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Marcus Valerio XR

Quarta Mensagem de

André Maximiano Serpa

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CRITICANDO KARDEC

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Marcus Valério:

A análise de nossos últimos debates tem me levado a uma conclusão séria e entristecedora. Você tem enaltecido minha postura, dizendo que estou mais moderado e receptivo às críticas, porém, penso que você está, ao contrário, cada vez mais fechado e radical em suas colocações. Isso tem feito com que minhas intervenções, antes prazerosas, tenham se tornado uma tarefa difícil e não tão agradável. E não pense que isso se dá pela sua boa capacidade de contra-argumentar. De fato, você é uma inteligência respeitável e acima da média, mas seus argumentos não são irrefutáveis. Vou explicar mais especificamente.

Sinto muito que isto esteja lhe ocorrendo, mas nos rumos que nosso diálogo tomou, a honestidade intelectual não me permitiria ser muito diferente. Temos pontos de vista distintos, crenças, cada qual tão justificável quanto a outra, no entanto há modos de expor estas crenças e modos de argumentar de forma distintas, com maior ou menos grau de coerência, e a minha análise de nossos debates, desde o começo, me mostram com clareza que você tem muitas dificuldades em argumentar com coerência. Você cai frequentemente em contradições, faz comparações descabidas, algumas das quais reconheceu, e dialoga muito mais na retórica e paixão do que na dialética e racionalidade.
Se eu não cedo a seus argumentos, isto ocorre meramente pelo fato deles não serem capazes de demonstrar uma validade própria. Não se trata exatamente da "minha capacidade" de argumentar, mas sim do fato que capacidade humana nenhuma faz 1+1 deixar de ser 2. O maior gênio do mundo não vai provar para uma criança ingênua que um círculo é igual a um quadrado.
Você é bem inteligente, e realmente não sei porque não tem feito o devido uso de uma boa argumentação. Talvez seja devido aquilo que tenho denunciado desde o começo, que é deixar o calor da religiosidade e a fé nublar a racionalidade, e se apegar passionalmente a certos conceitos com tanta força que passa a ter uma convicção completamente a priori de suas conclusões. Você "sabe" que elas estão certas, e se não pode convencer pela argumentação, apela das mais diversas formas, o que é fácil de ser mostrado neste texto. Vejamos.

Após minha descrição científica do átomo, em linguagem simplificada (é lógico!), seguida do maior questionamento filosófico do ser humano (segundo seu próprio pensamento) – Quem ou o que somos nós? Você responde com certo desdém: “Um belo momento poético.”

Veja só este caso. Se voltarmos ao Trecho da Mensagem em Questão, podemos ver que minha frase do momento poético se deu imediatamente posterior à sua frase "Desculpem-me, mas me deu um vazio íntimo tão grande!!?". Me diga, qual era o conteúdo científico desta afirmação? O que mais ela seria além de poética e até satírica?
E de onde você tirou a idéia de que "Quem sou eu?" seria o maior questionamento filosófico humano segundo meu pensamento?

Depois você questiona a relevância de sabermos o que é algo que forma 74% do Universo em que vivemos (de acordo com o glossário de O Universo Numa Casca De Noz seria até 90%)?!!! É óbvio que fiz essas afirmações para mostrar que a Ciência ortodoxa (tradicional), embora, indiscutivelmente tenha trazido muitos avanços e melhorias, é incapaz de desvendar e esclarecer questões básicas e primordiais do Universo.
Também coloquei que essa limitação já foi e é demonstrada pelos próprios dispositivos científicos. Entenda: o Teorema de Gödel, o princípio da incerteza de Heisenberg e a impossibilidade de se seguir a evolução até mesmo de um sistema caótico, criaram uma hemorragia inestancável ao alicerce ortodoxo(seguido por você) de uma ciência reduzida à Matemática e a Física. Esses representam a quebra dos moldes da ciência tradicional e não apenas dúvidas ou problemáticas de uma ou outra disciplina. Assim, reafirmo que não é correto, atualmente, esse argumento quadrado de que só é válido o que se enquadra nos padrões da Matemática e da Física. Não estou de maneira nenhuma querendo negá-las, mas dizendo, conforme Kardec, que existem outros instrumentos de percepção da realidade.

E é AÍ QUE ESTÁ O PROBLEMA. Se voltarmos ao mesmo Trecho, veremos que minha crítica de fato foi: "Agora veja só. 'SENDO ASSIM...' Sendo assim o quê?! Você anteriormente fez um comentário passional sobre o vazio em um átomo, depois citou uma porcentagem sobre a provável composição do Universo, e então invocou um dos problemas teóricos da matemática, e de repente me sai com essa conclusão?! O que uma coisa tem haver com a outra? Denegriu o argumento com adjetivos como "quadrado" e "ultrapassado", e depois acusou-o de provir de radicalismo e cegueira. Mas onde você demonstrou qualquer falha no argumento de que PARA SER CIÊNCIA NATURAL É NECESSÁRIO APRESENTAR ESTRUTURAÇÃO MATEMÁTICA?!
Repare a frase grifada em maiúsculas conforme o original. O que eu continuo querendo saber é:
COMO VOCÊ DERIVOU ESSA CONCLUSÃO DESTAS PREMISSAS?!
Que conclusão? De que não é necessário se subordinar à estruturação Matemática para se obter a mesma respeitabilidade da química e da Física.
Que premissas? Que somos compostos de átomos que possuem grandes espaços vazios, que o Universo é composto 74% de Matéria Escura, e que a Matemática possui limitações demonstradas teoricamente!
Indo no popular: O que uma coisa tem haver com a outra?! Você continua não argumentando, e sim apenas empurrando conclusões sem nenhuma base nos seus próprios argumentos. Como não conseguiu demonstrar argumentativamente sua posição, você simplesmente diz "...reafirmo que não é correto..." o meu argumento, mas eu continuo querendo saber o porquê! Ao invés de vir com um argumento, vem reclamar do meu desdém da frase "poética", que não tem a menor relevância. O que eu quero saber é:
COMO VOCÊ REFUTA MEU ARGUMENTO SOBRE A NECESSIDADE DA MATEMÁTICA NAS CIÊNCIA NATURAIS?!?!?
Não tem a menor importância que a Matemática tenha limitações. Analogamente, sabemos que bons hábitos alimentares e de Higiene são fundamentais para mantermos uma boa saúde, mas são limitados, podendo não ser suficientes para evitar doenças. Isso significa então que podemos assumir programas de saúde que desconsiderem a higiene e a alimentação?
Ou seja, o fato da matemática ter limitações não nos autoriza a construir Ciência Naturais sem matemática!

Me ative nesse exemplo para mostrar o modo como você tem se comportado em nosso diálogo. Você se esquiva do argumento, levanta questões sem relevância e depois empurra as mesmas conclusões que eu havia atacado antes, mas sem nenhum método válido. Mas o mais interessante virá quando você finalmente decide abordar esta mesma frase que eu reproduzi.

As Ciências Humanas escapam aos limites do laboratório e às leis Matemáticas. Nem por isso suas observações deixam de ser objetivas. Desde que dentro de certas condições, qualquer pessoa possa observar certo fenômeno e descrevê-lo ou descobrir suas leis, esse fenômeno existe objetivamente, mesmo se essas leis não se prestem a uma formulação matemática e as condições não possam ser reproduzidas em laboratório.

E aí que você se engana. Há muito baixa OBJETIVIDADE em Ciências Humanas, por dois motivos muito simples.

1 - A Objetividade pressupõe uma separação clara entre SUJEITO pesquisador e OBJETO de pesquisa. Enquanto o Ornitólogo é claramente distinto do Passáro e o Geólogo é claramente distinto da Rocha, o Psicanalista Freudiano também tem Complexo de Édipo e Libido em atividade, assim como o seu paciente, e o Etnologista também é formado pelos mesmos elementos culturais que se propõe a estudar. Há uma influência cíclica que interfere no objeto de estudo. Isso não quer dizer que as Humanidades não sejam úteis e válidas em seu contexto, mas elas não podem almejar maior Objetividade por que seus objetos resistem a isso. Ou poderíamos prever a História do Futuro, a Macro Economia e que tipos de comportamento serão desenvolvidos por tal faixa etária em tal época futura, da mesma forma como podemos fazer diversas previsões em Ciência Natural. Mas todas as esperanças nesse sentido já foram tão sistematicamente frustradas que os Antropólogos, Historiadores e etc já desistiram desta pretensão.

2 - A Objetividade nas Ciências Naturais é o que nos permite fazer experiências. Podemos manipular compostos químicos, insetos ou células para examinar suas reações. É possível fazer isso com a sociedade? Claro que não! Não temos laboratórios onde podemos reunir milhares de pessoas para fazer experimentos sociais controlados, e nem isso seria ético. O objeto de estudo Humano resistirá a qualquer tentativa de delimitação e redução. Só em saber que está sendo estudado, seu comportamento se altera. Enquanto a planta não muda de comportamento ao ser examinada pelo botânico, os humanos sim.

Com tudo isso, não há exatamente "Leis" nas teorias sociais, ao menos não tão inflexíveis e confiáveis quanto os das teorias físicas. O fenômeno humano é complexo demais para ser tão sistematicamente equacionado, e continua sendo fundamentalmente imprevisível.

Fenômenos sociais, psicológicos e espíritas pertencem a esse rol. Ou você quer negar a Sociologia, a Antropologia e a Psicologia como Ciências? Caso queira, e é o que me parece, será uma visão preconceituosa e ultrapassada. É aí que nosso diálogo torna-se difícil de prosseguir.

E porque fica difícil? Porque você diz que esta é uma visão preconceituosa e ultrapassada. MAS NÃO DIZ PORQUÊ!!! Simplesmente empurra suas afirmações. E neste caso ainda é um tanto estranho, pois outrora as Ciências Sociais tiveram muito mais pretensões e votos de confiança como Ciências do que hoje. As grandes críticas contra a Objetividade nas Ciências Naturais se dão todas as partir da segunda metade do século XX e tem se acentuado cada vez mais.
Eu sustento que as Ciências Sociais não deveriam assim se chamar pelo simples fato de que elas são muito mais Filosofia do que Ciência. São Filosofias especializadas, e só assumiram o termo Ciência no entusiasmo positivista do século XIX, o mesmo entusiasmo que estimulou diversas outras linhas de pensamento a se classificarem como Ciência, incluindo o Kardecismo.

Essa questão de subclassificações da Ciência em Natural, Humana, etc é uma discussão posterior. O foco de nossa discussão é se o Espiritismo é ou não uma Ciência, independente de subclassificações.

E eu já disse que ele não pode ser Ciência Natural devido a falta de objetividade, matematização e progressão. Mas também não pode ser Social porque faz afirmações sobre a Natureza. Sendo assim, que tipo de Ciência ele é? Desde o começo eu tenho dito que tudo depende do que se entende por Ciência. O Kardecismo não é Ciência Natural e nem mesmo Social. Isso para mim já é mais do que suficiente para estabelecer seu caráter de Não-Ciência. Se você quer defender uma nova concepção de Ciência, tudo bem.

Além do mais, não existe dentro de um pensamento coerente e lúcido, a preponderância das Ciências Naturais sobre as Ciências Humanas ou sobre qualquer outra, e vice-versa.

Mais uma vez aqui. Você cria um conceito sem justificá-lo. Quer dizer que quem propor a preponderância de uma sobre a outra estaria sendo incoerrente e não-lúcido, mas mais uma vez não argumenta em favor desta afirmação. Não diz porquê, simplesmente afirma.

Para aqueles que questionam o caráter de objetividade da Ciência Espírita, reafirmo-o e proponho um convite. Digo que qualquer pessoa que por tais questões venha se interessar, independentemente de credo religioso, político, etc, desde que tenha ausência de preconceito, disciplina, paciência e humildade, e se dispor a estudar de modo teórico-prático o Livro dos Médiuns, encontrará fatos que corroboram a sobrevivência da alma e a reencarnação. Isso quer dizer, realizar sessões mediúnicas nos moldes estabelecidos por Kardec. Estudem ao menos o aspecto científico-filosófico do Espiritismo e busquem a experimentação prática semanal em no máximo 03 anos (semelhante a W. Crookes). Advirto pessoalmente e em acordo com os próprios espíritos, que o aspecto religioso (moral e evangélico) não deveria ser desprezado sob o risco de se construir sérias dificuldades nos campos da obsessão, mas afinal, os incrédulos acham isso uma grande crendice, não é mesmo?!

Pronto. Já está criado o mecanismo de defesa. Propõe-se a estudar objetivamente o Kardecismo, mas com a parte religiosa. Ou seja, já de imediato aniquilando a objetividade. É fácil entender o porquê desta precaução. Se o investigador aceitar o desafio e ingressar na religiosidade, perde a objetividade, e uma vez estando religiosamente comprometido, pode se tornar um ávido defensor do Kardecismo, incluindo sua cientificidade. Se ele não se comprometer religiosamente e considerar a não-cientificidade do Kardecismo, imediatamente sair-se-a com o argumento de que essa falta de comprometimento comprometeu a pesquisa.
O Júlio é um exemplo de alguém que fez algo semelhante, e eu também já passei quase 10 anos frequentando centros espíritas, inclusive aplicando passes e participando de sessões de desobessação. Minha mãe durante anos trabalhou como médium, e eu presenciei vários evento de incorporação não só no Kardecismo, como também em Umbanda, e até no Racionalismo Cristão. Até hoje frequento ocasionalmente alguns núcleos espíritas, especialmente nas festas juninas, e continuo achando uma religião magnífica. A que eu escolheria sempre se fosse o caso. Mas a pretensão científica do Kardecismo não me convenceu muito tempo. Uma das coisas que me atraiu foi sua posição de não conflitar com a Ciência, o que era muito bom, mas não demorei a notar que as coisas não funcionam de modo a justificar essa alegação de cientificidade. Não obstante não foi isso que me afastou, mas sim questões meramente filosóficas.

Então, já que assim pensam, façam como lhes convier! (* Particularmente, não recomedaria com essa prática). Ouso dizer que todas as pessoas que se dedicaram ao estudo sério e disciplinado encontraram evidências que confirmam os dizeres espíritas. Em caso contrário, estou aberto à conversação. Milhares de pessoas que assim fizeram obtiveram respostas para seus questionamentos. Ou você acha que a considerável parcela de médiuns espíritas que dedicam horas preciosas de seu tempo ao labor mediúnico durante 10, 20, 30 ou até mais anos, fariam isso somente pela fé? Evidentemente que não.

Evidentemente que SIM! Faz-se mil e uma coisas pela Fé! A Fé remove montanhas! Não é mesmo?

O grande problema é que as pessoas querem criticar o método de Kardec sem ao menos testá-lo! Em outras ocasiões, se ocupam da parte prática dos fenômenos sem embasamento teórico adequado. Isso é contraproducente.

O problema é que o Kardecismo já parte de uma série de pressupostos que não são fisicamente verificáveis, e sua estrutura conceitual, por princípio, não é compatível com a metodologia científica. Por isso na maioria dos casos não há possibilidade de testá-lo. É claro que se possível, é muito melhor estudá-lo detalhadamente para emitir uma opinião final, no entanto, visto que até agora o kardecismo não trouxe nenhuma realização científica, e é certamente uma religião, fica muito difícil haver estímulo e verba para submetê-lo a um procedimento longo e criterioso de investigação.

“Sendo assim o que?! Você anteriormente fez um comentário passional sobre o vazio em um átomo, citou uma porcentagem sobre a provável composição do Universo, e então invocou um dos problemas teóricos da Matemática, e de repente me sai com essa conclusão?! O que uma coisa tem haver com outra?(...) Mas onde você demonstrou qualquer falha no argumento de que PARA SER CIÊNCIA NATURAL É NECESSÁRIO APRESENTAR ARGUMENTAÇÃO MATEMÁTICA?!”

Caro Marcus, acho que você não se permitiu entender minhas colocações. Desarme-se e tenha um pouco mais de humildade. Em primeiro lugar, não fiz um comentário passional, mas uma análise calcada nas aferições da própria Física Quântica que nos leva a um questionamento filosófico perfeitamente lógico.
Também não invoquei um problema isolado da Matemática. Essa questão é fundamental ao escopo dessa disciplina. Inclusive faz parte e foi levantada no Congresso Internacional de Paris em 1900 pelo brilhante David Hilbert, que tinha o propósito de completar a fundamentação lógica da Matemática, permitindo a sua unificação.
“O Teorema de Gödel mostrou que certos problemas não podem ser solucionados por nenhum conjunto de regras ou procedimentos”. Estas são palavras do próprio CÉTICO Stephen Hawking (pág. 139 do livro O Universo Numa Casca De Noz). Os fatos espíritas se enquadram nesse rol. Esta é uma clara base, dentro dos preceitos científicos, para a afirmação de que o fenômeno espírita não precisa obrigatoriamente se enquadrar em um sistema de regras e procedimentos equacionais para ser científico!!! O princípio da incerteza de Heisenberg decretou a morte dos ideais de precisão e certeza da Física.
Em resumo: a Matemática e a Física, de forma isolada, são limitadas para poder dizer o que é ou não científico. Me desculpe, mas o pior cego é aquele que não quer enxergar!

Como eu disse logo no começo, é aqui que a coisa realmente fica feia. Talvez a pior. Vamos observar sua reação pouco a pouco.
A primeira coisa que você faz e me pedir para me desarmar, depois diz ter feito uma análise que levou a um questionamente perfeitamente lógico! Pois bem, onde está a ordenação lógica?! Porque você acha que Teorema de Godel é fundamental para a matemática? A quase totalidade dos usos prático e teóricos pode ignorá-la por completo. Quem disse que Hawkins é cético?! E afinal, O QUE ISSO TEM HAVER?! Como você tirou esta "clara base, dentro dos preceitos científicos"!
E em resumo: Quem disse que a Matemática e a Física, isoladamente, dizem o que é ou não científico!? O que eu disse é que o uso de matemática é fundamental para as Ciências Naturais, mas quem diz isso é a Teoria da Ciência, ou melhor, a Filosofia.
Você falou, falou e enrolou, MAS NÃO ARGUMENTOU! Em Lógica, poderíamos considerar isso um coquetel de Evidências Anedóticas. E o pior, no final ainda me acusa de ser cego! Cego porquê, por não ver o que você não mostrou?
Posso te dar algumas dicas. Para derrubar minha afirmação, alguns caminhos seriam:
- Mostrar algum ramo reconhecido como Ciência que não use Matemática.
- Mostrar que é possível a Objetividade e Progressividade do Conhecimento no Espiritismo.
- Demonstrar afirmações originadas do Kardecismo que sejam claramente verdadeiras e insofismáveis.
- Apresentar alguma linhagem filosófica da ciência que defenda uma Ciência sem objetividade ou matemática. Ou simplesmente explicar como isso seria possível. COMO SERIA POSSÍVEL OBTER CONHECIMENTOS SEGUROS E CONFIRMÁVEIS SEM OBJETVIDADE DE PRECISÃO MATEMÁTICA?!?!
Ou sei lá. Alguma outra coisa. Mas somente enrolar não adianta.

“Eu poderia dizer a mesmíssima coisa do Vodu, da Macumba, do Satanismo, etc...”

Como eu disse, você está radicalizando. O que essas “ciências” tem oferecido em termos de estruturação lógica, coerência, inteligibilidade e dados experimentais que as façam ser denominadas Ciência? É uma comparação completamente disforme e imprudente!

Eu poderia dizer a mesmíssima coisa do Kardecismo! Nada disso é ciência, e nada disso tem oferecido dados experimentais. Devo admitir porém que a estruturação lógica, coerência e inteligibilidade do Kardecismo é maior, sem dúvida, mas isso o deixa numa dimensão filosófica, não científica.

Aproveito a ocasião, para parabenizar o Júlio Siqueira pelo maravilhoso link colocado recentemente no final de “Criticando Kardec”. A página de Winston Wu, dentro do item 1 de “Existem espíritos!”, discorre e derruba esse e outros argumentos pseudo-céticos utilizados contra a sobrevivência da alma e a reencarnação. Ele fala sobre muitas falsas impressões que ganham status de “verdade”. Realmente brilhantes as colocações do autor.

Como eu disse desde o começo, você subestimou o Júlio, e tem muito a aprender com ele. E eu também.

“...destaco que a principal contribuição de Kardec à humanidade (embora ainda não compreendida mesmo pelos espíritas) foi um novo método de análise da realidade: experiência (empirismo), lógica, razão e revelação (intuição) _ todos esses instrumentos juntos e não apenas um isoladamente, se policiando uns aos outros, se contrapondo e principalmente, se complementando. È a busca do conhecimento e do saber por esses vários mecanismos de percepção sem predominâncias ou detrimentos.”

“Concordo. Realmente o kardecismo possui uma estruturação louvável em termos de síntese de conhecimento (...)”

Tudo bem. Mas você não te entendeu o que eu quis dizer, caso contrário não estaríamos discutindo a cientificidade do Espiritismo. Kardec propôs um nova metodologia científica. Na Idade Média, a fé era a norteadora de todo o conhecimento produzido. Assim, este ficou submetido, deturpado e adulterado por conveniências pessoais, egoísticas, políticas e financeiras. Como reação a esse equívoco, a “fé” foi afastada definitivamente dos mecanismos de busca do saber. Contudo, o ser humano ficou privado de um importantíssimo instrumento de percepção da realidade: a intuição (entenda-se animismo e mediunidade). Somente com as ferramentas positivas, o homem se vê perdido em suas próprias (más) condutas e incapaz de entender esse maravilhoso fenômeno chamado vida. A partir da incapacidade de responder a todos os anseios do ser humano, o Espiritismo recupera o valoroso instrumento do “religare”, porém agora, submetendo-o à razão e à coerência . É justamente onde a Ciência ortodoxa se encontra incapaz de prosseguir adiante, que a Religião (no verdadeiro sentido de religação com o trancendente, sem misticismos, crendices, dogmas irracionais e dispensáveis cultos exteriores de outrora) vem clarear o pensamento. Isso de forma nenhuma implica na negação de verdades comprovadas e estabelecidas pela Ciência. Volto a afirmar: o Espiritismo não se contrapõe aos acertos científicos reconhecidamente esclarecidos e desvendados. Não há nada em que se possa acusá-lo de ser contrário à verdade. O máximo que se consegue é questioná-lo, pedindo-lhe mais comprovações. Exatamente isso, o que eu fiz propositalmente, quando tratei do assunto Evolucionismo, apenas para exaltar um tipo de raciocínio duvidoso. De novo: não estou negando as análises taxonômicas, geográficas, etc. Somente coloquei que diante dos modernos conhecimentos bioquímicos atuais, várias perguntas poderiam ser feitas sem que se obtivessem respostas. Essas disciplinas anteriormente citadas, não contém ainda embasamento dentro de uma moderna análise Bioquímica. Volto a repetir o desafio (feito pelo Michael Behe): Não existe nenhum trabalho científico publicado em revistas idôneas que apresente uma análise detalhada de DNAs de diferentes espécimes, demonstrando de forma conclusiva uma gradação evolutiva entre as espécies distintas. Por favor, se encontrar me mostre! Não que eu não ache que isso não vai acontecer. Mas aí, meu caro, até que isso aconteça, continuará a ser, segundo sua própria argumentação, uma questão de fé, não de ciência! Não é mesmo?!! Portanto se os céticos apelarem para a não completude das explicações e demonstrações espíritas, estes últimos também poderão apelar para semelhantes insuficiências da Ciência ortodoxa. Não acho que seja um bom caminho.

NÃO! Não é uma questão de FÉ! Não tem NADA HAVER COM FÉ! Fé, é Certeza sem Evidência, Convicção Irracional ou qualquer outra coisa supraracional e talvez divina. Se você tem evidências, faz teorias que se encaixem nessas evidências. O fato da Teoria não esgotar totalmente as questões, sendo capaz de explicar nos mínimos detalhes o micro no nano do pico do femto, o que aliás é evidentemente impossível, não significa que ela não tenha validade racional e científica.
Fé não precisa de nada disso. Não precisa de teoria, nem de evidência, nem de explicação, nem de hipótese. É simplesmente FÉ. NÃO EXISTE FÉ EM CIÊNCIA!
Voltando ao Kardecismo. Concordo com sua análise. A diferença é que ele não introduziu metodologia científica eficiente, mas apenas organizou e sistematizou os dito fenômenos antes tidos como sobrenaturais. De certa forma, ele "desmistificou a Mística"! Introduziu racionalidade, e nesse sentido, articulou-se filosoficamente.
Apesar da coerência interna, nada muda o fato de que Metafísica nenhuma é possível como Ciência. O Kardecismo faz uma completa Metafísica transcendental, muito bem desenvolvida e coerente. Portanto merece o título de Filosofia. Mas isso não permite validade científica.

“Nada tem que ser desprezado, mas acontece que o Darwinismo original já está há muito foi superado.O que temos hoje, a Teoria Sintética da Evolução, incorpora elementos do século XX, e vem cada vez mais se aperfeiçoando frente a novos dados. O Evolucionismo não pára. Ele evolui! Recebendo dados da genética , da etologia, geografia, paleontologia,etc. (...) Agora quero ver você me mostrar algo remotamente parecido com o Kardecismo. Que atualizações, revisões e aperfeiçoamentos o Kardecismo tem sofrido?”

Bom Marcus, o Espiritismo, ou melhor, a Ciência espírita (para quem quiser Ciência Do Espírito _ não necessariamente feita pelos adeptos do Espiritismo) também evolui. Como eu disse na 4a mensagem, talvez não na mesma velocidade que a ortodoxia, mas evolui. Os motivos desta menor velocidade já foram expostos e explicados. Apenas para relembrar:
a. Preconceito e falta de abertura no meio acadêmico,
b. Falta de recursos financeiros
c. Incompreensão da sociedade e dos próprios espíritas da importância desse tipo de pesquisa.
Muitos aprimoramentos posteriores foram feitos dos conceitos e ensinamentos apresentados por Kardec, em vários campos como o evangélico, o filosófico, o artístico, o pedagógico,etc. Mas vou me ater à questão científica, nosso foco atual. Sem contar o Pentateuco kardequiano temos posteriormente:

-Metapsíquica: Os trabalhos de Charles Richet a respeito dos fenômenos de natureza anímica, incluindo análise do ectoplasma, são contrários à visão materialista do ser, portanto, caminham em semelhante sentido aos experimentos espíritas, reforçando-os. Também temos os trabalhos de Gustave Geley (Revue Metapsychiquee), Friedrich Zöllner (Provas Científicas da Sobrevivência, Ed. Edicel, São Paulo, 1986) e outros.

-Pararapsicologia: A função Psi divide-se em 2 grupos: 1. Função psi-gama representada pelas faculdades do indivíduo, responsáveis pela produção de fenômenos paranormais subjetivos. Neste grupo inclue-se a telepatia (trasferência de informação de uma mente para outra, sem o uso dos meios de comunicações convencionais normais); a clarividência (resposta a um estímulo externo, sem o emprego de qualquer órgão sensorial normal); e a precognição (conhecimento antecipado de um evento futuro, sem a utilização de qualquer meio normal de previsão). A função psi-gama sugere a existência de um componente da psique capaz de extravasar-se além dos limites sensoriais do organismo e captar informação extra-sensorialmente. Daí a designação da escola de J. B. Rhine: percepção extra-sensorial _ ESP ou “extrasensory perception”. A referida expansão da percepção também faculta ao indivíduo tomar conhecimento de um fato futuro, antes que tenha ocorrido. Por conseguinte ela se projeta além do presente no sentido do fluxo do tempo! È a pré-cognição sobejamente demonstrada em rigorosos experimentos laboratoriais e para qual não se encontra nenhuma explicação ortodoxa plausível. Bastaria apenas a evidência desta função para abalar a mais convincente interpretação materialista e reducionista a respeito da vida. 2. Função psi-kappa, respondendo pela produção dos fenômenos para-normais objetivos, nos quais está implícita a ação dinâmica direta da mente sobre a matéria. É a psicocinesia. Esta tem sido exaustivamente demonstrada não só através de testes estatísticos, como verificada diretamente em experiências controladas, com potentíssimos agentes psicocinéticos, tais como Nina Kulagina (ex- URSS) _ e Jean Pierre Gerard (França). Destacamos o trabalho do Dr. Karlis Osis e a Dra. Donna McCormick apresentaram na 22a Convenção Anual da “Parapsicological Association”, em Moraga, Califórnia, de 18 a 15 de agosto de 1979, em trabalho entitulado: “Kinetc Effects at the Ostensible Location of na Out -of-Body Projection During Perception Testing”. ( The Journal off American Society For Psychical Research, vol. 7, nº 3, July, 1980, pp. 319-329). Este consiste em um sistema de controle e registro automático, munido de sensores capazes de detectar presença física, dentro de uma câmara blindada, do “observador” projetado fora do corpo. Durante a OBE, o paciente deverá também fornecer informação a respeito de uma figura composta ao acaso por um sistema óptico especial e percebida, extra-sensorialmente, do interior da câmara blindada. Os resultados evidenciaram a presença de algo entre os sensores da câmara blindada, todas as vezes que o paciente em projeção fora do corpo, consegiu descrever corretamente a figura selecionada pelo aleatorizador. “Esta pesquisa foi conduzida de uma maneira imparcial, mas com óbvia abertura para a perene questão: Possui o ser humano alguma coisa como uma alma que transcende o corpo no espaço e no tempo, possivelmente mesmo depois de sua morte? _ uma questão muitas vezes silenciada, mas nunca erradicada pelas filosofias dominantes através da história, ou mesmo, como nos tempos modernos, pela repressão governamental em alguns países”. (artigo publicado na ASPR Newsletter, vol.4, out de 1980 por OSIS e Mc CORMICK) Destaco essas últimas palavras do Dr. Karli Osis e da Dra, Mc Cormick quando dizem da repressão governamental, corroborando as “teorias conspiratórias” de não repasse de informações ao grande público de certos tipos de experimentos.

-Psicobiofísica: Matéria Psi (1a ed. 1970)_ Tese de Ernani Guimarães Andrade. Em seu livro “Psi-quântico”, o autor trata de algumas idéias qualitativas da Mecânica Quântica para o que seria a “matéria psi”, ou a matéria de que são constituídas as entidades no plano espiritual. Ele constrói uma extensão de alguns conceitos de física atômica à matéria espiritual sem, contudo, chegar a formular uma teoria completa à semelhança da teoria da Física para a matéria comum. É de se destacar que algumas correções podem e devem ser feitas, conforme as indicadas pelo artigo “A propósito da matéria-psi” de Carlos Roberto APPOLONI do Núcleo Espírita Universitário, de janeiro de 1998, Londrina.

-Psicoimunologia: Inter-relação Mente e Corpo abundantemente relatada em estudos recentes. Como exemplo, teríamos os livros e artigos do Dr. Harold G. Koening (especialista em Geriatria, Psiquiatria e Bioestatística).

-Psicotrônica: experimentos realizados na ex-URSS, cerceados pelo materialismo oficial, que lançava desgraça a qualquer pesquisador que tendesse a evidenciar a hipótese do espírito. Ainda assim, importantes constatações foram feitas. Ver V.N. PUSHKIN, V.M. INIUSHIN e G. A. SERGEIEV.

-Transcomunicação Instrumental: Ver trabalhos de JUERGENSON, F. _Telefone para o Além, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1972; Dr. Konstantin RAUDIVE _ Unhöbares Wird Höbar. Há uma versão inglesa: Breskthrough, N.York, Taplinger, 1971; Sônia RINALDI, presidente da ABT _ Associação Brasileira de Trascomunicação.

-Física: Princípio da Incerteza de Heisemberg _ Comentado nesse texto e no “A Matemática e A Lógica como Base para o Paradigma do Espírito” (publicação futura). Supergravidade com 11 Dimensões: a Ciência tradicional já admite a existência de várias dimensões, embora não afirme ainda sobre a existência ou não de vida nelas, ou a capacidade de comunicação entre elas. “O retorno do éter”: artigo (em anexo) de julho de 2002 da Scentific American Brasil de Roberto de Andrade Martins _ físico e historiador da ciência, prof. Do Instituto de Física da UNICAMP, colaborador em cursos de pós-graduação na PUC-SP e na USP. E essa não é uma opinião isolada, ao contrário, uma tendência que está sendo retomada, apesar da palavra éter ser um grande tabu no meio acadêmico. .

-Neurologia: Glândula Pineal e Monitoração da Mediunidade – Dr. Sérgio Felipe de Oliveira (inclusive com publicação na conceituada Nature).

-Psicologia: TVP_ Terapia de Vidas Passadas (inúmeros autores). Muitos terapeutas queriam apenas retornar à infância de seus pacientes para tratar patologias psíquicas, mas na prática, acabaram por se deparar com relatos de vidas passadas dos mesmos.

-Bioquímica: Inteligent Design de Michael Be he. Esta na verdade, não derruba o Evolucionismo, mas sim renova-o, acrescentando-lhe um “comando superior” que antes era totalmente atribuído ao acaso.

-Matemática: Números Complexos, Matemática Euclidiana e Teorema de Gödel _ pesquisa de Sérgio Felipe de Oliveira. Também escrevi sobre em texto de futura publicação.

-Medicina de Emergência: Experiências de Quase Morte _ milhares de casos, inclusive com estudos feitos por médicos como o Dr. Peter Fenwick, neuropsiquiatra (considerado uma das maiores autoridades britânicas em EQM).

-Grafoscopia: comprovação da autenticidade de assinaturas dos mortos. Já comentei.

-Biologia: Morfogênese, Embriologia, Genética e Campos Organizacionais. Ler o excelente livro Morte Renascimento Evolução uma biologia transcendental de Hernani Guimarães Andrade. O autor faz competente revisão bibliográfica e fala de questões como: O fenômeno da recapitulação. Por que o desenvolvimento do embrião reproduz resumidamente, a evolução da espécie a qual pertence? A questão da homologia. Órgãos homólogos, não somente, não são controlados pelos mesmos genes semelhantes, como podem surgir de partes totalmente diferentes do embrião em desenvolvimento. As experiências com a mosca Drosophila melanogaster (mosca-de-frutas). Realizando-se o cruzamento entre si de moscas possuidoras do gene mutante recessivo, correspondente ao caráter “mosca sem olhos”, poderá ocorrer o aparecimento de moscas sem olhos pertencente a uma estirpe pura. Este fato ocorrerá quando, eventualmente, os genes recessivos forem emparelhados no cruzamento. De acordo com as regras da genética, se prosseguir daí o entrecruzamento das “moscas sem olhos”, de linhagem pura, as suas descendências deverão, a rigor, ser todas do tipo “mosca sem olhos”: ss X ss = ss, ss, ss... Mas não é isso o que ocorre na prática. Dentro de um certo número de gerações por entrecruzamento das “moscas sem olhos” surgirão novamente moscas com olhos normais! Assim: ss X ss = ss, ss,ss, Ss ??? Como pode isso se dar? A explicação correntemente mais aceita pelos geneticistas é que os demais genes reembaralham-se e recombinam-se de maneira a substituírem o gene faltante formador de olhos. A esta explicação, Arthur Koestler (O Fantasma da Máquina, trad. Portuguesa, Rio: Zahar ed.,1969,p.164) opõe séria objeção: “Ora, o reembaralhamento, como qualquer jogador de pôquer sabe, é um processo feito ao acaso. Nenhum biologista teria a petulância de sugerir que o novo olho do inseto desenvolveu por pura sorte, repetindo assim, em poucas gerações, um processo evolutivo que levou centenas de milhares de anos. (...) A recombinação de genes que representa o gene faltante deve ter sido coordenada de acordo com algum plano global que inclui normas de autoconserto genético após certos tipos de danos causados por mutações nocivas. Mas tais controles coordenadores só podem funcionar em níveis mais elevados que os dos genes individuais” ( KOESTLER). A solução: Magnetismo e Organização. Ernani Guimarães Andrade nos convida para uma experiência muito simples. Obtenha um pequeno ímã, um punhadinho de limalha e uma cartolina. Coloque a limalha sobre a cartolina. Observe como as partículas se dispõem aleatoriamente, em disposição desordenada e sem qualquer orientação. Depois, aplique os pólos do ímã por baixo do pedaço de cartolina, e dê algumas pancadinhas de leve no cartão. Notar-se-á que a limalha acomoda-se de maneira ordenada, seguindo um padrão definido, dispondo-se de acordo com as linhas de força do campo magnético dos pólos do ímã. Que nos sugere tal fenômeno? Será que nos processos biológicos não haveria semelhante ação ordenadora de campos de força organizadores? Ainda mais: não seriam, tais campos, produzidos por um princípio que se formou concomitantemente com a própria vida, desde os seus primórdios? Neste caso, esse princípio poderia graças a uma constituição estrutural espaço-tempo, armazenar toda a sua experiência pregressa (explicaria o fenômeno de recapitulação!), convertendo-se em um domínio informacional histórico. Este princípio reportado funcionaria como um modelo organizador biológico. “A doutrina tradicional moderna, segundo a qual os elementos químicos condicionam completamente a estrutura e a organização do organismo, falhou ao explicar por que certa constância estrutural persistiu através do fluxo químico. Esta óbvia insuficiência conduz à introdução de fatores não físicos, tais como a enteléquia de Driesch, o organizador de Rignano, os gradientes fisiológicos de Child, o campo biológico de Weiss, e a Gestalten de Köhler, cada qual tendo certa validade em termos descritivos.” (BURR, H. S. e NORTHROP, F. S. C. _ the Electro-Dynamic Theory of Life_ Main Currents, vol.19, nº1, Set/out, 1962, p. 8). Em uma linguagem espírita, esses seriam sinônimos do perispírito, o qual erroneamente, o Júlio afirmou não ser necessário e nem ter razão de existir. Ernani Guimarães continua seu relato de fatos e elaboração de raciocínio de reforçam essa teoria. Vale a pena ler o livro e conferir na integra.

Como você pode observar através desse pequeno levantamento, ao contrário do que você disse inoportunamente, a Ciência Espírita não é tão pueril quanto afirmaste.

“ Já eu sim, afirmo um pouco mais duramente que o Kardecismo não pode ser ciência pelos motivos que já expliquei antes e que não foram abordados por você, que posso resumir em: 1. Afirmações sobre a Natureza demais para ser uma Ciência Social, 2. Ausência de Matemática o que inviabiliza sua posição como Ciência Natural”.

1. Quem disse que não pode haver confluência e interdisciplinaridade entre a Ciência Natural e a Ciência Social? Afirmações de um campo podem e devem encontrar ressonância no outro. Aliás, um dos critérios para se avaliar se um conhecimento é ou não verdadeiro, é a globalidade, ou se preferir, a integrabilidade: nenhum princípio é verdadeiro isoladamente; deve-se integrar em um conjunto de princípios gerais. Nenhum dado pode ser verdadeiro em uma área do conhecimento contrariando os dados de outra área. Assim, nenhuma verdade moral pode ser irracional, nenhuma verdade da experiência pode ser imoral; nenhuma verdade racional pode contrariar os dados da experiência; nenhuma verdade religiosa pode ser anti-científica e vice-versa. É de se notar que a própria Ciência nos fornece exemplos de uma mesma coisa que pode ser vista sobre dois campos: a luz. Esta possui natureza de partícula (matéria) e de onda (energia) ao mesmo tempo. Sinceramente, não há motivo para essa rigidez. Os outros critérios para aferição da verdade são: Racionalidade, Moralidade, Experiência-Observação e Universalidade. Quem quiser saber mais sobre o que é a verdade, se ela realmente existe, se pode ser medida, em que apóia, consulte a introdução do livro “Educação Segundo O Espiritismo” de Dora Incontri. Interessante, mas você excluiu a interdisciplinaridade. Não me causa surpresa já que é esse o modelo educacional vigente até hoje, ultra-especializado, restritivo e desconexo. Volto a chamar a atenção para a rigidez de suas convicções, algumas delas, felizmente, já derrubadas por restaurados e novos modelos de pensamento.

2. Acho que já falei bastante sobre o assunto. Esse conceito restritivo de Ciência deve ser alterado.

“Mas isso só abalaria a doutrina se você insistir em sustentar uma concepção de ciência ultrapassada, e/ou que a parte científica do Kardecismo tenha que se enquadrar em nossos parâmetros de Ciência tradicionais, onde espero ter deixado claro porque não se enquadra”.

É EXATAMENTE ISSO QUE TENHO DITO E DEMONSTRADO! Concepção ultrapassada de Ciência é aquela que só acredita em equacionamentos e cálculos matemáticos exatos, em detrimento e negação de outras formas de aferição da realidade. O Espiritismo não quer se enquadrar em todos os parâmetros da Ciência Ortodoxa (tradicional), pelo fato destes serem falhos em alguns pontos. Também não quer de forma alguma, desprezar todas as suas aquisições e conquistas.

Alguns pequenos comentários sobre as evidências conclusivas apresentadas pelo espiritismo:

_ Fotografias não são sugestionáveis: Também não havia no século XIX tecnologia para as alterações que hoje são feitas nas fotos como “fotoshop”, etc. Foram feitas fotografias de espíritos materializados que se encontram até hoje guardadas e arquivadas. Mas...é claro que muitos dirão inapelavelmente que eram pessoas encarnadas que lá estavam, embora o fato tenha sido presenciado por diversas e respeitáveis pessoas, com documentação e registros em cartório. Neste caso recorro ao texto de Winstom Wu (link de Criticando Kardec) que fala sobre a validade das provas anedóticas.

_ “Pesos de espíritos? Você quer dizer variações na massa corporal do médium antes e depois de uma incorporação? ”

Não. Estou dizendo que um espírito que se materializou, conversou com os presentes, tocou-os e depois subiu em uma balança por várias vezes em momentos diferentes registrando vários pesos. Ver materialização de Katie King estudado e documentado por William Crookes (livro Um Caso De Desmaterialização, de Alexandre Aksakov).

_ Modelos de pés e mãos em parafina: são experiências realizadas por Gustave GELEY com o médium Franek Kluski, ainda hoje no IMI (Instituto de Metapsíquica Internacional) de Paris. Estas foram repetidas também no Rio de Janeiro, sendo relatadas pelo delegado de polícia R.N. Ranieri (livro Materializações Luminosas), nas quais vários espíritos se materializaram, mergulharam suas mãos em um recipiente contendo parafina a mais de 80º C de temperatura, cobrindo-as totalmente com essa substância. Feito isso, a mão e o antebraço eram mergulhados em outro recipiente, este com água fria. Isso provocava a solidificação da parafina e conseqüentemente a obtenção de um molde. Esse molde de parafina era, posteriormente, vazado em gesso e produzia-se um modelo. Muitos destes estão conservados até hoje em museus como o do Lar Frei Luiz em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e alguns ainda guardam nítidas impressões digitais. Destaca-se ainda, que alguns modelos guardam perfeitamente a cópia dos pulsos. Os contornos da junção braço-mão só poderiam permanecer perfeitos e intactos pela desmaterialização do espírito, caso contrário, o molde seria deformado quando o espírito retirasse sua mão do mesmo. Lembre-se que a largura da mão é notadamente maior que o diâmetro do pulso.

_ Assinaturas idênticas em cartas psicografadas: não vou nem me estender. Isso já foi avalizado por especialistas do ramo de caligrafias. Em um estudo feito com o médium Francisco Candido Xavier, mais de 30% das assinaturas foram consideradas idênticas e aproximadamente outros 30 % muito parecidas. E o Espiritismo explica o porque do restante não se enquadrar nesses dois grupos.

_ Relatórios de casos de reencarnação cuidadosamente estudados e documentados.

“O principal problema é que mesmo dentro do âmbito Parapsicológico, há outras explicações. Como telepatia, clarividência e similares.”

Aí você tocou em um ponto grave! Somente aqueles que não conhecem o Espiritismo é que tem essa falsa idéia de que todas as explicações são mediúnicas. Allan Kardec( O Livro Dos Médiuns), Ernesto Bozzano ( Animismo ou Espiritismo) e Alexandre Aksakof (Animismo e Espiritismo) foram alguns dos que falaram a esse respeito. O fato de o animismo existir não exclui a explicação espírita. Esse é mais um argumento pseudocético. Mas ao contrário, essas evidências fortalecem ainda mais a explicação espírita. Senão vejamos: Para os materialistas, o pensamento é apenas uma função neuroeletroquímica do aparelho somático (corpo) que só existe na entidade biológica viva. Se alguma informação chega até um indivíduo que se situa à distância, como na telepatia, é que essa informação viaja (passa) por um ambiente exterior ao indivíduo (meio). Isso significa que existe algo que se encontra fora da entidade biológica como “substância” (não densa e imaterial, caso contrário teria sido detectado pelos aparelhos físicos ordinários) que chamaríamos de forma-pensamento. Se o pensamento, então, comprovadamente existe externamente ao ser, viajando por um meio exterior, tendo em vista estes fatos (clarividência, telepatia,etc..), é que ele torna-se em certo momento, independente do ser pensante que o produz. Se ele é independente durante a vida do ser, porque não haveria de continuar sendo após a morte? Porque houve colapso da máquina biológica que o produz, diriam os materialistas. Porém, se o pensamento existe como substância fora da matéria, o mais lógico é que o seu gerador (ser pensante) também se encontre nessa mesma natureza, caso contrário haveria uma incompatibilidade entre eles. Afinal, como algo material poderia gerar algo imaterial? Neste caso o gerador (produtor) da forma-pensamento imaterial, por uma questão de lógica, também deve ser imaterial. Assim, chamamos o gerador do pensamento de espírito ou alma, mesmo reconhecendo haver um correspondente material neuroeletroquímico desse mesmo pensamento. Este último seria um efeito da criação do campo extra-físico. Se o pensamento existe fora do campo físico, está aberta a porta para a metafísica e conseqüentemente para o espírito. Desse modo, a própria Parapsicologia quebra a visão materialista da vida, corroborando com a teoria do espírito. Essa questão também revela a função do perispírito, ou corpo espiritual de Paulo de Tarso (São Paulo apóstulo- 2a Carta aos Coríntios) ou corpo bioplasmático (de cientistas materialistas russos como V.S. Grischenko e V. M. Iniushin) ou modelo organizador biológico. Como pode o imaterial interagir com o material sendo eles de naturezas muito diversas? Eis aí o Espiritismo a explicar: por algo que possua uma natureza intermediária, semi-material e afim com os dois extremos: o perispírito (corpo fluídico), chave de todos os fenômenos ditos paranormais.

Quanto à questão da transcomunicação, você levantou um questionamento interessante. Porém, este existe mais por uma leitura parcial ou equivocada dos dizeres de Kardec e dos Espíritos. Da Introdução de O Livro dos Espíritos, item VI: “O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevive a tudo”. “O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita”. O fato é que dizer que o mundo material é secundário ao espiritual, não quer dizer que o mundo matérial não é importante. Lembrem-se que é uma escala de valores apresentada pelos espíritos desencarnados conhecedores de ambas as realidades. Essa afirmativa não deve ser tomada em sentido radical. Ela é relativizada quando o observador está “do lado de cá”. Para os encarnados, o mais importante é o agora, ou seja, sua atuação no mundo material, mesmo que tenham a certeza de uma futura vida posterior em um plano espiritual. Por favor, não devemos tomar os ensinos dos espíritos ao pé da letra como outrora fizeram com os Evangelhos! Kardec faz uma afirmação positiva de que mesmo se o mundo material deixasse de existir ou mesmo que jamais existisse, não haveria impossibilidade de existência do mundo espiritual. Daí dizer que os dois mundos são COMPLETAMENTE E INAPELAVELMENTE distintos (embora obviamente possuam distinções!) é uma outra afirmação, que não foi feita pelo codificador. Tanto é verdade que, o plano espiritual, bem como o plano material, são oriundos da mesma substância, o fluido cósmico, variando somente o grau de condensação e arranjos desse mesmo elemento primordial. Nisso, Kardec e os espíritos são bem claros. Existem 03 “coisas” no Universo: (1)Deus, (2)os princípios inteligentes por Ele criados _ no nosso estágio evolutivo chamamo-los espíritos e (3)o fluido cósmico ( ou FCU: todo o restante que não se encaixa em 1 e 2). Para o Espiritismo, o dualismo espírito-matéria seria mais uma questão didática, já que até mesmo o espírito é algo (porém um tipo de “substância” inconcebível para nós). Reflitam sobre a dificuldade dos espíritos para nos explicar determinadas coisas que não possuem comparativos em nosso mundo! Em muitos momentos a linguagem torna-se uma barreira, por melhor que sejam os tradutores (espíritos e médiuns)! É preciso ausência de preconceito e bom senso para captar suas idéias e ensinamentos. Mais especificamente, entrando na questão levantada, concordo que um grande pulso eletro-magnético como que o oriundo de uma explosão nuclear, indubitavelmente, produziria alterações na dimensão espiritual que lhe é contígua. De todo modo, devemos considerar que estas alterações, caso promovam graves modificações, não seriam necessariamente permanentes, nem determinariam o fim desse plano. Levemos também em consideração, a interferência e ação de espíritos específicos (engenheiros siderais) nesse novo quadro. Já quanto à questão dos dispositivos eletromagnéticos ao melhor estilo caça fantasmas, seria muitíssimo mais difícil, em razão das diferenças de freqüência e dificuldade de sintonia. Imaginem a infinidade de possibilidades de freqüências que o aparelho teria para pesquisar. Com que meios se chegaria a igualdade (ou proximidade) de freqüências? Agora, some-se a isso a possibilidade dos espíritos modificarem suas próprias faixas (conscientemente ou não). Sem falar em outros fatores ainda desconhecidos e talvez negligenciados. É uma situação bem mais complicada e de difícil afirmação, embora não impossível. Por outro lado na Transcomunicação Instrumental, são os próprios espíritos, que por sua vontade, buscam contato e por algum meio intuitivo ou até mesmo racional, obtém a sintonia necessária. Em verdade, não existe essa distinção, ou dualidade extrema e incomunicável que você afirma ver em Kardec. Seus estudos não chegaram a um pronunciamento no que diz respeito ao eletromagnetismo como ponte de união entre os dois planos. Essa análise é de autores posteriores como André Luiz (desencarnado), Kostantin Raudive (encarnado), Juergenson (encarnado), Hernani Guimarães Andrade (encarnado), Sérgio Felipe de Oliveira (encarnado) e outros. Lamento dizer então, que essa é uma interpretação errônea, embora você não seja o único a assim fazê-la. A título de relato, forneço o depoimento do pioneiro nessa área, Juergenson, fruto de suas pesquisas e experimentações: “Por mais fantástico que pareça tudo isso, a verdade é que se trata de vozes de pessoas mortas, que por livre iniciativa buscam lançar uma ponte sobre o abismo que separa o seu plano de existência do nosso. Com esse objetivo, os organizadores do Além utilizam não apenas uma instalação semelhante à do radar, mas também dispõem, ao que me parece, de uma freqüência de onda eletromagnética especial que manipulam à vontade, interferindo nas ondas curtas, médias e longas das nossas estações radiofônicas”.

“Geralmente os filmes de OVINIs não mostram mais que manchas difusas no céu ou efeitos luminosos que possam ter as mais diversas causas”.

Como você mesmo disse: geralmente. Mas existem importantes registros que não se enquadram nesse padrão. Não custa lembrar que bastaria um só caso para que se provasse a existência de um fato. Se ele existe ou não, talvez seja uma questão de critérios. Você tem todo o direito de expressar sua opinião sobre os acontecimentos ufológicos, mas essa não necessariamente representa a verdade dos fatos. Apesar de concordar contigo quando tu afirmas que a ufologia apresenta-se, às vezes, como uma grande gama de bobagens, crendices e exageros, afirmo que talvez existam muitos fatos e evidências que sejam para ti desconhecidos. Como na afirmativa situada mais abaixo. Recomendo a leitura da edição 100 da revista nacional UFO, que embora apresente algum exagero na forma de divulgação, por questões financeiras de vendagem, tem se mostrado bastante coerente em sua linha de raciocínio. “ Sinceramente nunca ouvi falar de tal versão. Ouvi sim uma a respeito de que até 8 horas após o suposto avistamento, ninguém ter pensado em ufos ou ETs...” É meu caro, mas ela existe. Inclusive, existem relatos de estranhos acontecimentos semanas antes do fato em si, e os pronunciamentos incoerentes de autoridades militares. Existem também relatos da incomum movimentação de tropas do Exército e até mesmo da acobertada e misteriosa morte de um soldado. Infelizmente, isso não é de conhecimento do grande público (a edição da revista UFO nº 100 traz os detalhes). A imprensa só faz por divulgar matérias sensacionalistas e tendenciosas (para os dois lados) ou então, tratam o tema com humor (típico do brasileiro) e deboche. Não quero de forma nenhuma igualar a ufologia ao Espiritismo, mas não posso, por outro lado, descartar totalmente o seu material. E um desses interessantes materiais é aquele recolhido pelos estudiosos dos Círculos Ingleses. “De qualquer modo, produzir círculos em plantações é algo muito simples, não digo que seja fácil. Dê um pulinho em www.circlemakers.org/, um grupo de jovens especializado nisso, e pode se preparar pra babar.” Eu fui lá. Logo de cara, cliquei em “Exhibit A” e depois em “Round in squares” e fiquei a observar as duas fotografias. A primeira e maior, mostra um círculo sem grande complexidade geométrica que eu chamaria de “quadrado espiral dentro de um círculo”. Bem feito por uma vista superior, mas extremamente simples, ao contrário da maioria dos verdadeiros círculos. Já a foto menor que apresenta um desenho de complexidade um pouco maior, mostra que os circlemakers não foram tão habilidosos assim. Se a olharmos com cuidado, perceberemos que existem distorções em seus desenhos!

“Essa radiação eu não tenho conhecimento, mas seria muito simples, bastaria irradiar os instrumentos usados para fazer os círculos. Qualquer laboratório pode fornecer materiais radioativos de pouca ou nenhuma periculosidade. Dobrar um caule em 90º sem quebrá-lo é algo muito simples para a maioria dos vegetais flexíveis, e que após isso eles apresentem alterações de crescimento é mais do que óbvio. Alterações gênicas? Não sei. A radioativadade explicaria”. “(...)Ah. Acabo de achar um ótimo link “Círculos nas Plantações”. Parece ter tudo”.

Me desculpe Marcus, mas seus comentários acima são típicos de um argumento pseudocético. Você rebateu minhas colocações mesmo antes de pesquisá-las e analisá-las! Não foi isento de parcialidade como deveriam ser os “verdadeiros céticos”. Veja o que diz o próprio link aconselhado por ti na seção O Que Dizem Os Caçadores De Círculos: “A maioria dos cerealogistas reconhece que vários dos círculos foram e continuam sendo feitos por pessoas com intenções variadas, que iriam desde a simples vontade de aparecer até a tentativa deliberada de desacreditar o fenômeno, mas acreditam que a maioria dos círculos possuem características que não poderiam ser reproduzidas por seres humanos: (1) Presença de quantidades anormais de radiação eletromagnética; (2) Hastes de plantas dobradas e não quebradas; (3) Alterações biofísicas nas plantas; (4) Aparelhos elétricos e magnéticos como câmeras e celulares que não funcionam no interior dos círculos.” Somente gostaria de acrescentar que: é IMPOSSÍVEL dobrar um caule rígido que normalmente se apresenta ereto, em um ângulo de 90º sem que ele se quebre OU sem que apresente deformação externa. A observação desses caules não tem mostrado essa deformação externa que seria de se esperar quando feita por meios mecânicos convencionais. É preciso analisar os fatos, não moldá-los de acordo com nossas idéias ou conveniências! Também acrescento que centenas de pessoas estiveram e estão estudando o fenômeno, muitas delas em regime de plantão nas áreas de maior incidência. Estas observaram que muitos círculos apareceram na manhã do dia posterior à vigília. Em alguns casos nenhuma movimentação foi percebida e em outros, luzes no céu foram observadas à noite sobre a área modificada. Muitos círculos foram feitos à noite. Sendo assim, eu gostaria de ver os circlemakers reproduzirem o fenômeno com todas as suas características, ou seja: os quatro pontos acima enumerados, mais meu adendo posterior e também fazendo-os em apenas algumas horas de um mesmo dia e à noite. Creio que isso não foi feito e nem será, principalmente se levarmos em conta apenas os desenhos de grande complexidade geométrica. O fenômeno dos Círculos Ingleses é, sem dúvida, um dos maiores embaraços para a ciência e os céticos da atualidade.

“Imagine que na virada da Idade Média para a Moderna, uma respeitável instituição religiosa declarasse publicamente que há bruxas que usam gatos pretos para roubar as almas de nossas crianças, que se reúnem à noite em orgias com o demônio e que podem desencadear terríveis doenças com seus feitiços, arrasar plantações com suas bruxarias e toda a sorte de coisas terríveis? Bem, foi exatamente isso que foi feito ao ser publicadoo Malleus Maleficarum pela Igreja Católica. (...) E por fim, você acha que isso tinha algum fundamento real?”

Como eu disse Marcus, você está apelando para argumentos pseudocéticos que apenas possuem um verniz de verdade. O fato de um determinado acontecimento for reconhecidamente comprovado como fraude ou embuste, por si só, não exclui a veracidade de fatos semelhantes (parecidos). Assim temos que: Não é porque a maioria dos políticos é imoral, que possamos afirmar que todos assim o são. Se houver uma exceção, mesmo que única, não poderemos dizer que a afirmativa a seguir é verdadeira: “Todos os políticos são imorais”.

“?!?!Onde alguém acusou os kardecistas de “se apossarem egoisticamente”?!?! Por favor ! Deve ter havido algum engano”.

Não. Não houve engano. Essa idéia está IMPLÍCITA na subseção 3 de “Kardecismo ou Espiritismo”. O autor Júlio afirma que Kardec quis restringir o uso de uma terminologia, que segundo seu pensamento, já se tornara de uso comum e popular. Contudo, como o próprio autor “quase” admitiu, os termos espírita, espiritista e espiritismo foram criados por Allan Kardec. Se ele os criou para diferenciar a nova doutrina que então surgira das demais, não faz sentido algum querer generalizar e ampliar seu significado posteriormente. E não adianta pegar afirmações do próprio Kardec em contextos isolados, para tentar afirmar uma suposta contradição ou abrangência de uso. Sinceramente não concordo. A propósito, ao contrário do que foi afirmado no final desse mesmo texto, os espíritas não querem desvalorizar os outros grupos e vertentes religiosas, mas sim, distinguirem o Espiritismo das demais formas de pensamento, as quais devem ser ecumenicamente respeitadas enquanto manifestações religiosas _ todas as religiões afro-brasileiras (Candomblé, Umbanda, etc...). Contudo, é óbvio que enquanto tríade religião, filosofia e ciência, o Espiritismo possui de forma conjunta, inegavelmente, um acervo de informações que se distingue de todas as formas do pensamento humano, embora apresente várias similaridades isoladas aqui e acolá com essas mais diversas correntes. Mas em acordo com o que um de vocês disseram anteriormente (Marcus ou Júlio), não vou ficar “eternamente” discutindo esse assunto. Sendo assim, farei como o próprio Júlio Siqueira fez outrora: deixarei o julgamento para cada um dos leitores.

“Com relação à suposta insinuação da perfeição de Kardec e desafio pela ausência de qualquer concessão de minha parte nos diálogos, peço que releia minha mensagem de nº 372. Ela fala por mim.”

“Foi você quem pediu. Lá vai.”
“Não fiz insinuações, fiz acusações abertas e declaradas, que estão “AQUI”. Reitero as afirmações que você não fez concessão alguma neste “Texto Original” e nem mesmo em sua “Tréplica”, salvo num pequeno adendo bem no finalzinho 9 dias depois”.
“(...) Não há nada que deponha contra uma postura de esperar perfeição de Kardec”.

Vamos então novamente à mens. 372:
“E aí Marcus?! Tudo beleza?
Fico feliz por ter voltado. Não precisa se desculpar até porque, de vez em quando, temos que deixar um pouco de lado “a complexa arte de filosofar” e aproveitarmos a vida naquilo que ela tem de mais belo: a simplicidade e os relacionamentos interpessoais. Bem agora gostaria de saber se você recebeu meu e-mail “Espiritismo e Jesus Histórico” que te enviei novamente conforme seu pedido. TAMBÉM REITERO A MENSAGEM DE PAULO CÉSAR TENÓRIO CAVALCANTE E SUA RESPOSTA”.

Mini Dicionário Aurélio: Reiterar v. t. Repetir, renovar.

Mensagem 371 de Paulo C. Tenório Cavalcante:
“Quero acrescentar e esclarecer ao ilustre Marcus Valério, que ando na busca da verdade. Que Allan Kardec, foi apenas um missionário, que como ele, pode surgir outros, até melhores, pois estamos todos a caminho da luz, que nada mais é que evolução.”

Resposta de Marcus Valério à mens. 371:
“Pessoalmente, não vejo nenhum problema na ocorrência de erros... (...) Os espíritos superiores que teriam ditado as obras para Kardec, não seriam perfeitos, ainda que tivessem um grau evolutivo muito maior que o nosso...” “O estatuto das obras de Kardec nesse sentido, é bem diferente do das obras das religiões Monoteístas, como a Bíblia e o Corão, que seriam não apenas uma mensagem de seres superiores, mas na verdade do próprio Deus em si, e dessa forma não poderiam, de modo algum cometer erros.”

SERÁ QUE É PRECISO REPETIR PALAVRA POR PALAVRA A MENSAGEM DO PAULO CÉZAR E A SUA RESPOSTA, PARA FAZER-ME ENTENDIDO E ACORDADO COM ESSAS IDÉIAS?!!! Tenho certeza que não. ] Agora, se você não quiser engolir o seu orgulho, pode alegar que não entendeu devido ao erro de português que cometi (escrevi “reinterar” ao invés de “reiterar”) _ embora não seja uma saída muito honesta, digna e verdadeira! Um pouco de canja de galinha e de humildade não faz mal a ninguém.

Por fim, gostaria de reafirmar meu respeito a ti, embora tenhamos pontos de vistas muitas vezes divergentes. O principal problema é que você não tem mostrado, de modo especial em sua 4a Mensagem, disposição para um diálogo sincero e desprovido de vaidade pessoal, o que certamente compromete nossa busca pela verdade. Mas enfim, da mesma forma que já errei anteriormente, como na análise de sua Filosofia Exeriana, e humildemente me retratei, tenho esperança que você reveja algumas colocações e posturas. A ciência espírita não é uma vaga idéia sem embasamento, nem algo que só faz por recuar diante da inconfirmação ortodoxa da existência de vida no Sistema Solar (essa idéia foi quebrada na 3a resposta ao Júlio). Recomendo que se intere mais a respeito de novos e recentes dados. Algumas fontes para pesquisa foram mostradas nessa e em outras mensagens. Ressalto que não devemos deixar que concepções e vaidade pessoais apaguem novas verdades que por vezes batem a nossa porta. Isso vale para todos nós, inclusive para este que vos escreve! Como você mesmo disse: “Free mind!” Também para os céticos. Saudações fraternas e respeitosas. André 05/03/05.
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