FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA

Um Tema que JAMAIS se verá na Mídia

11 de Julho de 2013

Você acredita que a Polícia ou a Justiça devam receber dinheiro apenas do Estado, ou podem também receber pagamento de particulares? A quem eles iriam servir melhor? Ao povo que não tem como pagá-los, ou aos endinheirados que lhes presenteariam com gordas quantias?

É essa a ideia do Financiamento 100% PÚBLICO de Campanha Eleitoral:

Tirar das Elites Econômicas o poder de financiar largamente candidatos que após eleitos, ficam comprometidos a defender o interesse de quem pagou sua campanha, e não o do povo que o elegeu.

Assim, tanto os que defendem causas legitimamente populares quanto os que defendam elites ficam em pé de igualdade, ao invés de termos candidatos vendidos aos interesses dos mais ricos recebendo fortunas para contratar artistas famosos, dar shows e distribuir presentes, enquanto aqueles que querem fazer algo por quem realmente precisa não tem o que gastar.

À primeira vista, muitos pensam que um Financiamento Inteiramente Público seria apenas mais uma forma de gastar o dinheiro do contribuinte, mas o Financiamento Privado (em questionamento no STF e que foi discutido em 17 de Junho enquanto ocorria uma manifestação do lado de fora que o ignorava completamente) custa muito mais caro aos cofres públicos.

É graças ao Financiamento PRIVADO que:

Construtoras financiam candidatos que depois irão fraudar e superfaturar licitações para contratá-las;

Grupos econômicos obrigam políticos a fazer leis para beneficiá-los;

Bilionários controlam partidos para que, sabotando boas empresas estatais, consigam comprá-las a preços ridículos para depois lucrarem fabulosamente com o patrimônio construído com o dinheiro do povo.

Em suma: O Financiamento PRIVADO de Campanha é o Braço Maior da Corrupção!

Por ser um golpe duro no poder econômico em controlar o Estado, nunca se verá esse assunto ser discutido na grande mídia, visto que as famílias bilionárias que a controlam se beneficiam de seu poder financeiro para eleger e beneficiar quem quiserem. Por isso, a asquerosa revista veja só pode ser contra (seus donos são a 9ª maior fortuna do Brasil), e explora a delicadeza do assunto para acusá-lo de ser farra com o dinheiro público, que deveria ir para educação, saúde, etc. O que jamais lhe importou, já que defende privatização de tudo.

E se aos próprios políticos, a maioria eleita com dinheiro privado, perder essa vultosa fonte de renda também não interessa, a melhor forma de exigir tal medida seria através da democracia direta, cuja forma mais evidente é o Plebiscito, sob pressão popular, obrigando o congresso a tratar o tema à luz da sociedade, e não obscuramente com o péssimo texto que está travado no congresso há 8 anos!

Nunca houve uma oportunidade tão boa para dar um golpe duríssimo na corrupção e fisiologismo político. É a melhor chance da história para uma reforma política. O Financiamento Público pode não resolver tudo, e ainda será necessário regular o quanto e como os partidos e candidatos irão dispor do dinheiro. Mas ficará muitíssimo mais difícil, caro e arriscado para o poder econômico continuar mandando na classe política.

Se o povo brasileiro não se der conta disso, então o gigante não acordou. Caminhará sonâmbulo pisando onde não deve, e sonhando sem saber aonde ir.

Marcus Valerio XR

11 de Julho de 2013

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