Marcus Valerio XR
Meu nome é Alice.
Se você que está ouvindo esse registro não me conhece, talvez nunca venha a conhecer, pois isso não é um diário. Talvez seja um testamento.
Estou no deserto de KOLNEIA, dia 167 do ano 687 da idade pós dourada, ou ano 3947 pelo sistema antigo. Septuagésimo nono registro da minha fase nômade.
Quando acordei hoje nunca pensei em como meu dia iria terminar. Jamais pensei que uma farra juvenil de minhas meninas iria acabar nos deixando numa situação de crise planetária. Antes tínhamos apenas cidadãos comuns e alguns Meta Naturais atrás de nós. Depois veio um Super Meta Natural, um avançado robô de combate armado com Anti-Vida, e agora...
...Temos Espadas Espaciais descarregando disparos nucleares em cima de nós, e sabe a Deusa ou o Universo se cedo ou tarde não irão descarregar Anti-Matéria ou coisa pior.
Tudo isso porque temos uma criatura que eu jamais pensei que existisse prometendo destruir a tudo e a todos. Uma diabrura residual do DAMIATE... Maldito seja. Três Super Meta Naturais treinados, e o pior, uma Hiper Meta, não foram capazes de derrotá-lo. E nem as armas mais sofisticadas das Cidades Utópicas.
E parece que eu, que sou uma mera supra homo sapiens de 48 anos, uma simples Dariana de 1,87m e 85 kgs, terei a última chance de acabar com ele.
Como?
Sei muito pouco de história, mística ou ciência. Mas sou suficientemente informada para saber que escudos energéticos são inúteis contra desintegradores. As Espadas Espaciais teriam usado isto se provavelmente a distância não fosse muito grande, e nenhum desintegrador limpo poderia ser trazido aqui a tempo.
Digo isso porque eu tenho um desintegrador sujo, projetado para ser usado por antróides no espaço. Ele funciona a base de um primitivo mini reator de fissão movido a Urânio 184 ultra enriquecido. Isso significa que a cada disparo que eu der receberei um banho de radiação letal, e apesar de minha roupa protetora, tenho sérias dúvidas de que poderei sobreviver. Só espero matar o monstro antes que eu mesma morra.
Essa é minha missão... Djane me disse, e eu acredito nela. Houve um motivo cósmico para tudo isso. Por alguma razão, ou destino, eu tinha de estar aqui. E é só por isso que eu acredito que possa vencer.
Por isso... Porque acho que a Deusa... Ou o Universo não teriam me trazido aqui sem motivo... Isso explica tudo.
Djane está cega, e morrendo, os Meta Naturais estão todos desmaiados, a Hiper Meta também. Mandei Xivia levá-los alguns pavimentos acima e cuidar deles, e assim consigo afastá-la daqui. Velita conseguiu fazer o desintegrador funcionar e me instruiu sobre tudo, e mesmo sabendo que não há outro meio, quase me fez desistir. Jamais pensei que a veria chorar.
Nos conhecemos ainda meninas, em Bel-Lar...

Lá está a coisa. O Deomi-Zate. Ele parece ter todos os poderes do inferno! E é horrível... Mistura de macaco com lêmure e troglodita... E aquele olho vermelho... Pela Deusa! É aterrorizante.
Apesar disso... Eu não consigo ter raiva dele. Djane está certa. Ele não é mau! Apenas está tentando sobreviver. Mas eu também, e ao que parece nossas sobrevivências são mutuamente exclusivas.
Programei o visor para trabalhar com o desintegrador. O reator está em minha cintura. Os cabos que o ligam à pistola atrapalham um pouco, como já não bastasse ela ser pesada e incômoda.
Está tudo acertado, mas eu estaria mentindo se dissesse que estou pronta.
Marcus Valerio XR
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- Pronto, já alertamos todo o planeta. - Disse Siandru. - Mas ninguém está preparado.
- Principalmente nós. - Disse Xu.
- Jeová estará pronto para disparar em 3 minutos.
- Vamos perder nossa Hiper Meta Natural. - Disse Verieni.
- Vamos perder muito mais... - Disse Beniam.
Marcus Valerio XR
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Alice se aproximou muito mais do que qualquer outro desde que começaram a atacar o monstro, que a ignorava, estava abaixado, numa vala repleta de finos cilindros horizontais que pareciam cabos, como se examinasse alguma coisa.
Com todo o rosto protegido pela máscara, semelhante a um capacete, ela desceu a vala, com cuidado, pé ante pé. E foi caminhando lentamente.
Desintegradores não podem ser usados a distâncias muito longas, este em especial. Além do mais não havia nenhum sistema de mira automática, e ela não poderia se dar ao luxo de desperdiçar disparos.
O Deomi-Zate estava de costas para ela, quando de repente parou o que estava fazendo. Se levantou devagar e se virou. E o imenso olho vermelho a fitou diretamente na viseira, e por um instante ela sentiu como se olhasse diretamente para dentro do inferno, e tremeu.
- "A radiação!"- Pensou ela. - "Ele deve ter sentido a radiação."
E sem hesitar mais ela puxou o gatilho.
O raio desintegrador era quase invisível, um sutil feixe esbranquiçado que por ir desintegrando as moléculas mais complexas do ar, deixava uma fina trilha de névoa que desaparecia rapidamente, mas o mesmo não se podia dizer de seu efeito.
A criatura erguera a mão com um escudo mentônico, mas foi inútil. O feixe não era constituído de partículas passíveis de serem desmontadas por reconfiguração mentônica, mas sim de quantas de informação pura que simplesmente instruíam a própria força nuclear da matéria a se desagregar.
O monstro gritou de modo indiscutivelmente doloroso, e em segundos sua mão direita brilhou numa luz branca, e simplesmente se desfez em meio a luz e fumaça.
Toda a complexa e intrincada estrutura orgânica se dissolveu, todas as variadas substâncias químicas foram convertidas no mais puro hidrogênio. O mais simples de todos os elementos.
O gás branco foi denso por breves instantes e então se dissolveu rapidamente, e quando ela pode ver melhor, do membro superior direito só restava o ante braço da criatura, e seu sangue escuro escorria rapidamente.
A criatura parecia atônita, e Alice não podia esperar mais. Apontou diretamente para seu tórax e atirou de novo.
Num movimento espantosamente rápido para seu tamanho o monstro tentou se esquivar, mas o raio ainda pegou de raspão abrindo um buraco pouco abaixo da axila esquerda e ainda atingiu uma estrutura de aparência metálica logo atrás, que se dissolveu da mesma forma.
De repente a criatura pulara e estava caindo sobre Alice, que mal tivera tempo de apontar a arma e disparar. Desta vez porém atingiu o vazio, ou melhor dizendo, o teto. Com incrível destreza o Deomi-Zate mudou a trajetória da queda e caiu no piso acima da vala onde Alice ficara.
A má-sorte fizera com que uma estrutura do teto se soltasse com o disparo e um breve desabamento obrigou Alice a um rolamento quase desesperado para se esquivar.
Quando ela se levantou ouviu um estridente som e foi jogada por uma onda de choque atordoante. A criatura emitira seu grito tenebroso.
Confusa, Alice mal pode ver o monstro se aproximar, apenas sentiu quando a sombra estava sobre ela. A pistola caíra e apesar de estar ligada a ela por cabos, a vertigem não permitia a amazona recuperá-la com rapidez.
Mas Alice já previra essa possibilidade e programara seus sistemas de armas para abrir fogo. Com o escudo mentônico desativado, o Deomi-Zate foi atingido pelos múltiplos micro mísseis vindos dos lançadores de Alice, e recuou.
Não demorou porém para reativar seu escudo e os lançadores pararam de atirar. Atordoado apesar de protegido, o monstro dava tempo a Alice para procurar a pistola, mas a tontura continuava e só então ele percebeu.
Não fora o ataque do monstro. Era a radiação!
Alice sentiu um súbito embrulho no estômago e olhou para o painel de seu pulso. Já havia gastado quase metade do Urânio e o nível de radiação estava no grau máximo de periculosidade. A liberação de radiação era tão intensa que nem mesmo sua roupa protetora era suficiente.
Foi puxando o cabo apressadamente e conseguiu pegar a pistola novamente.
Bem a tempo, pois o monstro acabara de agarrá-la pelo tórax com a imensa e peluda mão esquerda.
Numa reação apavorada ela pensou apenas em não atirar num ponto muito próximo de si, e apontou para o antebraço da criatura puxando o gatilho.
Outro rugido de agonia assustador foi emitido pelo Deomi-Zate, que acabara de perder seu outro braço. Mas Alice estava muito ocupada para comemorar a revanche, pois percebia claramente a onda residual de desintegração se espalhando pelo que restava do punho da criatura que ainda a agarrava.
Fez um enorme esforço para abrir os dedos, e só conseguiu porque eles perderam a tensão assim que os tendões foram sendo dissolvidos, e ela então conseguiu empurrar a mão para longe dela.
Ela caiu por uns segundos, respirou fundo e atirou de novo. Mas errou feio. A tontura anulou sua pontaria e o raio passou direto sumindo adiante.
Então uma súbita e violenta agonia a obrigou a tirar a máscara e respirar. Só ficou com o visor, se agachou e vomitou tudo o que tinha, e até o que parecia não ter no estômago.
A respiração ficava cada vez mais difícil e ela não conseguia se levantar.
Ainda agonizando olhou em frente novamente e o monstro estava de pé perante ela, como se estivesse apreciando seu sofrimento.
Ela apontou a arma mais uma vez. Desta distância não iria errar, mas a criatura ainda tinha um membro. A cauda se lançou a frente e tinha dois dedos que agarraram a pistola e a puxaram. Em consequência Alice também foi puxada caindo ao lado do monstro, que então soltou a pistola e a agarrou pelo pescoço.
Só agora ela percebia que a cauda era ágil e forte, e o monstro começou a estrangulá-la. Ela só pensou em sacar uma pequena adaga que tinha na cintura e com ela furou o espesso quinto membro do monstro que não foi insensível ao ataque, soltando-a imediatamente.
Seu sistema de armas se acionou automaticamente e por sorte o monstro estava novamente sem sua aura protetora, sendo obrigado a recuar ante os múltiplos disparos até que a munição acabou.
Sentindo uma dor indescritível ela se esforçou imensamente para recuperar a pistola. O monstro estava longe mas parecia tão desorientado quanto ela. Bastaria um único disparo certeiro e tudo estaria terminado.
Porém ela mal conseguia enxergar, e agora sua cabeça doía tanto que começava a ouvir vozes. Fez um tremendo sacrifício para, de joelhos, se posicionar melhor e apontar a arma para o que parecia ser o alvo.
Se concentrou e com toda sinceridade rezou a Xantai, que ela dizia não acreditar apesar de constantemente se referir a uma deusa.
Sentiu então um breve alívio, como uma ligeira benção, e mesmo sem o apoio de seus sentidos, sua intuição lhe orientou a puxar o gatilho.
Marcus Valerio XR
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- Jeová pronto para disparar! - Anunciou Siandru. - Todos de acordo?!
Ante a silenciosa confirmação da maioria, iniciou-se a contagem regressiva.
- 20, 19, 18, 17, 16...
Então a pequena Sielavia levantou a cabeça.
- 13, 12, 11, 10...
- Parem! - Disse ela.
- 08, 07...
- PARE!!! - Ordenou Xu. E a contagem parou.
- O que foi?! - Perguntou Siandru.
Xuminis olhou para Sielavia, e então ela sorriu, ainda que um sorriso triste, e disse. - Não precisa mais... A criatura está morrendo.
E então Beniam afirmou sentir a mesma coisa. E só depois os instrumentos apontavam uma queda drástica nos níveis vitais do Deomi-Zate.
- Que aconteceu? - Perguntou Marzion.
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O disparo atingira o baixo ventre da criatura, derrubando-a ao chão. Alice sabia que ainda não havia sido suficiente para por fim a tudo, e com muito custo caminhou até o imenso corpo peludo agonizante.
Se apoiou no próprio tronco do monstro, que ainda respirava com dificuldade, e pode contemplar pela última vez seu olho vermelho, que era a única coisa que ela via com alguma nitidez.
Apontou a pistola direto para a cabeça, e num misto de misericórdia e senso de obrigação puxou o gatilho.
Desmaiou antes de ver o resultado.
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No espaço, a Espada Espacial Jeová, a maior e mais poderosa da Terra, desativou seu reator de Anti-Matéria, ao mesmo tempo que a Vanusilak se juntava às demais, Luriander, Mitrandir, Xangô e Thor.
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- Abra desgraçada!!! - E num golpe final Xivia arrebentou uma parede para conseguir adentrar o nível inferior da base. Cumprira a orientação de Alice e levara os Meta Naturais, dois a dois, a um local aparentemente seguro enquanto Velita cuidara de se comunicar com os sistemas da base e conseguira isolar o local.
Se sentindo ludibriada Xivia ficou furiosa quando entendeu que Alice tinha ido enfrentar o monstro - Vocês não podiam ter feito isso!!!
Depois de alguns saltos sobrehumanos por cima de enormes equipamentos aparentemente inoperantes, finalmente chegou ao local do duelo, onde emanava um indescritível odor.
A cena que viu era grotesca. Restava metade do Deomi-Zate, o enorme corpo corroído, sem cabeça e sem braços. Ainda escorria névoa da parte superior do tronco, mesmo assim sangue e órgãos internos vazavam e se espalhavam, e muito lentamente também iam se dissolvendo, virando um tipo de espuma, num processo de decomposição espontânea dos Deomi-Zates, que em poucas horas eliminava qualquer vestígio macroscópico do corpo.
Caída ao lado dele, sobre seu antebraço direto como uma amante, restava um corpo de mulher, que Xivia demorou a reconhecer. O rosto estava desfigurado, se desfazendo.
- A-Ali... - Soluçou a genônica, desatando a chorar. - Alice... Não...
Tomou a amiga nos braços, e tocando sua cabeça, os cabelos se descolavam da pele, que amolecia como gelatina.
- Não... Pela Deusa! Não... - E removeu a viseira.
Tentava entender o que acontecera, então viu o reator do desintegrador e compreendera. Então Alice engasgou, ainda agonizando, e abriu parcialmente os olhos, apesar de não ser capaz de enxergar.
- Alice... Querida... - Então enfureceu-se.
- POR QUÊ?!?!?
- Por que veio enfrentar essa coisa sozinha?!? - Por que não me mandou no seu lugar. - Ela gritava num misto de fúria e desespero. - Eu sou imune a radiação!!!
- Por que não me mandaram... - E deitou ao lado da amiga aos prantos.
- Pelo comunicador, ouviu Velita dizer. - "Sinto muito Xivia... Foi escolha dela. Ela sempre prometeu nos proteger... Não seria capaz de arriscar nenhuma de nós, nem mesmo você".
- Mas eu sou uma genônica!!! Eu sou imune a radiação e dez vezes mais forte e resistente que qualquer pessoa normal!!!
E Velita preferiu não dizer que Alice não confiaria nela, pois sabia que para enfrentar o Deomi-Zate seria preciso algo mais, principalmente calma e resignação.
- Ressuscitadores!!! Deve haver ressuscitadores nesta base!!! - Gritou Xivia.
- "Xivia..." - Telecomunicou Velita, que podia observar a cena por uma das câmeras no local. - "Essa base tem mais de mil anos. Ressuscitadores capazes de reverter um quadro como esse só surgiram há menos de 500. Temos que esperar equipes de socorros das Cidades Utópicas."
- Eles não vão chegar a tempo. - Lamentou Xivia.

Onde Velita estava, Djane também agonizava, nos braços de Dai-Haime, com quem tivera apenas algumas horas de convivência, mas que parecia lhe ser o mais antigo e fiel dos companheiros.
- Mas por quê?! - Perguntou ele. - Não quero perder você...
- Já é tarde... - Respondeu ela.
- Ainda há tempo! Os sistemas de defesa anti-aéreos já estão relaxando. Os ressuscitadores não devem demorar a chegar!
- Dai-Haime... Não... Não quero violar a natureza... Quero voltar ao princípio da vida... E renascer... Por favor... Ouça também Velita...
E a amazona se aproximou dela, tirando a viseira e olhando-a nos olhos.
- Prometam-me que não deixarão me ressuscitar... Salvem Alice... Ainda há tempo, mas minha missão está cumprida.
E com uma serenidade invejável, de quem sabia exatamente para onde iria, ela fechou os olhos como se fosse dormir. E sua já débil respiração cessou.
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- Uma dariana?! - Impressionou-se Lorde Mestre Siandru. - Uma dariana conseguiu o que nem uma Hiper Meta Natural conseguiu?!
- Ela tinha um desintegrador. - Disse Xu.
- De que tipo? - Perguntou Ila. E então uma imagem e um esquema técnico do modelo surgiu no visualizador.
- Mas isso é uma peça de museu! - Disse Marzion.
- E ainda por cima é do mais radioativo. - Completou Xu. Tenho dúvidas de que será possível ressuscitá-la.
- Mas porque não deram esse desintegrador para Xaine ou Seinel usarem?! - Quis saber Marzion. - Eles não seriam afetados pela radiação.
- Ao que parece... - Explicou Siandru após uma rápida avaliação nos dados. - Só no último instante a tecnóloga conseguiu fazer o dispositivo funcionar. O que foi uma façanha pois eu mesmo não sei se conseguiria. Quem é essa mulher?
- Velita Karmeni. - Respondeu Klariu. - Uma autodidata que poderia ser muito útil em nossa engenharia. Pelo perfil registrado ela é genial.
- Mas não foi só por isso. - Interrompeu Sielavia. - Xaine ou Seinel não teriam vencido nem mesmo com o desintegrador, pois não foi isso o único motivo. Era preciso a mistura certa de personalidade, ousadia e intuição, que só essa mulher, Alice, tinha.
- Tem razão. - Concordou Xu. - Diante de Seinel ou Xaine o Deomi-Zate não teria vacilado. Teria pressentido o perigo e atacado com força total. Foi a latente fragilidade da amazona que garantiu o elemento surpresa necessário.
- E de algum modo... - Disse Beniam. - Ela sabia disso.

E no espaço, finalmente as Espadas Espaciais se dispersaram, somente duas permaneceram por precaução.
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Minutos depois Seinel acordara, arrancara um pedaço do chão e transportara a todos para fora da base, pousando na areia do deserto. Depois voltou e buscou Alice e Xivia, deixando-as num local isolado dos outros e com seus poderes procedeu uma descontaminação radioativa.
Usando como coletores suas enormes asas luminosas, absorvia as partículas nocivas e as convertia em energia para si própria, purificando tudo. Ao terminar se propôs a transportá-las para junto dos outros, mas Xivia se recusou.
- Não... Eu vou andando, e levo minha amiga.
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Parte 11

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