Existem cerca de 2 bilhões de Cristãos no mundo, 
  muitos não são muito dedicados à religião, os Católicos 
  Não-Praticantes por exemplo, mas há muitos outros que orientam 
  sua vidas dentro dos preceitos religiosos que sua facção cristã 
  prega. Alguns destes são bastante rígidos com relação 
  ao seu modo de vida, fielmente pautados pela sua religião, e outros aderem 
  ao Fundamentalismo, em geral protestantes.
O Pentecostalismo, e o Neo-Pentecostalismo, são os ramos 
  do Cristianismo que mais crescem na atualidade, mas o Protestantismo tradicional, 
  assim como vertentes diferenciadas como os Testemunhas de Jeová, e o 
  Adventistas do Sétimo Dia, mantém-se firmes e em constante expansão.
Estes grupos, muito mais do que os Católicos, têm 
  na Bíblia um guia, uma diretriz de orientação e conduta. 
  É notório que além da "experiência mística", 
  inerentemente humana e universal, e que pode ser interpretada sob a ótica 
  de qualquer religião, essas milhões de pessoas não possuem 
  outra fonte na qual basear sua fé que não seja a Bíblia.
Toda a Teologia, os fundamentos, as normas, os mitos, tudo depende 
  única e exclusivamente da Bíblia. Muitas destas pessoas, definem 
  sua própria existência através dela, só admitem a 
  ela como autoridade e inspiração.
Qualquer argumento, raciocínio, postura ou conduta deve 
  ser pautada rigorosamente na Bíblia. Ela é usada para dissuadir 
  qualquer dúvida, apela-se a ela até mesmo para assuntos que a 
  princípio estariam fora de seu escopo, sendo que muitos alegam que nada 
  há além de seu escopo. Muitos crêem na absoluta superioridade 
  da Bíblia sobre qualquer outra forma de conhecimento humano, sobre qualquer 
  outra fonte de informação ou cultura. Muitos curvam-se ante seu 
  conteúdo e decidem-se por ela até mesmo quando seus conceitos 
  entram, ou pelo menos parecem entrar, em conflito direto com poderes e saberes 
  seculares, com outras formas de crença, ou mesmo com o conhecimento científico.
Enfim, baseiam-se totalmente na Bíblia, num fundamento 
  Bíblico, que serve de orientação para todo e qualquer aspecto 
  da vida.Confiam plenamente na INERRÂNCIA BÍBLICA, 
  isto é, de que a Bíblia e absolutamente isenta de erros.
Sendo assim, torna-se inevitável a seguinte pergunta:
POR QUE CRÊEM NA BÍBLIA?
Por ser ela a palavra de Deus. Dizem alguns. Mas como ter certeza 
  de que ela é de fato a palavra de Deus? Que prova há para isso? 
  Quais são as evidências que garantem ser a Bíblia algo mais 
  que um livro religioso como outro qualquer?
Podemos comprar uma Bíblia em qualquer livraria. Raramente 
  ela é distribuída na íntegra gratuitamente a não 
  ser na versão on-line, apesar de ninguém mais poder lhe reclamar 
  direitos autorais. Um exemplar da Bíblia não é significativamente 
  diferente de nenhum outro livro, é feita de papel, possui uma tecnologia 
  de impressão, é tão resistente ou vulnerável quanto 
  qualquer outro livro. Sendo assim, qualquer evidência de alguma superioridade 
  da Bíblia sobre qualquer outra fonte de conhecimento só pode advir 
  de seu conteúdo, uma vez que também "evidências" 
  subjetivas como experiências pessoais são insignificantes quando 
  se exige uma prova da incontestabilidade divina da Bíblia.
Embora a grande maioria dos crentes jamais se dê ao trabalho 
  de submeter seu livro sagrado a um ferrenho teste de veracidade, os teólogos 
  e apologistas bíblicos nunca deixaram essa questão em aberto. 
  Eles desenvolveram e apresentam toda uma série de argumentos para provar 
  que seu livro sagrado possui qualidades sobre-humanas, sendo resultado de uma 
  intervenção divina.
Há muitos argumentos desenvolvidos por estes apologistas. 
  Decidi dividí-los em 3 grupos, dos quais o primeiro não se presta 
  à uma séria análise por ser o grupo dos ARGUMENTOS 
  ANEDÓTICOS, que são em geral irrelevantes ou mesmo facilmente 
  discutíveis, como os "casos" de pessoas que tiveram experiências 
  psicológicas intensas, ou o de afirmar que leitores da Bíblia 
  tenham qualquer qualidade a mais que outras pessoas, ou a auto-declaração 
  da Bíblia com relação a sua própria divindade.
Este último porém merece um breve comentário, mesmo por ser muito utilizado.
Sinceramente não vejo porque a autodeclaração de divindade de um livro deveria ser
uma evidência favorável de sua real divindade. De fato, a auto declaração bíblica quanto
a ser a palavra de Deus é algo mais explícita que a da maioria dos outros livro sagrados,
a exceção do Corão, que também se declara explicitamente como obra divina de forma muito
mais enfática que a Bíblia. Não só tal auto declaração não é favoravelmente válida para argumentar
em favor de uma obra ser divina, visto que obras não divinas também podem fazê-lo, e o fazem, como a não
declaração também não depõe contra a possibilidade de uma obra ser divina, pois a mesma
divindade poderia se evidenciar pelo seu conteúdo. Enfim se afirmar como divino é muito
pouco. Tanto o Honesto quanto o Mentiroso dizem que falam a Verdade.
O segundo grupo dos argumentos apologéticos da divindade Bíblia é o dos
ARGUMENTOS RELATIVOS , que são válidos numa discussão e ajudam a 
  decidir se o Livro Sagrado é ou não confiável em tal ou 
  qual assunto, mas que por si só não garantem ser a Bíblia 
  uma obra divina.
Os principais são:
A ANTIGUIDADE e AMPLA PRESENÇA 
  HISTÓRICA
Trata-se de declarar ser a Bíblia 
  um dos mais antigos, ou mesmo o mais antigo livro a existir sobre a Terra. Esse 
  argumento se baseia em relacionar tal antiguidade como uma evidência favorável 
  a autorida divina da Bíblia por remontar a história desde os seus 
  primórdios, e em demonstrar a continuidade extensiva da produção 
  da Bíblia durante um longo período de tempo. Esse argumento é 
  também, a base lógica de todos os outros.
A POPULARIDADE
Declara ser a Bíblia o livro de 
  maior circulação e influência da história, o que 
  favorece a suposição de uma ação sobre humana que 
  explique tamanha disseminação e sucesso.
A PRECISÃO HISTÓRICA
É o argumento que afirma ser a 
  Bíblia um bom, se não o melhor registro histórico já 
  escrito, apelando para uma sobre humana acurácia historiográfica 
  para reforçar sua característica de obra sobre natural.
A HARMONIA TEXTUAL
Propõe que embora a Bíblia 
  tenha sido escrita por dezenas de autores humanos durante vários séculos, 
  esta possui uma inter relação extremamente precisa, uma harmonia 
  de conteúdo que seria muito difícil de ser obtida sem uma orientação 
  divina.
O ALTO NÍVEL ÉTICO
Pressupõe que a Bíblia seja o mais perfeito, justo e elevado
código ético, moral e humanitário que já fora escrito, constituindo o mais belo exemplo a ser 
seguido e servindo de referência a toda humanidade em todas as eras, desde que devidamente interpretada.
Todos esses argumentos acima, embora sejam úteis numa 
  argumentação e possuam um certo peso, foram considerados por mim 
  como Relativos por que ainda que todos fossem plenamente 
  provados não constituiriam uma evidência definitiva de uma autoria 
  divina.
Já a terceira categoria, é a dos ARGUMENTOS 
  ABSOLUTOS, são aqueles cruciais para a determinação 
  da natureza sobre natural da Bíblia. Se apenas um deles estiver ao menos 
  predominantemente correto, constituiria uma evidência muito forte da interferência 
  de uma inteligência superior. São basicamente dois:
A INERRÂNCIA "CIENTÍFICA"
Se baseia em afirmar que ainda que tenha 
  sido escrita num remoto período do passado, e numa linguagem popular 
  e não técnica, a Bíblia não comete erros sobre a 
  concepção da natureza e as leis físicas, e se devidamente 
  interpretada, está em perfeita harmonia com conhecimentos científicos 
  que só viriam a ser obtidos pela humanidade nas épocas recentes.
A PERFEITA CONSUMAÇÃO PROFÉTICA
Declara que há vários exemplos 
  de profecias bíblicas que se cumpriram séculos ou mesmo milênios 
  mais tarde, demonstrando uma Onisciência sobre humana a respeito de eventos 
  futuros. É em minha opinião o argumento mais relevante.
Se esses argumentos forem plenamente comprovados, fica simplesmente 
  impossível negar a presença de uma inteligência sobre humana 
  na concepção da Bíblia. Mesmo que apenas um deles se mostrasse 
  verdadeiro, já consituiria uma evidência fortíssima de uma 
  autoria transcendente.
Vale lembrar entretanto que nem mesmo todos esses argumentos juntos e muitos outros, caso se mostrasse
totalmente válidos e verdadeiros, seriam capazes de provar que a Bíblia é a obra de um Deus Onipotente
e Único. Estes poderiam simplesmente provar uma autoria Sobre-Humana, de uma instância superior à nossa,
mas não necessariamente de uma instância máxima. Uma prova de um Deus Absoluto é evidentemente inconcebível.
Como um Deus poderia nos provar que pode fazer tudo sem fazer esse tudo e nos mostrar? Necessitaríamos
de um Tempo e Espaço infinito para verificar tais provas, e de uma Onisciência Infinita, visto que nossos
limitados sentidos e recursos mentais poderiam ser facilmente enganados por uma entidade sobrehumana.
Todos esses argumentos podem ser encontrados em várias 
  obras de apologia Bíblica. Recomendo ao leitor ainda não plenamente 
  familiarizado que examine alguns exemplos nos seguintes links:
Como ter certeza de que a Bíblia fala a verdade?
Fonte Única de Sabedoria Superior
[Este texto aparentemente sumiu da web! Até mesmo em sua versão em inglês. Talvez tenha caído
em descrédito pela sua própria instituição, a Torre de Vigília (Os "Testemunhas de Jeová"). Mesmo assim eu o mantenho em meu site, para que sirva de evidência do que já foi largamente dito, principalmente em material impresso, e vastamente distribuído.]
Passemos agora a abordagem crítica de todos esses 7 argumentos.
SOBRE OS ARGUMENTOS RELATIVOS