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26 de Fevereiro

Qual é o símbolo mais comumente usado em todo o mundo, ou ao menos no ocidente? O símbolo que está em quase todas as bandeiras e insígnias de poder? Não é a Cruz, nem a Espada, nem a Estrela de Davi.

É o Pentagrama! Mais comum na forma daquilo que chamamos de Estrela de 5 pontas, mas que nada tem a ver com uma estrela. Estrelas, enquanto entidades astronômicas, já tiveram várias formas de representação ao longo da história, nas mais diversas tradições. Mas o pentagrama segue sendo repetido independente de ter alguma conotação astronômica ou não.

No ocultismo ele é representado vazado, em linhas, e frequentemente associado a um símbolo satânico. Se isso fosse adequado, seria uma suprema ironia que o símbolo de satã seria o mais usado e representado em quase todas as insígnias do mundo, desde a bandeira dos EUA, até a Foice e o Martelo.

Mas na verdade, o pentagrama é o símbolo da humanidade. Ele representa um corpo humano, com braços e pernas abertas, e a ponta superior, onde fica a cabeça, simbolizando o "membro" mais importante, de onde emana a inteligência. O Quinto Elemento. A Mente / Alma / Espírito.

Tente ver "pessoinhas" nas "estrelas" e entenderá porque esse símbolo é tão vastamente difundido.

25 de Fevereiro

O Ódio Visceral que a Direita Reacionária verte pelo Governo Lula NADA TEM A VER com Mensalão, Corrupção, Comunismo, Foro de São Paulo ou seja lá o que for. Trata-se apenas "Misobrasiliania", o "Ódio pelo Brasileiro", pois ao menos há meio século este país não experimentava tamanha onda de crescimento e otimismo, com real redução de desigualdade e redistribuição de renda, e isso é um golpe duríssimo àqueles que não suportam sua própria condição de brasilidade.

Entre tais reacionários destaca-se um desprezo pelo Brasil em si e seu povo, e uma evidente expectativa de se projetar para fora do país, pretendendo ser um estrangeiro colonizador que aqui está só de passagem, e se sente superior ao povo entre o qual vive. Se considera uma elite mais esclarecida e essencialmente diferente, e não vê a hora de terminar de pagar o seu karma e voltar para a Metrópole.

É fácil manter essa ilusão quando há uma distância sensível entre essa "elite" e os demais por meio de uma significativa diferença econômica. Mas essa ilusão começa a desmoronar quando se nota que aquele morador de periferia passa ao seu lado com um carro não muito pior que o seu, quando trabalhadores domésticos e operários começam a frequentar os mesmos espaços luxuosos dos shoppings e são tratados com respeito por serem agora consumidores com real poder de compra, ou quando até os pedreiros e serventes que constroem sua casa, e agora vem trabalhar de carro, também já viajaram para Miami.

Essa elite percebe que não é superior por uma condição genética intrínseca, que no máximo teve a sorte de nascer numa situação privilegiada. E agora tem que tolerar a maioria do povo brasileiro frequentando aeroportos e viajando ao seu lado, fazendo compras na internet e desfilando com smart phones de última geração.

E o pior! Esse "paisinho de m..." agora se projeta como ator internacional, começa a ser levado a sério por países que sempre lhe fizeram pouco caso e sua economia já supera até a de outrora impérios europeus. ISSO É IMPERDOÁVEL! Como um governo tem a ousadia de levar o nosso país a tal patamar?! Como se atreve a fazer tamanha desfeita contra os magnânimos e refinados senhores que determinavam o que devíamos ou não fazer, e podíamos ou não ser?!

PIOR AINDA! Suprema Traição! O fez se aproveitando do legado dos governos anteriores e sabendo administrá-lo, invés de, na primeira oportunidade, mergulhar o país de novo numa crise anulando todo o progresso anterior e pondo a culpa na conjuntura internacional. Ver o Brasil surfar na onda da crise global enquanto outrora potências se afogaram é um insulto que não pode ser tolerado! Esses progressos pontuais eram apenas para manter o país sob controle, preso no mesmo ciclo de avanços e retrocessos que garantiriam que jamais passasse de um mercado consumidor razoável e bom fornecedor de insumos sem cair no agravamento social que pudesse leva-lo a instabilidade.

Era para manter sempre o pessimismo, a desilusão com o futuro, a auto depreciação. Orgulho nacional deveria ficar restrito apenas à Copa do Mundo. Agora até isso querem tirar! Falar mal de si próprio deveria continuar sendo o maior esporte nacional.

Mas agora revela-se ao misobrasiliano, ou brasiliofóbico, uma nova situação que lhe joga na cara que ele não é realmente superior aos demais por uma dádiva divina, e que qualquer pretensa superioridade tem que ser conquistada por esforço próprio e virtudes pessoais, e não comprada em 12x no cartão, o que agora qualquer um pode fazer.

Ser lembrado dessa realidade, ser tirado da ilusão de ser um titã entre mortais, e ter que amargar que é possível sim gerar prosperidade para a maioria invés de apenas concentrar riqueza na mão de uma minoria não é algo que essa direita reacionária suporte. Nem a esquerda radical, visto que isso "corrompe" a verve revolucionária!

Por isso, quando alguém querer saber porque a minoria que odeia o melhor governo do último meio século desconsidera todo o benefício gerado como se nada fosse, saiba que se engana totalmente. Não desconsidera, pelo contrário, é exatamente isso que está considerando como se tudo fosse.

E é exatamente isso que jamais será perdoado.

20 de Fevereiro

Penso que se uma coisa é verdade, especialmente se for óbvia, não é comum que se fique afirmando-a constantemente. Aliás, quando uma coisa é muito frequentemente repetida na forma de chavão, pode ser um forte indício de que na realidade seja falsa.

Não há clichê mais exaustivamente repetido na mídia dos EUA do que "Este é um país livre", "Esta é a terra da liberdade" ou similares. A quantidade de filmes, seriados, HQs ou tudo o mais que usam e abusam dessa afirmação é enorme, quase sempre colocando-a como fala dos mocinhos. E também colocando uma afirmação contrária na boca dos vilões, que quase sempre ao menos trazem uma ou outra questão mais interessante sobre a própria idéia de Liberdade.

Tanto apologetas quanto críticos da Liberdade frequentemente se equivocam no meio dessa disputa de tolices. Alguns veem a Liberdade como se fosse o valor supremo, sem a qual nada mais importa. Outros a creem dispensável ou mesmo nociva. Mas mandando os "relativistas" ao espaço, fato é que o primordial objetivo da existência é a Felicidade. Tudo o que fazemos e lutamos tem como meta atingir alguma forma de bem que invariavelmente é a Felicidade, num sentido mais profundo, quase transcendente, e seguramente em nada confundido com frenesis ou êxtases fugazes e que quase sempre resultam no seu contrário.

Mas na quase totalidade das vezes ao menos algum grau de liberdade é necessário para que as pessoas busquem a felicidade em seus próprios termos, por isso a Liberdade é sim importante. Mas por outro lado, isso não é obrigatório. A felicidade podem muito bem te atropelar de surpresa, e uma condição mais parecida com a escravidão acabar sendo aquilo que realmente realiza alguém, ou não teríamos tantas pessoas que se prendem em relacionamentos que se por um lado são incrivelmente limitadores, coibindo uma série de liberdades, por outro lado podem ser extremamente compensadores.

Aliás a civilização cristã sabe disso melhor que qualquer outra cultura, visto que sua descrição máxima de felicidade é a eterna submissão a um ser supremo. E isso sem contar sua indireta anulação do próprio conceito de liberdade uma vez que a mesma só serve para a criatura se desviar de Deus e ir parar no inferno. Ou seja, você é livre para escolher entre o horrendo sofrimento perpétuo, ou o que Deus está determinando!

Voltando ao caso dos EUA. A mesma nação que se diz a terra da liberdade é, curiosamente, a mais paranoica do mundo. Que outra cultura foi tão profícua em fomentar teorias conspiratórias, vendo inimigos e espiões em toda parte, cultua o medo ao ponto de se armar até o dentes e tem pesadelos até com invasões de extraterrestres?

Alguém consegue imaginar outro lugar do mundo levando a sério a narrativa de Orson Wells da invasão marciana de H.G.Wells? Bem... Talvez no Japão. Afinal eles concorrem com os EUA no quesito quem destrói suas cidades mais vezes em seus filmes, com a diferença de que o Japão ao menos tem duas experiências reais de destruições urbanas causadas advinhe por quem?

Tudo isso é apenas o resultado do conceito que nomeei como Paradoxo das Liberdades. Liberdade, por mais fundamental e desejável que seja, é um valor delicado, que precisa ser, paradoxalmente, administrado e limitado com muito cuidado sob o risco de se autodestruir rapidamente. Simplesmente é impossível duas pessoas que convivam terem suas liberdades em grau máximo, visto que isso implicaria em poder destruir totalmente a liberdade alheia. Como diz o velho ditado popular, a liberdade de um termina onde começa a do outro, e o problema é que vivemos num mundo onde de certa forma todos são livres, mas uns são mais livres que outros.

19 de Fevereiro

Seja um Viajante do Tempo!

Veja o presente com o mesmo fascínio, ou pelo menos desprezo, que vê todas as outras épocas. Abandone o Cronocentrismo. Não deixe que o normalíssimo envelhecimento contamine sua visão de mundo determinando sua percepção da realidade como se fosse o mundo que estivesse envelhecendo no seu lugar.

Talvez devesse chamar isso de Complexo de Dorian Gray.

18 de Fevereiro 22:08

Absolutamente desastrosa a apresentação Como Filmes Ensinam Masculinidade. A pior que já vi no TED.

Já começa se atrapalhando ao comparar um filme voltado para o público infantil com um para o público juvenil-adulto, e confundindo valores que sempre conviveram juntos como se fossem de épocas diferentes. Ocorre que temas como o do Mágico de Oz até hoje são comuns bem como o de Star Wars também sempre foram. E o pior é que por outro lado ele sabe disso! Ao deixar claro que não tinha trazido seu filho pequeno para ver Star Wars!

Tira, sabe-se lá de onde, a idéia maluca de que as sagas de heróis implicam num homem ou menino fazendo as coisas sozinho! Mas eu não consigo me lembrar de um único caso, nesse estilo de filmes que ele envolve, onde isso ocorra. Todas são nitidamente trabalhos de equipe, SEMPRE envolvendo mulheres. Isso só ocorre nos filmes de machões estilo Stallone, Van Damme ou Jason Statham, que evidentemente não são o caso do universo de filmes de Magia e Ficção Científica dos quais ele está falando.

Eu acho que quem se mete a falar publicamente, num ambiente como o TED, de estórias heroicas hollywoodianas NÃO tem direito a ignorar Joseph Campbell, Robert A. Johnson, ou pelo menos Freud e Jung. Pois todos esse autores versaram sobre o conceito da saga do Herói. Se tivesse ao mesmo se dado ao trabalho de pesquisar um pouquinho sobre os fundamentos míticos e simbólicos do universo Star Wars, de certo teria se deparado com o nome de Joseph Campbell, que era o guru do George Lucas. Lendo pelo menos o verso e as orelhas da trilogia He, She e We, de Robert A. Johnson, o apresentador já teria se livrado de expor publicamente uma completa ignorância no assunto, pois as tais sagas heroicas são bem sucedidas não por serem modelos motivacionais para ações reais, mas por serem modelos arquetípicos das trajetórias psicológicas de amadurecimento. Não a toa, são repetições de uma fórmula clássica repetida desde que o mundo é mundo. Mas já tenho uma monografia inteira falando sobre isso e não vou me alongar mais aqui.

Eu sou um entusiasta da idéia do Teste de Bechdel e acho que os autores deveriam mesmo dar uma atenção maior ao protagonismo feminino em suas estórias. Eu próprio sou escritor de Ficção Científica e Fantasia, e quando escrevo algo mais abrangente que uma mera saga heroica, penso que a maioria das minhas estórias passam no Teste de Bechdel. Exceto, claro, aquelas que são escritas em primeira pessoa ou muito focadas em cima de um personagem masculino principal, onde aí não tem jeito de se dar um diálogo entre duas mulheres à revelia da presença do personagem. Mas se o apresentador tivesse um pouquinho mais de conhecimento sobre o assunto, notaria que as sagas heroicas, exatamente por serem focadas num universo masculino, terão quase sempre seus principais diálogos com personagens masculinos, óbvio! E isso não se aplica só a Hollywood, mas a praticamente todo mito, lenda ou estória clássica de todo e qualquer tempo!

Isso se dá, mais uma vez, porque a saga heroica é um relato simbólico de uma trajetória interior masculina, não só das mentes masculinas, mas também da parte masculina (Animus) das mentes femininas. E nesse caso as personagens aparecem como símbolos orientadores com os quais a masculinidade deve interagir para achar seu equilíbrio. E o pior é que intuitivamente o apresentador TAMBÉM sabe disso! Se alguma coisa se aproveita de seu discurso, é que realmente a retratação desses símbolos afeta o modo como a mente masculina interage com o universo feminino. O APRESENTADOR É INDESCULPÁVEL EM SUA IGNORÂNCIA! Esses símbolos são típicos, como a "donzela em perigo", onde o masculino deve despertar seu sentimento altruísta de heroísmo, a bruxa, onde deve provar sua resistência quanto as artimanhas da parte negativa da feminilidade, a cortesã, que tenta seduzir o herói, ou a princesa, cuja conquista e casamento simbolizam a realização interior máxima, a fusão harmoniosa dos aspectos Masculino e Feminino.

Por outro lado, a maior parte das estórias voltadas para o público feminino tem como dinâmica a saga da princesa, que é complementar a saga do herói, e não é o caso de O Mágico de Oz, que está mais para a saga da heroína, que não é somente uma saga do herói transgênero, mas pressupõe exatamente uma costura de alianças diplomática a fim de reunir um grande grupo para vencer um desafio, e cujo melhor exemplo contemporâneo é Crepúsculo. Que infelizmente tem sido negligenciado como um objeto de estudo valioso desse componente arquetípico feminino.

Mas até aí o apresentador pecava apenas por ignorância passiva, quando subitamente decide praticar um suicídio mental e desabar por completo por volta dos 9 minutos, quando entra, de sopetão, o tema do assédio sexual! Além de acreditar numa estatística fraudulenta, ainda tenta relacionar seu já prostrado raciocínio com ela, ao mesmo tempo que insiste que não acha que seja resultante dos valores que tais filmes têm espelhado!

Hells! Parece até que ele pretendia falar de outra coisa e que de repente uma radfem lhe apontou uma arma!

Daí pra frente, que apareça uma estúpida convocação militante para uma luta delirante contra o patriarcado nem consegue mais afundar o que já chegou ao fundo do poço.

Lastimável.


Mesmo com certo atraso em relação ao A Voice for Men - BRASIL, publico também aqui o texto Heroísmo: O Outro Lado da Masculinidade, que faz uma coletânea de evidências de que atos de heroísmo são de uma predominância masculina muitíssimo maior que os atos de vilania, fato evidentemente omitido das hipócritas abordagens misândrica que visam a retratar o gênero masculino sempre da pior forma possível. Para compensar esse atraso, o texto Entendendo a Misandria está tendo lançamento simultâneo.

Também comunico alguns acréscimos e sutis alterações no texto Da Esquerda Para Trás, que foi apresentado no evento sindical VIII CONSAN, e para tanto recebeu alguns exemplos pontuais, uma citação e algumas revisões estilísticas.

17 de Fevereiro

Era uma vez um pequeno grupo de extraterrestres que visitava a Terra e descobriu que ela seria totalmente destruída em poucas horas. Era sua obrigação ética preservar a humanidade, visto serem as espécies inteligentes tão raras no universo. Por falta de mais recursos, tempo e espaço, resgataram um restrito número de pessoas e as deixaram num local seguro onde poderiam sobreviver e se perpetuar.

Tendo tido algum tempo para selecioná-los, e como pretendiam maximizar as chances de bem estar, sucesso e diversidade da humanidade, escolheram pessoas de várias etnias distintas, bem instruídas, talentosas, de índole amável, equilibradas, e todas relativamente jovens e férteis. Mas para que pudessem povoar o novo mundo com mais rapidez, trouxeram uma quantidade maior de mulheres, duas ou mais para cada homem.

O Politicamente Correto seguramente teria acusados esses extraterrestres de antropocêntricos, especistas, deterministas biológicos, machistas e homofóbicos.

14 de Fevereiro

Em 1998/99 escrevi meu primeiro livro, As Senhoras de TERRANIA. Um romance (Literalmente romântico!) de Ficção Científica embora com aparência de fantasia, onde descrevi um mundo Matriarcal, Ginocrático, Femista, embora nada misândrico. No estilo Ginotopia, à primeira vista utópica e paradisíaca, inclusive sexualmente, embora isso depois vá sendo cada vez mais relativizado.

Jamais o publiquei, embora o tenha enviado para umas 20 editoras apenas para confirmar o que todos os entendidos no assunto, inclusive alguns editores, já haviam me garantido. Que se você não é famoso e não tem alguma peixada lá dentro, não há a menor chance de que seu livro sequer seja aberto. Mesmo assim imprimi alguns exemplares que foram lidos por algumas dezenas de pessoas, muitos dos quais são meus amigos no Facebook.

Naquele tempo eu praticamente nada sabia sobre a maioria dos temas que me atrevi a desenvolver, mas o que me impressiona hoje é o que, no fundo, sabia intuitivamente! E que coloquei espontaneamente sem nunca ter investigado ou sequer pensado demais sobre o assunto.

Sabia que nenhuma sociedade onde mulheres serem o sexo explicitamente dominante seria possível se elas não fossem fisicamente tão ou mais avantajadas que os homens. Sabia que a inversão de papéis sociais não seria completa, homens continuariam sendo a maioria entre os engenheiros, compositores musicais e físicos, mesmo com as mulheres dominando TODOS os postos de poder. Sabia que a sexualidade livre e acessível a todos não seria possível sem uma alteração radical nos instintos femininos (as mulheres terrânicas são pouco ou nada hipergâmicas), erradicação das doenças e baixíssima fertilidade. Sabia que uma sociedade assim teria baixa taxa reprodutiva, e já estaria em franca retração populacional. E sabia que mesmo com todas essas radicais alterações ainda assim teria que apelar para algo similar a Magia e tecnologia extraterrestre para tornar esse mundo viável e verossímil, pois era preciso mudar significativamente a natureza humana!

Não tinha realmente estudado esses assuntos a fundo, embora já tivesse alguma bagagem literária, mas que aumentou somente depois que escrevi o primeiro livro. Eu suma, sempre soube uma série de coisas para as quais a quase totalidade do Feminismo permanece absolutamente cego!

Trata-se de uma tetralogia com toda a trajetória e livros prevista desde o começo, inclusive já adiantando sinopses dos livros posteriores mesmo antes de ter terminado o primeiro. Terminei de escrever todos, mas nunca publiquei, nem mesmo em forma digital, porque o universo ficcional sobre o qual se fundamenta assumiu uma complexidade tal que me obrigará a fazer algumas revisões para efeitos de consistência. Deste universo, já estão publicados on-line os contos: 6 Letras, A Espada de Cristal & A Estrada de Cristal (ambos ambientados em TERRANIA) e RY-5, e os livros virtuais ALICE 3947, O Raio-Y e Planeta Fantasma. Além de estar no momento escrevendo mais dois, meio desacelerado devido a uma série de outros afazeres.

Ainda não tive tempo para terminar de revisá-lo, embora não altere em absolutamente nada a estória que muitos já leram. Aliás, a maioria das alterações é imperceptível exceto para leitores extremamente atentos. Também há o fato de que já previa que a tetralogia fecharia de um modo um pouco brusco, e que a estória seria retomada já dentro de outras obras do Universo DAMIATE após um enorme salto crononlógico. Mas ao final do quarto livro eu mesmo me senti um tanto frustrado pelo suspense e decidi então adiantar um dos spinoffs e integrá-lo ao quarto volume, que ficara menor do que eu pensava, o que causa uma alteração no plano e estilo original, de modo que estou ainda escrevendo essa parte adicional do Livro IV.

Mas isso nem vem ao caso. O que queria aqui é fazer uma reflexão sobre como a ficção pode levar um escritor a perceber coisas que não perceberia de outra forma. Muitas pessoas que tenham o bom hábito da leitura sabem que ler romances costuma ser muito prazeroso, mas poucos fazem idéia de que ESCREVER É MELHOR AINDA! Chega a ser viciante. Não a toa existem milhões de escritores que jamais se preocuparam em publicar suas obras, porque o simples fato de escrevê-las já é uma alegria em si.

Mais. Imaginando mundos e personagens hipotéticos pode-se descobrir coisas sobre si próprio e o próprio mundo que talvez não sejam acessíveis por outros meios, pois o autor não está obrigado a se manter apenas na linha de possibilidades que acredita limitarem o mundo real. Pensando estar apenas fantasiando, dando asas a impulsos inconscientes, acaba subitamente descobrindo que muitas coisas fluem através da mente que o próprio escritor não sabe de onde vieram, como se fossem descobertas tão ou mais surpreendentes para ele quanto podem ser para o leitor. As vezes a estória parece tomar vida própria, até mesmo frustrando planos originais, e te obrigando a seguir um fluxo de eventos sobre os quais não se tem mais controle! Como se a história de um outro mundo começasse a se revelar por vontade própria. Como se as criaturas que você mesmo imaginou parecessem desenvolver vontade própria!

Os inúmeros filósofos que se limitam a suas experiências de pensamento perdem feio para os ficcionistas, que vão muitíssimo mais longe!

E munido dessa bagagem descobri que quase nada do que se vê por aí em termos de visões de mundo, tradições, ideologias ou consensos científicos é assim tão diferente de literatura ficcional. Todos tem mundo imaginários em vista que tomam pelo mundo real, e todos se surpreendem ao ver que os seres da realidade não se comportam como seus planos e teorias pensavam que deveriam.

Há uma grande diferença entre as pessoas que aprenderam de fato a diferenciar os mundos interiores dos exteriores, nos quais o ficcionista leva enorme vantagem, e aqueles que, talvez por falta dessa experiência, projetam no mundo exterior apenas a fantasia interior, sua ou de outras pessoas, misturando realidade e ficção e tomando essa mistura por realidade concreta.

Impressiona que o mundo resista tanto a qualquer tentativa de ser transformado?

12 de Fevereiro

Costumo ocasionalmente fazer algo que chamo de Jogo Mental. Interpreto, íntima e discretamente, um outro personagem, como se de repente uma outra mente, de uma realidade bem diferente, tivesse entrado no meu cérebro, e passa a examinar o novo mundo que se revela a seus sentidos. Ao melhor estilo "Sombras Perdidas no Tempo", de H.P.Lovecraft.

Funciona assim. De repente, tento me esquecer de mim mesmo e mudar minha percepção das coisas como se um antropólogo alienígena, ou um viajante do tempo, tivesse encarnado em mim. Despertasse em seu novo corpo e começasse a simplesmente observar tudo a sua volta com a curiosidade cientifica de uma pesquisa empírica.

Caminhando as ruas, olhando as pessoas, prestando atenção aos sons, e simulando uma perplexidade antes coisas que parecem ser completamente novas, totalmente estranhas a uma mente de uma realidade o máximo possível outra.

É um jogo totalmente discreto, ninguém a sua volta perceberá nada de diferente exceto, talvez, que você é uma pessoa que repara em tudo. O que na realidade eu quase sempre sou. Mas por dentro o efeito é espetacular. Não sei se é uma habilidade minha, ou todos podem fazê-lo, mas consigo realmente me sentir um visitante do além, que estuda esse mundo, para nós tão banal, cotidiano e desinteressante, como nós mesmos estudaríamos uma civilização completamente diferente.

Recomendo. Essa brincadeira discreta tem a capacidade de me deixar num estado contemplativo, calmo, fascinado. Fico bem mais tolerante, e até mesmo as tradicionais perturbações urbanas comuns, como o trânsito, as buzinas, a fumaça de cigarro, deixam de me incomodar.

Tudo se torna completamente novo e deslumbrante.

7 de Fevereiro

Eu nunca gostei desse conceito de "Marxismo Cultural", pois a única coisa em comum que teria com o Marxismo seria alguma característica revolucionária, mas a semelhança acaba aí. Já as diferenças acumulam-se em montes intermináveis.

Para citar só algumas:

- O Marxismo propõe a elevação da classe proletária ao poder político. O "Marxismo Cultural" já começa abandonando esta classe e substituindo por uma elite intelectual que NÃO detém qualquer poder político;

- O Marxismo propõe uma luta em termos essencialmente econômicos e materiais, sendo as mudanças de mentalidades praticamente uma decorrência posterior desta. O "Marxismo Cultural" abandona o próprio Materialismo Dialético marxista e parte para uma tentativa de subverter valores estéticos, simbólicos e culturais a fim de enfraquecer resistências sociais, ignorando a premissa materialista e invertendo a abordagem;

- O Marxismo parte de baixo para cima, pela tomada dos meios primários de produção e controle da base material da sociedade, sem a qual poder político algum pode subsistir. O "Marxismo Cultural" Tenta tomar entes abstratos pela manipulação midiática, mas qualquer poder de base minimamente coerente pode resistir facilmente a ele, como o fazem igrejas ou o nacionalismo;

- O Marxismo é escancaradamente explícito em suas pretensões, contando com a força inconteste da classe trabalhadora para impor abertamente sua visão de mundo. O "Marxismo Cultural" é dissimulado, oculto e não tem claro nem para si mesmo quais seriam seus objetivos finais;

- No Marxismo o conceito de "contradição" social é a origem dialética da luta de classes, a partir da qual retira sua força, e responde de forma sistemática e coerente. O "Marxismo Cultural", no qual sequer se aplica o conceito de dialética ou de luta de classes, ataca uma tradição cultural relativamente coesa com estímulos contraditórios.

É até difícil ver alguma semelhança.

Mas ninguém, principalmente os direitistas, tem que acreditar em mim. O meu próprio Anti-Mestre já começou a descartar esse conceito, distinguindo-o claramente também do Gramciscmo, que seria o que mais se assemelharia.

É bom ver a aula desde o começo, mas ele vai mais diretamente a partir de 31:19.

5 de Fevereiro 22:34

Certa vez meu amigo Marcelo Germano estava reclamando do meu site ter um estilo antiquado, como se fosse coisa da década passada. Bem, isso faz muito sentido, considerando que ele é não só da década passada, mas da retrasada, não só do século, mas do milênio passado.

Estreou em Dezembro de 2000! No tempo que muita gente estava com medo do Bug do Milênio, e a primeira mensagem que recebi é de 4 de Janeiro de 2001.

E agora, o DREAMBOOK, o sistema que por 13 anos me serviu gratuitamente para que recebesse mensagens de visitantes, acaba de anunciar o encerramento de suas atividades, e já não é mais possível postar mensagem alguma nem no XR.PRO nem no EVO.BIO.

Só posso agradecer ao Dreambook por ter me servido tão bem por tanto tempo, ao todo devo ter recebido entre 2 a 3 mil mensagens, das quais foram selecionadas, publicadas, respondidas e guardadas para a posteridade 864 no XR.PRO e 347 no EVO.BIO. Mas já era mesmo hora de mudar, aquele sistema manual de copiar e colar as mensagens sempre me deu um trabalho enorme, e é herança de uma época em que se tratava de uma abordagem quase única, um tratamento diferenciado que os visitantes recebiam numa época que, é bom lembrar, NÃO EXISTIAM BLOGS!

Por isso, acabo de criar uma conta no Wordpress e abri o blog mvxr.wordpress.com onde darei um jeito de receber as mensagens dos sites, que continuarão como sempre foram.

Ainda nem sei como isso vai funcionar.

5 de Fevereiro 12:52

Publico o texto Em Defesa do PATRIARCADO, que também marca minha estréia como articulista no site A Voice for Men - BRASIL, a versão brasileira da maior e mais importante organização mundial em defesa dos direitos masculinos. Embora outros textos meus já estejam lá, tratam-se de textos originais daqui, mais antigos, ao passo que este novo, também disponível lá, foi criado já para o br.avoiceformen.com, onde foi primeiramente publicado. Todos os meus textos continuarão sendo publicados aqui, no meu site original, que jamais deixará de ser meu principal acervo, mas os textos confeccionados para o tema dos Direitos Masculinos serão publicados primeiramente no A Voice for Men - BRASIL.

4 de Fevereiro 18:44

Em especial para as que se interessaram, Cleide?, Paulette? e Mariana?. Vou repetir aqui a frase de Rich Zubaty: "É essencial para todo homem a sua ferida. Todos os homens estão feridos. Alguns se dedicam a vida inteira a desconstrui-la, evitando admiti-la. Mas o único caminho para o crescimento espiritual é rastejar através dessa ferida. Quem se importa com o crescimento espiritual? Qualquer um com um bocado de dor - que queira transcender a agonia de sua mente e corpo - se importa com crescimento espiritual. De acordo com Joseph Campbell, a ferida é abertura por onde a alma entra no corpo. A ferida é o caminho para nossas almas, e sem isso somos apenas meninos com armas - potenciais vilões. Conhecer nossa ferida é conhecer nossa abertura, nossa humanidade."

O problema é que o termo 'ferida', que usei para traduzir 'wound', pode ser mal interpretado. Na verdade não há uma boa tradução, mas trata-se de uma "abertura involuntária". Numa primeira interpretação, lembremos que muitas pessoas só se voltam para religiões quando estão muito feridas emocionalmente, após grandes traumas. Mas isso é apenas uma modalidade mais extrema. Essa "abertura" pode ser uma coisa muito mais sutil, uma inquietação, uma inadequação, alguma coisa na existência da pessoa "não fecha"! E por essa abertura tem-se um caminho para a transcendência.

Mas essa transcendência também não se resume a uma concepção mística no sentido usual, mas sim a qualquer coisa que se projete para além da vida íntima da pessoa. Mesmo o mais materialista e ateu, ao se dedicar a uma causa ou uma atividade que vá além de si mesmo, transcende sua existência. Mesmo a simples criação de crianças é uma transcendência, visto que elas viverão para além da vida de seus criadores.

Essa transcendência é vital para uma existência plenamente humana. A pessoa fechada em si mesma, que não tem uma abertura para algo mais amplo, pode ainda viver de forma relativamente feliz, num estado de hedonismo não muito diferente da condição animal, e isso por si só não é um problema. Mas é bem mais frequente que esse fechamento se revele na forma de uma perda de sentido existencial, sensação de inutilidade e nulidade, que quase sempre leva a depressão e pessimismo.

Ademais, o contexto de Zubaty é mais no sentido de problemas masculinos, por isso mesmo sua citação de "meninos com armas", visto que o hedonismo, a vida voltada apenas para as satisfações mais básicas, tem o risco de degenerar para a criminalidade. Mas acrescento que a questão feminina é apenas mais sutil e menos visível publicamente, mas não menos profunda. Tanto no sentido de voltar-se diretamente contra si mesma, ao passo que problemas masculinos tendem a se voltar mais para fora, quanto no sentido de, em última instância, contribuir para reforçar os problemas masculinos.

4 de Fevereiro 16:21

Genial frase de Marcos Vinicius. "Desconfie de duas pessoas: as que não amam os animais e as que os amam demais. As primeiras não têm compaixão, e as segundas não gostam da própria espécie."

3 de Fevereiro

Já que não vão parar de insistir nisso, segue a minha listinha com 10 livros que me marcaram muito. Não posso dizer que são OS 10 que mais o fizeram, alguns deles sim, outros talvez nem tanto quanto alguns que ficaram de fora. Também decidi excluir obras ficcionais, pois aí ficaria impossível selecionar. Estão mais ou menos na ordem em que os li, o primeiro há uns 20 anos.

01 - Riane Eisler - O CÁLICE E A ESPADA
Minha porta de entrada no bom Feminismo, dos quais muitos elementos guardo até hoje, e que lamento serem justamente os mais ignorados, se não repudiados, pelo Feminismo político dominante atual.

02 - Neale Donald Walsch - CONVERSANDO COM DEUS
Me causou a maior experiência mística da minha vida. Tive um arrebatamento psíquico que me deixou 3 dias em estado de Santidade! É sério! Mas continuo sendo um agnóstico.

03 - Carl Sagan - O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DEMÔNIOS
Se eu tivesse que escolher um único livro para ser tornado obrigatório nas escolas, seria este. Pelo seu enorme grau de benefício a qualquer leitor, mesmo jovens.

04 - Richard Wrangham & Dale Peterson - O MACHO DEMONÍACO
A obra que me fez despertar de vez da ingenuidade das teorias de um matriarcado primitivo benevolente, e de Complexos de Paraíso Perdido em geral.

05 - Francis Fukuyama - NOSSO FUTUTO PÓS-HUMANO
Em grande parte esse me marcou mais no sentido contrário ao pretendido pelo autor. Fiquei convencido que a sobrevivência futura humana dependerá do desenvolvimento e bom uso do transhumanismo.

06 - Thomas Hobbes - O LEVIATÃ
Em especial o capítulo "Da Religião", por expor uma teoria da origem da religião praticamente idêntica a uma que eu tinha desenvolvido muito anos antes, em Psicogênese da Religião.

07 - George Berkeley - TRATADO SOBRE OS PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO HUMANO
Não é que tenha me impressionado tanto, mas pela enorme afinidade de pensamento que tive e pelo assombro em perceber que a mais internamente coerente descrição de realidade continua sendo a mais desconhecida.

08 - Esther Villar - O HOMEM DOMADO
Sofri um bocado lendo este livro. O achei terrivelmente ofensivo, mas ao mesmo tempo descortina uma percepção completamente inovadora dos relacionamentos humanos, e terminei sendo marcado, novamente, num sentido um tanto contrário ao que a autora pretendia.

09 - Daniel Amneus - THE GARBAGE GENERATION
Não esperem ver esse livro lançado por aqui. Até nos EUA é difícil de achar. Já tentei compra-lo várias vezes na Amazon e nunca consigo. Por sorte ele está todinho disponível on-line. Se o mesmo sofre um boicote sistemático de uma intelligentsia feminista, esta sabe muito bem o que está fazendo. Se esse livro fosse largamente conhecido, o Feminismo de Segunda Onda, em especial seu viés anti-patriarcal, já estaria extinto há muito tempo. É absolutamente demolidor e devastadoramente irrebatível!

10 - Rich Zubaty - WHAT MEN KNOW WOMEN DON'T
Ainda mais desconhecido que o anterior, este em nem sequer quero que seja traduzido, e não recomendo para qualquer um. É preciso um preparo profundo e uma sensibilidade sem as quais um leitor desavisado pode interpretá-lo de modo completamente avesso ao que é. Nunca consegui terminar de lê-lo. Pois algumas páginas lidas resultam em semanas de reflexão ou mesmo dias de estado de contemplação mística, mesmo quando releio algumas partes. Não é, definitivamente, nada do que parece a primeira ou segunda vista.

Muita coisa boa ficou de fora. Não inclui, por exemplo, meu filósofo favorito, David Hume, em parte porque minha afinidade de pensamento com ele também é tão grande que sua leitura sempre me foi previsível. Tão pouco inclui Descartes porque apesar do impacto que sua leitura me causou, esta já havia sido vivenciada por conta própria antes. Mas eles estariam presentes se a lista fosse de 12 títulos. Eu sou um Filósofo 'Moderno'.

1 de Fevereiro

"É essencial para todo homem a sua ferida. Todos os homens estão feridos. Alguns se dedicam a vida inteira a desconstrui-la, evitando admiti-la. Mas o único caminho para o crescimento espiritual é rastejar através dessa ferida. Quem se importa com o crescimento espiritual? Qualquer um com um bocado de dor - que queria transcender a agonia de sua mente e corpo - se importa com crescimento espiritual. De acordo com Joseph Campbell, a ferida é abertura por onde a alma entra no corpo. A ferida é o caminho para nossas almas, e sem isso somos apenas meninos com armas - potenciais vilões. Conhecer nossa ferida é conhecer nossa abertura, nossa humanidade."

Rich Zubaty


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