que criamos mas algo que descobrimos. Esse conhecimento é fragmentado. A fim de que seja realmente significativo, tem de ser posto dentro de um sistema de coordenadas maior, provido pela verdade última. Essa perspectiva nos é inacessível porque requer que transcendamos o Universo. Isso é simplesmente impossível. Mas a verdade desceu até nós, entrou em nosso mundo na forma de uma Pessoa e disse: Eu sou... a Verdade. Sou o único capaz de integrar tudo dentro de um todo significativo.
Esta afirmação de Jesus era um golpe penetrante ao que os gregos chamavam de AUTÁRKEIA ou suficiência própria. Eles criam que a verdade era a manifestação da eterna, imóvel e imutável essência das coisas e que os homens podiam descobri-la mediante análise racional. A verdade última era localizada no mundo imaterial de idéias, que era formado por abstrações racionais da mente humana. Em oposição a isto Jesus proclamou que a verdade está além do alcance da mente humana por si só; é uma revelação.A suficiência dos gregos, representantes da razão, contaminou seu espírito e limitou seu pensamento. Esta suficiência própria atingiu o pensamento moderno e deixou a ainda necessária razão do homem confusa, egoísta, distorcida. Diria também, até certo grau, maléfica.

A natureza transcendente da verdade põe limite ao nosso orgulho e tende a nos deixar incomodados. O que mantém o Universo coerente é uma Pessoa - não uma lei, não um princípio, não uma simples força ou energia. Assim, a verdade como Pessoa significa que a verdade é racional e inteligível.
Boas-novas pra toda a humanidade: A realidade última não é mais exclusivamente transcendental porque Ele esteve e está entre nós. A Verdade morreu a fim de preservar em vida os fenômenos, o mundo criado. Aquele que mantém o Universo coerente morreu, e não obstante o Universo não entrou em colapso e não morreu com Ele! A verdade como Pessoa revela ademais a realidade sublime que no centro mesmo do Ser divino só podemos achar mesmo amor, amor desinteressado:O concerto de misericórdia fora feito antes da fundação do mundo. Existiu por toda a eternidade, e é chamado concerto eterno. Tão certo como nunca houve um tempo em que Deus não existisse, nunca houve também um momento em que não fosse o deleite da Mente Eterna manifestar Sua graça à humanidade - Ellen G. White. Ver IPedro 1:18 a 20; Apocalipse 13:8
Visto como Jesus é a verdade, devemos nos relacionar com Ele não em termos de objetividade científica, mas em termos de um relacionamento Eu-Tu. Se a verdade, segundo o posicionamento bíblico é Cristo, a mentira consiste na crença de que podemos achar nosso caminho no Universo, que podemos descobrir significado permanente para nossas vidas mediante pesquisa científica, tecnológica ou filosófica. Sei que nem eu nem você buscamos SIGNIFICADO nas teorias nem nas pesquisas, apesar de reconhecermos a utilidade delas no esclarecimento de nossa razão.
Toda compartimentalização da verdade em termos de ética e religião, ciência e fé, é uma rejeição do fato de que a verdade é uma Pessoa e de que é Ele que integra todo conhecimento numa só totalidade significativa. A história do pensamento humano indica que somos por natureza pesquisadores. Sondamos a vastidão do Universo, a profundidade dos oceanos. Procuramos também penetrar no microcosmo. Exploramos todos os domínios do conhecimento, mas ainda permanecemos como crianças a catar conchas na praia, tendo a nossa frente um oceano de inexplicabilidade: Pudessem os homens enxergar um momento para além do horizonte da visão finita, pudessem ter um vislumbre do Eterno, e toda boca se calaria com seu orgulho. Finitos são os homens que vivem neste pequenino átomo de mundo. Deus tem inumeráveis mundos obedientes a Suas leis e dirigidos para Sua glória. Quando os homens avançarem em suas pesquisas científicas atéaonde lhes permitam as limitadas faculdades, existe ainda para além uma infinidade que lhes escapa à apreensão. - Ellen G. White.
Realmente a razão é algo maravilhoso e uma extensão da Razão Maior. Porém, a ligação entre ambas as razões foi quebrada e uma teria de tomar a iniciativa para unir os elos rompidos. Por isso Cristo, queé Deus, desceu. Sendo assim, nossa busca da verdade última findou. Não quero dizer que daqui pra frente não há mais nada a pensar. Somos ainda desafiados a buscar uma compreensão mais profunda da verdade, a explorar suas formas ricas e complexas; mas a busca de sua essência findou. Findou porque Ele veio a nós e disse: Eu sou a Verdade. Incomensurável é a verdade em Cristo e mediante Cristo. O estudante da Escritura, por assim dizer, contempla uma fonte que se aprofunda e amplia à medida que mira sua profundeza. ... A verdade, como é em Jesus, pode ser experimentada, mas nunca explicada. Sua altura, largura e profundidade ultrapassam nosso entendimento. Podemos exercitar ao máximo a imaginação, e veremos então só tenuemente o esboço de um amor inexplicável, tão alto quanto o Céu, mas que baixou à Terra para gravar em toda a humanidade a imagem de Deus.

A visão difusa do homem na suabusca pelo transcendente, não permite que ele veja o Universo perfeito revelado por Deus. Os fatos parecem lhe falar com uma língua bifurcada e, querendo ou não, há a necessidade de a razão humana ser iluminada por uma agência externa, para que possa compreender a existência na qual estáinserida.

Reconheço que vivemos na era dos grandes porquês, tanto na esfera pessoal (eu mesmo tenho questões pessoais profundas fervilhando dentro de mim. Você também deve ter) quanto no contexto da civilização humana. Aí estão os psicólogos, filósofos, cientistas e teólogos trabalhando estes questionamentos. Vivemos na época das investigações sobre Deus, o sentido da existência, a moral e destino final nosso e do Universo. Pessoas correm loucamente de filosofia para filosofia, de credo para credo, na tentativa de encontrar respostas. Só há quatro portas por onde possam passar: a porta da razão e pesquisa, a porta do misticismo, a porta da revelação bíblica, ou a porta do desespero, existencialismo e incredulidade. Interessante notar que Jesus Se auto-proclamou: Eu sou a Porta (João 10:9). DEle promanam as respostas sejam científicas, filosóficas, materiais ou espirituais; respostas que vêm se manifestando, no passar dos séculos, à razão do homem. Como asseverou conhecida escritora religiosa: No Mestre enviado de Deus, o Céu deu aos homens o que de melhor e maior possuía. Aquele que tomara parte nos conselhos do Altíssimo, que habitara no íntimo do santuário do Eterno, foi o escolhido para, em pessoa, revelar à humanidade o conhecimento de Deus.

Todo raio de luz divina quejá atingiu o nosso mundo decaído, foi comunicado por meio de Cristo. (...)Toda a excelência manifestada nas maiores e mais nobres almas da Terra, era reflexo dEle.

Podemos delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que atingem os registros da História; a luz, porém, existiu antes deles. ... Os grandes pensadores do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos, refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede daLuz do mundo. - Educação,pp 13 e 14.

A sede humana de conhecimento e espiritualidade é grande e, na tentativa de satisfazê-la, o homem tem de optar por um referencial. Na verdade o homem escolhe seu caminho para chegar à Divindade, baseado no tipo de Deus que ele quer ter. Deus está sendo formado à imagem do homem, nesta era pós-moderna. Acredito que todos os caminhos são uma expressão desta sede, mas só a revelação verdadeira de quem é Deus finalizará nossa sequidão espiritual. Todas as fontes, tenham elas seu fundamento na ciência, na filosofia, na antroposofia ou na teologia secar-se-ão e deixarão de saciar o ser humano. Mas a Água da Vida é a única a criar em nós uma fonte perene que salte para a vida eterna. Muitos caminhos são-nos apresentados, mas unicamente um nos trará de volta a eternidade. Escolhi o referencial bíblico para chegar à Fonte de Água Viva, porque os outros me deixaram com a sensação de sede.

A não ser em casos extremos, sempre serei contra esse posicionamento maniqueísta, que nega a possibilidade de harmonia e prega esse conceito temível, a Exclusão. Há sim meios de conciliar os dois sistemas, mas para isso é preciso alguma flexibilidade, que só não é possível quando se assume uma postura fundamentalista.

Maniqueísmo diz respeito a um dualismo eterno entre o bem e o mal. A posição cristã não é maniqueísta.Flexibilidade em termos de religião é sinônimo de rejeição de doutrina. O cristianismo diz que Deus é um ser pessoal, auto-existente e que não pode ser confundido com Sua criação; o panteísmo defende o contrário: Deus éuma essência que impregna todo o Universo, umser que Se confunde com Sua criação.Isto destróiSua pessoalidade e personalidade divina. Como harmonizar os dois sistemas? O resultado pode ser uma forma híbrida de doutrina, totalmente absurda.Se a postura fundamentalista que você menciona significa aceitar as doutrinas cardeais do cristianismo, então é óbvio que o cristianismo não cederá. Por isso, a exclusão entre os dois sistemas é real e forte.

Entretanto minha preferência pela Evolução como explicação para a origem e desenvolvimento das espécies passa longe disso. Claro que noutro sentido ela elimina a ação direta de um Deus pessoal no mundo. Mas por que isso me seria agradável?

O relacionamento entre sua espiritualidade evolutiva e sua crença científica na evoluçãome parece ter conexões sutis. Já leu A Gênese, de Allan Kardec?Ali a evolução biológicae a religião kardecista estão bem relacionadas. Por que é agradável a você? Sonde-se e responda você mesmo.

Eu adoraria que houvesse um Ser Pessoal interferindo no mundo desde que este Ser fosse dotado de atributos de Inteligência e Sensibilidade elevadíssimos, e de justiça incondicional. O Deus Cristão passa longe disso, não consigo imaginar ser mais injusto.

Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos. - Isaías 57:15. Buscar-Me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor. ... - Jeremias 29:12 e 13.

Não consigo imaginar declaração mais injustano tocante ao Deus cristão. Sei que esta posição sua decorre da leitura de certos textos bíblicos, principalmente do Antigo Testamento.Acredito que sua visão do Deus bíblico é que se tornou injusta. Dê uma olhada nestes versos: Êxodo 34:6 e 7; Jó 34:10;Salmo 97:2; Jeremias 29:11; Oséias 11:1 e 4. Sua preocupação quanto à justiça e sensibilidade de Deus não é nova. Os próprios profetas questionaram o Senhor. Dê uma lida noprimeiro capítulo do livro de Habacuque e verá o desabafo do profeta. Da mesma forma Jó, no capítulo 21, esboça sua preocupação. Os momentos em que Deus Se cala são oportunidades para se aprender grandes lições.Faço-lhe a mesma pergunta feita pelo profeta: Que pensais vós contra o Senhor?

Deus nos ligou a Si por inúmeras provas no Céu e na Terra. Pelas obras da Natureza, pelos mais profundos e ternos laços terrestres que o coração humano pode imaginar, Ele procurou revelar-Se a nós. No entanto, essas coisas só representam de modo muito imperfeito Seu amor. Apesar de todas essas provas, o inimigo do bem cegou o entendimento dos homens, de maneira que foram levados a olhar a Deus com medo, considerando-O severo e inflexível. Levou as pessoas a imaginar Deus como um Ser, cujo principal atributo fosse a justiça sem misericórdia, um rigoroso juiz, um credor exigente e cruel. Retratou o Criador como alguém que fica espreitando desconfiado, procurando sempre descobrir os erros e pecados dos homens, para castigá-los com seus juízos. Foi para apagar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus veio viver entre os seres humanos. O Pai nos ama, não por causa do grande sacrifício, mas em razão do Seu amor é que proveu o grande sacrifício. Cristo foi o meio pelo qual Ele pôde derramar sobre um mundo caído o Seu amor infinito. Um dos nomes de Cristo, Emanuel, quer dizer Deus conosco (Mateus 1:23).

Como achar justo um ser que ignora por completo toda uma conduta louvável e honrada de um Ser Humano e o atira ao Inferno simplesmente porque ele se recusou a crer numa estória incrível?

Só se for na sua cabeça. Deus não despreza o valor humano: Farei com queum homem seja mais raro do que o ouro puro. ... - Isaías 13:12. Olhai para as aves do céu. ... Não tendes vós muito mais valor do que elas? -Mateus 6:26.Deus tem critérios perfeitamente justos de salvação. Analise na Bíblia o caso de Raabe, de Cornélio, de Rute e Noemi, da mulher samaritanae de outras figuras bíblicas que não pertenceram ao povo de Deus e verá que Deus não é exclusivista. A salvação ou perdição do homem depende dele quando aceita ou rejeita a Deus. Deus não salvará pessoas que não querem. A história humana ainda não terminou e o conflito a respeito do caráter de Deus também não. Aguardemos o futuro.

Voltando ao quesito Evolução. Peço que não misture as coisas por favor. Sei que isso é uma estratégia favorita dos Criacionistas, que você irá repetir mais abaixo. Mas eu não creio na Evolução por nenhum motivo que não o dados da Ciência Empírica.

Não se trata de misturar as coisas. Nossos diálogos entram por muitas avenidas. Crer na evolução por dados empíricos da ciência é uma afirmação sem fundamentos concretos. Onde estão os dados da ciência empírica? Acho que vocêfoi infeliz nesta expressão. Seriamelhor se tivesse usado evidências baseadas em interpretaçõesnaturalistas.

Na verdade, noutro sentido, a Evolução é lamentável. São os mecanismos de Seleção Natural, de sobrevivência do mais forte, o impulso pela disseminação da espécie, que em suas formas humanizadas, promovem tudo aquilo que consideramos como desastroso e lamentável no mundo.

Realmente lamentável. A seleção, que não é tãonatural, é fruto do egoísmo humano.

Se nos matamos em guerras, se há crimes, violência, estupros, escravidão e etc. Não tenha a menor dúvida de que tudo isso é a herança de nossa bagagem natural evolutiva. Os mecanismos instintivos dos quais somos dotados nos serviram para nos trazer como espécie aonde nós estamos, mas em sua forma natural em nosso âmbito humano, só atrapalham.

Bagagem naturale volutiva? Isto transparece Sociobiologia e reducionismo genético disfarçados.Chama isso de evolução?????????Não seria decadência moral, degradação?. Você está querendo justificar a maldade humana? Em termos biológicos, o mecanismo da seleção natural não dá conta do recado e nem explica satisfatoriamente a vida complexa sobre a Terra. Mas isto é outro assunto.

Por isso precisamos abraçar nossa característica Humana em toda a sua plenitude, para superar esses impulsos bestiais e nos aperfeiçoarmos. Porém temos muitos obstáculos.

Precisamos mesmo é abraçar a solução que o Deus bíblico nos propõe: arrependimento e transformação mediante Sua graça. A humanidade, de si mesma, nada pode fazer para aperfeiçoar-se em termos morais e espirituais. A idéia de que basta desenvolver o bem natural que existe no interior humano é um erro fatal. É preciso um poder que possa agir interiormente e conceda uma nova vida que venha do alto, antes que o homem possa substituir o pecado pela retidão. O homem sempre falhará se quiser depender de si mesmo para erguer-se moral e espiritualmente.

A religião, em especial as Monoteístas, são um obstáculo terrível a esse aperfeiçoamento, pois elas mascaram esses males. Os violentos impulsos naturais que trazemos em nossa bagagem hereditária são disfarçados de Pecado Original, ação de demônios, maledicências e etc. Impedindo um autêntico diagnóstico do problema e nos fazendo lutar contra seres invisíveis e externos a nós mesmos, quando deveríamos fazer o contrário. Trazer a luta para nosso interior, assumir a responsabilidade por ela e arcar com as consequências, sem esperar a ajuda de um Ser superior qualquer.

Existem inúmeros psicólogos cristãos e nenhum deles comunga de seu pensamento.Querer negar a interferência de Deus na vida pessoal é negar a doutrina cristã. Como águas profundas são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência os tirará para fora. - Provérbios 23:5. Isto é psicanálise, bem muito antes de Freud. O monoteísmo bíblico não se constitui obstáculo nenhum ao desenvolvimento pessoal. Isto é delírio filosófico seu. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. - São João 10:10. Numa última instância, o problema humano é sobrenatural e espiritual. Confiar somente em métodos humanos de regeneração, não levará o homem muito adiante. Também desprezá-los não é o caminho. Devemos colocar as coisas no seu devido lugar. Mesmo que os homens não saibam, Deus age na Sua consciência (Isaías 45:1 a 4)e as mudanças muitas vezes atribuídas à psicologia ou a outro fator devem-seà atuação divina na mente através destas agências. O conhecimento a respeito da nossa condição e problemas humanosmuitos têm, mas onde procuram eles a força capaz de erguê-los acima dos problemas?

Bem, se há idéia remotas de um antigo paganismo incorporadas numa era de Ciência, pode apostar que a Evolução não é uma delas. Esse conceito é uma das poucas coisas relativamente novas no histórico da Humanidade. Nenhuma religião jamais mencionou algo parecido antes do Evolucionismo Biológico surgir. O Kardecismo por exemplo é posterior as Teorias da Evolução.

O evolucionismo sistemático e codificado ganhou força com Darwin, mas o naturalismo já era idéia entrealguns filósofos gregos da antigüidade. A idéia da evolução não é nova, seja ela mecanicista ou teísta. O Hinduísmo, por exemplo,nada mais é do que evolução, com suas pressuposições de um Universo cíclico.

Na antiguidade, tanto no Ocidente, no Orfismo ou Druidismo, quanto no Oriente, Hinduísmo ou Budismo, apesar do conceito constante da reencarnação, da expiação de atos de vidas anteriores, não há uma noção clara de Evolução.

Mas há uma fluida idéia que iria se desenvolver nos séculos subseqüentes.

Essa idéia de que através das existências iremos evoluiondo e nos aperfeiçoando irreversívelmente até atingir um estágio divino, é contemporânea. É Kardecismo, Racionalismo, e demais reinterpretações de religiões antigas, que só vieram a se disseminar após o conceito Evolucionista começar a se espalhar.

Mas sempre existiram de maneira clara ou não, em confronto ao pensamento judaico-cristão. O Espiritismo Kardecista não éposterior à publicação de Origem das Espécies. Pode-se rastrear a moderna origem do Espiritualismo até 1848, quando as irmãs Fox, em Hydesville, Nova Iorque,começaram a perceber pancadas misteriosas na casa. Na casa da família metodista de Joh D. Fox, ouviam-se com freqüência fortes pancadas nas paredes e no teto do quarto das meninas Katherine e Margarethe. A primeira, aos nove anos de idade, resolveu desafiar o invisível ao reproduzir as pancadas que ela mesma daria. A prontidão das respostas - vindas de um suposto espírito de um homem que teria sido assassinado naquela casa - marcou o início da comunicação moderna com os mortos. O espiritismo como doutrina surgiu a partir da publicação, na França, de Le livre des Esprites (1857; O Livro dos Espíritos), de Allan Kardec, pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail. Considerado a obra básica do espiritismo, o livro de Kardec codifica a doutrina espírita.A publicação do livro de Darwin deu-se em 1859. Portanto, espiritismo e darwinismo são praticamente contemporâneos. São irmãos gêmeos: um apresenta a face da evolução espiritual; o outro defende a evolução biológica.Enfatizam aspectos diferentes, mas são farinha ideológicado mesmo saco, ou seja, atribuem a progressãodo homem, seja no sentido biológico ou espiritual, a leis evolucionárias, negando assima interferência de um Deus pessoal.

Não foi então o paganismo, idéias remotas ou filosofias humanistas que trouxeram a tona a questão da Evolução. Foi o inverso.

Discordo. Muito antes da teoria evolucionista se firmar, já existiam antecedentes religiosos e naturalistas que prepararam o caminho para sua mais ampla aceitação. Mitos que não admitiam um Deus pessoal mencionam um Universo que é criado e destruído, em um ciclo que se repete para sempre. Isto é evolucionismo.

É como eu disse, não se pode por na mesa uma prova para o que quer que seja. Eu não posso jogar na sua frente uma prova indiscutível sequer de que existem as muralhas da China. Se é isso que você quer da Evolução, esqueça. E o mesmo se aplica a Criação.

Muito bem. Mesmo que não me jogue na frente as provas da existência das Muralhas da China, sei que elas existem. Posso verificar isso. Mas como provar cientificamentea ancestralidade comum entre todos osseres vivos? Pelo menos a Criação é honesta em admitir que não há provas, mas evidências. A Evolução deveria ter uma atitude mais humilde, a fim de não criar situação embaraçosa para si mesma.

Quanto a Fatos? Aí depende do que você entende por Fatos.

Entendo por fatos a verdade palpável e demonstrável. Algo de que não se pode duvidar. A Evolução não tem fatos, mas conjecturas.

Eu admito a impossibilidade de se apresentar uma prova indiscutível, mas há sim elementos para corrobrar a Evolução. O motivo, volto a repetir, é que ela é não só A Melhor Explicação, mas na realidade a Única Aceitável.

O motivo disso é um preceito clássico em ciências, A Navalha de Occam. O modelo Evolucionista necessita de um número muito menor de hipóteses, ou de hipóteses bem menos fantásticas como milagres divinos.

Como há interpretações para aparentemente sustentar a Evolução, existem explicações convincentes para a Criação. A evolução é a única teoria aceitável para mente naturalistas.Nem todos os cientistas estão convictos e mesmo os evolucionistas têm apresentado sérias implicações à evolução.O modelo evolucionista apresenta lacunas consideráveis. A Seleção Natural e as Mutaçõesnão respondem totalmente quanto aosurgimento de espécies. O modelo criacionista encaixa-se melhor nos dados da natureza. Quando nenhum modelo pode ser provado, a decisão entre os dois não pode ser objetiva. Normalmente, o modelo que é capaz de correlacionar o maior número de dados e apresentar o menor número de dados contraditórios e não solucionados será aceito como o modelo mais provavelmente correto. O modelo evolucionista necessita de embasamento científico. Segundo a Enciclopédia Barsa, nossa correspondente brasileira da respeitável Enciclopédia Britânica, a teoria da evolução constitui, desde os primeiros momentos de sua gênese, uma candente fonte de controvérsia, não somente no campo científico, como também na área ideológica e religiosa (Macropédia, vol. 6). E continuará assim...

Peço que separe um pouco as coisas. Sou apaixonado sim no que se refere as questões filosóficas, na defesa da Humanidade, na luta contra a Ignorância e na admiração pela Cultura Humana. Mas no que se refere a defender o modelo Evolucionista é ao Contrário.

Seus textos falam mais alto que sua justificação. O conteúdo deles é bem entusiástico e pessoal. Confira de novo antes de dizer que estou misturando as coisas. Quanto à sua defesa da Humanidade, na luta contra a ignorância, acho bastante louvável e orecomendo a prosseguir neste ideal.Sempre.

Suprima suas emoções e examine os fatos o mais racionalmente possível, tente esquecer as consequências que isso traria para sua Fé. E Sinto Muito. Não há chance para o ponto de vista Criacionista.

Conseqüências para a minha fé... Minha fé num Deus Criador continua sólida como sempre. Bom, meu amigo, sou racional, não racionalista. Há um abismo entre nossas compreensões do que seja arazão. No tocante ao ponto de vista criacionista, o que percebo é que cada dia ele cresce mais entre cientistas e pessoas educadas que não se deixaram infectar pelos miasmas do naturalismo. O modelo não é tão fraco como se quer crer que seja. O tribunal evolucionista não conseguirá dar a sentença de condenação ao criacionismo, apesar de inúmeros advogados e falsas testemunhas levantarem numa atitude condenatória e irrazoável.

Este é um dos poucos casos onde números e exemplos se inclinam esmagadoramente favoráveis à Evolução.

Exemplos esmagadores? A evolução vem perdendo peso.

Há Criacionistas não Religiosos?

Não há, mas existem evolucionistas teístas. E daí? Um cientista pode ser um homem religioso. Preconceito o seu.

Porque TODOS os Criacionistas são antes de tudo Cristãos Convictos?

Porque acreditam num Deus Criador e estudam a Natureza para descobrirem as digitais deste Deus no mundo. Existem cientistas que não são criacionistas, contudo admitem a chamada hipótese teológica. Ser cristão convicto não é fator que prejudique nenhuma pesquisa científica, como também ser deísta, panteísta, agnóstico ou ateu não o é. A pesquisa científica deve ser feita com honestidade. Um cientista, seja qual for a sua postura filosófica, entra em seu laboratório para fazer ciência. As interpretações metafísicas sobre suas descobertas pertencem à esfera subjetiva de seu ser. Na opinião de Michael Behe a comunidade científica inclui muitos cientistas excelentes que pensam que há alguma coisa além da natureza, e outros tantos que não acham nada disso. Aliás, cientistas que acreditam em Deus ou numa realidade além da natureza são muito mais comuns do que a mídia nos leva a crer. Como, então, a ciência trataria 'oficialmente' a questão da identidade do planejador? Os livros de bioquímica teriam de ser reescritos com a afirmação explícita de que 'Deus fez isso'? Não. A questão da identidade do planejador será simplesmente ignorada pela ciência.

Se fosse uma simples questão de evidências empíricas, porque não há cientistas Criacionistas céticos com relação a outros aspectos da doutrina? Porque é necessária essa máscara da religião para se enxergar qualquer viabilidade no Criacionismo?

Existem pontos no Criacionismo discordantes como os há no Evolucionismo. Mas são questões que não põem em xeque o modelo bíblico da Criação. O criacionismo não precisa de máscaras religiosas para se sustentar. O evolucionismo, ao contrário, apela para o disfarce científico a fim de que suas teses tenham aparente fundamentação empírica e conseqüente aceitação. Confira o site sugerido, para se ter uma visão correta do que seja uma Teoria Criacionista. www.trueorigin.org/creatheory.asp

Também já repeti isso várias vezes no site. Há evolucionistas de todos os tipos, ateus, agnósticos, budistas, muçulmanos, judeus, espíritas, cristãos católicos, protestantes e etc. etc. etc.

Mas Criacionistas? Só há Cristãos Protestantes! Pelo menos dos ditos Criacionistas Científicos.

Entreos que crêem na criação bíblica não se encontram só protestantes. Há católicos e judeus. Claro, nenhum agnóstico, budista, espírita ou panteísta admitirá o valor histórico de Gênesis. Como você se enquadra num destes (ou em todos), também nunca crerá. Não é porque uma diversidade de religiões aceita o evolucionismo que ele é verdadeiro. A verdade nunca é agradável a uma maioria.

CRIACIONISTAS NÃO TEM EVIDÊNCIAS!!!

NENHUMA!!!

Ah, não?

Digo sim e isso vale! Quais são as evidências?! Onde estão as evidências do Dilúvio? Da Criação? Dos Nefilins? Da Arca de Noé?

Você está querendo provas ou evidências? Decida-se.Encontrar a Arca deNoé seria o achado arqueológico mais espetacular da história. Quem sabe, num futuro próximo... AArqueologia ainda atua. O ato da criação em si, como um evento miraculoso, é muito difícil de ser avaliado cientificamente, embora as conseqüências da criação como observadas nas complexidades da natureza não o sejam. O dilúvio do Gênesis é bem mais analisável nas camadas geológicas, mas neste ponto ainda estamos tratando com a ciência histórica. Significa isso que a criação é um conceito irracional?Não. Os dados concretos da biologia molecular e os aspectos das rochas que indicam rápida deposição substanciam a racionalidade da criação. Não obstante, algo do significado da evidência da criação não repousa sobre a observação direta, mas na falha de alternativascomo a da evolução em prover um mecanismo plausível. Podemos não nos contentar tanto com a evidência indireta como seria o caso com a observação direta, mas às vezes isso é tudo quanto temos, e devemos fazer o melhor com todas as informações disponíveis.Em relação ao dilúvio, o modelo escriturístico não é somente intrigante; é impressionante, e não é para débeis mentais. Algumas das evidências do dilúvio empregadas pelos criacionistas não são mais pertinentes porque foram incorporadas ao neocatastrofismo. Abundante evidência para atividade subaquática nas camadas subaquáticas dos continentes é respaldada por grande quantidade de camadas marinhas, turbiditos e leques submarinos, bem como por uma vigororsa direcionalidade deposicional exibida pelos sedimentos sobre os continentes. Essa evidência se ajusta bem a um modelo diluviano. Os depósitos incrivelmente difusos nas camadas sedimentares da Terra também substanciam um modelo diluviano. Algumas outras evidências para o dilúviodizem respeito basicamente a fatores de tempo. O que os dinossauros e outros vertebrados comeram durante os supostos milhões de anos da época da Formação Morrison e Conconino, em que plantas aparecem escassamente ou estão ausentes? Isso só pode ser explicado por separação durante um dilúvio universal.

Ou você irá trazer as velhas mutretas criacionistas de volta? Tais como Encolhimento do Sol, Sedimentos Oceânicos, Pó da Lua ou etc?

Mutretas criacionistas. Vocês gostam desses argumentos, não? Poderíamos falar em mutretas evolucionistas, como a clássica fraude do Homem de Piltdown?

Criacionistas tem sim pseudo evidências, rechaçadas sonoramente por toda a comunidade cinetífica como equívocos ou fraudes deliberadas.

É mesmo? Há algum tempo um cientista calou a ciência moderna através de suas pesquisas. Seus artigos saíram em várias revistas científicas famosos no mundo inteiro, como por exemplo a Nature. Elemostrou cientificamente que a terra foi formada instantaneamente (confirmando a autenticidade de Gênesis). Até o presente momento, nenhum cientista evolucionista conseguiu rebater sua tese.O Dr Robert V. Gentry (PHD em partículas físicas) descobriu uma radiação de polônio 218 primordial em granitos, em todas as partes de nosso planeta. Todos sabemos que, pela teoria da evolução, as rochas, que são a base do nosso planeta foram formadas pelo endurecimento do magma por vários milhões de anos. O Polônio é fugaz, durando apenas alguns minutos, mas o polônio encontrados nos granitos é primordial. Isso mostra que as rochas que são abase do nosso planeta foram formadas quase que instantaneamente, rompendo o princípio uniformitarista, que é a argamassa de toda a teoria da evolução. A descoberta do Dr. Gentry já foi publicada nas maiores revistas científicas do mundo, como Science e Naturee estão lá há bastantes anos sem qualquer refutação.Até hoje sua tese de uma formação recente para a Terra não foi rechaçada por nenhum geólogo evolucionista. Se você quiser, visite o site do Dr. Gentry: www.halos.com. Houve uma tentativa de refutação de sua tese no Talk. Origins Archive, mas que já foi demolida. Portanto, não me use tal argumentação.

E tenha cuidado ao afirmar que criacionistas não têm espaço para seus artigos em revistas científicas conceituadas e que não produzem pesquisa. Se não for muito trabalho, dê uma olhada neste artigo em inglês. Seria bom reconsiderar o texto Quem São os Cientistas da Criação?, tão elaborado pelos céticos da STR e da Darwin Magazine. www.trueorigin.org/creatpub.asp

Agora se você quiser afirmar que toda a Comunidade Científica atual está atrelada a uma Conspiração Anti Criacionista...

A caça às bruxas já passou. Creio na honestidade científica e no diálogo. Atualmente, os mecanismos evolutivos parecem ser menos plausíveis do que nunca. Muitos sistemas biológicos revelam-se demasiado complexos para terem tido uma origem espontânea através de eventos casuais. Exemplos dignos de nota incluem: (1)um sistema para síntese de proteína que forneça informações através de um código genético, e então o decodifique durante a síntese; (2) sistemas complexos de regulação gênica; (3) sistemas complexos de revisão para correção de erros ao duplicar o DNA. Todos esses sistemas parecem intrincados e altamenteprogramados. Não parecem que poderiam ter surgido ao acaso. Não esperaríamos que um computador pré-programado aparecesse espontaneamente em um planeta desolado, nem deveríamos esperar a origem espontânea de sistemas biológicos de retroalimentação. Além da origem, há também a necessidade de reprodução. Assim, esses computadores devemtambém ter a habilidade de reproduzir-se em milhares de cópias. A alternativa do criacionismo sugere que uma variedade de organismos com limitada adaptabilidade foi propositalmente planejada.

De fato a confusão entre Evidências, Fatos e Provas é notória. Também discordo com o termo Provas da Evolução, usados largamente na literatura biológica. Mas onde você lê provas, entenda evidências. É só uma questão semântica.

Não é uma questão semântica. É impropriedade vocabular. Pelo menos a literatura criacionista nunca usou a expressão provas da criação. Você discorda, mas a expressão continua lá. Sugira aos autores evolucionistas que sejam mais comedidos.

Aí nos temos um problema sério. Pois afirmar isso é ir contra todos os livros de História, Ciência e Enciclopédias que existem.

Mesmo? Demonstre.

Sem dúvida algumas áreas seriam pouco afetadas, mas nada que se refira a hereditariedade por exemplo. É o paradigma evolucionista que permitiu um maior desenvolvimento e entendimento de como funciona a adaptação dos gafanhotos aos nossos pesticidas por exemplo. O Projeto Genoma, e todas as pesquisas sobre genética, são completamente desenvolvidos na estrutura teórica Evolucionista. Não há um só cientista, pesquisador ou estudioso da área que tenha qualquer dúvida sobre isso.

Adaptação não é evolução biológica. As espécies e seres adaptam-se aos diversos ambientes, mas continuam sendo o que são. A resistência de bactérias a antibióticos ou a adaptação de gafanhotos a pesticidas, a exemplo,não conspira contra o criacionismo. Não há nada como Fixidez Extrema. De acordo com uma bióloga criacionista, Márcia Oliveira de Paula,doutora em Microbiologia pela USP se os mecanismos de isolamento tornarem-se cada vez mais eficientes e o fluxo gênico (intercâmbio gênico através da reprodução) entre as raças for cada vez menor, elas tenderão a divergir até o ponto em que a reprodução entre elas se torne impossível. Quando isto ocorrer, o processo de diversificação tornar-se-á irreversível, não haverá mais troca de genes entre os dois grupos e estes poderão, agora, ser considerados duas espécies distintas. Este processo de especiação descrito por Stebbins pode ser perfeitamente aceito pelos criacionistas. (...) Mudanças nas espécies através dos tempos são irrefutáveis. Porém, essas mudanças são limitadas. A possibilidade de mudanças nas espécies não deveria surpreender os criacionistas. A má compreensão do termo'segundo sua espécie' no livro de Gênesis levou alguns a pensarem que os animais não podem mudar de maneira significativa. Porém uma leitura cuidadosa mostra que o texto está afirmando que Deus criou muitos tipos de organismos em um dia de criação. O termo não diz nada sobre se eles podem ou não mudar. Ao contrário, o livrode Gênesis claramente afirma que mudanças iriam acontecer (Gênesis 3:14 e 18). Parece então lógico aceitar o conceito de que Deus criou os'tipos' básicos de organismos, originando a grande variedade de vida ao nosso redor, mas ocorreram mudanças morfológicas limitadas e formação de novas espécies e talvez gêneros. Estas mudanças podem ter acontecido em tempos relativamente curtos após a criação.

O que quero é que demonstre a transformação de uma espécie em outra, uma macro-evolução. Tente. Quanto ao Projeto Genoma, as descobertas da biologia molecular têm enfatizado a complexidade, o desígnio e o planejamento inteligente. Já esta sua derradeira declaração de que não há um só cientista, pesquisador ou estudioso da área que tenha qualquer dúvida sobre isso, peca por falta de dados estatísticos. O Projeto Genoma Humano corrobora a idéia de um Planejador, ao contrário do que os evolucionistas querem crer.

Pergunto pela enésima vez. Onde estão os Cientistas Criacionistas?

Procure e verá. Estão, como os evolucionistas, fazendo ciência. As questões da controvérsia sobre as origens são evitadas nos círculos de erudição. Daí o silêncio público sobre o tema.Há criacionistas atuantes na ciência como o Dr. William Phillips, laureado com o prêmio Nobel da Física, o Dr. Ariel Roth que tem sido financiado por agências governamentais dos Estados Unidos (incluindo o National Institutes of Health e a Nacional Oceanic and Atmosferic Administration)em suas pesquisas nos diversos ramos da biologia. O Dr. Ashton é o Diretor de Pesquisa Científica em importante companhia de alimentos na Austrália e autor de vários livros. É membro do Australian Institute of Food Science and Technology, e foi eleito fellow do Royal Australian Chemical Institute, em reconhecimento à sua contribuição na área de Química na Austrália. Sua formação básica é na área de Química, na Universidade de Newcastle, onde também conquistou seu PH.D. e foi laureado com o Institute of Education Research Prize. Todos são criacionistas e homens de ciência. Procure e encontrará vários criacionistas como professores nas mais conceituadas universidades do mundo, especialistas nas suas áreas e crentesna criação de Deus.

E como eu disse antes, não é uma postura humanista e naturalista que posiciona a Evolução. Antes o inverso, foi a descoberta da Evolução que deflagrou posicionamentos Humanistas e Naturalistas.

Não é isto que nos mostra a história, por trás dos bastidores.

Ou seja, não foi o Anti-Cristianismo que criou a Evolução. Mas sim a Evolução que reforçou o Anti-Cristianismo, pois deu mais um motivo para por em cheque suas premissas mais ortodoxas. É por isso que estamos aqui.

É por isso que os Criacionistas se sentem ameaçados pela Evolução.

Ela reforçou, mas não gerou o Anti-Cristianismo. Ao contrário, as filosofias naturalistas prepararam o caminho para o seu surgimento e aceitação, e ela, conseqüentemente, tornou-se um forte instrumento de apoio dos inimigos do cristianismo. Criacionistas não se sentem ameaçados pela evolução. O contrário é mais provável. Muitos gritos evolucionistas são expressões do seu receio temeroso quanto à validade do criacionismo. Esta defesa de que o criacionismo não se sustenta ante os desafios da evolução não procede. Falsa propaganda. Nos Estados Unidos, os evolucionistas perdem os debates nas Universidades. Tanto Richard Dawkins quanto Sthephen Jay Gold, expoentes do evolucionismo moderno,evitam debates públicos. Eu mesmo já presenciei um aqui em Sergipe, quando um criacionista, geólogo e professor titular da USP humilhou categoricamente uma competente evolucionista, diretora do Museu de Arqueologia de Xingó. Estávamos numa visita ao Museu e ela incitou o debate. Seus argumentos científicos caíram por terra diante da exposição esclarecedora do Dr. Maravilhei-me ao ver esta luta de titãs. Mas foi tudo com muito respeito e sem apelações. Ninguém saiu ferido.

Não tente comparar a ingênua e embrionária Ciência do século XVIII com a do Século XXI. Claro que há paralelos, mas a idéia do Flogístico não tem como ser equiparada com a Evolução. Foi um erro dos cientistas que os próprios cientistas corrigiram. Eles não lutava contra uma teoria contrária defendida por um Livro Sagrado, nem servia de epicentro para a ligação de várias áreas do conhecimento humano.

Espero que os cientistas, no futuro, corrijam a sua concepção evolucionista da vida, como foi corrigida a teoria do flogístico. A ciência moderna ainda tem suas limitações e ela não comprovou a evolução; adotou o paradigma como dogma, sem ao menos apresentar os fatos científicos para tal. Você acha que a ciência do século XXI é superpoderosa em relação a decifrar o enigma das origens? No campo experimental tem obtido sucesso, mas a questão das origens não pertence ao campo experimental. Por isso, a ciência moderna ainda é embrionária neste particular.

Tente mostrar que a teoria do Flogístico ou da Geração Espontânea tiveram a mesma influência ou importância da Evolução! Ou pior, tente mostrar que elas tinham bases tão sólidas. Elas desmoronaram com simples experiências controladas. Tente fazer o mesmo com a Evolução.

Foram teorias dominantes. A Teoria da Evolução não passa por análise laboratorial. É paradigma. As conseqüências dos experimentos é que tentam ser explicadas pelo evolucionismo. Mostre um experimento evolucionista que suscite provas concretas e não interpretações. A teoria da evolução foi tão importante que atrasou o desenvolvimento da ciência por um bom tempo. O trabalho de Mendel, Experimentos sobre vegetais híbridos foi lido em algumas sessões da Sociedade de História Natural de Brünn nos meses de fevereiro e março de 1865, e publicado nas atas da Sociedade do ano seguinte, e distribuído para 134 instituições científicas (Kruta e Orel, 1976) incluindo universidades e duas prestigiosas sociedades inglesas com sede em Londres, a Royal Society e a Linnean Society (Brannigan, 1979). Apesar de sua ampla divulgação, o trabalho de Mendel ficou relegado ao esquecimento até o início do século XX. Por que as importantes obras de Mendel não foram reconhecidas por um longo período de tempo (35 anos), após seus estudos estarem completos e publicados? Na segunda metade do século XIX, outras áreas da biologia tiveram seu desenvolvimento, tais como a citologia, a sistemática e aprópria evolução darwiniana. Mas o fenômeno da hereditariedade ainda era interpretado de diversas maneiras, sem um paradigma dominante. O livro de Darwin exerceu grande influência sobre os pesquisadores da época. Sobre a origem da variação e sua consequente transmissão, Darwin produziu uma obra em dois volumes: A variação dos animais e plantas domesticadas (1868). No segundo volume ele discute as causas da variação e sua herança, apresentando a hipótese da pangênese, que só pôde ser descartada quando, em 1892, August Weismann expôs sua teoria do plasma germinativo, que não contemplando a herança dos caracteres adquiridos, até então aceita, apresentou fortes argumentos contrários. A hipótese da pangênese, que explicava parcialmente os fatos, e aceita por aqueles que esposavam a idéia lamarquista da herança dos caracteres adquiridos, entre eles próprio Darwin, foi um dos fatores que contribuíram para que os pesquisadores da época não reconhecessem o trabalho de Mendel como sendo mais consistente com os fatos observados em relação à variação das espécies. A teoria da evolução, apesar de não explicar o surgimento da vida, teve a sua aceitação nos meios acadêmicos, não só pelas idéias errôneas defendidas pela Igreja, mas também por servir aos interesses da burguesia que ansiava por espaço nas instituições de ensino. Além disso, a atenção que foi dada à teoria da evolução na segunda metade do século XIX prejudicou o desenvolvimento da ciência ao desviar a atenção da maioria dos pesquisadores de uma rota que levaria ao estabelecimento mais rápido do paradigma mendeliano da herança. A teoria da evolução atrasou a ciência.

Afinal você leu meus textos? Em especial:

RELIGIÃO X CIÊNCIA

O CRIACIONISMO e a CIÊNCIA

Os Cientistas Criacionistas

Não quero ter que explicar tudo de novo. Sugiro que os leia e se quiser faça a refutação diretamente a eles.

Li e reli, meu caro. Minha posição e compreensão a respeito deles permanece inalterável. Irei trabalhar na refutação de alguns deles, que considero mais relevantes.

Em parte sim. Mas repare que você foi muito mais cauteloso, mais comedido. Sequer assume a posição Criacionista. Comenta vários episódios como a palestra, o site de Dawkins ou o livro de Michael Behe, e se posiciona de forma neutra entre eles. Somente no final você se coloca mais explicitamente, fazendo afirmações, e mesmo assim com considerável cuidado.

Já em sua segunda mensagem a mudança de postura é radical. Já começa afirmando que meus comentários foram superficiais e evasivos, volta a insistir no velho erro de achar que sou eu que estou querendo mostrar a anticientificadade da Bíblia, quando depois até mesmo você percebe que minha postura é muito mais defensiva. Daí passa a fazer afirmações muito fortes, mas sem embasamento, como dizer que há endosso histórico para lendas como a da Torre de Babel! E depois escapa do assunto com uma extensa apologética cristã. Diferente da mensagem anterior, aqui você se revela como fortemente Criacionista. Ficou uma impressão muito estranha, pois ou você acentuou seu posicionamento entre uma mensagem e outra, ou na primeira você o dissimulou.

Desde o início critiquei sua posição. Minha segunda resposta foi a reação natural à sua crítica.Temas como a Torre de Babel, as Pragas do Egito, a Destruição de Sodoma e Gomorra e eventos sobrenaturais na Bíblia é assunto para outra discussão. Tais lendas não são tão mitológicas quanto se deseja crer.

Referências não são apelos a Autoridade! Temos que admitir que somos meros intérpretes de fontes, e nesse caso, convém citar as fontes. Com certeza não estamos nos referindo à Verdade, mas quando afirmamos que tal ou qual coisa recebe o Endosso da História, convém confirmar isso. O que é a História? De onde se pode tirar essa idéia?

Toda a Bibliografia historiográfica atual, digo da História Contemporânea aceita nos círculos acadêmicos, é claramente contária a essa afirmação.

Eu cheguei a pensar que você fosse defender pontos mais razoáveis da Bíblia, como o período Babilônico, que de fato entra em consonância com a história. Mas não me leve a mal, usar uma lenda babilônica para defender a idéia de que a História é favorável a existência de uma quimera como a Torre de Babel foi demais!

Concordo com você na sua primeira colocação. O material da História são as fontes históricas que subsidiam a veracidade dos fatos. A interpretação dessas fontes, no entanto, é bem subjetiva. Às vezes, os historiadores vão além do seu papel e passam a opinar sobre a validade da fé cristã. Lembre-se de que a História não é uma ciência exata e que trabalha com conjecturas também. Principalmente no que diz à Bíblia e à fé cristã, esta ciência já se posicionou. No que respeita ao conteúdo religioso da Bíblia, tais como os milagres de Cristo, Sua morte expiatória eressurreição, além de eventosmiraculosos narrados no Antigo Testamento,nada ela pode declarar, pois não está em sua alçada.Sobre muitosdestes fatos, a História atual, influenciada pelo naturalismo, atribui a causas naturais.Cristo morreu (é um fato histórico) pelos nossos pecados (é uma revelação. A história nada tem a dizer sobre isso). - I aos Coríntios 15:3 . E Paulo ainda acrescenta a fonte de sua informação revelativa, ao declarar ... segundo as Escrituras.A história secular nada tem a dizer sobre posicionamentos de fé. Não é porque não se achou ainda a Arca de Noé, uma estrutura como a Torre de Babel ou vestígios de Sodoma e Gomorra que a Bíblia seja indigna de confiança neste particular. Muitas descobertas arqueológicas têm vindo à tona, confirmando a veracidade das Escrituras. Isto é sintomático. Por outro lado, com respeito a episódios como o Dilúvio de Gênesis,a destruição de Sodoma eGomorra, as Pragas do Egito e aTorre deBabel precisaremos discutir isso, pois há interpretações de estudiososa respeito da ocorrência desses eventos, contrariando a dita História Contemporânea, tão confiável.

Os pensadores modernos, como os radicais existencialistas, dizem que a Bíblia é uma coletânea de Histórias, sem historicidade na sua maioria, acerca do modo do ser humano entender-se a si mesmo. A fé cristã declara que dá testemunho daquilo que Deus fez e fará no tempo e no espaço. O registro de tais eventos passados está, em princípio, aberto à mesma verificação ou prova de falsidade que qualquer outro registro histórico. Doutra forma, perderiam seu direito de serem considerados eventos históricos. Hoje, ás vezes, se levanta a objeção de que o sobrenatural não pode ser levado em conta pelo historiador moderno e crítico. Tudo tem de ser interpretado em termos de um sistemafechado de causas finitas. Doutra forma, a porta ficará aberta a toda superstição e fábula. O sobrenatural e o milagroso são descontados logo de início. É claro que o historiador precisa de critérios que o ajudem a fazer a triagem entre os fatos e a ficção. Adotar esta linha demasiadamente rigorosa, no entanto, parece um conceito errôneo da tarefa dohistoriador. resolve de antemão o que pode ou não pode ter acontecido sem sequer examinar a evidência.

O fenômeno da história é a soma total dos eventos do passado. Mas a disciplina acadêmica que chamamos de história não é um catálogo assim de eventos. Nem é sequer, para empregar a frase célebre de Ranke, o registro de um evento conforme realmente aconteceu. Primeiro o historiador não pode voltar para o passado e ver as coisas por si mesmo (a não ser que tenha sido uma testemunha ocular). Além disso, não anota tudo quanto descobre. Seleciona. Forçosamente faz assim, para tudo caber num livro. Discrimina. Procura descobrir causas e avaliar influências. Ao assim fazer, não está reconstruindo o passado, pois o passado literalmente não pode ser reconstruído. O que ele faz é mais como construir um modelo. Um modelo é uma representação dalguma outra coisa que nos capacita a ver como era ou é aquela outra coisa. Parte da matéria para o modelo talvez seja tirada de documentos que, segundo acredita o historiador, contêm declarações originais ou relatos de testemunhas oculares (embora talvez não lhes sejam disponíveis). Outras partes do modelo, porém,serãoda suaprópria construção. São estasúltimas partes que não somente conservam juntos os fragmentos originais, mas que determinam como tais fragmentos devem ser encaixados. Descrever a história dessa maneira talvezsugira que é uma coisa altamente arbitrária, que depende em boa medida das modas passageiras e caprichos dos historiadores individuais. A qualidade do historiador depende não somentedo seu uso da matéria como também da sua interpretação. Mas esta última não precisa ser algo indevidamente imposto sobre aquela. Embora o historiador venha a fazer uso da sua experiência para ajudá-lo a ter um conceito de uma personalidade ou de um evento, sua própria situação não deve levá-lo a avaliar de antemão a questão.

O filósofo norte-americano da história, J.W. Montgomery, sugeriu que os fatos e as interpretações são como pés e sapatos. A interpretação que o historiador traz aos seus dados não deve ser nem demasiadamente apertada nem demasiadamente solta. A lição poderia ser aplicada ainda mais. O historiador crítico é como um vendedor de sapatos. Tem à sua disposição numerosos pares de sapatos. Sua tarefa é olhar os dados diante dele e experimentar várias interpretações até que ache uma que nem é grande demais nem pequena demais, e que é apropriada. Ou seja: ser cuidadoso. Isto é especialmente importante na tentativa de descobrir conexões e avaliar a relevância. Quando for confrontado pela pergunta de se um evento específico aconteceu ou não, deve julgar a explicação mais provável à luz dos dados diante dele, prestando atenção à fidedignidade dos dados e sua consistência com seu modelo como um todo.

Uma fé que continua crendo independentemente da evidência não é uma fé que valha a pena ter. A idéia bíblica da fé é a confiança em Deus por causa daquilo que Deus tem feito e dito. Se pudesse ser demonstrado que não havia boas razões para acreditar que Deus tivesse dito ou feito estas coisas, a fé seria vã e vazia. Ao dizer isso, não estamos vinculando a fé ao último livro do erudito que porventura estivesse na moda na ocasião. Mas estamos dizendo que a erudição tem um lugar apropriado. Seu trabalho é fortalecer a fé mediante sua demonstração da verdade ( ou, se não puder fazer isso, deve dizê-lo abertamente e alijar a fé). Ao dizer isto, não estamos meramente continuando o que os próprios escritores bíblicos estavam fazendo. A Bíblia não é uma caixa de promessas cheia de pensamentos benditos. Grande parte dela é dedicada a argumentos, demonstrações e apelos à história.

Não se trata de rechear, pois pouco adianta, como você mesmo notou, encher de referências tendenciosas. No caso eu exigi as referências por que você afirma que Algo tem tal Postura, nesse caso, que a História endossa a Bíblia, o que vai largamente contra tudo o que já li. Aí sim, creio que referências seriam muito válidas.

Ok. Referências tendenciosas podem vir de mim e de você.Tudo é uma palavra ampla. Não creio que já leu TUDO a respeito, mas deve ter lido tudo que está em consonânsia com seu ponto de vista.Também o que você diz vai de encontro contra tudo o que eu já li, apesar de conhecer pensamentos contrários.

Você chega a ponto de afirmar que existe um papiro egípcio que descreve as 10 pragas de Moisés. Eu jamais ouvi falar disso, aliás sempre ouvi o exato contrário, que egiptólogo algum encontrou qualquer confirmação da estória de Moisés. É por isso que nesse caso sim, recuso-me a discutir a questão sem um mínimo de referência. Caso contrário posso começar a fazer qualquer afirmação sem qualquer cuidado.

Tudo bem. A informação sobre o papiro me foi passada por um amigo. Estou lhe solicitando a referência. A confiabilidade histórica de Gênesis e Êxodo, no entanto, não são derrubadas neste único particular.

Outra postura que considero contra indicada. Porque meu texto não convence? Em que ponto os argumentos falham? Eu cheguei a reproduzir um trecho da Enciclopédia Britânica para demonstrar que o posicionamento da História Contemporânea não endossa a Bíblia, e lembre-se que a Enciclopédia Britânica é simplesmente A Referência Mais Respeitada pelo meio acadêmico. O que não convenceu? Eu ou a Enciclopédia Britânica?

Autoridade da Enciclopédia Britânica.

Não nego a importância da Enciclopédia Britânica; mas dizer que a mesma é autoridade em assuntos teológicos, é exigir demais, pois a Bíblia não se estuda através de Enciclopédias, mas sim através de Teologia.

2) A acusação de que Moisés não pode ter sido autor do livro de Gênesis cai no ridículo. Dizem que a arte da escrita não era conhecida por Moisés em seus dias e portanto não poderia ser ele o autor de Gênesis; tal é um disparate, sendo que a arqueologia comprova que havia sim a escrita na época de Moisés.

Vejamos:

a) Escavações arqueológicas em Ur, na antiga Caldéia, têm comprovado que Abraão era cidadão de uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur, o meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geometria. Três albabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.). Estudiosos modernos, baseados em evidências irrefutáveis, sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O arqueólogo W. F. Albright datou esta escrita do início do século XV a.C (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êxodo 17:14) (Michelson Borges, A História da Vida, p. 175).

b)O Museu Britânico em Londres possui 81 exemplares das centenas de famosos tabletes de Tel el Amarna, que foram descobertos em caracteres cuneiformes, e datam da época de Moisés e Josué. São cartas escritas pelos oficiais na Palestina para o governo egípcio.

c) Eis algumas declarações de famosos arqueólogos:

Deve ser atestado categoricamente que nenhuma descoberta arqueológica jamais contrariou a Bíblia (Nelson Glueck)

Não pode haver dúvidas de que a arqueologia confirma a historicidade substancial da tradição do Antigo Testamento. Descoberta após descoberta tem estabelecido a precisão de inúmeros detalhes, e tem trazido um crescente reconhecimento do valor da Bíblia como fonte histórica (W. F. Albright ).

A Enciclopédia Barsa, equivalente nacional à Enciclopédia Britânica, parece dizer o contrário de sua posição, Marcus. No verbete Bíblia (Macropédia, vol. 2) está assim expresso a opinião sobre: a) Arqueologia Bíblica: Até o século XIX, o estudo da Bíblia sofreu limitações decorrentes de quase total ausência de informações históricas extrabíblicas sobre os fatos narrados na Bíblia. Com as descobertas proporcionadas por escavações arqueológicas, foi possível compor um quadro geral mais nítido de todo o mundo antigo contemporâneo da história de Israel e do cristianismo primitivo, isto é, desde a civilização sumeriana, da qual saiu Abraão, até a época do helenismo e do Império Romano, em que se expandiu o evangelho.

b) Pentateuco. O conjunto formado pelos cinco primeiros livros da Bíblia denomina-se Pentateuco - em grego, livro em cinco volumes. Os judeus o chamam de Torá, palavra hebraica que significa lei, diretiva, instrução - ou seja, o conjunto das instruções ou leis de Deus, transmitidas ao povo israelita através de Moisés, o grande fundador de Israel, como povo e como religião.

Sobre Jesus Cristo, a Barsa traz este comentário no volume 8: Poucos personagens históricos exerceram sobre a história uma influência comparável à de Jesus Cristo. Qualquer que seja a óptica religiosa, filosófica ou política que define sua imagem - a de Filho de Deus, a de moralista sonhador ou a de revolucionário -, o fato é que Jesus produziu uma das alterações mais profundas já ocorridas na civilização, e levou a uma visão radicalmente nova do mundo e da humanidade. E continua:

Jesus Cristo, ou Jesus de Nazaré, nasceu em Belém da Judéia, provavelmente entre os anos 6 e 7 a. C. O comentário prossegue falando das fontes bíblicas e extrabíblicas sobre Sua historicidade. Faz menção a Flávio Josefo (inclusive menciona o argumento da interpolação cristã quanto aos milagres e ressurreição de Jesus mencionados nos escritos de Josefo), a Tácito, ao Talmude de Jerusalém e ao de Babilônia, que confirmam a existência histórica de Jesus de Nazaré.

Sem dúvida as molduras de meus argumentos refletem a Alta Crítica, que aliás é exatamente o que está escrito na Enciclopédia Britânica. Quando a refutação na obra cristã citada, esta obra é aceita no meio acadêmico? Poderia ao menos citar o autor? E em se tratando de obra cristã ela não seria tendenciosa? E sendo assim não reforça meu argumento de que só quem defende a veracidade Bíblica é quem está sentimentalmente comprometido com ela?

A Enciclopédia Britânica apenas reproduz o que está em voga no mundo acadêmico. Apesar de respeitável, ela não não se constitui autoridade para determinar se isto ou aquilo é história ou não,no tocanteaos eventos sobrenaturais contidos na Bíblia. Elaapenas adota a postura de historiadores céticos, uma vez que sofreu forte influência iluminista e se apóia no racionalismo. Pudera.Não se esqueça que a Enciclopédia Britânica é cuidadosa quanto trata dos elementos sobrenaturais na Bíblia. Usa termos genéricos, como provavelmente, acredita-se, para os cristãos.

Quanto ao livro Evidências que Exigem um Veredito, Josh MacDowell é seu autor. Editado pela Editora Candeia. A questão não é se a obra é aceita nos círculos seculares de erudição, mas se ela é consistente quanto à refutação dos argumentos da alta crítica. Este livro tem permanecido como uma das melhores obras na defesa da fé cristã. Percebo em você um sério preconceito.

Nesse caso não é uma questão entre XR e Frank, trata-se de demonstrar objetivamente que tal ou qual corrente defende tal ou qual ponto de vista.

Nada pessoal.

A MENTE HUMANA, pode até não ser divina, mas é tudo o que temos. Não sabemos se existe um Deus, se ele disse mesmo isso, ou seja lá o que for. Mas sabemos que a Mente existe, sabemos que existimos.

Tudo o que pensamos e refletimos passa pela Mente, o Universo para nós, simplesmente não existe sem nossa Mente. É nela que está tudo, as motivações emocionais para nossos posicionamentos, a racionalidade para defendermos nossas posturas, a capacidade de analisarmos o mundo a nossa volta, a habilidade de manipular os computadores para estabelecermos comunicação, e tudo o mais que existir.

Qualquer Salmo, Provérbio, Texto ou Livro, podem ser lidos, escritos, produzidos pela Mente Humana. E ainda que ela discurse contra si própria, e mesmo que menospreze a si própria, e crie projeções dela própria para serem adoradas por ela mesma...

A realidade não depende da mente humana para existir. Apenas descobrimos os aspectos do real (de forma limitada)com nossa mente, finita,que éo meio de Deus comunicar-Se conosco. Esta mente encontra-se degradada pelo pecado. Bem apropriadas são as reflexões breves de Paulo: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. - Romanos 12:2.

Sabemos que existe um Deus que deixou Sua atuação na História e na Natureza. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, CLARAMENTE se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem indesculpáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. - Romanos 8:19 a 22. Não descobre Deus o incrédulo, o orgulhoso e o naturalmente inclinado para a dúvida irrazoável.

Por que Deus permanece encoberto? Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. - II aos Coríntios 4: 3 e 4.

...ela continua sendo Tudo. O Centro do Universo. A Origem e o Destino. O Alfa e o Ômega.

Centro do Universo, A Origem e o Destino, O Alfa e o Ômega... Risível. Uma mente que depois de milênios ainda não aprendeu conceitos de justiça e amor. Uma mente que está destruindo o planeta com guerras e agressões ecológicas e fazendo milhões sofrer. Esta é a menteque continua sendo Tudo? Tentar transformar o homem num Deus: a ilusão do panteísmo.

EU SOU O QUE SOU - ÊXODO 3:14.

EU SOU A PORTA - SÃO JOÃO 10:9.

EU SOU O BOM PASTOR - SÃO JOÃO 10:14.

EU E O PAI SOMOS UM - SÃO JOÃO 10:30.

EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA - SÃO JOÃO 14:6

EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O PRINCÍPIO E O FIM, O PRIMEIRO E O ÚLTIMO - APOCALIPSE 22:13

Mas o homem, o que é? Um mortal, efêmero;contudoamado por Deus.


Devido a Extensão deste último texto de Frank, e de sua diversificação temática, decidi proceder uma abordagem segmentada, dividindo o diálogo em 3 temas:

1 - Ética e Metafísica comparativa entre o Cristianismo e outras Religiões. Que trata do assunto filosoficamente, na forma de pura argumentação pessoal sem recorrer a fontes externas.

2 - O Criacionismo "Científico" X Evolucionismo.

3 - A validade Histórica da Bíblia

Embora os temas em certos pontos se relacionem, serão tratados separadamente.

Posteriormente, Frank enviou um outro texto, que está mais relacionado ao meu texto anterior, abordando os mesmos assuntos mas com direcionamentos diferentes:
Quarto TEXTO de Frank de Souza Mangabeira.

Marcus Valerio XR

29 de Fevereiro de 2002

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