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31 de Julho, 23:40

O ponto crucial é o seguinte, qualquer um que não admita que 'Ideologia de Gênero', sendo um subproduto do Feminismo, tem como primordial objetivo a destruição da Família Tradicional e a minimização da Reprodução Humana em geral, ou nada entende do assunto ou é hipócrita. Não é questão de opinião, mas de simplesmente ler a bibliografia básica do assunto.

E sendo a Globo a maior força feminista do Brasil, não se poderia esperar outra coisa que uma reportagem hipócrita que justamente manipula esse desentendimento.

Mas o ponto mais interessante nem é esse, e sim observar que onde a iniciativa foi mais leve, ou até mesmo era possivelmente outra que foi confundida com Ideologia de Gênero devido ao desconhecimento generalizado sobre o assunto, a decisão das famílias prevaleceu. Mas justo onde o ataque foi flagrante e muito mais insidioso, o caso do Colégio Positivo em Curitiba, foi justamente onde este prevaleceu independente do protesto dos pais!

Além de mostrar, pela enésima e tediosa vez, que quanto mais economicamente liberal uma região é, mais feminista também é, mostra principalmente o estrago que faz a falta de um devido conhecimento sobre o assunto, a ponto de muita gente sequer sacar a mais devastadora arma contra Ideologia de Gênero que não é religião coisíssima nenhuma, mas a pura e simples Biologia Evolutiva, que desgraçadamente muitos religiosos também se opõem, fortalecendo ainda mais a espantosa fraude de ela teria algo a ver com pesquisa científica ou mesmo uma postura "avançada" e "lúcida" sobre a realidade.

Nova Resistência - Brasil
30 de Julho

Pais interferem em escolas que abordam questão de gênero nos livros e vetam conteúdo

Isso é pouca interferência ainda, em nossa opinião. Não é para democratizar a educação? Não é para ampliar a participação da família na escola e na educação? Então pronto. Família participando na educação e na escola é isso aí mesmo.

Mas melhor do que simplesmente vetar conteúdo, seria se os pais explicassem e desmistificassem essas mitologias pós-modernas em casa mesmo, desde cedo, a partir dos valores tradicionais ensinados em casa, para que as crianças entendam os problemas dessas propagandas liberais.


31 de Julho, 23:28

"A Esquerda pós-moderna tem um estranho fetiche com a "representatividade". O mais importante é assegurar que minorias (preferencialmente as mais insignificantes, numericamente) tenham "representação" em absolutamente qualquer coisa. Análises mais profundas e juízos de valor não fazem parte dessa pauta. É a representatividade pela representatividade.

Dentre inúmeras políticas que se pode criticar em relação aos Estados Unidos e sua agenda global, e dentre vários dos pontos da administração de Trump que podem ser criticados com toda a razão, a Esquerda pós-moderna escolhe sempre o artificial, o mecânico e insignificante. A grande birra dessa Esquerda contra o bastião do imperialismo é o fato de que Trump quer banir novamente soldados transexuais das forças militares dos EUA.

Ou seja, a Esquerda, mais preocupada em criar uma lista infinita de "gêneros" e orientações sexuais do que qualquer coisa, está profundamente triste porque soldados transexuais não vão mais poder despejar toneladas de bombas em civis em algum lugar do Oriente Médio (ou em qualquer país de Terceiro Mundo).

A grande decepção dessa Esquerda é o fato de que a mais poderosa máquina de matar de toda a história agora pode não contar mais com soldados usando tamancos, silicone e barba ao mesmo tempo.

Até a máquina de destruir países precisa de gays, bissexuais, transexuais e o que mais estiver na lista das minorias. A Esquerda substituiu o foco na Revolução pela participação efetiva no sistema capitalista por meio da "Representatividade".

O ideal não é mais criticar sistematicamente uma estrutura, mas acomodar pares e representantes exóticos em seus nichos e substratos. Pouco importa os afetados por esse aparato militar gigantesco e global: o que realmente interessa é que todos os infinitos "gêneros" tenham a oportunidade de portar um fuzil ou apertar um botão para detonar um bairro inteiro no Iraque ou na Síria." A máquina militar estadunidense e o fetichismo da Esquerda pós-moderna

30 de Julho

Aliás notem qual o lado que costuma questionar o resultado das eleições apenas quando não lhe interessa, apoia um golpe parlamentar, tenta impedir a candidatura de um presidenciável que quase certamente venceria, chamam de ditadores presidentes democraticamente eleitos, e ainda tem a cara de pau de posar de democratas!

Cedric Pin
30 de Julho

Aproveitando que amanhã tem eleição na Venezuela, um lembrete: o voto lá é impresso e "auditável", em retrospecto, desde 2004.

Pois bem, agora importamos essa sólida "instituição".

A lei do voto impresso no Brasil foi encampada por grupos de interesse acima de qualquer preocupação com transparência. Afinal, não aceitaram o resultado da urna que fez perder um certo partido em 2014, pois "não havia auditabilidade". Contudo, aceitam o resultado em situações idênticas, em que um outro partido foi dizimado nas urnas em 2016.

O voto impresso é um retrocesso cartorial. E todos sabem para que ou para quem servem os cartórios. Para o controle social e a auditabilidade que não é.


29 de Julho, 23:22

Obianuju Ekeocha: A Imposição do Aborto é o Neocolonialismo na África Como sempre, os planos obscuros de uma elite plutocrática tentam se impor arbitrariamente por meio de tentáculos disfarçados de organizações populares em absoluto desrespeito à autonomia dos povos. Curiosamente, do mesmo naipe que ainda se arvora de falar por toda um gênero ou uma raça, enquanto insulta frontalmente o que tal raça ou gênero em sua esmagadora maioria de fato pensa, sente ou diz.

29 de Julho, 20:22

Imagine o seguinte cenário.

Um grande fã de videogames é o único sobrevivente após o fim do mundo. Consegue um local bem confortável para viver ao lado de uma pequena usina hidrelétrica perfeitamente funcional. Invade lojas e pega tudo o que consegue de consoles e jogos de última geração e...

NÃO CONSEGUE JOGAR POHA NENHUMA PORQUE TUDO TEM QUE ESTAR ON-LINE!!!

Carvalho...

Obs: Imagem puramente apelativa.


28 de Julho

O programa secreto do capitalismo totalitário

É simples. O Estado é a estrutura que, devidamente cooptada, permite fazer frente ao poder econômico oligárquico. Não é a toa que Marx propunha o controle do Estado no estágio Socialista para implementar as mudanças que viabilizariam o Comunismo, embora tal empreitada tenha se mostrado evidentemente impossível. O Estado Democrático de Direito, permite a qualquer grupo da população assumir o poder, viabilizando que até mesmo um operário chegue a Presidência da República onde pode acumular ainda mais poder e desafiar as elites oligárquicas.

Essa ameaça costuma ser neutralizada pelo simples aparelhamento do Estado pela própria Oligarquia, mas aparentemente isso não é suficientemente para uma neutralização completa do perigo. É necessário então enfraquecer drasticamente o poder estatal para que ele seja incapaz de fazer frente ao poder privado mesmo que seja inteiramente tomado de assalto por um grupo revolucionário.

"Buchanan foi fortemente influenciado pelo neoliberalismo de Friedrich Hayek e Ludwig von Mises e pelo supremacismo de proprietários de John C Carlhoun. Este último argumentava, na primeira metade do século XIX, que a liberdade consiste no direito absoluto de usar a propriedade – inclusive os escravos – segundo o desejo de cada um. Qualquer instituição que limitasse este direito era, para ele, um agente de opressão, que oprime homens proprietários em nome das massas desqualificadas."

27 de Julho

Vamos ver se o Facebook me censura.

Carlos Agostini
27 de Julho

o Hezbollah é reconhecido como partido político por várias nações no mundo, mas aparentemente é proibido escrever, no Facebook, que o Hezbollah é a principal organização que combate o ISIS (Daesh); que é a principal organizãço que defende os cristãos no oriente médio e que é mentira que o Hezbolah tenha ligações com o PCC -

É a primeira vez que uma publicação minha é apagada pelo Facebook e recebo advertência do mesmo (vide print).

Não tem problema: copio e colo o texto do post da NR censurado:

O Hzbllah é o escudo de mulçumanos e cristãos no Oriente Médio:

Não há maior defensor dos inocentes no Oriente Médio do que o Hzbllah. Não há maior protetor dos cristãos e muçulmanos no Oriente Médio que o Hzbllah. E é por isso que os governos ocidentais, através de suas ONGs e jornais têm intensificado a campanha de difamação e demonização contra eles.

Após a vergonhosa derrota de Israel para o Hzbllah, durante a “Guerra de Julho” em 2006, quando poucas centenas de heróis da organização militante xiita afugentaram milhares de soldados profissionais israelenses, o Hzbllah vem se tornando uma pedra cada vez maior no sapato dos EUA e seus aliados.

Sendo a principal organização a combater o ISIS no Oriente Médio, já tendo sacrificado inúmeros membros para aniquilar a ameaça do salafismo e do wahhabismo, o Hzbllah nos últimos anos começou a treinar e equipar os cristãos do Oriente Médio para que também consigam se defender e combater o ISIS, a Al-Qaeda, a Al-Nusra e outros grupos semelhantes.

Organizando os “Comitês de Proteção Popular”, os cristãos de várias aldeias têm sido preparados para defender suas famílias e comunidades contra a ameaça de inimigos, financiados pelo Ocidente, que querem exterminá-los.

Enquanto isso, na mídia ocidental, só vemos notícias sobre supostas ligações entre o Hzbollah e o PCC e o tráfico de drogas. Notícias que não passam de especulações. Especulações essas que têm como fonte uma ONG neocon sionista.

A Globo faz um estardalhaço, afirmando que a PF teria descoberto conexões do tipo. Mas outras mídias, como a RFI (uma rádio francesa) já contataram a PF brasileira e a mesma não confirmou nem a existência de documentos sobre essa ligação, nem que alguma ligação tenha sido descoberta

Ou seja, são especulações. A Globo não conseguiu essas informações com a PF.

Então onde a Globo conseguiu essas informações? Com uma ONG globalista conhecida como “Foundation for Defense of Democracies”. Essa FDD foi fundada pelo senador neocon Jack Kemp e seu atual presidente é o jornalista neocon (e, por acaso, sionista) Clifford May. Todos os seus principais conselheiros e analistas são neocons, incluindo aí William Kristol, filho de Irving Kristol, o trotskista que foi um dos fundadores do neoconservadorismo. Por acaso, parcela considerável dos conselheiros e analistas dessa ONG também são sionistas, como o senador Joe Lieberman, Charles Krauthammer, Toby Dershowitz, Benjamin Weinthal, Eric Edelman e uns outros.

Além disso, entre a equipe dessa ONG tem gente envolvida com o caso Irã-Contras, tem um juiz envolvido com uma suposta tentativa de encobrir detalhes do massacre em Waco e só gente nesse nível”.

Os principais financiadores dessa ONG são, em ordem: Roland Arnall, Charles Bronfman, Michael Steinhardt e Leonard Abramson. Todos eles, por acaso, sionistas. A ficha das pessoas ligadas a essa ONG é tão grande e podre que seria inviável entrar em detalhes sobre o passado de cada membro. É melhor que os interessados pesquisem por conta própria. Mas sobre a ONG em si, ela, por exemplo, desde 2012 tem trabalhado para facilitar contatos entre “rebeldes moderados da Síria” e autoridades políticas americanas. Ou seja, eles apoiam terroristas sírios (!). Mas o grande foco dessa ONG, o grande alvo dela é o Irã. Eles só atacam o governo sírio porque consideram que eles são proxy iraniano. E tá aí o contexto do ataque ao Hzbllah também. Não passa de uma tentativa de atacar o Irã, através de ataques a um suposto proxy.

São apoiadores de terroristas acusando aqueles que combatem os terroristas de serem terroristas e traficantes de drogas. Propaganda mais vil será difícil encontrar. As pessoas daqui, do Ocidente, precisam entender de uma vez: Sem o Hzbllah, os cristãos do Oriente Médio estarão extintos.


25 de Julho

Enfim uma boa notícia! Compre já o seu!


24 de Julho, 21:14

Mandaram: Vai estudar! (SIC)
Responderam: Vá "isto" dar!

24 de Julho, 14:42

GRINGOS DE FARDA NA AMAZÔNIA
Operação AmazonLog junta Brasil e Estados Unidos na floresta e provoca discórdia entre militares. Para os oficiais da reserva, a parceria é vista como traição

"O convite causou cizânia entre os militares. A ala nacionalista chiou. A região é considerada estratégica do ponto de vista dos interesses nacionais por concentrar a maior biodiversidade do planeta e ser fonte de recursos hídricos e reservas minerais. A proximidade irritou especialmente os oficiais da reserva. À boca pequena, via e-mail, deixaram claro o grau de insatisfação: "Convidar as forças armadas dos EUA para fazer exercícios conjuntos com nossas Forças Armadas, na Amazônia, é como crime de lesa-pátria. Ensinar ao inimigo como nos combater na selva Amazônica é alta traição"."

22 de Julho, 19:06

Carlos Agostini
21 de Julho

O silêncio das panelas confirma a hipocrisia.

O cara arrebentando o Brasil, enforcando o povo e o silêncio das beatas paneleiras de plantão e coxinhas midiotas controlados a remoto impera. Poderia dizer que é vergonha do papel ridículo que fizeram? Não, não pideria dizer isto. É canalhice mesmo!

Por vinte centavos começaram a incendiar o Brasil. Tocados como gado pela rede Globo golpista, por outros irresponsáveis bem pagos e que almejaram promoção pessoal, um bando de gente foi utilizado como ferramenta, mas agora ess e mesmo bando cala- se diante do tamanho retrocesso político, econômico e social.

Não há como negar que a berração pró golpe não foi para acabar com a corrupção e melhorar a Terra de Vera Cruz, foi simplesmente por força do preconceito de parcela do povo, pelo abresto mental que os mandantes do golpe colocaram nesse bando, a favor do lucro exacerbado para pouquíssimos bolsos, pela especulação financeira, pelo fim dos direitos conquistados, fim do desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, fim da importância geopolítica do nosso país e mais um monte de merda que essa massa vai engolir e ruminar dando risadas.


22 de Julho, 16:09


21 de Julho

Recapitulando alguns fatos.

1 - Sérgio Moro promoveu contra Lula uma Condução Coercitiva abusiva e injustificável, como foi admitido por várias instâncias jurídicas, em parceria escancarada com a Rede Globo visando claramente repercussão midiática;

2 - Moro vazou, deliberada e ILEGALMENTE, conversas privadas do ex presidente sem qualquer conteúdo criminal e absolutamente irrelevantes para a investigação com o objetivo único de atingir psicológica e moralmente a família de Lula;

3 - Deltan Dallagnol, que sempre foi frequentador assíduo dos círculos anti lulistas desde muito antes da Lava Jato, promoveu uma absolutamente inédita audiência pública para declarar solenemente que mesmo não tendo prova alguma contra Lula, a "farsa-tarefa" da Lava-Jato (cheia de delegados que muito antes já haviam tweetado ofensas pessoais contra Lula, Dilma e o PT e declarado seu apoio explícito a Aécio Neves) tinham CONVICÇÃO em sua culpa!

3.1 - Isso significa: Investigadores escancaradamente parciais FAZENDO PAPEL ANTECIPADO DE JUÍZES PUBLICANDO CONCLUSÃO ANTERIOR A QUALQUER JULGAMENTO! Eu desafio qualquer um a mostrar coisa remotamente parecida em qualquer país democrático do mundo!

4 - Moro não só se recusou, sem qualquer necessidade, a suspender as audiências do processo em pleno luto de Lula após o falecimento de Dona Marisa, bem como se recusou a inocentá-la postumamente como determina a atual legislação que visa preservar a presunção de inocência de quem não pode mais se defender. Apenas "extinguiu a punibilidade", o que somente um idiota não faria, justo que é impossível punir a falecida! Ora! A única função disso é atacar psicologicamente o ex presidente.

5 - Moro tentou fazer com que Lula comparecesse a TODAS as audiências das 87 testemunhas arroladas pela defesa, em oposição as também mais de 80 testemunhas de acusação! Atitude tão grotesca e incabível que ele não só foi obrigado a voltar atrás pelos seus superiores, como até o jornalista Reinaldo Azevedo, anti-petista ferrenho, condenou publicamente como atitude abusiva e irresponsável;

6 - Lula foi enfim previsivelmente condenado com nenhuma prova cabal, como foi largamente admitido tanto por Moro como por Dallagnol, numa delirante comparação, já ocorrida no julgamento do Mensalão, com acusações de estupro onde a simples "palavra da vítima" é tida como prova. (Quem é a vítima no caso?) Deixando fora de dúvida que a condenação já estava previamente decidida desde o fatídico PowerPoint! Para que processo legal, testemunhas ou provas quando se tem convicções? Bem como, ao melhor estilo kafkiano, a ausência de evidência se torna a evidência em si;

7 - Moro minimiza ou mesmo ignora qualquer tentativa de delação premiada que não tenha Lula como alvo, bem como premia fabulosamente qualquer indício que possa ser útil em sugerir sua culpa, fazendo com que delatores previamente condenados a décadas de prisão em regime fechado, saiam imediatamente para o semi-aberto com condenações reduzidas para 1/3 ou até 1/4. E é tão escancaradamente lacaio da Rede Globo que simplesmente barrou a delação de Antônio Palocci que atingiria em cheio a emissora, repleta de crimes de corrupção e uma das maiores devoradoras de dinheiro público do setor privado;

8 - E por fim, acusando-o de ter desviado 16 milhões sem sequer um único indício de que este dinheiro exista em qualquer lugar, ordena o congelamento de bens que num total são avaliados em meros 600 mil (provavelmente menos que o próprio patrimônio de Moro), incluindo o apartamento onde Lula já morava antes de ser presidente da república e até uma caminhonete velha! E isso DEPOIS DE INOCENTAR as esposas de criminosos comprovados e não confiscar sequer as jóias da ex-global esposa de Eduardo Cunha e da esposa de Sérgio Cabral, que podem continuar livremente ostentando luxos obtidos com dinheiro público roubado.

Enfim. Não estou sequer me pronunciando sobre a culpa ou não de Lula. A questão são os vícios brutais em todos os estágios e detalhes do espetaculoso processo, a começar pela simples escolha da Quarta Região Federal como primeira instância, inexplicável sob qualquer ponto de vista.

Sinto muito se você é um energuminóide fã do "Psicopata de Curitiba" que ajudou a desmantelar a indústria do nosso país e nos lançar na crise em que estamos. Sérgio Moro é não apenas cúmplice, mas um dos principais agentes do Golpe de 2016, do ataque brutal aos trabalhadores e da destruição do futuro do Brasil.

Somente um imbecil pode acreditar que um patife destes é um herói


20 de Julho, 23:07

Ação Avante
17 de Julho

Jean Wyllys é um cão do imperialismo. Não é nenhum mérito pessoal: o PSOL enquanto grupo, enquanto partido político, sempre se posiciona ao lado do imperialismo, da retórica atlantista dominante. Luciana Genro defendeu abertamente os neonazistas na Ucrânia, comemorando aquilo que, para ela, é a maior expressão da luta contra o "fascismo stalinista da Rússia".

O PSOL defende a derrubada de Bashar al-Assad e apoia a "revolução" síria; defenderam a derrubada de Gaddafi na Líbia, hoje mergulhada em caos. Aderiram em peso à retórica da "Primavera" Árabe como movimento legítimo de "libertação do Oriente Médio". Foram ferrenhos opositores de Hugo Chávez na Venezuela, e continuam sendo; qualquer regime que confronte minimamente o imperialismo atlantista ganha a antipatia automática do PSOL, que nada mais é do que um refugo do capitalismo colorido, o "capitalismo para a diversidade".

Por trás da própria sexualidade, da militância LGBT e de retóricas vazias de "igualitarismo", "diversidade" e "tolerância", Jean Wyllys e o câncer do qual faz parte, o PSOL, defendem o que há de mais bizarro e assassino em termos de geopolítica.

Recentemente, essa figura (que só pode ser explicada pelo adoecimento completo da política nacional) criticou duramente a vinda do Aiatolá iraniano Araki, que virá a o Brasil para participar duma palestra sobre o combate ao extremismo e ao terrorismo. A justificativa, para Wyllys, é que o Irã "persegue gays", é uma "ditadura", "fomenta o terrorismo" e é "inimigo de Israel".

Mas a verdadeira motivação não tem absolutamente nada a ver com gays. Wyllys atacou o Irã porque é um regime alternativo ao imperialismo. O Irã é o alvo principal dos EUA no Oriente Médio, porque é um entrave aos Estados fantoches criados pelos Estados Unidos, principalmente à Arábia Saudita. Jean Wyllys não é homem e não tem culhões para denunciar quem realmente fomenta o terrorismo na região: EUA e Arábia Saudita, principalmente - e com grande anuência e participação de Israel.

Aliás, ele é um ferrenho sionista. A visita dele a Israel não foi um mero gesto de "diálogo". Wyllys ignora solenemente a situação dos palestinos. Ele e o partido do qual faz parte querem mostrar a todo o custo que odeiam tudo aquilo que o establishment odeia: os países "rebeldes" devem ser mesmo destruídos, de preferência por "revoluções" sangrentas em nome da "democracia" (a mesma retórica dos EUA). Wyllys não escreveu nem irá escrever uma só linha contra os sauditas. Aliás, se fosse um "rebelde sírio" estuprador de mulheres e degolador de crianças visitando o Brasil, seria recebido por ele e pelo tumor político do PSOL como um "herói da liberdade".

O Irã, ao lado da Síria, combate o Estado Islâmico na região. É um entrave à destruição dos regimes nacionalistas soberanos naquela parte do globo. Retire o arco-íris e o discurso de Wyllys será idêntico ao do direitista mais fanático: sionismo inveterado, ódio ao nacionalismo árabe, justificação da política estadunidense, leniência com os verdadeiros apoiadores do terror, etc.

Jean Wyllys é o Bolsonaro colorido, o Bolsonaro que saiu do armário. Essa Esquerda é o equivalente "alegre" e "diversificado" do capitalismo e da hegemonia global.


20 de Julho, 16:36

PSDB sendo honesto.

Não entendo uma vacilada dessas, se não for surto de honestidade mesmo. Em geral essas enquetes são estrategicamente lançadas visando atrair um público especifico, divulgadas em mail-lists de simpatizantes de modo a sempre serem acessadas por quem já costuma votar segundo a cartilha de quem a faz. E não é possível que um site do PSDB seja mais visitado por lulistas que por anti-lulistas. E no entanto temos esse resultado.

Esses "robôs" estão de sacanagem! PSDB tira do ar enquete sobre Lula após resultado inesperado - Partido considerou que robôs virtuais estavam expondo o site a riscos

18 de Julho

Ação Avante
17 de Julho
INDIVIDUALMENTE "LIVRES", COLETIVAMENTE ESCRAVOS

A escravidão moderna consiste em dar ao indivíduo a ilusão de liberdade. Individualmente, todos são plenamente livres: você pode "escolher" sua música, sua religião, seu estilo de roupa, seu penteado e sua cor de cabelo, a raça do seu cachorro, seus filmes favoritos, sua ideologia, seu time, sua tribo urbana, e até mesmo seu gênero e sua raça (a ideia de "trans-racialismo" já existe). Você pode escolher absolutamente tudo aquilo que é minimalista, os detalhes e os pedaços da sua formação individual.

Ao mesmo tempo, a liberdade em sentido coletivo é essencialmente destruída. Você é alheio aos fenômenos e estruturas políticas, é submisso ao sistema econômico, é moldado pela mídia de massas e pela cultura de consumismo; todas as decisões realmente importantes e impactantes são alheias a você, e você é totalmente impotente em relação a esses processos. Uma nação não pode escolher seus próprios rumos, e comunidades inteiras não só perdem seu direito de autodeterminação, como se esvaziam conceitual e filosoficamente. O "nós" deixa de existir, já que só há espaço para o "eu".

O mundo cosmoliberal é o agregado de indivíduos com uma individualidade artificial. Ironicamente, é a criação do homem-massa: sem identidade, sem raízes, sem passado, sem crenças, um mero consumidor (comprador/vendedor), uma peça descartável. Você é especial e único - como todos os outros.


17 de Julho

Pra ninguém dizer que nunca fiquei do lado do Temer! E que seja só o começo. Se Lula for presidente de novo só tem obrigação moral de fazer uma única coisa: usar tudo o que estiver a seu alcance para ferrar com essas corjas criminosas da mídia. Temer parte para guerra contra Globo e decide cobrar todas dívidas da emissora

14 de Julho

Nova Resistência - Brasil
14 de Julho

A Venezuela não possui um histórico muito diferente dos outros países da América Latina. Colônia espanhola, tornada independente no século XIX em um processo guiado pelo nacionalismo liberal de Simón Bolívar. Mantida fragmentada e separada de seus países vizinhos pelas artimanhas inglesas.

Não obstante, a Venezuela possuía uma das maiores reservas de petróleo do mundo e isso seria determinante para o destino do país nos séculos XX e XXI.

Já nos anos 50 do século passado, no bojo da estratégia atlantista de ocupação da América Latina, os EUA plantaram na Venezuela um ditador-títere, Marcos Pérez Jiménez, para garantir a exploração do país pelas corporações estrangeiras e as remessas de lucro. Nesse período, agências de segurança estrangeiras praticamente dominavam as ruas venezuelanas e metade do lucro da corporação americana Standard Oil vinha de suas operações na Venezuela.

O povo, enquanto isso, sofria. Na miséria, na fome, nas péssimas condições de trabalho. Nada fora do comum na América Latina, especialmente nesse período. A Venezuela era uma típica "república de bananas". A bonança ditatorial não durou, porém, e uma crise nos preços do petróleo lançou o país no caos.

Posto pelos EUA, o ditador Jiménez foi derrubado também pelos EUA, para tentar garantir a pacificação do país e evitar que os lucros das megacorporações estrangeiras, especialmente as petrolíferas, fossem afetados pelos protestos populares.

Assim começou a chamada IVª República, um período que foi, provavelmente, um dos mais ruinosos para a Venezuela e seu povo, até a chegada do século XXI.

Quatro décadas de governos democráticos, mas nem tanto. Prisões de opositores, repressão contra trabalhadores e estudantes abundaram nesse período. Desse período vem, também, as crises de abastecimento, a falta dos alimentos e produtos mais básicos.

A pobreza e a fome se intensificaram com o "choque" neoliberal implementado nos anos 80. O resultado foi o Caracazo, levante popular venezuelano, contra um governo que existia única e exclusivamente para garantir a exploração do país por empresas estrangeiras. O governo respondeu com o massacre de 3 mil trabalhadores e estudantes.

A raiz do chavismo está aí. Sem entender esse histórico é impossível entender o que veio depois.

10 anos após o Caracazo, Hugo Chávez, um militar patriota do Exército Venezuelano, fortemente influenciado pelo peronismo revolucionário, através do intelectual argentino Norberto Ceresole, chegou ao poder na Venezuela, para dar fim a décadas da miséria mais abjeta e vergonhosa, da situação social e econômica mais calamitosa de nosso continente.

No poder, Chávez enfrentou tentativas de golpe de Estado, locautes patronais criminosos, sabotagem financeira internacional e uma campanha de ódio midiático extremamente virulenta. Ao longo de seu governo, inúmeras vezes jornalistas pediam, ao vivo, o assassinato de Hugo Chávez. E há os que dizem que sob seu governo não havia "liberdade de expressão"...

Os resultados, porém, foram inegáveis e irrefutáveis. Em pouco mais de 10 anos de governo, em comparação com o período que o precedeu:

* A renda per capita foi multiplicada em quase 4 vezes;
* A população abaixo do umbral de pobreza caiu de 50% para 28%;
* O desemprego caiu de um dos níveis mais altos no continente (15%) para 8%, na média;
* Houve queda na mortalidade infantil, aumento na expectativa de vida;
* A dívida externa caiu de 50% do PIB para 38%;
* A inflação caiu de 100% para 30%, nível mais baixo desde os anos 80;
* O coeficiente Gini, que avalia a desigualdade sócio-econômica caiu de 0,487 para 0,380.

E poderíamos continuar. Hugo Chávez desafiou o poder internacional do sionismo e declarou-se inimigo implacável de Israel e de seus agentes internacionais. O seu país retirou-se do FMI e do Banco Mundial. Lançou seus primeiros satélites. Deu passos importantes para a formação de uma aliança geopolítica latino-americana.

Mas seu país tinha petróleo demais.

Petróleo em excesso significa duas coisas: 1) Seu país, queira ou não, será alvo dos interesses e desejos de grandes potências; 2) Sua economia será movida pelo petróleo e pelos preços dos barris no mercado internacional.

O (1) é inevitável, o (2) não.

A dependência das exportações do petróleo você resolve industrializando seu país. Transformando ele em potência industrial, fazendo ele produzir bens de alto valor agregado para exportá-los, ao invés de exportar petróleo e apenas petróleo. E essa era a Venezuela. Na Venezuela, desde os anos 50, importa-se tudo, praticamente tudo. E exporta-se, praticamente só petróleo.

Mas a indústria venezuelana cresceu sob Chávez. É o que mostram os dados. A indústria privada, inclusive, cresceu muito mais que a pública. Mas o papel econômico da indústria petrolífera cresceu muito mais.

O petróleo seguiu representando 15% do PIB da Venezuela. E isso é muito. E o preço do petróleo começou a desabar, já a partir de 2012. E com isso endividamento e inflação voltaram a disparar.

Esse foi o erro fundamental de Hugo Chávez. A tentação da riqueza "fácil" do petróleo. A garantia de riqueza dada pelos altos preços do petróleo.

A isso devemos somar a intensificação da guerra travada pelas forças anti-nacionais internas contra o governo, a multiplicação das greves patronais, a radicalização da campanha de ódio da mídia. Para piorar, por causa dos problemas cambiais, hoje os empresários venezuelanos importam para vender no mercado negro, desabastecendo os mercados oficiais, ou mesmo importando para exportar, por causa dos subsídios para importação.

E o que temos agora?

O que temos agora é o resultado dos planos americanos já expostos pelo Wikileaks, de tentar fomentar uma "Primavera Venezuelana". A estratégia é a mesma da Síria, da Líbia e da Ucrânia: financiar ONGs "pró-democracia", financiar "jornalistas alternativos", fomentar protestos violentos, provocar o derramamento de sangue e fazer de tudo para desestabilizar o governo.

É a aplicação dos mesmos manuais técnicos de golpe de Estado aplicados várias vezes nas últimas 2 décadas.

Entendam: ISSO SERÁ PÉSSIMO PARA O BRASIL.

Não precisamos de mais um regime pró-americano no continente. Já há muitos, e todos eles formam uma espécie de "cordão sanitário" ao nosso redor, tentando limitar a formação de um bloco geopolítico latino-americano guiado pelo Brasil. Mesmo sob um governo pateticamente frouxo com o do Temer, limitar a influência do Brasil na América Latina ainda é pauta do governo americano.

Por isso, a única posição socialista patriótica possível é a de apoiar o governo bolivariano da Venezuela CONTRA TUDO E TODOS. Enquanto nenhuma alternativa real, ainda mais radical, ainda mais socialista e muito mais nacionalista surgir, apoiar qualquer outra alternativa é apoiar a entrega da Venezuela aos EUA e a seus lacaios parasitas. E apoiar o cerco ao Brasil.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!


13 de Julho

Ação Avante
12 de Julho

A "reforma" trabalhista é parte dum conjunto de medidas para desindustrializar, desmantelar o Brasil e mantê-lo como nação essencialmente agrária e subdesenvolvida. Nenhuma das novas medidas resolverá as questões econômicas, o desemprego e o baixo desempenho nos mais diversos segmentos. Ao contrário, todos esses problemas serão agravados. E esse é o objetivo: quanto pior o quadro social, mais desculpas para empurrar as "reformas necessárias".

Enquanto isso, os privilégios políticos continuam intocáveis: salários imensos, vantagens jurídicas, bônus e regalias, subsídios imensos. Polícia sem viatura, professores mal pagos, faculdades e universidades sucateadas, hospitais fechando - só o pobre é que deve economizar.

Lista do traidores que votaram a favor da "reforma" (praticamente todos envolvidos em casos claros de corrupção):

Aécio Neves (PSDB-MG)
Airton Sandoval (PMDB-SP)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Dalirio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Elmano Férrer (PMDB-PI)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino Maia (DEM-RN)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-MT)
José Serra (PSDB-SP)
Lasier Martins (PSD-RS)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Muniz (PP-BA)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PMDB-MG)

11 de Julho

Imposto é roubo e ir pra Somália é legítima defesa.

10 de Julho, 21:13

Da série: coisas que já estou dizendo há muito tempo.

A Cia, Braudel, Foucault e Lévi Strauss

"Foi desclassificado um documento de trabalho da CIA que fala do processo visando influenciar a intelectualidade francesa. Designa-o, justamente, como “guerra cultural” antimarxista, que já vem sendo amplamente documentada. Essa guerra prossegue até aos nossos dias, e é muito interessante comparar o perfil dos intelectuais que a CIA considera mais eficazes para os seus objetivos com certas figuras “de esquerda” com lugar cativo na nossa comunicação social."

10 de Julho, 18:57

Se a situação no Brasil já é ruim, o ataque norte americano à Venezuela é muito mais insidioso, controlando uma mídia tão criminosa quanto a nossa, tudo o que pretende é voltar a roubar a maior reserva petrolífera do ocidente, cujo controle havia sido perdido quando Hugo Chavez nacionalizou a exploração e dedicou todo os seus recursos ao desenvolvimento do próprio país.

Venezuela: um guia para entender um novo golpe (parte 1)

Destaco o seguinte trecho. "Em um email de 2006, enviado da Embaixada norte-americana em Caracas e posteriormente vazado pelo Wikileaks, a estratégia da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional na Venezuela, que inclui o financiamento a mais de 300 organizações, é explicada: “Em agosto de 2004 o Embaixador descreveu a estratégia de cinco pontos da equipe no país para guiar as atividades da embaixada na Venezuela durante o período de 2004-2006 […] O foco da estratégia é: 1) Fortalecer instituições democráticas, 2) Penetrar a base política de Chávez, 3) Dividir o chavismo, 4) Proteger interesses comerciais norte-americanos vitais, e 5) Isolar Chávez internacionalmente […] o Escritório de Iniciativas de Transição [da USAID] apoiou mais de 300 organizações da sociedade civil venezuelana com assistência técnica, desenvolvimento de capacidades, conectando-as umas com as outras e com movimentos internacionais, e apoio financeiro superior a 15 milhões de dólares.” Em um outro email, de 2009, a Embaixada diz que a empresa DAI, contratada pela USAID, era responsável pelo financiamento e treinamento de manifestantes. “Fernandez disse que ‘as ruas estão quentes’, referindo-se aos crescentes protestos contra os esforços de Chávez para consolidar o poder, e que ‘todas essas pessoas’ (organizando os protestos) são financiados por nós.'”"

10 de Julho, 10:55

Uma das grandes tragédias na defesa das crenças é achar que vale a pena mentir em favor de uma causa supostamente nobre. Isso em geral confunde situações pontuais onde uma mentira seja de fato a coisa mais certa a fazer (como mentir para um perseguidor assassino sobre para que lado fugiu a vítima), com situações muito mais amplas, como propostas de ordem social, política ou econômica.

Mas se é necessário fraudar deliberadamente os fatos para defender uma causa, isso é a evidência máxima de que há algo muito errado com essa causa em si, visto que qualquer objetivo nobre pressupõe tornar a realidade melhor, e isso é impossível se não se souber como é essa realidade, e ao mentir sobre a mesma, significa que a realidade não corresponde aos pressupostos da proposta e toda a justificativa desaba!

Isso costuma resultar da arbitrariedade de convicções que não se conectam com a realidade, mas que são tidas como tão acertadas que precisam ser implementadas a todo custo. Tais convicções são obtidas por um processo psicológico de auto engano que está disposto a ignorar os dados concretos em favor de crenças prévias.

O mecanismo de convencimento da grande maioria, se não todas, as alegações fantásticas, incluindo religiões, movimentos Nova Era e parapsicologia, é largamente baseado nessa transferência de convicções que passam por cima das evidências empíricas. O indivíduo, por motivos subjetivos, fica tão convencido de realidade do que crê, que dispensa as evidências objetivas e se concentra em convencer outras pessoas.

Quando se vai para o âmbito político, social e econômico a situação piora muito, pois as alegações fantasiosas ao menos tem a desculpa de lidar com um limiar de realidade que por definição costuma escapar a verificação ou mesmo à racionalidade. Mas o modo dogmático e inconscientemente fraudulento com que muitas crenças sobre questões mais concretas e práticas são transmitidas é muitíssimo parecida.

É altamente provável que se possa estabelecer uma relação inversa entre o apelo a fraude e a validade de uma proposta. Se você precisa mentir, ou repassar mentiras, em defesa do que acredita, é sinal claro de que acredita numa fraude, e a disseminação dessa crença só pode tornar pior o mundo em que você vive.

E não há forma alguma de ter conhecimento da verdade ou da falsidade sem desenvolver um forte senso crítico e abdicar da tentação de acreditar apenas naquilo que corrobore o que você já acredita.

6 de Julho

Nova Resistência - Brasil
6 de Julho

Uma das culturas mais antigas e mais tradicionais, que acaba por ser também uma síntese do próprio Brasil: a Capoeira, criada genuinamente em nossa terra, tem nome de origem Tupy, possui influências indígenas diversas em sua formação, que não é una e nem uniforme, suas origens são pouco conhecidas, a história da capoeira, transmitida muitas vezes de forma oral chega a se apresentar ora por meio de mitos e contos folclóricos, e noutros momentos lado à lado com as lutas quilombolas contra a escravidão e outros conflitos.

No Rio de Janeiro surgem as maltas de capoeira, uma capoeira mais urbanizada, próxima da figura do malandro, sendo comum o uso de navalhas, lenço de seda no pescoço, porretes e outras armas, estes capoeiristas serão notórios por sua participação na revolta dos mercenários (1828) e também na Guerra do Paraguai (1860), na qual o negro teve papel chave. A capoeira carioca foi praticamente extinta com sua proibição no novo código penal da república velha (1890) e a queda do Império.

Na Bahia e em Pernambuco igualmente a capoeira surge, porém com algumas diferenças em relação à capoeira carioca e mesmo diferenças entre si. Da história da capoeira é possível compreender bem seu formato: ela surge em diversos cantos do Brasil simultaneamente, não apenas nestes 3 estados, e em cada lugar adquire estrutura própria incluindo características específicas da região, portanto, existem diferenças nos instrumentos utilizados, nos golpes, no tipo de jogo e nos rituais, a capoeira, como um sinônimo da liberdade, permite que as diversas identidades dentro dela se expressem, porém sem perder o traço comum, dois capoeiristas de jogo e estilo distintos, podem, ainda assim, jogar entre si. A capoeira é uma e muitas ao mesmo tempo, por este motivo podemos considerar como uma espécie de “síntese do Brasil”, possui peculiaridades e diferenciações em cada lugar e ainda assim é passível de um amalgama coerente, tal como os diversos sotaques perante a língua portuguesa.

O traço mais característico da capoeira são as incontáveis influências africanas, porém podemos dizer que se ela se constituísse de uma mão, teria também um ou outro dedo indígena e branco, na capoeira de Bimba, que inicialmente é chamada de “Luta regional baiana” tem grande importância a influência de Sisnando, um branco que ajuda Bimba a adaptar golpes das mais diversas artes marciais e criar uma capoeira que recuperasse a combatividade da capoeira antiga, essa capoeira logo ficou conhecida como “capoeira regional”, que também em cada local do Brasil tomou formato próprio, seja no jogo miudinho de Mestre Suassuna ou da técnica Capitães da Areia, uma das mais expressivas criada em São Paulo em meados de 1970. É notável como o branco, o índio e o africano tiveram suas influências para a capoeira (evidentemente a africana sendo a de maior peso), o que faz da capoeira uma das poucas coisas que pode ser de fato vista como genuinamente brasileira, pois termina por incluir aspectos culturais das mais diversas etnias e culturas que estão dentro do país, muitas vezes misturando-as e criando coisas novas, como golpes. É sem dúvida uma tradição viva.

A Capoeira, em seus diversos formatos, nunca deixou de ter um elo profundo com a identidade (principalmente com a quilombola), seja no Berimbau como “instrumento para invocar os Deuses”, nas cantigas feitas em dialetos africanos, na concepção sagrada do atabaque e nas difusões da cultura e práticas quilombolas, cantando histórias de Heróis que voavam, como Besouro Mangangá. A capoeira termina por ser uma das expressões mais puras de diversas identidades, culturas e tradições, do cristão fazendo o sinal da cruz no pé da roda ao seguidor das religiões afro-brasileiras, e sempre como uma das formas de resistência e válvula de escape para o homem da periferia, que na capoeira se transforma de pobre a nobre, e que então fará ecoar vozes de guerreiros antigos, lembrando a força e bravura de Zumbi dos Palmares e negando-se a se transformar em caricatura como mero produto de consumo vendido ao exterior. Infelizmente, nem sempre a Capoeira tem o valor e reconhecimento merecido, o capoeirista por vezes é visto como “macumbeiro”, e as práticas e identidade quilombola são colocadas como ruins, atrasadas e inferiores, quando, em realidade, são possuidoras de saberes milenares e capazes de oferecer sentido social para a vida de boa parte da população brasileira.

Essa parte parte do Brasil, ligada fundamentalmente à cultura afrobrasileira, deve ser reconhecida e cultivada, tal como os outros elementos do Brasil: o tupi-guarani, o lusobrasileiro, o colono, o gaúcho, o caipira, etc.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!


5 de Julho

Pode soar meio excessivo mas eu realmente acho que jamais teremos um país verdadeiramente digno enquanto a grande mídia, especialmente a Globo, não for derrubada. O mínimo que essa corja merecia era ter todo seu patrimônio (grande parte obtido com dinheiro público) apreendido e todos os seus donos e chefes diretores na cadeia, pelos inomináveis crimes cometidos contra todo o povo brasileiro. Mas eu já me contentaria em simplesmente tirá-la de cena em definitivo e deixar o vácuo ser preenchido por miríades de canais pequenos particulares e independentes.

Nova Resistência - Brasil
5 de Julho
A MÍDIA GLOBALISTA DEVE SER SILENCIADA!

Fake News. Propagandas subliminares. Manipulação dos costumes. Imposição de valores decadentes. Quem acha que a mídia possui como seu papel apenas informar possui a ingenuidade das crianças pequenas.

Nos EUA, apenas 6 corporações controlam 90% da mídia: National Amusements, Disney, TimeWarner, Comcast, News Corp e Sony. Mas essas megacorporações também controlam a mídia na maior parte do mundo ocidental, mesmo no Brasil.

Sabe-se, por exemplo, que a nossa Globo foi criada com capital, tecnologia e conhecimento da TimeWarner. Por isso não se surpreendam com o fato de que a Rede Globo sempre repita e siga a linha editorial da famigerada CNN. A CNN, organização propagandística especializada em fake news, pertence à TimeWarner, tal como a Globo. E, portanto, as duas seguem a mesma linha editorial.

Mas pior do que a concentração midiática extrema é que todas essas corporações possuem agendas políticas, econômicas e culturais que vão muito além da mera difusão de notícias, da propagação de entretenimento e o lucro próprio.

Todas essas corporações são, na verdade, departamentos de propaganda que servem os interesses de uma mesma elite capitalista internacional que trabalha para a construção de um Estado Global.

Para a construção desse Estado Global, essa elite precisa que a ideologia liberal seja mantida hegemônica e seja normalizada como "bom senso" nas mentes das massas. Mais ainda, essa elite precisa que a dissolução dos laços sociais tradicionais se acelere e que todos passem a se ver como "indivíduos" que são também "cidadãos do mundo".

Para preparar o caminho para esse Estado Global, os barões da mídia, com sede de sangue, tem acusado e demonizado inúmeros povos que tentam se libertar ou preservar sua liberdade: sírios, iemenitas, líbios, iraquianos, iranianos, russos, norte-coreanos, etc. O trabalho desses departamentos de propaganda é o que permite que os governos atlantistas declarem suas guerras e lancem seus mísseis.

Nenhum país que tenha em seu seio a presença de aparatos de propaganda alinhados à mídia hegemônica globalista conseguirá conquistar e preservar sua soberania.

Portanto, precisamos silenciá-los! Nenhuma violência ou autoritarismo são excessivos para combater até o fim a mídia atlantista!

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!


4 de Julho

Me sinto tão bem nesse frio que até as desgraças que tem afligido nosso país e o mundo me incomodam menos. É maravilhoso sentir aquele ventinho gélido e ao mesmo tempo sentir a luz morna do Sol como uma carícia, e não um açoite torturante. Posso trabalhar pesado no meu terreno, fazer largo esforço físico sem dificuldade, coisa quase impossível de fazer no tempo quente.

A partir do ano que vem começarei a viajar para a Patagônia e vou verificar seriamente a possibilidade de achar um lugar para onde eu poderia me mudar num futuro provavelmente longínquo, Argentina ou Chile, pois infelizmente no Brasil não há um lugar frio o suficiente para quem eu elimine de vez a chance de sentir aquele calor indecoroso que arruína sua disposição física, mental e abrevia a vida e a felicidade.

Nossos computadores funcionam melhor no frio, e parece que nossos cérebros também. Existe um motivo para os povos mais longevos e desenvolvidos do mundo habitarem regiões temperadas para frias, em geral locais com regimes bem definidos de 4 estações.

Aliás há correlação direta entre o desenvolvimento das culturas e ciclos anuais com características climáticas variáveis, que obrigam ao desenvolvimento de 4 estratégias distintas de lidar com o ambiente. Não é a toa que a maior parte da miséria do mundo se concentra na zona equatorial, e não é difícil entender porque povos que vivem em regimes de clima imutável, como autóctones equatoriais ou esquimós, não tem sequer noção tradicional de ciclos anuais, ficando presos aos ciclos diários e lunares.

Mas não estou interessado nem no calor do verão de um regime de 4 estações bem definido. Por mim a temperatura jamais passaria dos 24 graus. Se pudesse teria uma casa na Patagônia e outra no norte do Canadá ou no Alaska, e ficaria me mudando para elas de acordo com as estações, fugindo tanto dos verões quanto dos invernos excessivamente rigorosos.

Em regiões mais frias provavelmente sonharia com um perpétuo Outono, a melhor de todas as estações. Mas enquanto vivo aqui em Brasília, onde sempre vivi, permaneço sonhando com um Inverno perpétuo.

Enquanto isso, na Rússia...


2 de Julho

Em OS ROBÔS DA GUERRA POLÍTICA VIRTUAL - Estudo de pesquisador norte-americano analisa o uso de robôs para espalhar notícias e fazer bombar assuntos nas redes sociais no Brasil, há algo que venho dizendo há muito tempo. Embora existam muito bons motivos concretos para criticar Lula ou o PT, a grande maioria dos anti-petistas não fazem a menor idéia de quais seriam, preferindo acreditar em manipulações e fraudes deslavadas. (A matéria diz que 71% dos participantes dar marchas pró Impeachment acreditavam que o filho de Lula é dono da Friboi, por exemplo.)

Eu digo que no mínimo metade do anti-petismo é resultado de acreditar em mentiras deslavadas compartilhadas na internet, que tem sido brutalmente praticadas em nível profissional desde a primeira campanha de Dilma (a de que ela teria dito que "nem Cristo me tira essa vitória", provavelmente custou a eleição no primeiro turno).

Da metade restante a grande maioria vem de manipulações midiáticas de uma imprensa bancada pelo setor econômico golpista, sem contar a simples antipatia e o escacarado classismo de quem não sabe a diferença entre nascer em berço de ouro e mérito pessoal.

Na melhor das hipóteses, sobra um 5% de bons motivos.

Foi muita ingenuidade crer que o advento da Internet traria uma nova lucidez pública mesmo nos segmentos educacionalmente mais favorecidos. Ela apenas aperfeiçoou tanto os meios de buscar e disseminar informações de qualidade quanto o de elevar a fraude e a mentira a níveis de sofisticação inéditos.

E infelizmente, o caminho mais fácil e preguiçoso da corrupção informativa sempre leva vantagem.

1 de Julho

Reproduzo na íntegra um raro texto excelente sendo repassado nas redes sociais.


Anatomia do golpe: as pegadas americanas

Por Tereza Cruvinel

O golpe em curso no Brasil é sofisticada operação político-financeira-jurídico-midiática , tipo guerra híbrida. E será muito difícil deslindá-la", diz o jornalista Pepe Escobar. E mais difícil fica na medida em que surgem contradições entre seus próprios artífices. A enxurrada de conversas que Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e um dos operadores do Petrolão, teve e gravou com cardeais do PMDB, induz à ilusória percepção de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi apenas um golpe tupuniquim, armado pela elite política carcomida para deter a Lava Jato e lograr a impunidade. O procedimento “legal” que garantiu a troca de Dilma por Temer, para que ela faça o que está fazendo, foi peça de operação maior e mais poderosa desencadeada ainda em 2013 para atender a interesses internos e internacionais. E nela ficaram pegadas da ação norte-americana.

Interesses internos: remover Dilma, criminalizar o PT, inviabilizar Lula como candidato a 2018 e implantar uma política econômica ultra-liberal, encerrando o ciclo inclusivo e distributivista. Interesses externos: alterar a regra do pré-sal e inverter a política externa multilateralista que resultou nos BRICS, na integração sul-americana e em outros alinhamentos Sul-Sul.

As gravações de Machado desmoralizam o processo e seus agentes e complicam a evolução do governo Temer mas nem por isso o inteiro teor da trama pode ser reduzido à confissão de Romero Jucá, de que uma reunião de caciques do PMDB, PSDB, DEM e partidos conservadores menores, em reuniões noturnas, decidiram que era hora de afastar Dilma para se salvarem. E daí vieram a votação de 17 de abril na Câmara, a farsa da comissão especial e a votação do dia 11 de maio no Senado.

Um longo caminho, entretanto, foi percorrido até que estes atos “legais” fossem consumados. Para ele contribuíram a Lava Jato e suas estrelas, a Fiesp com seu suporte a grupos pró-impeachment e o aliciamento de deputados, o mercado com seus jogos especulativos na bolsa e no câmbio para acirrar a crise, Eduardo Cunha e seus asseclas com as pautas bombas na Câmara. E também as obscuras mas perceptíveis ações da NSA, Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, e da CIA, na pavimentação do caminho e na fermentação do clima propício ao desfecho. Os grampos contra Dilma, autoridades do governo e da Petrobrás, os protestos contra o governo, o desmanche econômico e a dissolução da base parlamentar, tudo se entrecruzou entre 2013 e 2016.

Se os que aparecem agora nas conversas gravadas buscaram poder, impunidade e retrocesso ao país de poucos e para poucos, os agentes externos miraram o projeto de soberania nacional e o controle de recursos estratégicos, em particular o petróleo do Pré-Sal. Não por acaso, a aprovação do projeto Serra, que suprime a participação mínima obrigatória da Petrobrás, em 30%, na exploração de todos os campos licitados, entrou na agenda de prioridades legislativas do novo governo.

Muito já se falou da coincidente chegada ao Brasil, em agosto de 2013, de Liliana Ayalde como embaixadora dos Estados Unidos, depois de ter servido no Paraguai entre 2008 e 2011, saindo pouco antes do golpe parlamentar contra o ex-presidente Fernando Lugo. Num telegrama ao Departamento de Estado, em 2009, vazado por Wikileaks, ela disse:. “Temos sido cuidadosos em expressar nosso apoio público às instituições democráticas do Paraguai – não a Lugo pessoalmente”. E num outro, mais tarde : “nossa influência aqui é muito maior que as nossas pegadas”.

O que nunca se falou foi que a própria presidente Dilma, tomando conhecimento dos encontros que Ayalde vinha tendo com expoentes da oposição no Congresso, mandou um emissário avisá-la de que via com preocupação tais movimentos. Eles cessaram, pelo menos ostensivamente. Ayalde havia chegado pouco antes da Lava Jato esquentar e no curso da crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, detonada pela denúncia do Wikleaks de que a NSA havia grampeado Dilma, Petrobrás e outros tantos. Segundo Edward , o ex-agente da NSA que denunciou a bibilhotagem, “em 2013 o Brasil foi o país mais espionado do mundo”. Em Brasília funcionou uma das 16 bases americanas de coleta de informações, uma das maiores.

A regra de exploração do pré-sal e a participação do Brasil nos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, India. Chia e Africa do Sul), especialmente depois da criação, pelo bloco, de um banco de desenvolvimento com capital inicial de US 100 bilhões, encabeçaram as contrariedades americanas com o governo Dilma.

Recuemos um pouco. Em dezembro de 2012, as jornalistas Cátia Seabra e Juliana Rocha publicaram na Folha de São Paulo telegrama diplomático vazado por Wikileaks, relatando a promessa do candidato José Serra a uma executiva da Chevron, de que uma vez eleito mudaria o modelo de partilha da exploração do pré-sal fixado pelo governo Lula: a Petrobrás como exploradora única, a participação obrigatória de 30% em cada campo de extração e o conteúdo nacional dos equipamentos. Estas regras, as petroleiras americanas nunca aceitaram. Elas querem um campo livre como o Iraque pós-Saddam. A Folha teve acesso a seis telegramas relatando o inconformismo delas com o modelo e até reclamando da “falta de senso de urgência do PSDB”. Serra perdeu para Dilma em 2010 mas como senador eleito em 2014, apresentou o projeto agora encampado pelo governo Temer.

No primeiro mandato, Dilma surfava em altos índices de popularidade até que, de repente, a pretexto de um aumento de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus de São Paulo, estouraram as manifestações de junho de 2013. Iniciadas por um grupo com atuação legítima, o Movimento Passe Livre, elas ganham adesão espontânea da classe média (que o governo não compreendeu bem como anseio de participação) e passam a ser dominadas por grupos de direita que, pela primeira vez, davam as caras nas ruas. Alguns, usando máscaras. Outros, praticando o vandalismo. Muitos inocentes úteis entraram no jogo. Mais tarde é que se soube que pelo menos um dos grupos, o MBL, era financiado por uma organização de direita norte-americana da família Coch. E só recentemente um áudio revelou que o grupo (e certamente outros) receberam recursos também do PMDB, PSDB, DEM e SD.

Aparentemente a ferida em Dilma foi pequena. Mas o pequeno filete de sangue atiçou os tubarões. Começava a corrida para devorá-la. A popularidade despencou, a situação econômica desandou, veio a campanha de 2014 e tudo o que se seguiu.

Mas nesta altura, a espionagem da NSA já havia acontecido, tendo talvez como motivação inicial a guerra do pré-sal. Escutando e gravando, encontraram outra coisa, o esquema de corrupção. E aqui entram os sinais de que as informações recolhidas foram decisivas para a decolagem da Lava Jato. Foi logo depois do Junho de 2013 que as investigações avançaram. A partir da prisão do doleiro Alberto Yousseff, numa operação que não tinha conexão com a Petrobrás, o juiz federal Sergio Moro consegue levar para sua alçada em Curitiba as investigações sobre corrupção na empresa que tem sede no Rio, devendo ter ali o juiz natural do caso. Moro havia participado, em 2009, segundo informe diplomático também vazado por Wikileaks, de seminário de cooperação promovido pelo Departamento de Estado, o Projeto Pontes, destinado a treinar juízes, procuradores e policiais federais no combate à lavagem de dinheiro e contraterrorismo. Participaram também agentes do México, Costa Rica, Panamá, Argentina, Uruguai e Paraguai. Teria também muitas conexões com procuradores norte-americanos.

Com a prisão de Yousseff, a Lava Jato deslancha como um foguete. Os primeiros presos já se defrontam com uma força tarefa que detinha um mundo de informações sobre o esquema na Petrobrás. Executivos e sócios de empreiteiras rendiam-se às ofertas de delação premiada diante da evidência de que negar era inútil, só agravaria suas penas. O estilo espetaculoso das operações e uma bem sucedida tática de comunicação dos procuradores e delegados federais semeou a indignação popular. Vazamentos seletivos adubaram o ódio ao PT como “cérebro” do esquema.

As coisas foram caminhando juntas, na Lava Jato, na economia e na política. A partir do início do segundo mandato de Dilma, ganharam sincronia fina. Na Câmara, Eduardo Cunha massacrava o governo e a cada derrota o mercado reagia negativamente. A Lava Jato, com a ajuda da mídia, envenenava corações e mentes contra o governo. Os movimentos de direita e pró-impeachment ganharam recursos e músculos para organizar as manifestações que culminaram na de 15 de março. A Fiesp entrou de cabeça na conspiração e a Lava Jato perdeu todo o pudor em exibir sua face política com a perseguição a Lula, a coerção para depor no aeroporto de Congonhas e finalmente, quando ele vira ministro, a detonação da última chance que Dilma teria de rearticular a coalizão, com o vazamento da conversa entre os dois. No percurso, Dilma e o PT cometeram muitos erros. Erros que não teriam sido fatais para outro governo, não para um que já estava jurado de morte. Mas este não é o assunto agora, nesta revisitação em busca da anatomia do golpe.

Em março, a ajuda externa já fizera sua parte mas as pegadas ficaram pelo caminho. O governo já não conseguia respirar. Mas, pela lei das contradições, a Lava Jato continuou assustando a classe política, sabedora de que poderia “não sobrar ninguém”. É quando os caciques se reúnem, como contou Jucá, e decidiram que era hora de tirar Dilma “para estancar a sangria”.

Desvendar a engrenagem que joga com o destino do Brasil desde 2013 é uma tentação frustrante. Faltam sempre algumas peças no xadrez. Mas é certo que, ainda que incompleta, a narrativa do golpe não é produto de mentes paranoicas. No futuro, os historiadores vão contar a história inteira de 2016, assim como já contaram tudo ou quase tudo sobre 1964.


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