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          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556, 602, 603, 605, 606, 614

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Olá Marcus, notei que em Alice, existe uma espada espacial como nome de Luriander, personagem de Raio Y, e que Seinel é uma criatura fotosilicônica como os garotos superpoderosos de Raio Y (achei legal o constraste com o elemento X que deu origem a Lindinha, Florzinha e Docinho). Então aqui estão as perguntas:
- Após a aventura em Orizon 5, Luri se embrenhou no espaço chegando a Terra?
- Seinel foi construída baseada nele? Como foi a sua origem? Destruíram uma planeta para isso?Como e porquê construíram uma fêmea e como lidaram com as coisas típicas do comportamento feminino que em Orizon 5 queriam evitar?
- No referido planeta a água do mar era ácida a ponto de um ser humano não poder se banhar nela. Num mundo assim não ocorreriam chuvas ácidas destruidoras? A sobrevivência a beira mar também não ficaria prejudicada? E um sol vermelho não iluminaria mal o planeta?
- Vamos voltar para o nosso velho amigo Damiate. O que ele fez no tempo entre o fim de seu governo na Terra e a guerra celestial e entre esta e a época em que se passa a estória de Alice?
Muito Obrigado e Até logo.

Quinta, 12 de Julho de 2007
Oi Rodrigo...
Mais uma vez agradeço por me dar uma apreciação do Raio-Y, em especial, detectando suas ligações com Alice 3947. Será um prazer responder suas questões. Mas antes, devo dizer que na realidade o Raio-Y não é uma paródia do "Elemento X". Juro que isso nem me passou pela cabeça!
- Sim, Luri se embrenhou no espaço, mas até a data de ALICE 3947, jamais chegou à Mãe-Terra, onde na realidade sua existência é até mesmo posta em dúvida. Veja os nomes das Espadas Espaciais que são citadas em ALICE 3947: Xangô é a divindade Orixá do Trovão, Thor, evidentemente, é sua versão nórdica. Mitrandir é nada menos que o Gandalf de O Senhor dos Anéis, e Jeová é o próprio deus hebreu. Restam Luriander e Vanusilak, que são ambos personagens exclusivos do Universo DAMIATE, a última é uma das rainhas-feiticeiras dos 12 grandes reinos de As Senhoras de TERRANIA, aliás uma das próprias. É premissa do Universo DAMIATE que boa parte das divindades mitológicas antigas corresponderam a personagens reais posterioremente divinizados por lendas, e então todos de existência duvidosa. O próprio Gandalf, bem como outros elementos criados por J.R.R.Tolkien, possui defensores historicistas de sua veracidade histórica, como aliás também ocorre em nosso mundo real. Assim, as Espadas Espaciais recebem sempre o nome de divindades ou superseres mitológicos, literários e ou Metanaturais lendários ou não. Algumas outras são Shiva, Ororo, Sedna, Osíris e etc.
- Como eu esperava que você descobrisse, Seinel é uma R-Y, apesar de ser uma mulher, mas não tem nenhuma relação direta com Luri, sendo bem mais nova e de uma geração menos dispendiosa em termos de produção. A estória dela será contata num livro em que estou trabalhando atualmente.
- Na realidade, não chove em ORIZON 5! As Cidades possuem sistemas de irrigação que simulam chuvas períodicas. Mais explicações nas recentes adições das Informações.
- Vagou pelo espaço envolvido numa miríade de façanhas. Mas isso é estória do 'futuro'!
Amigavelmente
16 de Julho de 2007
   
          Arnaldo Manhani - 1983 - Santos-SP
          Estudante - Cristão - Protestante
616 , 618

a r n a l d o m a n h a n i       y a h o o . c o m . b r      
Sim, com certeza li os trechos grifados, porém compreendi que o Srº o faz apenas para "circundar", os dois lados da questão. Apenas acredito que se o Srº realmente acredita nisto (o texto é alegórico ) deveria sem demora, excluir estas suas exposições. Refutar Crentes que interpretam de forma literal, para o Srº, seria ao meu ver, perder tempo.
Sem mais. Um abraço.

Quarta, 11 de Julho de 2007
E por fim, após uma quarta mensagem seguida abordando o texto A Falsa Inerrância Científica da Bíblia, eis que o motivo vem a tona. Eu sempre pensei exatamente isto, mas acaba de me ser dada uma evidência bem clara do porquê, como explicado nas mensagens anteriores, muitos apologetas bíblicos não conseguem ver certos trechos do que está escrito.
Trata-se de uma pura e simples intolerância contra qualquer tipo de atitude com relação a seu livro favorito que não seja de total e incondicional subserviência e idolatria. Uma vivência que não permite qualquer tipo de espírito crítico, inquiridor, que dirá contestador. O fiel deve aceitar passiva e absolutamente, sem resistência, ipsis literis tudo o que estiver escrito, uma vez que se baseia no pressuposto da autoria divina suprema, pressuposto este, que, é claro, não está demonstrado no texto em si. Como se isso já não bastasse, ele espera do não-fiel uma postura similar!
Este texto, também conhecido como Bíblia X Ciência, tem permanecido imbatível há quase 7 anos! Devido a impossibilidade de refutação da tese central, que é: SE INTERPRETADA LITERALMENTE, como o fazem os apologetas da Inerrância Científica Bíblica, a visão de natureza da Bíblia é de uma Terra Plana e geocêntrica! Dê um pulo na Página 1 do Livro de Visitantes, em especial na Mensagem 24, para confirmar isso.
Ao que parece, na irritação de não conseguir refutar tamanha 'ofensa', o apologeta se apega a única saída possivel, que é a relativização pela interpretação simbólica, esquecendo-se que a mesma está mais do que prevista e abordada no mesmo texto! E que é exatamente isso que eu gostaria que todos fizessem, ao invés de tentar pescar interpretações literatistas para sustentar a insustentável inerrância científica! Mesmo porque, eliminando-se o literalismo, desaba o Criacionismo!
Então, quando não há mais saída, eis finalmente o apelo:
"Exclua o texto do ar!!!"
Não meu caro. Estes textos não serão excluídos, e muito menos são perda de tempo. A bem da honestidade, você deveria ir dizer isso não a mim, mas a todos aqueles que segundo o seu próprio ponto de vista estão abusando da interpretação literal para dizer que a Bíblia é cientificamente inerrante.
Amigavelmente
16 de Julho de 2007
   
          Arnaldo Manhani - 1983 - Santos-SP
          Estudante - Cristão - Protestante
616

a r n a l d o m a n h a n i       y a h o o . c o m . b r      
Caro Marcus Valerio,
Imaginei que o senhor iria argumentar dessa forma pois já tinha em mente que tipo de raciocinio seu site desenvolve. Longe de mim descrebilizar seu sitio, porém, vc há de concordar (eu sei que não o fará) que podemos encarar esses "abismos" e "circulo da Terra", tbm podem muito bem serem alegorias assim como os 4 cantos da Terra. Se vc acha que não é... bem aí é sua interpretação e fica por sua conta. Sinceramente acaba sendo tendenciosa a sua maneira de encarar as passagens. Eu nunca defendi que a passagem, que os crentes insistem em dizer que seguramente a Bíblia é cientifica, dizendo a Terra ser redonda em Isais, fosse de fato uma prova cabal. Pra mim esta passagem pode ser alegórica assim como as outras e muitas outras. Mas dizer que Terra no contexto bíblico é plana e circular, aí acho que é querer forçar a barra, pois temos fortes razões para descrebilizar esta afirmativa, visto que em outros trechos temos informações diferentes. Acredito que não tem consistência essa defesa e a mim pouco convence. Sabemos que todos nós corremos riscos de influências externas de nosso ambiente e comigo e com o Srº tbm não é diferente. Mas realmente fica muito comodo levantar dúvidas sobre a bíblia no famoso "descontexto". Não desejo ofende-lo, apenas alerta-lo sobre a possibilidade do Srº estar sendo influenciado por uma distorção interpretativa.

Quarta, 4 de Julho de 2007
Veja bem Arnaldo...
Talvez lendo a mensagem imediatamente anterior, a 617, você tenha tido uma melhor percepção do texto A Falsa Inerrância Científica da Bíblia, no entanto, vejo que postou esta nova mensagem antes de ter tido a chance de tal resposta, visto que a publiquei quase simultaneamente.
Infelizmente é evidente que muitos apologetas bíblicos tem dificuldades de leitura, ou mesmo de atenção generalizada, visto que conseguem ler um texto e perceber somente algumas partes, ignorando totalmente outras mesmo que sejam altamente relevantes.
Veja o exemplo. Você acaba de afirmar "...vc há de concordar (eu sei que não o fará) que podemos encarar esses "abismos" e "circulo da Terra", tbm podem muito bem serem alegorias assim como os 4 cantos da Terra.". Note o meu grifo.
Você tem razão, eu não o farei porque não é necessário, pois JÁ O FIZ HÁ MUITO TEMPO!
Veja como eu começo o texto: "Essas pessoas crêem que a evidência de falhas na Bíblia com relação a assuntos científicos seria um golpe duro na fé Cristã, pois deixaria claro que o seu autor que se alega ser Deus não poderia cometer tais erros. Nem sequer consideram a possibilidade de que no contexto temporal no qual a Bíblia foi escrita seria talvez impraticável, mesmo para uma inteligência superior, revelar conceitos físicos impossíveis de serem compreendidos pelos povos antigos, a não ser que se quisesse transformar tal livro num tratado científico."
Pode-se ler claramente, no meio do texto: "...há inúmeras outras passagens na Bíblia que intepretadas literalmente soam como grosseiros "erros científicos",..."
E na conclusão: "...interpretando o texto poética e alegoricamente, todas essas incoerências científicas são esvaziadas, juntamente com qualquer interpretação literal e fundamentalista."
Estas passagens, e muitas outras, estão aí, desse mesmo jeito, desde que o texto foi escrito, há quase 6 anos. Por que elas são simplesmente ignoradas?! Esta última, inclusive, decidi GRIFAR agora mesmo na esperança que deixe de ser invisível, apesar de que estivera escrita na mesma fonte e corpo do restante do texto.
Enfim, pergunto, não estaria havendo uma distorção interpretativa de sua parte com relação a meu texto?

Amigavelmente

7 de Julho de 2007 (7-7-7)
   
          Joao Luiz Fregonazzi - 1961 - Vitória-ES
          Auditor - Evangélico
         

j l f r e g o n a z z i       u o l . c o m . b r      
Você se apega à extrema literalidade, à interpretação exaustivamente literal da Bíblia para justificar seus pontos de vista. Exemplo é a passagem de Daniel e a de João quando compara uma catástrofe galáctica a uma queda de figos de uma árvore fustigada. Sabemos que o profeta "filtra" a revelação divina, a qual deve submeter-se à sua linguagem e à sua experiência e conceitos. Daí a linguagem figurada de João. Você não precisava desses recursos para justificar seus pontos de vista. Podia ser um debate menos desigual, não acha?
Mas se quer prosseguir com sua interpretação literal, que dizer da passagem onde o apóstolo Paulo assegura que foi arrebatado até o terceiro céu (2 Co12.2)? Que dizer quando em efésios ensina que a nossa luta é contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (Ef 6.12)? E quando em apocalipse cita-se a existência de habitantes no céu (ap. 13.6)?
Você não acha que as passagens que citei refutam o céu estático ou um firmamento ou abóbada concreta?
Também as passagens bíblicas que você cita para contestar a bíblia estão descontextualizadas (insetos de quatro patas, gigantes, grão de mostarda,etc.).
Veja que nossos melhores escritores frequentemente utilizam a expressão "nascer do sol" ou "pôr do sol". E todos sabemos que o sol não se põe ou nasce. Nossos escritores, quando escrevem, não estão preocupados em construir um tratado científico, mas em transmitir uma mensagem. Alguns foram brindados com o NOBEL de literatura. Nem por isso suas obras foram atacadas ou taxadas de anti-científicas.
O escritor bíblico divinamente inspirado, da mesma forma, não se preocupou em redigir um tratado científico, mas em transmitir uma mensagem divina. A Bíblia deve ser interpretada sob essa ótica.
Sob essa ótica, é permitido falar em nascer do sol, em pôr do sol, em firmamento, em terra plana e circular, sem que com isso se queira dizer que Deus endossou esses conceitos. Do contrário, teremos que exigir uma retratação pública dos nossos melhores escritores que também utilizaram conceitos que ferem o rigor científico.
É verdade que há passagens fantásticas, como a do sol se deter por um dia inteiro em Josué, como você cita. Talvez no futuro se prove ser isso cientificamente possível, por que não? Veja que o primeiro capítulo da Gênesis diz que Deus criou tudo do nada. E hoje já sabemos que a matéria é constituída de energia condensada, ou seja, em última análise do imaterial. E que o que vemos como concreto na verdade é a resultante do movimento de elétrons, não é mesmo?
Se queres, tens o meu email para discutirmos melhor o assunto (jlfregonazzi@uol.com.br,fone: 027 99824412),pois o espaço aqui é curto. Todavia, respeito sua opinião e considero o seu trabalho de alto nível.
Um grande abraço. Solicito que esse texto seja lido pelos seus visitantes. Quem sabe não ajuda a fé de alguns, que a ciência teima em destruir.

Quarta, 2t de Junho de 2007
Caro João Fegonazzi...
O senhor acaba de me convencer de algo ao qual tenho resistido há muito tempo, que é o fato de que terei que fazer uma nova versão do texto A Falsa Inerrância Científica da Bíblia. Não que o mesmo esteja superado, mas apesar de permanecer incólume não só a refutações, mas mesmo a tentativas de refutações, algo que ele parece ser totalmente incapaz é de tornar visível aos apologetas bíblicos que jamais foi objetivo do texto tomar a iniciativa de afirmar ser um livro cientificamente errado, mas sim, MOSTRAR QUE AS ALEGAÇÕES DE QUE A BÍBLIA SEJA CIENTIFICAMENTE INERRANTE, NÃO SE SUSTENTAM!
Se for simbolicamente interpretada, não há, ou são totalmente irrelevantes, erros de natureza física na Bíblia, mas se forem literalmente interpretadas, que é exatamente o que certos apologetas bíblicos fazem, aí sim, ela faz afirmações disparatadas a respeito da natureza. Eu prefiro ficar com a simbologia ingênua, embora eficaz, do que com a literalidade obsoleta. Infelizmente, inúmeros defensores da literalidade e cientificidade bíblica não pensam assim, e para eles, escrevi este texto. E não são poucos, procurando em sites de busca notei que a quantidade de páginas na web que continuam repetindo a mesma ladainha fajuta que já foi desmascarrada há 5 anos por este texto, como por vários outros de outros sites, só tem aumentado sem sequer tentar criar novos argumentos que tendem a abarcar as objeções.
É curioso que esses apologetas são avessos ao aperfeiçoamento. Diante de contra argumentos fortes, o intelectual honesto ao menos adapta seus argumentos, mas há casos, lidei com vários deles, onde o apologeta literalista cientificista fundamentalista bíblico vai a algum ambiente crítico com suas afirmações, é total e completamente refutado, e então simplesmente some sem dar notícia, para depois ir a algum outro ambiente, menos crítico, com as mesmíssimas afirmações.
Mas chega de lamentar isso, considerarei um novo texto, com o mesmo teor, que seja mais claro neste intento meramente Defensivo, pois numa foi minha intenção partir para o ataque à Bíblia, mas simples defender o bom senso e a racionalidade, tão violentamente castigados neste mundo onde imperam os ignorantes. É claro que manterei o texto original intacto e perpetuamente disponível.

Agora vamos a sua colocação. Não concordo que as referências aos vários 'céus' em questão refutem a idéia de um firmamento sólido, ou teríamos mais uma contradição bíblica, visto que Jó [37:18] diz exatamente isto. A passagem II Coríntios [12:2] possivelmente se refere à trasladação de Enoque, citada em Hebreus [11:5], ou algum evento muito similar. Tal trasladação não é narrada na Bíblia canônica, mas sim no Evangelho apócrifo Livro de Segredos de Enoch, do qual Paulo provavelmente tinha conhecimento.
Na época de Paulo era predominanete na cultura grega a idéia de uma Terra fixa [muitas vezes esferóide] envolta por diversas esferas cristalinas onde estavam fixos os planetas. Tal idéia só viria a ser derrubada nos tempos de Galileu e Kepler. Esses gregos antigos acreditavam que cada astro, Lua, Sol, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, girava em torno da Terra fixo em uma esfera transparente. Além destas 7 esferas, estava a Esfera das Estrelas, vulgarmente conhecida como Firmamento, e por fim, havia uma nona esfera, que era a esfera divina.
São estes os 'céus' em questão. Leia o Evangelho Apócrifo de Enoch e você verá essa concepção brilhantemente explicada na narrativa que descreve a viagem de Enoch por cada uma das esferas que visitou, ele não foi a todas. É também com esta concepção de 9 Esferas, 9 céus, que costuma se associar as 9 classes angelicais: Anjos, Arcanjos, Virtudes, Potências, Principados, Dominações, Tronos, Querubins e Serafins, e também em oposição, que se concebia a idéia de 9 circulos infernais, tão bem ilustrados na Divina Comédia de Dante.
Portanto, em resumo, a divisão do céu em 9 camadas em nada afeta a idéia de um firmamento sólido como um espelho fundido,como o disse Jó.
É bom lembrar que esta concepção cosmológica não é endossada em detalhes pela Bíblia, da qual pode-se retirar concepções mais simples, mas ela explica o que Paulo queria dizer com Terceiro Céu. Neste caso, deve-se lembrar que trata-se de um céu físico, além do alcance da vista, mas a princípio físico, permeado, é claro, por entidades não físicas.

Porfim, Ciência jamais destruiu fé, quando muito, algumas pessoas podem fazer uso da ciência, da filosofia, ou de outras religiões, para atacar a fé alheia, e se esta não for forte e esclarecida, pode de fato se desfazer, até mesmo por meros eventos mundanos, como tragédias pessoais.
A fé esclarecida é forte para não ser abalada por nada disso, e será sempre bem vinda. Mas a fé cega, apegada ao irracional pela simples ignorância, quem dera pudesse ser mesmo destruída.
Amigavelmente
2 de Julho de 2007
   
          Arnaldo Manhani - 1983 - Santos-SP
          Estudante - Cristão - Protestante


a r n a l d o m a n h a n i       y a h o o . c o m . b r      
Não sei se já foi postado algo assim por aqui mas acredito que sua teoria sobre "Terra redonda e achatada nos relatos biblicos" acaba ruindo com o seguinte versiculo:
"E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus à terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra." Ezequiel 7:2
Se a Terra possui cantos como poderia ela ser redonda e achatada com uma pizza??? Haveria um problema nessa sua interpretação pois não podemos averiguar dessa forma com coerencia. Temos em apocalipse varias referencias a isso tbm, então fica insustentavel sua teorização.
"Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma." Apocalipse 7:1
"e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha." Apocalipse 20:8
Ah vc não pode alegar uma contradição nessa caso entre os versiculos, pois a dedução de que a Terra na verdade era achatada e redonda, é uma conclusão sua e não condiz com as narrativas biblicas. Suas necessidades quais tenham sido sobre esse assunto lhe revelaram uma verdade irreal, infelizmente para vc. Lógico que temos uma alegoria em todas essas passagens e nada de contradição ou uma suposta percepção erronea da forma e caracteristica fisica do nosso planeta.
Desde já agradeço e mando um abraço.
Sem mais, Arnaldo Manhani

Sexta, 22 de Junho de 2007
Prezado Arnaldo...
Antes de tudo, obrigado pela participação, e respondo 'não', nunca foi postado algo assim em meus sites, e ademais, seria muito estranho, pois em geral quando alguém tenta defender a consistência da Bíblia, costuma citar passagens e interpretações que a deixem 'melhor', ou não 'pior', que é o caso inevitável de suas colocações.
Em meu texto A Falsa Inerrância Científica da Bíblia, o que faço é basicamente mostrar que as afirmações de que a Bíblia já pressupunha a esfericidade da Terra são falsas, e que, pelo contrário, TODAS as afirmações a respeito de qualquer forma ou estrutura para a Terra, se lidas literalmente, declaram que a mesma seja plana, e fixa, implicando também em Geocentrismo.
No entanto, essas mesmas passagens sugerem uma Terra plana Circular, tanto quanto qualquer outra visão de mundo antiga, e o que você está sugerindo é, afinal, que a Terra não poderia ser circular devido a referências sobre 4 cantos da Terra.
O problema é que isso sugere que além de plana, a Terra seria QUADRADA!
Isso é uma visão bem mais bizarra do que a de uma Terra plana circular. Ou seja, ao invés de melhorar a situação da Bíblia no que se refere a geologia, piorou! Pois se não existem geometricamente 4 pontos num círculo, muito menos numa esfera! Por um momento pensei até que sua mensagem fosse de algum detrator da Bíblia. Costumo receber mensagens de pessoas que acham que minha visão da Bíblia é benevolente demais.
Ora, o que são estes 4 cantos? Evidentemente uma referência aos pontos cardeais, Leste, Sul, Oeste e Norte. Assim, esses 4 'cantos' são evidentemente simbólicos, ou teríamos uma Terra quadrada. Não é possível então usar tais referências contra as afirmações explícitas de que a Terra é circular, que podem ser vistas em Isaías [40:22], Provérbios [8:27] e Jó [26:10], nem mesmo contra as afirmações implícitas em Daniel [4:10], Mateus [4:8] e Lucas [4:5], que simplesmente trocaria o plano circular por um plano quadrático.
Curiosamente, esse é um dos tópicos bíblicos que é harmônico, não há contradições. Diferente de diversos outros. Se consideramos esses '4 cantos' como literais então teríamos mais uma contradição, além de que passaríamos de uma visão de mundo ingênua para uma idiota.
Tem muita coisa esquisita na Bíblia, mas Círculo Quadrado também já é demais!
Amigavelmente
27 de Junho de 2007
   
           MariaS.  -  1973  -  Rio de Janeiro
       Jornalista
      

mariastellacavalcante     y a h o o . c o m . b r    
Oi Marcus.
Quero parabeniza-lo por manter o site atualizado, demonstrando alem de amplo conhecimento do assunto, comprometimento e seriedade.
Tenho usado-o como referência inclusive.
Sou uma das organizadoras do concurso literário FC do B, que se propõe a incentivar novos talentos e incentivar os escritores brasileiros que militam dentro do gênero Ficção Cientifica.
Alem dos prêmios aos autores finalistas, iremos publicar os contos selecionados na coletânea, FC do B - Ficção Científica Brasileira - panorama 2006/2007.
Aproveito para convidá-lo para conhecer nosso site e quem sabe, também nos agraciar com sua participação:
www.fcdob.com
Obrigada.
Maria S.
Quinta, 21 de Junho de 2007
Cara Maria...
Fico muito agradecido por sua mensagem, e sinto-me lisonjeado pela consideração. Uma de minhas pretensões sempre foi aquecer o universo literário de ficção científica brasileiro.
Infelizmente me parece muito em cima para que eu participe com um conto totalmente inédito, visto que não estou tendo muito tempo livre. Mas uma vez que o regulamento proíbe apenas contos previamente publicados em via impressa, me parece que eu poderia concorrer com um dos contos do site, não?
Bem, descontando os livros virtuais, dos 18 Contos aqui publicados, 7 ou 8 tendem mais a Ficção Fantástica, dos restantes, um deles é fanfic, dois são do Universo DAMIATE, acho pouco prudente utilizá-los, restam então 6 opções, embora eu tenha alguns contos inacabados que poderiam ser finalizados.
Ainda estou analisando a possibilidade, muito obrigado por me convidar.
Amigavelmente

25 de Junho de 2007
   
          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556, 602, 603, 605, 606

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Caro Marcus, gostaria de saber, e seria bom divulgar, como que foi o processo de registro de seus textos, aonde se deve ir e o que fazer. É necessário entregar uma cópia digitada em algum lugar? Quais os documentos necessários? E em relação aos personagens? Pode-se registrar seus nomes? Deve-se registar uma descrição de cada um? Se for um personagem de quadrinhos, registra-se um desenho do mesmo? DAMIATE está registrado? A propósito daonde veio a idéia para este nome?

Muito Obrigado e Até logo.

Em tempo: Acabei de ler RAIO Y e achei ótimo, manteve o nível de ALICE.

Quarta, 4 de Junho de 2007
Olá Rodrigo...
Para registrar uma obra, deve-se recorrer à Fundação Biblioteca Nacional, sediada aí no Rio de Janeiro. Para informações detalhadas vá no site acima e clique em "Serviços a Profissionais", "Escritório de Direitos Autorais" e "Registros/Serviços". O PDF contento as normas pode ser diretamente acessado AQUI.
No meu caso, me dirijo ao Instituto Nacional do Livro, aqui em Brasília, que remete a obra à Biblioteca Nacional. É necessário pagar uma taxa no Banco do Brasil, que está por vola de R$30,00. É necessário assinar TODAS as páginas da cópia impressa, e algumas coisinhas mais. Os links aí em cima explicam tudo direitinho.
Você não precisa registrar tudo o que escreve, basta registrar uma obra principal que contenha as descrições básicas, no caso de um romance de FC, da ambientação, personagens, situações e etc. Mesmo que você escreva outros livros, todos os personagens, até mesmo nomes originais, ficam protegidos.
É claro que não adianta querer ter direito sobre substantivos comuns, até mesmo o nome DAMIATE me geraria uma tremenda dor de cabeça se eu decidisse processar alguém que queira usá-lo, visto que existem damiates por aí. Por incrível que pareça. O que fica assegurado é que ninguém poderá usar, sem sua autorização, um personagem parecido com o mesmo nome.
'DAMIATE' é um nome que surgiu meio que acidentalmente em minha cabeça. O primeiro passo foi um mau entendido. Lembra-se do desenho Dungeons & Dragons, conhecido no Brasil como Caverna do Dragão? O nome do dragão principal é Tiamat, que é na verdade uma divindade dragão feminina babilônica, que pariu o universo. Mas eu havia entendido "Diamat".
Como achei o nome massa, comecei a usar uma derivação "Damiat", que usei como meu nickname durante muito tempo, e que caracterizava um personagem à minha imagem e semelhança, ou melhor dizendo, a imagem e semelhança de meu ego animus psicanaliticamente falando.
No entanto, este personagem mudava muito, assumindo ocasionalmente características muito diferentes, até que consolidei 3 deles O 'Damiat', um guerreiro ao estilo Aragorn/Ninja/Cavaleiro do Zodíaco/Dragão/sei lá mais o quê, o 'Taimad', uma versão negativa, e finalmente o DAMIATE, algo bem diferente, que é o único personagem que desenvolvi de fato, é tem muito pouco haver com os outros.
Hoje não mais uso qualquer um dos nomes como apelido, e faço questão de deixar claro que também não sou um modelo para o DAMIATE, que é, na realidade, um ser pouco inteligível, e nem sempre agradável, que apenas simula humanidade.
Também nada tem a ver com nomes equivalentes que podem ser achados por aí. Existe um grupo musical novairquino e um empresa holandesa com este nome, entre outros.
No mais, obrigado por ter lido Raio-Y, e gostaria que você fizesse alguns comentários mais específicos. Críticas, sugestões, dúvidas? Esteja à vontade. E se prestou bem atenção, aposto que será capaz de me dizer que personagem em Alice 3947 tem haver com o Raio-Y.
Amigavelmente
27 de Abril de 2007
   
           Rodrigo Mendes  -  Hortolândia-SP  -  1991
Estudante  -  Ateu/Agnóstico


r o d r i g o m s o b o t a       y a h o o . c o m . b r      
Bom Dia!
Marcus Valerio, você foi a luz que clarificou todo o meu caminho novamente. Fui criado como ateu, evolucionista e sempre tive tendência em ver a religião e o misticismo como atraso e superstição inerentes à natureza humana, sempre faminta por histórias fantásticas.
Recentemente, entretanto, passei a estudar em um internato adventista. De repente, o bombardeio constante de proselitismo religioso, as leituras bíblicas, o constante ataque de argumentos criacionistas... Tudo isso quase me puxou para o obscurantismo, além do fato que meu pai se converteu à Igreja Evangélica há pouco tempo. Isso adocicou o caráter do velho, mas temo que ele possa estar deixando a lógica de lado em nome de interpretações heterodoxas da criação do mundo, fósseis, etc. Quase, aliás, me encontrei na pia batismal, mas logo comecei a questionar o caminho que seguia. Ainda bem que descobri o seu site, e ainda bem que passei a sentir estímulos para exercitar meus preceitos evolucionistas e racionalistas básicos. Consegui uma maior compreensão do que eu realmente estava seguindo, e o mais importante: argumentos! Não há nada como vencer uma batalha de discussões com os devidos argumentos penetrantes e corretos, mas num lugar onde todos os obscurantistas do mundo parecem estar reunidos em poucos metros quadrados, parece difícil enfrentar a impopularidade e as vozes avassaladoras que se levantam contra mim.
E agora, permaneço firme. Reconheço que a Bíblia é um livro contraditório, com fatos sobrenaturais completamente contra a lógica, a razão e as leis naturais. Reconheço também que a fé deve estar primariamente de acordo com a razão básica do homem. Não é impossível sonhar sem fé! De fato, desde o que você sonha não involva Elohim e outros seres sobrenaturais, machados que flutuam, líderes que param o sol e outras coisas absurdas como fatos da história humana. A Bíblia, como você disse, é perfeitamente adequada ao pensamento medieval, mas numa era onde a ciência já desmascarou antigas lendas e destruiu barreiras, novos sistemas morais devem ser encontrados para substituí-la.
A propósito, existem algumas teorias interessantes que ressaltam a contradição do Velho Testamento, especialmente no que diz respeito ao politeísmo...
Parece que os hebreus, como os outros povos caananitas, eram politeístas e só depois de uma fase de transição posterior à lei mosaica passaram ao monoteísmo extremo que sobrevive até nossos tempos. Isso já dá matéria para outro post, mas aqui vão algumas fontes interessantes de estudo, que falam como a própria Bíblia revela um lado obscuro da história dos hebreus, deliberadamente apagados numa moda bem primitiva das coisas. Algumas fontes principais são (todos os sites estão em inglês):
Polytheism in Genesis: Baal and Ashtoreth vs. Yahweh
HEBREW HENOTHEISM
The Origins of Biblical Monotheism
Obrigado pelo seu site, devo dizer, o único em língua portuguesa a tratar de forma séria sobre o assunto.
Sinceramente,
Rodrigo Mendes
Sábado, 26 de Maio de 2007
Prezado Rodrigo...
Fico muito feliz em poder servir de apoio a pessoas que lutam pela própria liberdade de pensamento, não raro, contra pressões massacrantes de um ambiente coletivo disposto a miná-la o máximo possível, em prol de uma mentalidade previamente construída e padronizada, sem espaço para a auto crítica séria.
Jamais me pronunciarei contra o direito de cada um de acreditar no que quer, defender suas idéias, bem como tentar expor seu pensamento, mas, por isso mesmo, me pronunciarei fortemente a favor de todo aquele que estiver sendo vítima de uma pressão para que anule seu próprio pensar e sentir, em benefício do pensar e sentir de outrem.
Só posso então parabenizá-lo pela sua coragem e sentir que estou fazendo diferença.

Sobre o politeísmo bíblico, é de fato bastante explícito nos primeiros livros. O próprio Decálogo deixa isso claro em Êxodo [20:1-4], onde se lê "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." Em momento algum se está reinvindicando a existência de um deus único, como o faz insistentemente o Alcorão, pelo contrário, há uma sugestão quase flagrante de que se está reinvindicando a adoração exclusiva de um deus específico, o que só faz sentido se considerarmos que haja algum tipo de concorrência.
Vasculhe o Velho Testamento e você terá dificuldade em achar passagens que atestem a existência de um único Deus. O monoteísmo bíblico só toma forma mais definida nos livros poéticos e proféticos, e mesmo assim sem ser explícito.
Com isso, sustenta-se a tese histórica de que o monoteísmo hebreu, derivado em parte de uma tentativa frustrada de um pré-monoteísmo egípcio que pretendia monolatrisar Akhenaton, foi sendo construído aos poucos, e só se estabelecendo teologicamente após a edificação dos principais livros do Velho Testamento, durante o período do cativeiro babilônico.
Como em geral ocorre, o Monoteísmo nasce de dentro do Politeísmo, após um período de caos conceitual que invariavelmente leva a uma Monolatria e um Henoteísmo, até que numa revolução cultural se institucionalize.
Vou discordar apenas de que a Bíblia seja um livro adequado ao pensamento medieval. Em parte. Pois os pensadores medievais, tanto quanto a maioria dos antigos, eram suficientemente sofisticatos para não acreditar numa Terra Plana, que é o encontramos na Bíblia. Portanto, intelectualmente, a Bíblia já estava superada não só na Idade Média, mas mesmo na Grécia Antiga, ainda que alguns dos autores do Novo Testamente tenham sido eruditos gregos. Também digo que apesar de fisicamente impossíveis, a maior parte dos eventos sobrenaturais na Bíblia não são exatamente ilógicos. Há diferença entre ser fisicamente impossível e ser logicamente impossível.

Obrigado por escrever e compartilhar sua experiência, e, mais uma vez. Vá em frente! Não tenha medo de ser livre.

Amigavelmente
15 de Junho de 2007
   
           Sergio Guimarães Hallais  -  Rio de Janeiro-RJ
1951  -  Tecnico em eletrônica, Empresário.
510 , 524 , 565 , 611

      e l a o i g r e s       h o t m a i l . c o m
Saudações Marcus Valerio XR!
Quantas cadeias de DNA, talvez, muito mais aprimoradas do que as que efetivamente são utilizadas na reprodução, podem estarem sendo disperdiçadas em meras ejaculações ou ovulações sem intenção de procriar? Ou, quantas fecundações impróprias, com cadeias de DNA descartáveis, ocorrem por simples falta de uma análise mais eficiente.
Minha proposta é a seguinte: É hora de separar o prazer do sexo da intenção de reproduzir. Temos uma poderosissima ferramenta preventiva de doenças e anomalias em nossas mãos e não fazemos uso dela por simples hipocrisia humana.
Chegou o momento de parar de pensar de forma fantasiosa e até mesmo irresponsável: "vamos fazer um filinho(a) muito querido(a) em nosso ninho de amor", quando na realidade podemos estar criando uma vida doente ou até mesmo menos adptável.
Duas pessoas, um casal, que se considera saudável e pronto para gerar um filho(a) acha que chegou o momento de te-lo. Por motivos diversos, financeiro, sentimental, revolucionário, egoísta, etc ... desapercebem que cada cadeia de DNA pode ser diferente e que essa diferença é primordial para a evoluçao.
Voce acha correto introduzir uma metodologia de seleção de DNA para a procriação humana? Observe que não se trata de uma limpeza étnica, apenas uma analise previa do DNA das próprias criaturas envolvidas no processo.
O mundo precisa mudar e rápido, não podemos mais aceitar essas políticas tendenciosas, que fazem do comercio e da economia, suas principais bandeiras. Todos nós sabemos que no final das contas são os pobres que pagam. Imagine se a prevençâo no processo de procriação reduzisse drasticamente as doenças no mundo. Como ficariam as industrias farmaceuticas? Imagine se um programa de cuidados com a alimentação mundial fizesse emagrecer a maioria da população. A quem interresa pessoas saudáveis e sem doenças?
Acho que os vendedores de Hamburgurers não iriam gostar, muito menos a industria de remédios para emagrecer.
Uma coisa é certa se queremos um dia viajar no cosmos precisamos e muito melhorar nossa qualidade genética, voce não acha?
Atencioasmente,
Sergio G. Hallais
Quarta, 23 de Maio de 2007
Oi de novo Sérgio...
Sim, concordo com sua assertiva fundamental. Podemos, e devemos melhorar nosso patrimônio genético, temos meios para isso. Quem quiser se espantar que se espante, mas sou um defensor da EUGENIA. Não no sentido deturpado com que foi muito usada em meados do século XX, onde etnias inteiras eram consideradas inferiores, mas no sentido que devemos sim purificar nossa espécie de todas as doenças e deficiências congênitas que corremos o risco de apresentar.
Isso deveria ocorrer antes de tudo com uma poderosa política de planejamento familiar. Todos deveriam ter acesso fácil a métodos eficientes de anti-concepção fornecidos gratuitamente pelo estado, de modo a evitar gravidez não planejada, o que cortaria pela raiz a discutível necessidade de abortos. Então, quando decidissem ter um descendente, os interessados procurariam os especialistas em concepção onde forneceriam seus materiais genéticos para a devida seleção e controle, e por meio de diversos processos que podem incluir até mesmo clonagem, chegar-se-ia a um embrião satisfatório para ser inseminado no ventre da mãe.
Isso teria tremendo impacto social, ético e cultural, mas o resultado de um programa em larga escala desta natureza seria sentido em um única geração. Creio que inicialmente, deveriam ser restringidas escolhas de fenótipos saudáveis de acordo com padrões meramente estéticos. O que deveria ser eliminado é pura e simplesmente deficiências transmissíveis reprodutivamente.
Propensão a doenças degenerativas, a câncer, alergias, deficiências oculares e etc. Em poucas gerações, seria possível eliminar todos esses males. Imagine a inacreditável economia em termos de saúde! Gastaríamos muito menos para tratar doenças que podem ser simplesmente prevenidas, além disso, aumentaríamos o potencial humano da civilização. Como doenças psiquátricas também seriam erradicas, estaríamos livre de depressão, transtornos bipolares, alcoolismo e etc.
A humanidade teria um salto qualitativo. Em estágios mais avançados, aperfeiçoamentos mais profundos poderiam ser feitos, aumentando ainda mais a saúde, capacidade física e mental da espécie, o resultado final seria aquilo que alguns chamam de Homo superior, isto é, uma evolução do Homo sapiens, mais inteligente, adaptável, saudável, e acima de tudo mais consciente de sua condição e papel no mundo.
Tudo isso poderia ser feito sem nenhum tipo de coerção ou violação de minorias, mas...
É claro que é um sonho muito distante. Tal sistema só seria realmente benéfico se fosse implementado numa escala global, em todos os níveis da sociedade, ou o que teríamos seria apenas um distanciamento ainda maior entre as classes privilegiadas e a desfavorecidas. Um programa deste tipo pressuporia um esfoço mundial global, e sobretudo, um senso ético, filosófico e científico impossível de se obter enquanto a maior parte da humanidade estiver sob o domínio sugestivo de sistemas de pensamento religiosos arcaicos erigidos com base em mentalidade de milênios atrás.
Portanto, meu caro Sérgio. Embora a intenção de reproduzir e o prazer do sexo sempre tenham estado separados desde antes do planeta se entender por mundo, salvo exceções isoladas, ainda estamos longe de conseguir associar a intenção de reproduzir com a de construir um mundo melhor.
Não conseguimos sequer dar um passo muitíssimo mais simples e fundamental, que é um programa amplo e aberto de Crescimento Demográfico Sustentável, como o que abordo em minha monografia Pequeno Demais para Nós Todos.
Por enquanto, uma engenia realmente esclarecida só é possível em Ficção Científica.
Amigavelmente
13 de Junho de 2007
   
           Sergio Guimarães Hallais  -  Rio de Janeiro-RJ
1951  -  Tecnico em eletrônica, Empresário.
510 , 524 , 565

      e l a o i g r e s       h o t m a i l . c o m
Saudações Marcus Valerio XR!
Como ficaria a "Meta Continuidade Mental" se a Terra sofresse uma catástrofe e todos os seres vivos morressem? O que não é impossível.
Não havendo uma só mente na Terra para perceber o fenômeno matéria, o Universo deixaria de existir? Acredito que não. Concluo que o fenômeno matéria seja real e verdadeiro, independentemente de ser ou não observável por qualquer coisa viva possuidora de uma mente. Se tenho consciência para perceber um fenômeno, seja qual for, minha interpretação demonstra que minha mente existe, tambem, no cosmos.
Exemplo como MATRIX é apenas a confirmação da manipulação, por um grupo (mundo real), da realidade artificial de outro grupo (MATRIX). Podemos estar em um gupo ou no outro, o que não muda a realidade de que existe um mundo real.
Gostaria de saber como o instrumentalismo explica o cosmos. Seria uma visão incognoscível imanente?

Atenciosamente,
Sergio G. Hallais

Quarta, 16 de Maio de 2007
Olá Sérgio...
Fazia tempo que não aparecia, é bom tê-lo de volta.
Há uma confusão em sua mensagem. O questionamento que você faz nada tem haver com Meta-Continuidade Mental. Se o tal cataclisma ocorresse, e houvesse MCM, as mentes simplesmente continuariam existindo em um outro Horizonte Existencial.
Você deve estar questionamento é a hipótese mentalista de universo, ou seja, de que o mundo físico seja na realidade um projeção mental. Neste caso, mais uma vez, a pergunta é auto respondível. Se são as mentes que projetam o mundo físico, então estas o precedem, e desta forma continuariam existindo, se pararem de projetar, evidentemente o mundo físico desaparece!
Se focarmos mais ainda o modo como você delimitou, creio que a pergunta é uma petição de princípio. Se você pressupõe que todos os seres vivos foram destruídos, e que não restou nenhuma mente para perceber o univero, mas mesmo assim ele permanece, então está perguntando o quê afinal? Você simplesmente formulou a hipótese de um universo físico independente da mente como se fosse uma pergunta.
Enfim, nesse caso, se o universo permanecer é porque independete da mente, se não, é porque depende. Claro.
Ademais, pressupor um universo mentalista, ou não material, não significa negar-lhe a realidade. Eu nunca disse que o universo deixaria de ser real se não fosse material. Um universo projetado pela mente também seria real, no sentido de fenomênico. Ele só não teria substância independente.
Enfim, a pergunta relativa ao Instrumentalismo também carece de sentido. Ora, o Instrumentalismo explica o cosmo da mesmíssima forma que o Realismo. Não há diferença de método, não são teorias divergentes. A única diferença é que realistas acreditam que de fato podemos atingir uma descrição objetiva da realidade, ao passo que instrumentalistas crêem que tal descrição sempre será apenas conveniente, útil, mas não esgota a questão a respeito da essência última do universo, que pode ser, sim, incognoscível.
Amigavelmente
31 de Maio de 2007
   
          Thiago Sturiale - 1981 - Bauru-SP
Estudante


    t h i s t u r i a l e       h o t m a i l . c o m
Ola!
Gostaria de comentar sobre o seu texto sobre os maniqueus...
La voce afirma que o pensamento maniqueu é responsável por boa parte da ignorância atual e pela destruição da noção de realidade.
Após ler o seu texto chego também a conclusão de que uma visão tão delineada das noções de bem e mal são realmente responsáveis por esses enganos.
Porém discordo que o maniqueismo original, em essencia, se limitava a essa questão dualistica trivial. O que ocorreu foi uma degeneração das verdadeiras intenções de Mani.
Isso acontece, aconteceu e acontecerá sempre em religiões que preguem valores opostos aos quais o ser humano esta cotidianamente acostumado.
Posso dizer com veemencia que o mesmo engano aconteceu também ao Hermetismo de Hermes, ao Budismo de Buda, ao Taoismo de Lao-tse, a escola de sócrates, e até mesmo com o Cristianismo. "A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a compreenderam!"
Sempre existiu uma corrente de religiões que sempre vieram ao mundo com a mesma mensagem e durante um certo tempo fizeram seu papel, após isso sempre degeneram pelas interpretações dos "doutores" que querem trazer o "santo dos santos" até a condição humana, quando o oposto deveria ocorrer.
Mani não falava de bem e mal com a atual noção que temos sobre o assunto.
O bem e o mal que conhecemos eram nada mais que as forças gêmeas que se alternam em nosso mundo dialético, e esse mundo constitui o MAL.
Quando Mani, Hermes, Jesus, Buda, Lao-Tse se referiam ao bem, não estavam com os olhos voltados para as ações altruístas comumente executadas no mundo (que sempre se tornam seu oposto).
Voce tem razão quando diz que o bem e o mal habitam nosso ser, mas existe algo um pouco mais profundo.
Imagine que em cada ser humano existe um princípio divino e este principio esta acima do bem e mal. Do Deus e do Diabo que vemos caricaturalmente por ai. Esse principio deve retornar para sua casa, ele é o chamado "filho de Deus perdido". O termo religião significa re-ligar, isto é, fazer novamente a ligação deste principio divino ao reino original divino. O ser humano atual deseja se libertar deste mundo de ilusão, porém somos unos com este mundo! Este engano nos leva a pensar que a outra metade desconhecida do mundo, o "além" ou reino dos mortos, seja o lugar onde poderemos (se formos "bons") encontrar Deus e viver eternamente.
Essa é um grande embuste que as religiões carregam como estandarte.
O Bem ou Deus citado por Mani correspondia a algo completamente diferente. Como quando Jesus disse "Meu Reino não é deste mundo", ele certamente não se referia ao reino dos mortos, a outra metade desta esfera.
Voce assistiu Quem somos nós? o que Buda, Jesus e Mani e outros se referiram é algo semelhante ao exemplo do ser que é em 2D e não compreende o estado de um ser em 3D. Ele simplismente não possui os veículos necessários para tanto!
Como podemos ler em eclesiastes "Não há nada de novo debaixo do sol!" então utilizar a doutrina universal para relações humanas vulgares não é novidade, e também não é novidade que o homem nunca conseguiu e nunca conseguirá fazer desse mundo, com suas duas metades, algo divino.
"O que é torto não pode ser endireitado!" essa frase não se refere a um problema cotidiano e não implica em aceitação cega do mesmo, mas fala sobre o erro fundamental do ser humano! Acreditar que é "a imagem e semelhança de Deus" e que este mundo ou o além sejam o reino divino.
Discussões sobre formas de melhorar o mundo e também a nós mesmos não são rejeitadas. Mas enquanto não nos voltarmos para questões fundamentais, seriamente, continuaremos como a alegoria de platão, comtemplando as sombras na parede da caverna e acreditando que elas são tudo o que acreditamos ser a "realidade"
Abraço
Thiago Sturiale

Sexta, 11 de Maio de 2007
Olá Thiago ...

Meu texto O Que Há de Errado com o Maniqueísmo? é um dos mais antigos deste site, tando sido escrito ainda no milênio passado. Embora não o considere errôneo, hoje eu escreveria algo diferente. Mesmo assim, posso dizer que este texto não comete a injustiça que você sugeriu, pois ao final eu digo:

"É claro que não devemos estigmatizar a religião de Maniqueu como sendo essencialmente destrutiva. A minha crítica aqui não foi sob o sistema religioso em si, pois este na verdade não é muito diferente do que já conhecemos."

Ou seja, eu estou ciente de que nossa concepção de maniqueísmo popular não é reprodução fiel do maniqueísmo religioso persa de 1800 anos atrás, mesmo porque foi distorcida por diversas outras linhas de pensamento.

Concordo plenamente com sua colocação a respeito da degeneração progressiva da idéias originais por meio de distorções subsequentes, é interessante que você lei a minha resposta à Mensagem 568, que falar exatamente sobre isso.

Quero ascrescentar, sobre o Maniqueísmo, que o grande erro não está em pura e simplesmente dividir o mundo arbitrariamente entre o Bem e o Mal. Não exatamente. O problema mais específico, é acreditar que exista uma Substância do Mal. É possível que exista uma substância do Bem, mas não faz sentido que exista uma do mal, visto que este só existe como ausência do outro. Como disse o ex-maniqueísta Santo Agostinho.

A Luz é algo existente, que possui substância, mas a escuridão é mera ausência de luz, ela não é algo em si. O mesmo se daria com o Mal que só faz sentido na ausência de Bem. Poderia-se até argumentar o inverso, que que exista o Mal e o Bem seja sua ausência, mas o que me parece insustentável é que existam ambos como susbtâncias ativas que se antagonizam, pois isso não só traria o problema do Dualismo de Substância, mas ainda o agravaria, pois tais substâncias ainda teriam a propriedade de repelir uma a outra, poranto, jamais poderiam se encontradas juntas, jamais poderiam se relacionar.

Também é bom lembrar que em parte por isso, ninguém jamais se auto entitula Mal seriamente. Salvo completos imbecis que não fazem idéia do que falam, talvez. Todas as pessoas se justificam de um modo ou de outro, encontram razões para seus atos, desculpas para seus delitos e etc. E por quê? Porque no fundo estão querendo se isentar de estarem erradas, querem mostrar que agem de maneira correta dentro das circunstâncias, assim, todos, de um modo ou de outro, ao menos tentam umpurrar a idéia de que fazem o que é justificável, certo, e afinal de contas, Bom.

Pensar que exista uma Luta entre o Bem e o Mal é algo que mal faz sentido simbólico. É absolutamente impossível sequer conceber um ser que seja puramente mau. Não existe uma força inerentemente maligna. Os 'maus' só o são aos olhos dos outros, que evidentemente se consideram bons.

Mesmo o mais caricato vilão de desenhos infantis tem aliados, recursos, habilidades que evidentemente lhe são boas. Ninguém guia seguidores sendo mau, mas sim sendo bom para eles. Ninguém jamais seria atraído por um líder que não lhe fosse de um modo ou de outro benéfico. Enfim, afirmar "Eu sou Mau!", é, na vida real, coisa de mentalidade pré-adolescente imbecil. Pois até aqueles que gostam de posar de bad boys nada mais fazem do que querer serem admirados, respeitados, reunir-se a um grupo que lhe seja benéfico etc.

Todos lutam pelo que acham certo, ninguém assume o Mal, porque isso é simplesmente impossível. Assim, acredita que possa existir algo no mundo que seja inerentemente mau, e ainda por cima achar que exista uma contenda entre o Bem e o Mal onde, evidentemente, o Bem somos Nós e o Mal os Outros, continuará sendo uma triste, nociva e completamente estúpida idéia.

Maniqueu provavelmente sabia disso.

Amigavelmente
29 de Maio de 2007
   
          Mário simão - 1962 - São Paulo
Ocupações: Fresador CNC
Religião:Assembléia de Deus

      s i m a o c e l l o       y a h o o . c o m . b r
Gostaria que o site me mandasse uma resposta convincente, sobre como pôde haver 3 horas de trevas sobre a terra quando Jesus morreu. Será que o homem e a ciência de hoje está certa de como funciona o sistema solar? ou daqui a alguns anos o homem irá descobrir que está errado e vai se recatar a Bíblia como sempre ocorre. Muitas fraudes cientificas foram ditas para proveitos financeiros, e talvez até a ida do homem a lua seja uma delas... mas uma hora isso vai aparecer é só esperar.

Gostaria de Saber por que a semana tem sete dias? E por que nós estamos no ano de 2007? Por que a música tem sete notas? obs: A musica é um dos padrões perfeitos e sem erros. se errar desafina ou sai fora do padrão. E continue lendo a Bíblia que você logo logo vai encontrar as respostas que precisa. 1 Coríntios 2:14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

Qual é o maior de todos os livros do mundo? qual é o mais vendido todo ano? todos os dias? por que? Espere... procure as respostas na Bíblia. Pois Cristo disse: passarão os céus e a terra mais as minhas palavras não passarão. Talvez a evolução ciêntifica nos deixe viver cerca de 100 anos ainda. Mas não sei se você vai achar as respostas que você precisa. 2 Pedro 3:10 Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite,( Não se esqueça do Ladrão) no qual os céus passarão com rande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão,( obs: radioatividade) e a terra e as obras que nela há se queimarão. Você pode explicar esse versiculo?

Eu nunca sequer andei de Avião, e eu sei que a maioria da população mundial também. e para minha realidade se eu ficar parado no meio da rua o dia inteiro, a unica prova que eu tenho de alguma coisa, é que o sol passou por cima de mim. ou seja a terra não se moveu, mas o sol raiou brilhou durante o dia e depois declinou a tarde. E outra coisa tudo que gira en torno de si. é uma questão de ponto de vista. se for parado sem parar o sistema, você notará que o que está em volta está girando para o lado contrário. Se for realista mesmo no que você acreditaria, e que provas você teria?

Vou responder a uma questão das contradições. João 3:13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu. 2 Reis 2:1 Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. 2 Reis 2:11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. Note bem: Que Jesus falava de si proprio, que ele tinha o poder de subir ao céu. e ele falava espiritualmente. Elias não tinha esse poder, ele foi elevado ao céu pelo poder de Deus. Ou seja; se ele quize-se subir ao cèu por si mesmo não conseguiria.

As outras vou mandar em outro dia.

Sábado, 5 de Maio de 2007
Senhor Mário...
Normalmente eu não responderia sua mensagem, devido ao, francamente, baixíssimo nível do conteúdo, exceto o último parágrafo. No entanto, ocasionalmente é necessário haver exemplos que esclareçam porque estabeleci as 10 regras de postagem como critério de validade de mensagens neste Livro de Visitantes.
Assim faço uma abordagem pontual de suas colocações.

Não vou explicar como poderia ter havido 3 horas de trevas de meio-dia às 3 da tarde [Marcos 15:33], pelo simples fato de que não vejo necessidade de explicar como podem factualmente ocorrer eventos lendários, do mesmo modo como não há necessidade de explicar como poderia a noite ter se prolongado dias seguidos no antigo Japão porque a Deusa Solar Amaterasu não queria sair da caverna. Quem tem que explicar isso é quem acredita!
Não temos conhecimento perfeito de como funciona nosso sistema estelar, mas temos o suficiente para enviar naves a outros planetas com grande precisão, para calcular com exatidão quase absoluta eclipses solares e lunares, para rastrear diversos corpos celestes e até para enviar pessoas à Lua. E se for um adepto destas teorias estapafúrdias que tentam negar a ida das missões tripuladas à Lua, recomendo apenas Este Texto.
Agora, se recatar a Bíblia como sempre ocorre... Em que universo paralelo isto costuma ocorrer?

Estamos no ano 1427, seguindo o calendário muçulmano, ou 5767 seguindo o calendário judáico. Contamos o ano 2007 porque seres humanos, em certa época e local, assim definiram a contagem de tempo que se tornou mais usada, da mesma forma como definiram que a semana tem 7 dias. Se tivessem definido nove, provavelmente a gênese bíblica diria que Deus criou o mundo em 8 dias e depois descançou no nono.
E para sua surpresa não existem só 7 notas musicais. Existe uma escala cromática que dividimos em 12 tons, dos quais nossa tradição ocidental selecionou 7, os orientais em geral selecionam 5, para montar suas escalas musicais diatônicas. O número 7 é, então, puramente arbtirário, e resulta de uma tradição cultural que remota principalmente aos antigos gregos, em especial aos Pitagóricos.
Obs: Sua observação "A musica é um dos padrões perfeitos e sem erros. se errar desafina ou sai fora do padrão." é uma das frases mais bizarras que já vi em toda minha vida! Juro! Tem pelo menos uns 8 absurdos aí dentro! Impossível comentar!

O maior livro do mundo, em quantidade de caracteres é provavelmente a Enciclopédia Chinesa Yongle, Atualmente, o livro mais vendido e lido do mundo deve ser Harry Potter. Possivalmente o livro mais marcante do ocidente seja a Bíblia, mas sobre este tema, já tenho um texto escrito em "Popularidade da Bíblia". Sua frase sobre a evolução científica nos deixar viver mais um século é quase tão maluca quando a da música.

Sua explanação sobre pontos de vista possivelmente explica porque a Bíblia considera a Terra plana, e um modelo geocêntrico. Pena que muitos apologetas bíblicos gostem de afirmar o contrário.

Até que enfim algo realmente interessante, e que me levou a enquadrar esta mensagem neste Livro de Visitantes. É uma boa saída à contradição bíblica que apontei quando abordei Harmonia Textual Bíblica. Mas você parece ter ignorado o versículo de Lucas [24:51], que sugere o exato contrário de Jesus ter se elevado aos céus. O mesmo é sugerido por João [3:14], ao afirmar "...que o Filho do homem seja levantado;". De qualquer modo, você apenas alterou o enfoque. O que está em pauta é saber se alguém, da Terra, esteve em corpo nos céus, e não se elevou-se por si próprio ou se foi elevado.
É claro que tem-se que examinar o texto grego original, que em João [3:13 ]é anabaino, que pode ser interpretado tanto literal quanto figurativamente, e dando margem à mesma dúvida quanto à ascenção por ação própria, ou de outrem. Curiosamente, em João [3:14] a expressão é hupsoo dei tou, que não deixa margem a essa dúvida, ficando claro que é "ser levantado". Não consegui concluir se em Lucas [24:51] é anaphero eis tou permite esta ambiguidade, mas creio que não, pois a Bíblia King James o traduz como carried up, que é algo totalmente passivo. Verifiquei também o termo hebráico aw-law', de 2 Reis [2], tanto no versículo 1 quanto no 11, e observei que também é ambíguo.
Assim, temos em parte a ambiguidade, e em parte a idéia clara de "ser levado". Portanto, concluo que como a questão de subir aos céus não está se preocupando em definir se é por ação própria ou de outrem, a ênfase é no simples fato de ter estado lá. Nesse sentido, a contradição se mantém.
Claro que estou aberto a discussão. E recomendo o King James Bible with Strongs Dictionary para consulta aos temos hebráicos e gregos.

Por pouco, eu não publiquei somente este último trecho, que vale a pena, o problema é que nunca editei mensagens de visitantes. Ou as publico integrais, ou não as publico. Não me sinto à vontade para abrir este precendente. E como já afirmei, as vezes é bom mostrar porque ignoro certas mensagens. Seus outros comentários simplesmente são sofríveis.
Mas lhe dou o crédito pelo último comentário, e assim, esperarei outras mensagens. Mas na próxima vez irei simplesmente ignorar tudo o que não for digno de resposta. Consulte Wikipedia, Google ou seja lá o que for antes de falar sobre assunto dos quais não tem conhecimento.
Sinceramente
29 de Maio de 2007
   
          Paulo Cesar Tenorio Cavalcanti-1965 - Taguatinga-DF
          Servidor Público - Espírita (Cristão / Universal)
234 248 300 313 320 349 371 420 427
476 480 483 490 495 559 564 574 586
          j a s p h       i g . c o m . b r
Olá Marcus Valério, estou de volta, depois de boas férias.
Nesta mensagem, vou responder ao amigo evangélico Alexsander, sobre a coerência de que a Doutrina Espírita, é Cristã, pois, pelo que eu saiba, Cristo é AMOR.
Vou tentar em poucas linhas dar um esclarecimento mínimo possível.
Vou me referir à mensagem do Alexsander, dizendo-se que foi Espírita “kardecista”, . Começa aí um grande erro, o verdadeiro Espírita, não se define Kardecista, pois sabemos que é uma redundância. Eu pergunto, será mesmo que ele foi ESPÍRITA, estudou com afinco a Doutrina?? Ou foi apenas a algumas reuniões? Será que não está inventando para que se dê um maior crédito às suas contestações ..??
Na interpretação sobre a Doutrina Espírita é ou não Cristã, ele começa da seguinte forma: Como ex-espírita-kardecista e atual cristão, assumi o encargo de elaborar este resumo e tentar explicar que tal afirmação é um engodo.
Vejamos alguns pontos cruciais:
Ele diz que : O espiritismo kardecista NÃO acredita que:
A - Jesus Cristo é a encarnação de Deus.
B - Que Sua morte redimiu os pecados da humanidade.
C - Que Ele ressuscitou.
Se o kardecismo não acredita nos principais dogmas do cristianismo, então NÃO poderia se auto-intitular como “uma doutrina cristã”.
Nosso amigo evangélico parece que não sabe que, a questão sobre a Divindade de Jesus, foi decidida sob grandes pressões nos CONCÍLIOS da IGREJA ROMANA, a única oficial, na época. Logo, Jesus nunca afirmou que seria Deus, pelo contrário, Jesus disse que somente um é perfeito, o pai que está nos céus..
Quanto à morte de Jesus que teria redimido os pecados, quero dizer que o próprio Cristo, nunca falou isso. Alguns apóstolos falaram sobre isso, mas, tudo não passa de opinião pessoal. Pois, na verdade mataram Jesus, por conveniência dos próprios religiosos da época, juntamente com o povo judeu e a autoridade dos romanos.
Sobre a Ressurreição, pode obviamente ter ocorrido, com o Corpo Espiritual. Há fatos na Bíblia, que é coerente com esta idéia.
Portanto Marcus, as bases em que se apóiam as afirmações de nosso amigo evangélico, não resiste a uma simples análise criteriosa. Tudo é embasado nos DOGMAS de sua Religião.
Quero deixar bem claro que o verdadeiro espírita, é um estudioso, que não pode se basear em dogmas ou crendices, tem que estudar metodicamente, criteriosamente e age sob domínio da Fé Raciocinada.
Tem-se que lembrar também, que na maior parte do evangelho, Jesus falava por parábolas, portanto, não se deve se apegar à letra que mata, como já dizia o apóstolo Paulo.
ANUNCIAVA-LHES A PALAVRA SEGUNDO PODIAM ENTENDER, E NÃO LHES FALAVA SEM PARÁBOLA; A SÓS PORÉM, EXPLICAVA TUDO A SEUS DISCÍPULOS.(MC 4-33)
Dando um enfoque às Religiões Ocidentais (tradicionais), normalmente elas obrigam, proíbem, impõem, cerceiam o direito e opinião das criaturas, não costumam respeitar a liberdade das pessoas, dizem o que elas devem e que não devem ler e em grande maioria não suportam o que seus adeptos estudem demais, pesquisem, façam suas buscas, questionem e muito menos discordem.
Na Doutrina Espírita, todo o serviço prestado pelos administradores, oradores, médiuns nos Centros, são gratuitos, pois CARIDADE, não se cobra, nem recebe bens financeiros. A Casa Espírita sobrevive de contribuições voluntárias. Jesus Cristo, nunca recebeu Dízimos de seus seguidores. No Velho Testamento fala sobre os Dízimos, mas, na época eles serviam para ajudar as viúvas desamparadas, os viajantes, os desamparados e assistências aos Templos Religiosos.
Quanto a Doutrina da Reencarnação, desde priscas eras, já se pregava no Egito, enquanto Krishna também já ensinava na Índia. Entre os filósofos e líderes destacam-se Buda, Zoroastro, Confúcio, Pitágoras, Sócrates, Platão, Lao-Tse, Manethon. Na Bíblia Sagrada, propriamente nos 04 evangelhos que foram escolhidos pela Igreja, deixaram alguns trechos claros sobre a Reencarnação, um deles é : Caminhando Jesus viu um homem cego de nascença. E os discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (São João 9:12). Daí se observa que o povo da época, já acreditava na preexistência da Alma.
Para os líderes das igrejas, é melhor que seus fiéis pensem que irão para o céu ou inferno. Se praticarem vários crimes, mas se arrependem, batizando-se na igreja, irão para o céu, se não, irão para o Inferno.
No entanto, se adotassem a Reencarnação, cada um “ficaria dono de seu nariz”, isto é, de sua evolução. Não seria preciso mais igrejas para a salvação das almas, mas sim, apenas da conduta de cada um, para aprimoramento espiritual. Provavelmente, grande parte dos templos religiosos fechariam as portas.
Somente com a Reencarnação, é que é mostrada a justiça Divina. Não somente sobre seres humanos, os animais também têm seu destino. Como na Evolução das Espécies, o Ser Vital (espíritos dos animais) evoluem também para a perfeição.(do Átomo ao Arcanjo). É importante saber que Deus é JUSTO e que não criaria seres para o nada (no caso dos animais) ou inferno eterno(nos humanos).
No Dogma de uma vida só, Deus já estaria criando almas, sabendo o seu futuro. Como se explicar colocar Almas para nascerem no meio fanático Islâmico? Como conheceria Jesus?...
Continuação da Mensagem - Segunda Parte
...E na China, no meio Comunista, quantos bilhões de habitantes não tiveram oportunidade de conhecer Jesus?? Os aborígenes na Austrália?? Seriam julgados de maneira diferente?? Mais de 2/3 da humanidade não são Cristãos. Será que Deus falhou? Deus irá mandar para o inferno mais de 2/3 da humanidade???Por não se batizarem e adorarem Jesus??
Nas minhas mensagens já enviadas, esclareci exaustivamente a reencarnação, tanto nos evangelhos canônicos, como aqueles eliminados e esquecidos pela igreja dominante. Nestes evangelhos esquecidos, abandonados ou perseguidos, a REENCARNAÇÃO, é claramente ensinada. Basta ter boa vontade e imparcialidade para entender o que digo.
A lei da REENCARNAÇÃO, está no cerne do JUDAÍSMO ESOTÉRICO, chamado CABALA. Um de seus principais textos, é chamado de ZOHAR ou LIVRO DO ESPLENDOR. Este livro registra o CICLO DE MORTE E RENASCIMENTO, chamado de GILGUL, que significa tanto “roda” quanto transformações” (do livro Crianças e suas Vidas Passadas, de CAROL BOWMAN, editora SALAMANDRA)
Queria também que os senhores dessem uma olhada em algum SITE que fale sobre os CÁTAROS, um povo CRISTÃO E REENCARNACIONISTA que viveu no sul da França no ano 1.200 aproximadamente, que foi DESTRUIDO TOTALMENTE pela Igreja Dominante da época, pelo simples fato de ter uma outra visão sobre os ensinamentos do Mestre Jesus. Como também o povo ESSÊNIO, Contemporâneo de Cristo, Os Evangelhos Gnósticos, vale a pena estuda-los. Esclareço também que os manuscritos encontrados no Mar Morto e no Alto-Egito, diferem enormemente dos evangelhos canônicos, reitero, escolhidos pela Igreja de Roma.
CIÊNCIA : Atualmente vários psicanalistas ocidentais estudam a reencarnação ( Carol Bowman, Dr. Brian Weiss, Raymond Moody, Richard Ferb etc..e tantos outros...), através de crianças que relembram vidas passadas, muitas delas comprovadas, adultos que através da terapia de vivências passadas melhoram de seus males, e muitos outros casos comprovados mas, ainda não aceitos pela ciência acadêmica.
Um dos maiores estudiosos da questão foi o médico psiquiatra norte americano Dr. Ian Stevenson, que fez pesquisas por mais de 30 anos, comprovando os fatos ocorridos.. Temos também a Transcomunicação Instrumental, que tem como pesquisadora brasileira a Sonia Rinaldi, através de suas pesquisas eletônicas, vem provando a existência de vida em outras dimensões., no Brasil e no exterior, com vários outros cientistas..
Voltando à Doutrina, digo que o Espiritismo Senhores, não admite que ninguém interfira no aprendizado do seu seguidor, pois ele tem uma obrigação de se educar e estudar independentemente da Doutrina. Ele não veio ao mundo com objetivo de ser Religião, muito menos para competir com nenhuma delas, pelo contrário, veio para que os seus postulados sirvam a Todas as Religiões.
A proposta do Espiritismo é de Educação, sobretudo no aspecto moral e espiritual, objetivando fazer do homem hoje melhor que ontem, amanhã melhor que hoje, progredindo sempre com dignidade, fazendo às criaturas o que gostaria que fosse feito com ele, ao mesmo tempo em que não deve fazer o que não quer que façam com ele.
O VERDADEIRO CARÁTER DO ESPIRITISMO É DE UMA CIÊNCIA E NÃO O DE UMA RELIGIÃO. (OBRAS POSTUMAS)
AS DOUTRINAS ERRÔNEAS SÃO CONSEQUÊNCIAS DA INFERIORIDADE DOS POVOS. OS ERROS SÃO COMO PEDRAS FALSAS QUE SÓ UM OLHO EXPERIENTE PODE DISTINGUIR (ESPÍRITO DA VERDADE).
Os Espíritas não têm nenhuma dificuldade em colocar a CIÊNCIA ao lado da RELIGIÃO, pois, ambas se complementam. UM exemplo é o advento do Planejamento Inteligente, tendo como um dos pioneiros Michael Behe, veio a dar uma grande soma a Evolução Espiritualista. Behe não é um criacionista, como os religiosos fundamentalistas desejam coloca-lo. observe :
DESEJO DEIXAR CLARO QUE NÃO TENHO MOTIVOS PARA DUVIDAR QUE O UNIVERSO TEM OS BILHÕES DE ANOS DE IDADE QUE OS FÍSICOS ALEGAM. ACHO A IDÉIA DE ASCENDÊNCIA COMUM (que todos os organismos tiveram um mesmo ancestral), MUITO CONVICENTE E NÃO TENHO NENHUMA RAZÃO PARTICULAR PARA PÔ-LA EM DÚVIDA.(Michael Behe)
Sei que é difícil para aqueles que estão firmados em conceitos arcaicos das religiões tradicionais cristãs., falar sobre a Evolução e principalmente em sua própria religião. Mas, o próprio Cristo, falou isso, e não foi em evangelho gnóstico, foi no evangelho canônica de JOÃO 16, 12: MUITAS COISAS AINDA TENHO PARA DIZER-VOS MAS NÃO PODEIS COMPREENDER AGORA.....Portanto senhores, era necessário a Evolução daquele povo. Pena que há interpretações diferenciadas para a questão. Muitos dizem que Cristo veio no PENTECOSTES, mas eu pergunto, QUE ALGO DE NOVO FALOU? O QUE ACRESCENTOU? Nada, logo se percebe que não foi nesse dia o prometido. Na verdade, é necessário centenas ou milhares de anos, , para que com a civilização mais madura, absorva novos conhecimentos. Até mesma a própria CIÊNCIA prova isso, pois, o HOMEM MODERNO, está neste planeta há aproximadamente 50.000 a 100.000 anos. (não são simplesmente evidências, são comprovações através de fósseis, para os que duvidam, tem-se que estudar a paleontologia).
A TEORIA DA EVOLUÇÃO É COMPATÍVEL COM A FÉ CRISTÃ, O IMPORTANTE PARA OS CRENTES, É ACEITAR A INTERVENÇÃO DIVINA NA CRIAÇÃO DA ALMA E NÃO NO PRIMEIRO HOMEM FEITO DE BARRO.(PAPA PIO XII)
(...)
Continuação da Mensagem - Última Parte
Transcreveremos abaixo a opinião do Espírito de Verdade, encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume esta polêmica a zero: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de um maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resume a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem, endereçando-lhe ao entendimento de si mesmo.(do site: www.geocities.com/jeffersonhpbr) Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo que quiserdes, e vos será dado. MEU PAI será glorificado, se derdes muito fruto, e ASSIM SEREIS MEUS DISCÍPULOS (João 15,7) ANUNCIAVA-LHES A PALAVRA SEGUNDO PODIAM ENTENDER, E NÃO LHES FALAVA SEM PARÁBOLA; A SÓS PORÉM, EXPLICAVA TUDO A SEUS DISCÍPULOS.(MC 4-33)

DEUS É ESPÍRITO E QUEM O ADORA, DEVE ADORÁ-LO EM ESPÍRITO E VERDADE. (JESUS-João 4-24)
NADA É OCULTO QUE NÃO SEJA MANIFESTADO.(JESUS)
ESTOU CONVECIDO DE QUE, NO CAMPO DA PESQUISA PSÍQUICA, SERÃO DESCOBERTOS FATOS QUE PROVARÃO SER DA MAIOR SIGNIFICÂNCIA PARA A RAÇA HUMANA, MAIS DO QUE TODAS AS INVENÇÕES. (THOMAS EDISON).
“A FÉ CEGA É UM MAL, PORQUE ELA SE OPÕE A TODO APERFEIÇOAMENTO’’ (Lubomorski)”.
PARA OS CATÓLICOS E PROTESTANTES EM GERAL, A SALVAÇÃO OFERECIDA POR JESUS É INDISSOCIADA DE SEU MARTÍRIO, JÁ PARA OS GNÓSTICOS, ACREDITAM NA SALVAÇÃO PELO CONHECIMENTO. (trecho gnóstico)
Encerro aqui, espero que tenho sido útil a todos.
Obrigado.
Paulo César Tenório Cavalcanti - Taguatinga/DF
Quinta, 26 de Abril de 2007
Olá Paulo...
É com prazer que vejo que está disposto a aprofundar essa importante discussão, e infelizmente o Alexsander tem andado meio ausente. A princípio, prefiro não intervir muito no diálogo, mas neste caso, farei algumas observações.
O que está em jogo é antes de tudo uma questão de definições. No fundo o que está sendo discutido é "O que é ser Cristão", "O que é Cristianismo" e "O que é Espiritismo". Como estão sustentando definições opostas e não estão indo direto a este ponto fundamental, qualquer conciliação é impossível.
Eu próprio defino Espiritismo num sentido mais abrangente que não se reduz ao Kardecismo, sentido no que o termo Espírita Kardecista não é redundante e é necessário. Não digo que quem defina de forma diferente está errado, mas não faz sentido ignorar a definição e partir para uma discussão sobre a "essência" do Kardecismo que não leve em conta as orientações linguísticas.
Já disse e repito. Não tenho dúvidas de que a doutrina Espírita é muito mais coerente, racional e sensata que as teologias cristãs tradicionais. A doutrina da Reencarnação soluciona diversas questões impossíveis no cristianismo católico e protestante, a começar pela justiça e bondade divinas. Isso ocorre principalmente porque Kardec e os primeiros espíritas estavam preocupados em livrar o cristianismo da obscuridade irracionalista, que é flagrante na teologia cristã. No entanto, esse mesmo amor ao cristianismo acabou por gerar um outro efeito de difícil racionalização, que é extrair os fundamentos do cristianismo da Bíblia, principalmente a doutrina da reencarnação.
Se estivermos obrigados a aceitar que a Bíblia é de fato um livro divino, que o Deus Bíblico é o Deus real, e é de fato Misericordioso e Justo, e de forma humanamente compreensível, então talvez não haja outra saída a não ser talvez admitir a reencarnação como única interpretação possível. Mas se qualquer uma dessas 4 premissas anteriores não for aceita, e posso muito bem aceitar nenhuma, então não há motivo para achar que essa é a melhor interpretação.
Pouco importa que fatores históricos construiram o mito de Jesus e suas peculiaridades, ou a adequação do Kardecismo à Ciência atual, o que continuo sustentando é que, tomando como base a Bíblia em si, que é o que fazem os protestantes, fica muito difícil justificar a reencarnação, principalmente se levarmos em conta uma série de versículos que eu e o Alex já citamos, e que, infelizmente, continuam sem receber tratamento de sua parte.
Seria mais fácil admitir que a Bíblia não é um livro confiável neste aspecto, do que tentar pressumir sua divindade e inerrância, e ao mesmo tempo sua adequação a uma teoria reencarnatória sofisticada. Fico por aqui.
Amigavelmente

20 de Maio de 2007
   
          Gustaf Dantas Bitencourt Florencio
     1985  -  Natal-RN
Estudante Universitário
449 517 527 546 576 591
g u s t a f d a n t a s       h o t m a i l . c o m  
Olá, Marcus.
Gostaria de entender melhor a discussão muito comum na Filosofia sobre o assunto “Livre-arbítrio x Determinismo”
Você diz na monografia Deus Me Livre: “De tudo isso, a correlação com a Liberdade é direta. Se há Determinismo, não somos livres, pois tudo o que ocorrer já estará definido, pensamos que decidimos quando na verdade apenas realizamos o que foi previsto por um poder superior a nós, e nossas escolhas e decisões serão meras ilusões resultantes de nossa ignorância sobre o futuro, ignorância esta que seria a única coisa que tornaria nossa existência suportável.”
O filósofo Elliot Sober no artigo Liberdade, determinismo e causalidade diz que prefere ver o assunto abordando primeiramente a questão da causalidade e não do determinismo. Nos trechos de um artigo publicado em “Crítica na Rede”, ele diz que parece ser uma observação aparentemente ambígua: “O meu palpite é que o verdadeiro problema não é se o determinismo e a liberdade podem ser reconciliados. Mas dado que as posições tradicionais acerca do problema da liberdade se centram na causalidade determinista, farei o mesmo.”
Sober diz claramente no artigo que o problema central do livre-arbítrio é a causalidade. E que pode haver causalidade sem determinismo. Mas não explicou como pode haver determinismo sem causalidade. credito que isso signifique que não há como conceber determinismo sem causalidade. Logo, acredito (apesar de não ter certeza) que ele disse que a causalidade determinística coloca um problema ao livre-arbítrio.
Ele cita um exemplo de causalidade determinística: “Ao primeiro argumento chamarei Argumento da Causalidade à Distância; está centrado na idéia de que o nosso comportamento é causado por fatores (os nossos genes e o ambiente em que crescemos) fora do nosso controle.”
Eu gostaria de saber sua opinião sobre o papel da causalidade numa discussão “Livre-arbítrio x determinismo” e se Sober realmente acredita que o determinismo limita o livre-arbítrio (parece que ele utiliza “liberdade humana” como sinônimo desta última palavra).
Sexta, 20 de Abril de 2007
Oi Gustaf...
Mesmo antes de ler o Artigo de Sober eu já achava que a questão da causalidade é irrelevante para esta discussão, pois é evidente que quer o universo seja Determinista ou aberto ao Acaso, ou mesmo no caso Fatalista que ele cita, a causalidade sempre se fará presente. Ela é o mero mecanismo que transmite os efeitos de uma ação a outra. Isso em nada afeta a discussão
O texto de Sober foi mais específico no tema do materialismo, visto que está especialmente preocupado com o problema mente-corpo, focando a questão da liberdade numa concepção de fechamento causal do mundo físico. Daí, se o universo físico for determinista não haverá liberdade, visto que nossas ações serão o resultado final causas físicas, o que não posso discordar.
Acrescentou também que caso haja indeterminismo, devido a aleatoriedade, num universo materialista também não haveria liberdade, pois seríamos escravos da aleatoriedade, com o que também concordo, e é um dos focos principais da monografia Deus Me Livre.
O que Sober não comenta são possibilidades de universo não física e causalmente fechado, que é exatamente a rota de fuga que sugeri na monografia, de que haveria uma instância intencional na natureza cuja principal característica seria exatamente impor alguma ordem em meio a aleatoriedade, garantindo a liberdade.
Como você mesmo notou, se causalidade é condição necessária para tanto determinismo quanto para aleatoriedade, mas ao mesmo tempo não é condição suficiente, então não faz sentido focar a discussão nela. A questão, pelo meu ponto de vista, é saber se há possibilidade de articular a liberdade num universo por meio de uma interação entre determinismo e indeterminismo. É exatamente o fato de o universo não ser totalente determinista nem totalmente aleatório, que abre possibilidade para a autonomia do agente livre.
Além disso, no caso de minha mongrafia, não estou preocupado com a natureza elementar do universo. Não importa que ele seja físico ou mental, a questão central não é alterada. Como Sober está focado exatamente na idéia de um universo materialista, o problema dele acaba sendo de uma ordem parcialmente distinta.
Pessoalmente, concordo com a idéia de que num universo totalmente materialista, a natureza dos fundamentos será transmitida à das ações. Ou seja, se for determinista, não haverá liberdade, se for indetermista, também não. Mas não acredito num universo totalmente fechado como este, pelo simples fato de que ele tornaria impossível, ao que tudo indica, o surgimento da Mente.
Acredito que mesmo num universo originalmente materialista, o surgimento da mente introduz um outro nível de horizonte de eventos, com notável independência em relação ao mundo material. Ou seja, uma vez surgindo, a mente tem SIM, poder causal descendente. Nesse caso, sou claramente um Emergentista, para usar um termo da Filosofia da Mente.
Nesse universo mental, embora submetido ao impulsos determinados do físico, na forma de estímulos ambientais e matrizes genéticas, ainda assim existiria uma autonomia no domínio mental, que está intimamente associado a Intencionalidade.
Por acaso, nas notas de rodapé de meu novo livro virtual Raio-Y, esbocei exatamente essa teoria, que amarra o conceito de intencionalidade com o de livre arbítrio. Ou seja, não somos rôbos exatamente porque nossa intencionalidade nos garante a liberdade.
De uma olhada nestas notas, toquei em quase todos os pontos lá. Elas podem ser lidas independentemente da estória.
Muito obrigado pela participação.

Amigavelmente

17 de Maio de 2007
   
          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556, 602, 603, 605

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Caro Marcus, aqui estou eu de novo com minhas perguntas, desta vez novamente sobre religião.

1 – Certa vez há alguns anos num grupo de discussão do Yahoo! Estava havendo uma discussão entre céticos e crentes católicos, obviamente sobre religião, na qual um dos crentes afirmou que a inquisição matou 15.000 pessoas em alguns séculos de funcionamento, enquanto que governos ateus como o da Revolução Francesa e da URSS de Stalin mataram centenas de milhares ou milhões em menos tempo, o que era uma prova de que estados seculares eram mais violentos. Reconhecendo os excessos da França revolucionária e do comunismo assim como os da inquisição, pergunto como poderia se responder a esta afirmação.

2 – Os evangélicos afirmam que no apocalipse haverá uma ocorrência chamada arrebatamento, onde 144.000 pessoas crentes serão levadas aos céus. Essa ocorrência pelo que sei não encontra base na bíblia, então porque as pessoas acreditam? E porque 144.000?

3 – Em geral se acredita que Deus e seus anjos estariam num lugar chamado céu ou paraíso. A bíblia fala sobre este local? E o inferno, já existe ou existirá só no final dos tempos? É o reino onde o Diabo reina ou onde ele será punido junto com os humanos pecadores? Ele se resume a um lago de fogo e enxofre?

4 – Anticristo ou a besta, quatro cavaleiros do apocalipse. Quem ou o que cada um desses caras é?

5 – E Leviathan e Behemoth? O que esses “godzillas” representam?

6 – O apocalipse de São João deve ser o livro mais estranho da Bíblia, não?

Muito Obrigado e Até logo.

Terça, 10 de Abril de 2007
Olá Rodrigo. Vamos de novo.

1 - A primeira coisa a se levar em conta, é obvio, não é o número absoluto, mas sim o número proporcional. Qual a porcentagem que estes 15 mil representariam na população envolvida? E nos casos de Revolução Francesa ou Bolchevique? Quanto maior a população maior tende a ser os números absolutos da tragédia. Em segundo lugar, há uma diferença óbvia entre um processo revolucionário, que pressupõe uma guerra civil, e um processo de perseguição religiosa que nada tem haver com uma ameaça direta ao poder político. Seria mais válido comparar as revoluções com as cruzadas, e mesmo assim há muita diferença entre uma guerra internacional e uma intranacional. Em terceiro, não somente a proporção populacional, mas o poderio e eficiência das armas. É evidente que hoje é possível matar um número muito maior de pessoas em menos tempo. Quantos a mais teriam morrido nas cruzadas se os cruzados tivessem armas mais avançadas? E por fim, e acho que o mais importante, é a questão moral e a hipocrisia envolvida. Guerras políticas, como a movidas pelos comunistas, tem como pressuposto uma revolução nas condições sociais vigentes no mundo, um conflito de interesses econômicos e um embate de ideologias filosóficas. Ou seja, é uma guerra por motivos assumidamente humanos. Já as guerras e massacres em nome da religião carregam a terrível máscara de uma virtude divina, com a hipocrisia resultante de estarem fazendo algo em nome de um bem surpremo, Deus. Uma coisa é matar alguém, outra é fazê-lo e ainda dizer que se está cumprindo um ditame de um ser divino, suprapoderoso, justo, bondoso e perfeito.

2 - Tem base bíblia sim. Em Apocalipse 7 é explicado que 12 mil pessoas de cada uma das 12 tribos de Israel receberão a marca de Servos de Deus, o que resulta em 144 mil. A importância do número é claramente cabalística, visto que 12 é tido como um número divino, o que também explica porque o 13 seria maligno. Algumas interpretações permitem sim dizer que estes serão arrebatados, o que pode ser interpretado de mais de uma forma, inclusive que serão fisicamente levados ao 'céu'. São interpretações um pouco complexas, envolvendo em geral livros proféticos do Antigo Testamento. Mas nos capítulos seguintes de Apocalipse isso também fica no mínimo subentendido, pois é dito que esses 144 mil não sofrerão mais nenhum mal apesar da Terra passar a ser castigada das mais terríveis formas. Deduz-se que não deverão estar aqui.

3 - A partir da Mensagem 514 é travada uma ampla discussão sobre isso. Pessoalmente defendo que no nosso presente, de acordo com a melhor teologia bíblica, não existem um Céu e um Inferno onde fiquem os mortos. Todos estariam inconscientes aguardando o dia do Juízo. Mas é claro que haveria uma dimensão espiritual onde habitam os anjos, que seria o 'Céu' espiritual, que NÃO é o Paraíso. Este seria o destino futuro dos escolhidos, bem como o foi o Jardim do Éden. Os detalhes são muito vastos para serem reproduzidos aqui. Consulte este debate, que 'termina' na Mensagem 543, e verá tudo muito bem detalhado.

4 - Os 4 Cavaleiros [Ap 6] são evidentemente símbolos das tragédias: Guerra, Peste, Fome e Morte. É rídiculo imaginá-los como entes visíveis que cavalgarão no céu. O mesmo pode ser dito da Besta de 7 cabeças [Ap 13]. Já o Anticristo poderia ser um personagem específico, como um governante do mundo. Mas tudo isso é de interpretação muito nebulosa. Poderia ser apenas uma ideologia, uma empresa, um país, etc.

5 - São apenas animais comuns de grande porte. Behemot [Jó 40:15], em várias versões da Bíblia é traduzido como 'hipopótamo'. Leviatã [Jó 41:1] não passa de uma baleia, ou algum outro cetáceo muito grande, e as vezes o termo é usado no sentido figurado para ilustrar outras coisas.

6 - Discordo, num certo sentido. O Apocalipse é um livro hermético, simbólico, de difícil interpretação e repleto de poesia e figuras de linguagem hiperbólicas, que pode significar muita coisa ou ser puro delírio. Em essência, não é tão diferente da Gênese e suas alegorias de difícil interpretação. O que eu acho estranho mesmo é a sequência Deuteronômio, Josué e Juízes, ou o próprio Êxodo. Leia-os e saiba por quê.

Amigavelmente
27 de Abril de 2007
   
          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556, 602, 603

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Olá Marcus, novamente te envio algumas perguntas a respeito dos seus contos, entre eles “Senhoras de Terrânia”:

1 - Na sua monografia Heróis da areia, no final existe o texto de um personagem da história chamado Bentom, assim como no final da descrição do Reino de Samria. É o mesmo ao qual Damiate se refere no final de Alice 3947? Se sim, como sobreviveu tanto tempo?

2 - Ainda estou esperando as descrições dos outros reinos de Terrânia...

3 - A sua explicação a respeito de Terrânia ser um planeta duplo com um satélite, acredito que proceda sim, mesmo não sendo um astrônomo. Mas minha dúvida foi devido a um artigo que li tempos atrás que afirmava que Marte tinha dois satélites pois era mas distante do Sol, a Terra mais próxima apenas um (no passado poderia ter tido mais, porém o astro rei as teria puxado), Vênus e principalmente Mercúrio nenhum, pois não conseguiriam competir com a gravidade da estrela. Aliás todos os corpos celestes com alguma massa substancial além da Terra (incluindo Plutão e alguns asteróides grandes) tem satélites naturais.

4 - Você poderia adiantar alguma coisa de Raio Y? Primeiramente porque Raio? E porque Y?

5 - No seu conto Conversando com o Diabo, o próprio coisa ruim afirma que o nosso planeta é controlado por um Demiurgo que obedece a outros superiores e que não era dos maiores nem aqui no nosso sistema solar. No glossário de "Alice 3947, existe a informação de que Damiate travou uma guerra celestial contra os Demiurgos planetários. Os dois contos são inter-relacionados neste aspecto? Como você imagina uma organização e hierarquia de Demiurgos?

6 - A Aliança Hexagonal compreendia entre as seis raças, uma aquática chamada Dobuk. Se viviam na água, não podiam usar o fogo, se não podiam usar o fogo, não desenvolveriam tecnologia além da pedra polida, creio eu. Então como esta espécie conseguiu fazer parte de uma aliança espacial?

7 - Em Terrânia usa-se magia branca, cinza e negra. Qual a diferença entre elas? Uma é mais sinistra que a outra, como se entenderia aqui na Terra?

Muito Obrigado e Até logo.

Terça, 10 de Abril de 2007
Olá de novo Rodrigo...
Me agrada ver que está curioso com relação ao Universo DAMIATE, não hesitarei em responder suas perguntas, mais uma vez, na medida em que não gerem spoilers. Vamos lá.

1-SIM. O Bentom nos 3 casos é o mesmo. Mas o Tempo não é muito claro no universo DAMIATE, pois as viagens interestelares de longas distâncias também envolvem grandes distorções no tempo, nunca na forma de volta ao passado, mas na forma de saltos para o futuro. Mas esse não é o principal motivo para que Bentom e outros personagens estejam presentes em eventos tão temporalmente distantes. Muitos dos personagens são extremamente longevos, como o próprio DAMIATE por exemplo, que em Alice 3947 tem quase 2 mil anos, contados no tempo normal, embora bem menos em seu próprio tempo pessoal, isto é, o tempo total que ele de fato viveu levando em conta as distorções temporais causadas pelas viagens espaciais. Outros personagens passam grandes períodos inativos, hibernando, em câmaras de suspensão temporal ou outros processos que 'congelam' sua existência. A além do mais, existe a transmigração de mentes de corpo para corpo, que equivale a reencarnação, sendo que muitos seres mentalmente poderosos podem se lembrar de suas identidades em vidas anteriores.

2-Infelizmente vai ter que esperar um pouco mais. Mas ao ser cobrado, aumenta a possibilidade de que eu adiante as coisas.

3-Por volta dos séculos XVII e XVIII, havia uma crença de que a quantidade de satélites num planeta seguia uma progressão por ordem de afastamento do Sol. A Terra tinha um, e Galileu já havia detectado os 4 grandes satélites de Júpiter. Muitos então inferiram que Marte deveria ter 2, e por acaso, acertaram. Atualmente, desconheço qualquer bom motivo para que um planeta qualquer não possa ter satélites devido a sua posição orbital. Mas que eu saiba, Mercúrio e Vênus não tem satélites notáveis. Veja este ótimo artigo na wikipédia.

4-O Raio-Y deverá ser publicado dentro de um mês, e então você poderá satisfazer sua curiosidade. Prefiro não explicar exatamente o que ele é, mas devo adiantar, como aliás o farei logo na introdução, que nada tem haver com os raios x,y e z, velhos conhecidos de nossa ciência.

5-NÃO. O Universo DAMIATE e o conto Conversando com o Diabo não são relacionados. Mas eles compartilham sim uma metafísica em comum, similaridade nesses pontos, pois muitos de meus contos exploram os mesmos temas de pontos de vista diferentes. Há uma notável confusão temática entre este conto, o Universo DAMIATE, e o Universo Tecnomágico, do qual fazem parte os contos Além da Ressurreição e Seculários de um Homem Milenar, principalmente no que diz respeito a existência do 'Campo Mental'. Uma idéia que aparece de formas distintas nos 3 casos. Prefiro não falar muito sobre as hierarquias no Universo DAMIATE por enquanto.

6-Discordo em 3 pontos. O fato de se estar na água não impede o uso de fogo. Existem tecnologias de fogo subáquatico, como tochas de fósforo por exemplo, e outros recursos que permitem sim usar fogo em baixo d'agua. Além disso, o fato de ser aquático não obriga uma raça a estar constantemente em baixo d'agua. Na realidade, os Dobuks são similares a cetáceos, podem respirar fora d'agua, embora respirem melhor na água, e tem constituição física para caminhar em terra seca, embora em geral vivam em locais alagados. Além de tudo isso, dominar o fogo não necessariamente é imprescindível para o desenvolvimento de tecnologia. Podemos imaginar cenários onde isso possa ser compensados por outras formas de gerar calor, ou mesmo sem qualquer forma de gerá-lo. E por fim, no Universo DAMIATE em geral as raças não se desenvolvem sozinhas, tendo quase sempre alguma intervenção de raças já mais desenvolvidas.

7-Outro elemento crucial em As Senhoras de TERRANIA é a desmistificação e releitura de muitos de nossos esteriótipos. Bentom passa pela experiência de nomear coisas em TERRANIA de acordo com seu pano de fundo de mentalidade terrestre, para depois começar a se questionar sobre isso, e concluir que muita coisa foi mau interpretada. Ao longo dos 4 livros onde a saga se extende, vai ficando cada vez mais difícil associar as magias branca, cinza e negra, bem como os reinos do leste e oeste, à heróis e vilões. Essa percepção é dramática para o personagem. As Magias tem diferenças metodológicas: Desenvolver mais rápido ou com mais segurança? Usar ou não usar certos acessórios? Permitir ou não certos procedimentos? E também filosóficas. A Magia Negra por exemplo, cujas praticantes em geral tem pele bem mais branca que as das praticantes de Magia Branca, entendem a "Sombra" como um refúgio da ofuscação da divindade, considerando que uma contemplação direta da "Luz" mística é inapropriada a seres ainda humildes, que precisam do frescor da escuridão para não perderem a individualidade perante um ser muitíssimo mais poderoso. Já as feiticeiras brancas se entregam a essa ideologia de estado. Há conotações políticas, sociais e filosóficas que tornam as diferenças das magias muito distantes de uma conotação de Lado Negro e Lado Luminoso da Força, ao estilo Star Wars. Embora no começo, seja exatamente essa a interpretação do personagem principal.

Chega. É um prazer responder a suas perguntas, e prometo que você não perde por esperar as novidades.
Amigavelmente
21 de Abril de 2007
   
          Diego Barros Maia - 1982 - Brasília-DF
          Estudante e Servidor Público
          Espiritualista
          501 532 560 567
          d b m a i a       y a h o o . c o m
Olá mais uma vez, Marcus! É muito bom poder escrever de novo no seu site! Resolvi escrever mais uma vez para compartilhar com você algumas coisas que "descobri", ou pelo menos uma nova forma de pensar. Recentemente tive uma experiência religiosa muito intensa (já adianto que não foi no meio evangélico) e que me fez pensar sobre a relação entre Religião e Razão. Percebi que ambas são tentativas de explicação do mundo e da existência, e embora as duas caminhem juntas por alguns momentos, invariavelmente chega um ponto em que cada uma se fecha na sua própria "lógica", principalmente no momento em que as duas conflitam em relação à verdade sobre alguma coisa. A Religião passa a ver a Razão como uma manifestação egóica e arrogante, insensível àquilo que não se pode provar, mas se pode sentir. Enquanto isso a Razão vê a Religião como uma espécie de "fuga da realidade", pois desprovida de qualquer suporte comprovável empiricamente.
Dessa forma, parece que as duas são sistemas fechados e que só conseguem compreender uma à outra a partir do seu próprio ponto de vista, e por isso nunca chegaram à um acordo sobre o que é a verdade. A Razão se recusa terminantemente a aceitar algo que não se pode provar, enquanto a religião se recusa a abandonar algo que se pode sentir. E cada uma tem uma boa explicação sobre qual é o equívoco da outra, claro, a partir de sua própria "lógica".
Então fiquei pensando na seguinte hipótese: E se houver algo no universo, como uma lei universal ou qualquer outra coisa que diga que aquilo que é sentido não tem como ser empíricamente provado? Por exemplo: não temos como provar nosso amor por alguém, por melhores que sejam nossas ações, pois um questionador rigoroso poderia pegar qualquer ação nossa e achar algum interesse escuso por trás da suposta ação amorosa. Da mesma forma, a razão nunca conseguiria provar a existência de Deus, na sua máxima grandeza, pois qualquer evidência palpável que Deus nos fornecesse de que ele era Deus, apenas nos provaria que ele é um ser muito poderoso, e não exatamente Deus.
Assim, consegui compreender melhor os discursos religiosos (a maioria deles são assim) que dizem que a gente tem que sentir as coisas ao invés de racionalizá-las. É claro que a razão vai dizer que isso é uma forma de nublar o nosso senso crítico, porque para ela não poderia ser diferente. Mas também nada nos garante que a Razão é a melhor ou mesmo a única forma de expressão da verdade. Ela é uma excelente ferramenta, mas pode muito bem encontrar os seus limites, já que a idéia de que a Razão pode explicar tudo no universo também não passa de uma crença.
Todas essas coisas me fizeram compreender que maravilha que é a Fé e o importante papel que ela cumpre na nossa vida. É lógico que isso não me fez abandonar por completo a Razão. Continuo com o senso crítico questionador que sempre tive, mas agora, tenho humildade suficiente para ver que certas coisas nunca conseguirão ser explicadas por ele.
Mas o mais bonito de tudo isso é que nada impede a convivência harmoniosa entre Fé e Razão, se nós compreendermos o papel importante que cada uma tem para a humanidade. Por mais que os mistérios da Fé jamais possam ser entendidos pela Razão, uma parte desses mistérios, a ação, ou seja, os frutos da Fé, podem ser compreendidos, e podemos submetê-los a julgamentos racionais. Dessa forma, se uma pessa está feliz na sua religião e está levando a felicidade a outras pessoas, sem fazer mal aos outros, a razão poderá reconhecer isso como uma coisa boa. A razão pode, inclusive, nos dizer pela observação desses frutos, qual a Fé que mais nos fará bem.
Um Grande Abraço!
Diego
Terça, 10 de Abril de 2007
Olá Diego...
É sempre um prazer ter suas mensagens neste Livro de Visitantes, e com relação a esta, não vejo muito o que comentar.
Quero apenas discordar de um aspecto, que é o modo como você dicotomizou inicialmente Religião e Razão, e agrupou nesta última coisas distintas.
Ora, a Razão não necessariamente esta vinculada ao científico, visto que um pensamento filosófico altamente racional pode estar na contramão das tendências científicas, inclusive rejeitando a experiência e outros pressupostos comuns que costumam inviabilizar o pensamento espiritualista.
Assim, não concordo que haja uma dicotomia Religião X Razão, creio antes numa dicotomia entre Subjetivo e Objetivo, duas formas de vivenciar a realidade, como você mesmo diz, cada qual com sua própria "lógica", ou seja, sua própria racionalidade embutida.
Dada suas naturezas distintas, elas tem propósitos diferentes. O domínio da ciência sobre o mundo físico já está além de qualquer dúvida, e não é preciso ser cientista para sentir isso, basta usufruir das óbvias conquistas do método científico, reconhecendo, como poucos o fazem, seu mérito, bem como o das pessoas que trabalham para seu progresso. Algo, no mínimo, digno de respeito.
Por outro lado não é papel da ciência abordar, ao menos diretamente, nossas angústias íntimas e questões pessoais. Prozacs e Viagras simplesmente não resolvem nossos problemas fundamentais. Aí, entra o domínio da subjetividade, que também tem racionalidade intrínseca, mas onde os ditames da intuição e da vontade são muito mais determinantes. Algumas pessoas seguem um caminho mais filosófico, introspectivo, e outros mais religioso, extrovertindo elementos internos em símbolos e mitos que lhes dêem uma contraparte aparentemente externa.
Acho que a Filosofia tem direito, e dever, a se defrontar com qualquer área da experiência humana. Mas Ciência e Religião devem se respeitar mutuamente, pois praticamente nada tem a dizer uma sobre a outra, enquanto envolvidas em sua essência mais fundamental. É um disparate o religioso que acha ter algo a dizer sobre questões de investigação empírica e coleta de evidências. Como o espírita que acha que enquanto a NASA gasta bilhões para enviar sondas a outros planetas, ele já sabe que lá tem vida porque um livro psicografado assim o disse. Também é incabível ao cientista afirmar que esteja provada a inexistência de um domínio além do físico, ou da continuidade da mente após a corpo.
Infelizmente, a tendência geral e ambas as áreas se encontrarem onde não devem, principalmente a religião, que, historicamente, já serviu de modelo explicativo para o mundo físico, e agora, muitas vezes se recusa a recuar onde nada mais pode dizer. Em contrapartida, a ciência acaba invadindo espaços da subjetividade que também não lhe permitem qualquer abordagem eficaz. O conceito de Deus, por exemplo.
Por fim, eu costumo evitar o termo 'Fé'. Tenho um pé atrás com ele, visto que costuma ser usado mais como um subterfúgio para escapar dos xeque-mates racionais ou empíricos, do que com aquilo que deveria ser, que é existir apenas onde os demais domínios não alcancem. Ter fé que você não desaparecerá quando seu corpo morrer é válido, porque não há possibilidade de lhe mostrarem nada objetivo sobre isso. Agora ter fé em coisas que desafiam o bom senso diretamente, como acreditar em assombrações e magias numa mundo material onde uma investigação mínima esvazia qualquer pretensão sobrenatural, sempre soa no mínimo insensato.
Acabei falando mais do que esperava.

Amigavelmente

16 de Abril de 2007
   
          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556, 602

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Olá Marcus, aproveitando que te enviei uma mensagem falando de religião, agora faço umas perguntas a respeito do seu conto Senhoras de Terrânia:

1 – Eu não li a obra principal de “Senhoras de Terrânia”, conheço apenas pelo site, mas não pude deixar de notar que na cidade da Luz existem 20% a mais de mulheres do que homens e nos outros reinos parecem seguir o padrão, sendo que eles é que abastecem as mulheres de energia (magia sexual) como seua servos enquanto que elas possuem uma enorme fome sexual. Isso significa que existe um déficit masculino no planeta. Não sei se você explorou isso, mas como que a mulherada administraria uma situação destas?

2 – As mulheres terrânicas são pouco férteis, a maioria tem apenas um filho em toda a sua longa vida, obviamente o quantitativo da população está decaindo, mas mesmo assim como que a população conseguir chegar perto do bilhão de habitantes?

3 – Ainda em relação a pergunta acima, os terrânicos travaram guerras violentas entre si, porém como isso pode ser possível com o baixíssimo crescimento populacional e a total liberdade sexual dos habitantes já que povos reprimidos sexualmente tendem a ser mais agressivos aqui na Terra?

4 – Terrânia é menor que a Terra e consequentemente possui uma gravidade menor, como seria possível ter mais satélites naturais? Seus habitantes também não seriam mais frágeis e maiores? Como o seu núcleo manteve-se fundido para gerar um campo magnético, que sem um, o vento solar varreria a atmosfera com aconteceu com Marte?

5 - Achei legal a idéia de imaginar um mundo com hemisférios leste e oeste ao invés de norte e sul, para isto ser possível penso que a órbita de Terrânea ao redor da sua estrela deve ser polar. Isto é verdade?

6 - AKSIAK TRATIA TITIAK NATATI XARULAK TZATI, XASTA KURIANA TAILA XAPSA RAKELA LEKIA, KURIANA TAILA XAPSA RAKELA LEKIATA TELI, XASTA KURIANA SAST TRINA SAMARA LAKSI. De onde você tira a idéia destes nomes?

Muito Obrigado e Até logo.

Quarta, 21 de Março de 2007
Olá de novo Rodrigo. Será um prazer responder suas questões sobre As Senhoras de TERRANIA, que até agora poucos puderam ler, não creio que chegue a umas 100 pessoas, pois imprimi apenas versões prévias, 15 do Livro I, e 3 do Livro II, com o objetivo de enviar a editoras e distribuir a conhecidos para receber críticas e sugestões. Atualmente considero a obra pronta para uma efetiva publicação, ou tiragem maior, e assim que eu tiver recursos, vou imprimir algumas centenas e passar a vender pelo site. Então darei uma evoluída radical na página do livro, adicionando muito mais informações que em geral não estarão no livro, ainda que o mesmo seja auto suficiente. Agora vamos a suas perguntas, as quais, entenda, só responderei na medida em que não resulte em spoilers, isto é, informações que podem estragar a experiência literária, para quem a surpresa é vital.
1 - A defasagem quantitativa da população masculina em TERRANIA é na verdade o ponto de partida da obra, que começa exatamente com a descoberta de uma possível solução para o problema, que obviamente, envolveria importar homens da Terra. Isso, porém, esbarra numa série de problemas, técnicos, como a dificuldade da viagem espacial, e culturais, como a recusa de diversos segmentos da sociedade matriarcal. O Livro I quase todo gira em torno desta questão, envolvendo o protagonista principal, que é o primeiro homem da Terra a ser levado para o planeta.
2 - Porque nem sempre a população foi tão pouco fértil. Houve uma gradativa decadência do potencial reprodutivo nos últimos séculos, até que a população começou a decair, apesar da maioria populacional feminina.
3 - Concordo com suas colocações, mas como já disse, a população antes já foi maior, e durante muito tempo esteve restrita apenas aos seus respectivos hemisférios, de modo que só conheciam metade do mundo. Apesar disso, as guerras terrânicas sempre foram muito menos violentas que as terrestres, com número de vítimas muito menor, bem como a violência urbana e interna em geral muitíssimo menor. Algumas destas guerras ocorreram em situações controladas, apenas em campos restritos e envolvendo apenas os contigentes militares, de modo que invasão, saque de cidades, campos de prisioneiros e etc, são praticamente inexistentes. Os motivos das guerras são principalmente religiosos e ideológicos.
4 - No nosso sistema solar temos o caso de um planeta menor que a Terra e com mais satélites, Marte, para ser mais exato. A gravidade do planeta não é o único fator determinante para a existência de satélites. Em tese, nada impediria que a Terra tivese dois, 3 ou mais. Além disso, TERRANIA é mais um "planeta duplo com um satélite", do que um sistema "planeta-satélites", visto que a lua maior tem metade da massa do planeta. A gravidade não chega a ser 20% menor que a terrestre, sendo bem maior que a de Marte por exemplo. Isso permite um campo eletromagnético forte, e é suficiente para o desenvolvimento de seres vivos grande e fortes. Note que temos uma enorme variedade de seres na Terra, alguns grandes e fortes, outros pequenos e frágeis, tal variedade também ocorre em TERRANIA. Além disso, sendo eu um escritor de FC mais criterioso que a média, e ainda por cima evolucionista, é claro que a similaridade entre os humanos da Terra e os de TERRANIA não é por acaso.
5 - Não, tanto a órbita quanto o eixo de inclinação do planeta são similares ao da Terra em relação ao Sol, com a diferença que a órbita é um elipse menos excêntrica, e o eixo muito menos inclinado, o que resulta em estações do ano mais regulares e uma estabilidade climática maior ao longo do tempo geológico. A divisão conceitual geográfica do planeta em hemisférios Leste e Oeste é basicamente cultural, de modo que o mapa é visto com os dois hemisférios na horizontal um em relação ao outro, ao invés da estranha, e evidentemente preconceituosa, divisão terrestre do Norte em "cima" e Sul em "Baixo".
6 - Já notou que muitos autores de ficção científica não conseguem se livrar de seus regionalismos mesmo quando concebem nomes de uma cultura supostamente diferente na nossa? George Lucas criou toda uma Galáxia muito distante, e há muito tempo atrás, sem qualquer relação com nosso planeta, e mesmo assim seu protagonista principal se chama "Luke Skywalker"! Um sobrenome claramente inglês, e um nome derivado do seu próprio. Frank Herbert, em Duna, concebe uma humanidade mais de 8 mil anos no futuro, e os nomes de alguns de seus principais personagens são Paul, Duncan Idaho, Jessica, e ainda por cima estigmatizando nomes de uma cultura menos algo-saxonica, como Vladimir e Shadam, como sendo os vilões. Eu sempre quis fugir disso, então decidi criar nomes baseados numa cultura, linguagem e fonética totalmente diferentes, o que, por incrível que pareça, não é tão difícil. Se você sair misturando aleatoriamente sílabas, e for selecionando as sequências mais interessantes, e misturando-as novamente, vai notar que os nomes quase surgem espontaneamente.
Foi um prazer.
Amigavelmente
31 de Março de 2007
   
          Rodrigo Marques - 1972 - Angra dos Reis-RJ
          Administrador - Cético
          549, 556

        r o d m a r q 7 2       y a h o o . c o m . b r
Olá Marcus, sou um visitante do seu site a um bom tempo e certa vez, ao ler sua resposta a um visitante que se dizia impressionado pelo seu conto Conversando com o Diabo, você falava que várias outras pessoas afirmaram a mesma coisa, (que ficaram impressionadas), e que isso era a prova de com inteligência e criatividade era fácil criar uma religião e conquistar seguidores. Como eu fiquei mais impressionado com a sua afirmação do que com seu conto (que é muito bom), resolvi pesquisar algumas coisas na net:

- O dogma central da Igreja de Cientologia afirma que um tirano extraterrestre há 75 milhões de anos jogou bilhões de almas humanas trazidas de outros mundos em vulcões do nosso planeta e as explodiu com bombas H, fora isto administra tratamentos com um estranho aparelho chamado "E-meter" para detectar as tais almas bombardeadas que ainda estariam por aí nos atazanando. Mas mesmo com esses e outros absurdos a igreja é milionária e pessoas do nível de John Travolta, Tom Cruise e Nicole Kidman fazem parte dela, veja em Alarme Scientology.

- A seita Verdade Suprema no Japão chefiada por Shoko Asahara promoveu um atentado no metro de Tóquio com gás venenoso, que matou doze pessoas e intoxicou outros 15.000, em muitos deixando sequelas para toda a vida. O mais incrível é que o tal atentado não foi cometido por pessoas sem cultura ou instrução, mas sim muitos dos terroristas possuiam até pós-graduação em universidades japonesas de prestígio, o que não os impediu de fazer o que fizeram.

- Fora estes ainda tem os casos de Charles Manson, David Koresh, Jim Jones e outros, o que me faz perguntar:

1 - Uma pessoa sedenta ou faminta pode matar, roubar e mesmo canibalizar outros seres humanos para satisfazer suas necessidades. A religião é algum tipo de necessidade humana?

2 - Se sim, qual seria a função desta necessidade para o ser humano?

3 - Porque algumas pessoas sentem afinidade por uma religião e não por outra?

4 - Porque a necessidade de muitas pessoas de sentir seu credo superior ao dos outros?

5 - Porque a prática de acreditar e obedecer muitas vezes a um outro ser humano como se ele próprio fosse um deus?

Muito Obrigado e Até logo.

Terça, 20 de Março de 2007
Olá Rodrigo;
É um prazer receber novas mensagens suas, que tem mesmo sido visitante não só há um bom tempo, mas principalmente um bom visitante. E embora eu, em geral,costume juntar duas mensagens em sequência numa só, esta e sua próxima mensagem estão tão interessantes, e sobre temas tão diversos, que merecem cada qual uma resposta exclusiva.
Carl Sagan, em seu magnífico livro O Mundo Assombrado pelos Demônios, foi quem primeiro me chamou atenção ao extremo perigo da credulidade. Lamentavelmente, muitas pessoas na Terra acreditam facilmente em coisas inusitadas sem fazer uso do senso crítico, e assim são facilmente enganadas.
O famoso "otário" que cai num conto do vigário fajuto é apenas o que há de menos pior em ser demasiado crédulo, o grave mesmo, são aqueles que por falta de senso crítico se deixam levar por sistemas de crenças capazes de levá-los a cometer atos terríveis, tendo a convicção total de que estão certos, ainda que tenham bom motivo nenhum para isso.
Com a falta de senso crítico, de um mínimo de ceticismo, o crédulo pode ser levado a guerras santas, a ser um homem bomba, atirar aviões contra prédios, eleger políticos criminosos, ceder seus familiares para uso e abuso de líderes inescrupulosos, roubar, matar e toda sorte de miséria. E por quê?
Por que acreditaram, tem fé, tem certeza de algo que não pode ser mostrado, crêem para ver e assim por diante.
Todos nós temos nossa dose de crença, de fé, mas é uma habilidade saber discernir até onde é válido agir de acordo com coisas que podemos apenas acreditar sem qualquer motivo objetivo. Claro que o crente pode ter mil argumentos para justificar que o que acredita é válido, mas algo em comum em todos os sistemas de crenças que exigem credulidade, é que nenhum deles é aberto a fornecer evidências verificáveis. Quando você pede motivos para crença, o que se houve são basicamente: Testemunhos, estórias, demostrações de intensa crença, citações etc. Nada que possa ser realmente visto, mostrado, ou que, ao menos passe no crivo da racionalidade sem incoerências, pois em geral esses mesmos sistemas sempre tem pronta a desculpa de que há coisas que não podemos compreender, então devemos acreditar, ou que você um dia entenderá.
Um dos motivos disto é que os seres humanos, são seres racionais, porém, nem sempre fortemente racionais. Todo é qualquer sistema de pensamento e crença é um sistema racional, mas nem sempre é um bom sistema racional. O problema maior dos humanos é ter Razão, mas não ter Razão suficiente, e então compensá-la com emoções desmedidas. Outro problema é não cultivar as melhores emoções, que são o amor, a compaixão, a empatia, e se deixar levar pela arrogância, pelo ódio, pelo desprezo. Então, quando estes dois motivos se associam, o resultado é devastador.
Os humanos tem uma terrível carência de segurança. Precisamos ter um solo firme para pisar. Queremos estar certos de que as coisas corram bem, e se não pudermos fazer isso, devemos pelo menos nos iludir de que tudo está bem, pois a maioria esmagadora dos humanos sempre irá escolhar uma ilusão feliz a uma desilusão infeliz. Até aí, não é problema, mas sim o quê usamos para nos dar segurança e conforto. Se temos dificuldades passionais com nosso semelhantes, e se temos fraquezas racionais, estamos prontos para aceitar qualquer sistema que nos prometa alguma segurança, o que pode ser na forma de prestígio, poder, que seja imediato, ou na forma de promessas vindouras.
Acredito sim que a Religião é uma necessidade humana predominante, pois é o mais expressivo sistema capaz de dar segurança, consolar, e ao mesmo tempo dar explicações para grandes questões, ainda que nem sempre sejam grandes explicações. Nem todos os humanos precisam dela, pois não é a única forma de satisfazer essas necessidade, que em si, são inerentes a qualquer ser humano.
Além de tudo isso, os humanos possuem grande necessidade de adorar algo. Pode ser um Deus, uma celebridade, um companheiro, uma ideologia, um obra de arte ou mesmo a si próprio. Mas definitivamente, algo tem que ser adorado. Isso é, a meu ver, um modo mais sofisticado de satisfazer essas necessidades humanas primárias, de conforto, segurança, e sobretudo, felicidade. O ícone adorado pode nos fornecer isso. Quem não se sente feliz quando está apaixonado, adorando a pessoa amada? Ou quando está totalmente deslumbrado como um novo sistema de idéias, um novo artista, ou um bebê?
Enfim, juntando todas as peculiaridades, temos que a religião pode preencher com notável eficácia uma carência existencial humana universal. Vimos que apesar de racional, nós, humanos, muitas vezes somos pouco racionais, e que temos dificuldades com nossas emoções. Mesmo uma pessoa muito burra, dificilmente faria mal a outra se tiver a devida sensibilidade, porém, pode acabar prejudicando por simples ignorância.
Um estúpido perverso é um perigo, mas não consegue fazer grandes estragos. Um esperto perverso também não pode fazer grandes danos onde a sabedoria prevalece. Mas ponha um esperto perverso no meio de um bando de estúpidos, é o estrago é incalculável.
Espero ter respondido suas questões, ainda que não tenha feito como de costume, abordando ponto por ponto. Acrescento que os casos que citou mostram algo notável. Que virtude, e vício, são coisas muitíssimo bem distribuídas em qualquer lugar e tempo do mundo. A natureza, ou Deus, pode não ter sido generosa na distribuição desigual de muitos dons, riquezas, oportunidades e etc. Mas foi muito democrática ao distribuir o senso ético íntimo de cada um. Pena que, sem o devido esclarecimento racional, isso seja insuficiente para conter a amplitude do dano que a falta deste senso aliado a ignorância pode fazer.
Ignorância esta que não deve ser confundida apenas com falta de instrução. Podemos nos graduar e doutorar com menções honrosas. Isso compra muitos títulos e privilégios, mas não o mais importante, que é o diploma da escola da vida, o qual muitas pessoas morrem de velhas antes de receber.
Amigavelmente
31 de Março de 2007
   
          Ronald Rahal  -  1929  -  São Paulo-SP
   Autodidata


              r o r a h a l       t e r r a . c o m . b r
Olá de novo caro amigo.
Descobri este prolongamento do seu site e devo reconhecer que fiquei impressionado.
Compartilho muito de suas idéias e confesso que nunca me passou pela mente, coloca-las tão bem em palavras escritas como o faz aqui.
É notavél sua busca e as respostas que procurou dar para entender o mundo que o rodeia.
Desde que o mundo é mundo, a busca do entendimento do tudo que vemos para um corpo sólido de onde podemos seguramente partir é constante.
Da minha idade, vejo com simpatia a sua franqueza ao se declarar em certo sentido egocêntrico. Mas quem não o é? Talvez os santos com seu altruísmo exacerbado sejam os únicos a fugir deste esquema.
Mas ela é saudável, e talvez fosse o único caminho para racionalizar o mundo que encontrou.
Há muita texto e e me perdi em alguns deles, e na verdade pretendo lê-los todos.
Gosto de ficção científica e se não incomodá-lo gostaria de enviar um que escrevi.
Há outros que gostaria de continuar mas começo a sentir um certo cansaço como se o meu "filamento" desse sinal de que mais cedo do que gostaria, estivesse para romper-se.
Sou fã de H.G.Wells e tenho tentado continuar sua história mais famosa "A máquina do Tempo", que no meu entender está incompleta.
Afinal você acha que o viajante simplesmente retornaria para o futuro sem tentar modificá-lo, para salvar a amável Eloi Weena?
Se lhe interessar tenho uma parte já escrita que poderia apreciar e quem sabe dar-lhe proseguimento em quatro mãos.
Por razões pessoais, gostaria que entrasse em contato comigo no meu e-mail, se isto for possível, para envio de parte deste material.
Peço-lhe desculpas antecipadas por assim proceder já que não tenho outros meios de contatá-lo.
Mais uma vez, parabéns e um abraço cordial.

Segunda, 19 de Março de 2007
Olá Ronald...
Seja bem vindo a meu site original, que não é um prolongamento do EVO, e sim o inverso. Você já se tornou um visitante ilustre, sempre trazendo mensagens interessantes e enriquecedoras, e desta vez não é diferente.
Pra começar, foi uma das poucas pessoas até hoje que notou o termo "Egocêntrico" em minha auto definição pessoal. No entanto é bom lembrar que este egocentrismo tem uma sutileza diferente. Se trata antes de tudo da constatação de que a única certeza é a da própria existência, e assim, tal como Descartes, partir do EU para o mundo de um modo decidido e decisivo, ao invés de aceitar passivamente o que nos chega à mente esquecendo que nossa atitude subjetiva é totalmente determinante para nossa percepção do mundo.
Na realidade, todas as pessoas são, neste sentido egocêntricas. É claro! Afinal vêem todo o universo pela sua própria perspectiva. O problema é que a grande maioria não admite isso, e sim prefere acreditar que aqueles elementos inconscientes com os quais elas próprias contaminam tudo o que apreendem vieram de fora. Quer um exemplo? Não há qualquer parâmetro objetivo sério para afirmar que o mundo hoje é menos ético, benevolente ou justo que o mundo antigo, é só, E SOMENTE SÓ, uma disposição emocional interna que permite alguém achar que "as coisas vão de mau a pior". No entanto, ao não admitir que isso é um resultado de seu próprio egocentrismo existencial, crêem ter bons motivos para pensar assim como se houvesse algo de objetivo no mundo que sustente tal asserção, o que obviamente não faz o menor sentido.
Ao se afirmar como egocêntrico, não faço nada mais do que admitir o inevitável que a maioria prefere negar: Que para cada um de nós, o universo inteiro gira em torno da própria subjetividade.

Sobre Ficção Científica. Ora, se somos grandes fãs de FC, então é claro que estou ansioso para ver o que você escreveu. Por isso, logo entrarei em contato via e-mail. É realmente tentador achar que o Viajante do Tempo tentaria moldar a história do futuro. Mas em meu conto Os Crononautas, temos algumas implicações a esse respeito.

É isso. Aguarde o contato.

Amigavelmente

29 de Março de 2007
Mensagensa