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26 de Outubro

Sou um fã do filme DUNA (1984) de David Lynch, mesmo reconhecendo seus graves problemas, em especial a péssima caracterização do Barão Vladimir Harkonnen, e uma série de gracejos de mau gosto com o intuito de vilanizar ainda mais sua Casa ao nível da infantilidade. Pois a obra tem um elenco sublime, dos mais impressionantes já reunidos numa película única. Sua direção de arte é primorosa, seus efeitos especiais, mesmo datados, possuem um estilo ímpar e, mesmo aos olhos de hoje, um charme próprio. E por último e mais importante, uma das mais fabulosas e inesquecíveis trilhas sonoras já realizadas.

Foi, ademais, minha introdução ao universo de Frank Herbert, trazido à luz em 1965, no livro homônimo e suas sequências, que eu só viria a ler bem mais tarde graças a meu amigo Alex Brito.

Tivemos também uma mini série de TV, em 2000, que ao longo de mais de 4 horas readapta o mesmo primeiro livro, em muitos aspectos superando o filme anterior, com uma representação muito melhor dos Harkonnen, e tendo Willian Hurt fazendo um Duque Leto Atreides mais marcante. E apesar da produção muito mais modesta, pôde contar com os então ainda recentes recursos de infografia indisponíveis anteriormente.

Lembrando que os mesmos produtores realizaram também uma série sequência, em 2003, focado no livro três, Os Filhos de Duna, considerado por absolutamente todo mundo como o segundo melhor da saga, constituindo sua única adaptação filmográfica, e também, essas produções televisivas combinadas cobrem eventos do livro dois, O Messias de Duna.

Já a obra atual de Denis Villeneuve, a meu ver, supera essas versões anteriores, mesmo levando em conta a discrepância de recursos tecnológicos envolvidos. O elenco está excelente, embora, pessoalmente, eu ainda prefira o Barão Harkonnen de séria televisiva de 2000, interpretado por Ian McNeice, justamente por ser mais simples e realista. E se o Gurney Halleck de Josh Brolin está ótimo, ainda prefiro Patrick Stewart, da versão de 1984.

No quesito elenco, e ainda mais, exploração do personagem, Jason Momoa supera em tudo os Duncan Idahos anteriores, especialmente pelo fato de, inclusive indo além do livro, finalmente termos o visto efetivamente lutando, invés de apenas ter seus feitos heroicos vagamente citados. Timothée Chalamet, além da ótima atuação, tem como maior mérito lembrar, pela figura geral, o inesquecível Kyle MacLachlan que faz o Paul Atreides em 1984, que até hoje, para mim, é a indelével imagem do personagem que tive em mente ao ler os primeiros livros. De certa forma, conseguiram escamotear uma das maiores dificuldades de adaptação do personagem, que é o fato de, no livro, ser frisado que ele cresce muito dos 14 anos, quando a estória começa, até se tornar o Paul Muad’Dib que viria a ser o Imperador do Universo.

A versão de 1984 optou por ignorar a adolescência inicial do personagem já partindo de um Paul adulto, e a versão de 2000 fez o contrário, dando preferência a aparência de adolescente de Alec Newman, tornando o em seguida mais maduro basicamente pela barba.

Mas se a nova versão tem sido merecidamente elogiada ao nível da reverência, então só me resta apontar o que muitos insistem em ignorar, que são suas deficiências, em alguns casos, injustificáveis.

Ora, lembrando que a série Duna é composta de livros com estórias fechadas e isoladas, com intervalos de décadas, séculos ou mesmos milênios entre um volume e outro, a versão atual sabiamente optou por cobrir o primeiro livro com dois filmes. Embora, em minha sincera opinião, a versão de 1984 consiga fazer isso razoavelmente bem com apenas 137 minutos, e ainda melhor na versão do diretor. Assim, se tudo der certo, terminaremos com uma obra tão extensa quanto a minissérie de 2000. Dessa forma, como explicar estranhas omissões de temas tão cruciais para um entendimento mínimo deste universo ficcional?

Não há a menor menção a um dos fundamentos mais estruturais da saga, que é a total ausência de computadores e qualquer forma de inteligência artificial, proibidos após o Jihad Butleriano, e os personagens de Thufir Hawat e Piter de Vries ficam reduzidos a generalidades, e ainda que o primeiro demonstre brevemente suas habilidades computacionais no início do filme, isso não passa de uma curiosidade que em nada esclarece a ambientação e muito menos permite inferir o enorme prejuízo que os Harkonnen tiveram com a morte de seu próprio Mentat, interpretado por David Dastmalchian, ator que ultimamente está marcado como “O Homem Bolinha”.

Não aparecendo o Imperador Padishah Shaddam IV, nem explicitamente qualquer navegador da CHOAM, ficamos largados numa falta de substancialidade de qual a real trama por trás do ataque dos Harkonnen aos Atreides. E a absoluta ausência e completa omissão de Feyd-Rautha me dá a extrema apreensão de que o personagem aparecerá apenas aos 45 do segundo tempo, sendo que Feyd, interpretado por ninguém menos que Sting (The Police) no primeiro filme, ainda que apareça pouco, é um personagem de mais absoluta importância para a compreensão de toda a subtrama oculta por trás das manipulações da Bene Gesserit.

Ora, Rabbam e Piter de Vries aparecem regularmente ao lado de Vladimir Harkonnen. Porque então não fizeram o mesmo com Feyd, como ocorre no livro e nas duas versões filmográficas anteriores?!

Ademais, a abertura do filme de 1984, com a narração da Princesa Irulan, não apenas é excelente apresentação e contextualização, como uma das mais belas introduções já vistas na história do cinema. Até hoje essa sequência inicial, com sua música sublime e contando com a beleza da atriz Virginia Madsen, é exaustivamente relembrada pelos fãs, que inclusive fazem suas próprias versões modificadas. E ela dita a tônica estilística do primeiro filme, com frequente narração em off, que a meu ver faz falta para a devida compreensão de uma ambientação tão complexa e profunda como a desenvolvida por Frank Herbert.

Paradoxalmente, porém, mudaram o gênero do personagem Liet Kynes numa obra que claramente não carece de personagens femininas fortes. Se a ideia era aumentar a presença feminina, então porque não enfatizar ainda mais Irulan, as Bene Gesserits, ou Shadout Mapes?

Mas o mais problemático de tudo, aliás sem surpresa, mais uma vez recai sobre a questão da Especiaria. É certo que ela sempre foi precariamente explicada nas versões filmográficas, embora perfeitamente clara no livro. Porém, na versão atual de Villeneuve é ABSOLUTAMENTE IMPOSSÍVEL ter a mais vaga ideia do que ela seria. E o pior. Nas versões anteriores, ao menos fica uma estranheza que induz o espectador a procurar saber mais, ciente de que algo não ficou devidamente explicado. Mas na versão atual sequer essa percepção de falta é possível!

Novamente, há muita gente acreditando que a especiaria seja uma espécie de combustível, e a completamente enganosa retratação da viagem espacial, basicamente atravessando uma espécie de “Stargate” em formato túnel, destrói total e completamente a concepção originária que, nas versões anteriores, pelos menos é mostrada como mais complexa e exibe os estranhos navegadores trabalhando.

Ou seja, o que há de mais absolutamente inovador e exclusivo no livro, no que se refere a viagens espaciais, é completamente desprezado nessa versão atual! O mais grave nisso tudo é que nenhuma dessas omissões pode ser realmente reparada no segundo filme, o que, enfim, faz com que este seja preferencialmente um filme feito para quem leu o livro, deixando os demais com uma meia apreciação do conteúdo.

Apesar de tudo isso, foi um alívio ver que as preocupações do texto “A eliminação das referências islâmicas no novo filme de DUNA”*, do portal “História Islâmica”, não se concretizaram realmente. Entendo que a omissão do termo Jihad no trailer, e sua substituição por cruzada, de fato levantou preocupações, mas de modo geral, a influência árabe, médio oriental e muçulmana que de fato perpassa a obra, não me pareceu menos presente aqui que nas produções anteriores, aliás, até pelo contrário.

Tanto o visual dos cenários, o figurino e a música reforçam ainda mais esses elementos, mesmo que sutis e de modo que maioria do público não costuma perceber. E a questão dos termos de referência islâmica, detalhados do supracitado texto, também foi pouco afetada.

Na verdade, a música de Hans Zimmer consegue a façanha única de herdar o espírito da trilha sonora de 1984, do grupo Toto, mantendo o mesmo senso de gravidade, mistério e grandiosidade, mas ao mesmo tempo inova assumindo uma identidade única que, como dito, captura e aprofunda ainda mais certos elementos inerentes a obra num resultado magistral que casa maravilhosamente com o visual.

Todo o peso mítico e simbólico do universo Duna está preservado, desafiando as visões de futuro seculares e espiritualmente estéreis de obras como Star Trek, que apostam que o humanismo liberal atual seja a conquista definitiva da humanidade.

Nisso reside o que a obra tem de mais precioso: um tradicionalismo futuro, profundo, mítico, convivendo com as mais avançadas tecnologias, e até mesmo superando-as e trazendo de volta o fator humano, como no caso da proibição de máquinas que emulassem a atividades mentais preservando a preciosidade da consciência humana.

Uma visão profundamente alternativa que, não por acaso, se ambienta mais de 20 mil anos no futuro, pois o referido ano 10.191 onde começa a estória nada tem a ver com nosso calendário cristão, mas é desde o surgimento da Guilda Espacial e um século após o Jihad Butleriano, quando nosso presente já havia sido superado há mais de 10 mil anos.

21 de Outubro

E digo mais: uma vez que um assalariado conseguir dividir em Z vezes no cartão um celular top de linha, ele não perderá em praticamente nada para o celular de um bilionário! Que só poderão se diferenciar com aparelhos banhados a ouro ou cravejados de diamantes.

A tecnologia impôs mais um barramento máximo de diferenciação.

Fabiano Lana
20 de Outubro

O celular representa o maior passo que a humanidade já deu em relação ao combate à desigualdade. Hoje, nas piscinas dos hotéis, nos lotações, nos gabinetes presidenciais, nos bancos de praça, nas salas de casa, em pé nas ruas, na cama, no banheiro, todos ficam olhando para as telinhas. Todos iguais no vício.


17 de Outubro

Forçoso admitir que este produto conseguiu a façanha de ser realmente ATERRORIZANTE! *

* No preço.

7 de Outubro

Leiam, por favor. A forma contraditória e estúpida que grande parte da esquerda vê as forças policiais é algo que precisa ser seriamente confrontado. Aliás, uma das pouquíssimas justificativas ainda compreensíveis para explicar a preferência por Bolsonaro é que ele pelo menos expressa um respeito, ainda provavelmente hipócrita, pelos policiais.

E não se esqueçam também de curtir o post original.

Jorge Alexandre Moreira - Escritor
1 de Outubro de 2019

Já fui amigo próximo de um dos policiais com maior número de mortes em combate em toda a polícia carioca.

A óbvia comparação com o super anti-herói Capitão Nascimento seria pobre, nesse caso. Meu amigo era o Soldado Universal e um pouco mais. Primeiro lugar em quase todos os cursos em que entrava, respeitado em tropas de elite de todas as polícias. Inteligente, corajoso e com uma motivação de aço. Extremamente competente, ainda, em sua carreira fora da polícia, que ele conduzia nos dias fora do plantão. Além disso, uma das pessoas no mundo com quem eu mais gostava de conversar.

Policial honesto e orgulhoso do seu trabalho, ele acreditava estar em uma guerra, embora nunca tenha ficado totalmente claro, para mim, quem ele considerava os reais inimigos.

Falo de meu amigo no passado pois, há muito, não tenho notícias dele. Não tenho nenhum motivo para acreditar que nada de mal lhe tenha ocorrido. Não com seu corpo, pelo menos.

No primeiro ano após ele ter ingressado em uma tropa de elite da polícia, dei a ele, de presente de aniversário, o livro "On Killing" ("Sobre Matar"), do Tenente Coronel norte-americano Dave Grossman. É um livro aclamado, polêmico, que trata sobre os efeitos que sofre quem mata por profissão, como policiais e soldados. O subtítulo do livro é "The Psychological Cost Of Learning to Kill in War and Society" ("O Custo Psicológico de Aprender a Matar na Guerra e na Sociedade").

"On Killing" é leitura obrigatória na FBI Academy e recomendada em muitas forças militares e policiais norte-americanas. Isso porque matar, ao contrário do que preconiza Hollywood, não é um ato natural do ser humano e gera consequências. Consequências psicológicas graves, que os entusiastas do "bandido bom é bandido morto" desconhecem ou preferem ignorar.

O custo psicológico de matar outro ser humano é tão sério que em muitos pelotões de fuzilamento era distribuída munição real e munição de festim, para que os soldados não soubessem quem, efetivamente, havia matado o prisioneiro.

No filme Tropa de Elite, de que gosto muito, a maioria dos fãs do Capitão Nascimento não vê, ou prefere não ver, que seu herói vive a base de remédios, que sua família está desmoronando e que ele é atormentado por fantasmas de seus atos. Parece pouco - cenas rápidas, em meio aos alucinantes tiroteios - mas, para quem vive tais momentos, é muito. É quase tudo.

Esse personagem foi magistralmente caracterizado e representado. A única cena que faltou foi o Capitão Nascimento, sozinho em casa, na calada da noite, colocando a pistola na boca e considerando suas opções.

O suicídio já supera as mortes em combate, como causas da morte de policiais. Em 2018, 104 policiais brasileiros tiraram a própria vida, enquanto 87 foram mortos durante o expediente, em confronto com criminosos. 104 são dois por semana e esses números são, é certo, menores que a realidade, pois o suicídio é uma questão problemática, para quem vai e quem fica. Nesse caso, além do suicídio ser problemático para as famílias e colegas de profissão, ele é, também, para o Estado, que não pode admitir que seus supostos super homens de farda sejam vistos como seres humanos em frangalhos, à beira de um ataque de nervos.

Principalmente se grande parte do motivo para que esses homens estejam nessa miséria psicológica e espiritual sejam as políticas de opressão e extermínio encorajadas pelo próprio Estado, das quais esses homens são, meramente, o braço executor. Esteja certo: os suicídios de policiais, assim como as overdoses, são sub-notificados.

Contribuem para essa miséria o fato de que esses homens estão sozinhos.

Não é figura de linguagem. Os entusiastas do "bandido bom é bandido morto" argumentam que seus arqui-inimigos ideológicos, "o pessoal dos direitos humanos", não procuram as famílias dos policiais mortos, apenas as dos bandidos. Isso é verdade em grande parte dos casos, mas é interessante observar que os supostos apoiadores dos policiais também não procuram ou oferecem apoio às famílias - nem dos policiais mortos em combate nem daqueles que tiram a própria vida.

Nossos policiais, os executores dessa política covarde de opressão, estão absolutamente sozinhos.

Além disso, há uma incômoda verdade: pouca gente se sente à vontade, ao lado de assassinos. Eles têm um odor espiritual próprio, que deixa a maioria das pessoas desconfortável. É por isso, que assassinos, depois de um tempo na profissão, preferem a reclusão ou a companhia de outros assassinos. Foi a opção de meu amigo, pelo menos.

E se matar provoca consequências psicológicas graves mesmo em quem vê sentido no que faz, o que acontece quando o sujeito deixa de encontrar significado nas atrocidades que cometeu?

Pior: e se ele descobre que foi manipulado, a serviço de bandidos maiores?

O que acontece com a cabeça de alguém que matou para limpar uma favela dos traficantes e depois vê aquela área invadida por uma milícia tão ou mais violenta que os antigos criminosos?

O que acontece com a cabeça de alguém que se imaginava em uma guerra santa e, depois, vê o governador que emitiu suas ordens condenado a 200 anos de prisão?

Que rostos, que momentos voltam do passado para te atormentar?

Quando dei o livro "On Killing", para meu amigo, em seu primeiro aniversário como assassino pago, ele riu. Achou super interessante, agradeceu, mas considerou minha preocupação engraçada. Eu disse a ele que a coisa era séria. Matar era sério. E queria dar-lhe algo que pudesse ajudá-lo, pois sabia que ele tinha uma essência boa.

Nos encontrávamos, mas, por muito tempo o livro não apareceu em nossas conversas. Ele era leitor ávido como eu, devia ter muito em sua fila de leitura.

Depois, começamos a nos ver com frequência cada vez com menor. Um dia, encontrei com ele, depois de vários meses. Achei-o mais sério, mais mal-humorado,

suas opiniões sobre a vida e o mundo mais amargas. Talvez fosse o dia. Com expressão sombria, ele disse, certa hora:

"Li aquele livro"

"Gostou?"

"É foda."

"Se identificou com alguma coisa?"

Ele bebeu do chopp e disse, após alguma reflexão:

"Os pesadelos já começaram."


6 de Outubro

Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante...


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