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31 de Dezembro

Tendo finalmente o visto, me sinto extremamente decepcionado com o filme THE CREATOR. Talvez tenha inconscientemente gerado expectativa, visto que gosto muitíssimo dos filmes Godzilla (2014) e Rogue One (2016), do mesmo diretor. Bem como reconheço os méritos de seu primeiro longa, Monsters (2010), que realizado com meros meio milhão de dólares, peca mais na concepção e precariedade dos efeitos especiais, o que na "sequência" Monsters: Dark Continent (2014), desta vez com outro diretor, melhorou formidavelmente.

E das miríades de críticas que li e vi sobre o filme, todas recaem nos mesmos e pouco relevantes pontos, podendo ser resumidas em: "Espetáculo visual apesar do baixo orçamento, mas deficiências de roteiro e argumento, e pouca originalidade."

Mas o que não vi até agora apontarem é o fato, que deveria ser óbvio, de que nada no filme faz o menor sentido! Até as deficiências de roteiro e premissas que alguns apontaram não passam de consequências de uma construção estrutural que se devidamente explorada é contraditória. E infelizmente, embora em alguns momentos a estória até ensaie fazer isso, jamais assume plenamente uma dimensão mais surreal, tentando se manter na racionalidade mínima que a Ficção Científica exige.

Pessoal tem que parar de se impressionar com pura e simples competência e achar que 80 milhões de dólares seja um orçamento baixo cujo resultado é impressionante. Especialmente quando comparado aos blockbusters. Ocorre que orçamentos de 200 milhões são mais da metade engolidos pelos cachês das grandes estrelas, e eu desconfio seriamente que qualquer dia irão descobrir algum esquema de lavagem de dinheiro em Hollywood pra explicar tamanhas quantias sendo movimentadas no processo de produção.

Como The Creator não tem qualquer estrela de primeira grandeza e pelo jeito se livrou dos cartéis, se não máfias, das produções hollwoodianas, foi fácil sobrar dinheiro, muito bem aproveitado nas locações mundo afora. Aliás, pergunte-se como viajar para dezenas de países e fazer filmagens em centenas de locações para depois inserir efeitos digitais, pode ser mais barato do que filmar tudo num estúdio em tela verde ou fundos de telas de LED.

Quanto a originalidade, sim, é puro clichê reciclado de uma horda de referências óbvias e até mesmo aquilo que teria de mais incomum só impressiona mesmo que tem pouquíssima familiaridade com gênero, pois mensagens sobre tolerância e convivência com o diferente são bem mais antigas do que o batidíssimo tema da ameaça, ou da solução, da dita "Inteligência Artificial".

Mas o problema maior é outro: inconsistências que se acumulam a tal ponto que se perdem de vista! Desde os primeiros minutos, somos apresentados a um evidente universo alternativo, e não a um mero futurismo. Sabemos que robôs sofisticadíssimos convivem com humanos, no mínimo, desde os anos 60, tendo inclusive participado dos grandes eventos históricos norte americanos. Só que então o filme desenvolve uma recorrente paródia do imperialismo dos EUA, como sempre focando o Vietnã e fingindo que a Guerra da Coréia nunca existiu.

Mas se estamos num universo alternativo onde inteligências artificias com corpos habilíssimos participaram até dos esportes e da exploração espacial, como raios a história poderia ser a mesma?! Então houve também uma guerra do Vietnã com robôs?

Essa é a primeira incongruência do filme. Mesclar uma crítica sócio política que só faz sentido levando em conta a história de nosso mundo real recente, mas que num universo alternativo exigiria alguma explicação de como tais eventos se deram. Mas até que é fácil esquecer isso e seguir em frente, para logo em seguida termos outra inconsistência brutal sendo jogada na nossa cara.

Um personagem que sabe que sua companheira foi criada por robôs, convivendo toda vida numa cultura onde eles são vistos como até mais humanos que os americanos, de repente tenta convencê-la de que os sentimentos das máquinas não são reais, e sim meras simulações. Mas além do absurdo que isso seria do ponto de vista pessoal, essa premissa que caracteriza a visão ocidental sobre as IAs no mundo do filme, contradiz a própria temática da "Ameaça das Máquinas" tão comum desde sempre na FC.

Pois se os computadores apenas simulam emoções e são meras máquinas que executam as funções que lhes são atribuídas, por óbvio jamais poderiam ser, em si, uma ameaça. No máximo, seriam o meio pelo qual outros humanos estariam agindo, tais como qualquer ferramenta. A essência da ideia da rebelião da inteligência artificial tem como pressuposto justo a possibilidade de que elas transcenderiam a mera "maquinalidade", que de algum modo adquiririam "consciência"! (Que é justamente o que critico nesta LIVE)

Num mundo assim, onde o Ocidente decidiu banir as mesmas IAs que acabaram abrigadas no Oriente, a ideia de que fossem apenas simulacros humanos sem qualquer subjetividade não faria sentido. Poderia até se propaganda, mas aí voltamos ao absurdo que seria um americano tentar convencer um asiático disto ainda por cima num momento onde seus companheiros robôs estariam próximos a ser massacrados.

E são massacrados por uma incompreensível mescla de aeronave gigante e estação espacial denominada NOMAD, o acrônimo de North American Orbital Mobile Aerospace Defense, uma das piores siglas que já vi na minha vida, sendo essencialmente contraditória, pois não se pode ser 'orbital' e 'aeroespecial' ao mesmo tempo. Uma coisa necessariamente exclui a outra. E não adianta dizer que o 'aeroespacial' se refere as ações de defesa, pois ela é usada basicamente para atacar alvos em terra.

Se num filme de Godzilla por vezes tem-se a impressão de que ele varia subitamente de tamanho, aqui se trata de certeza insofismável. O tal NOMAD uma hora é visto do espaço numa altitude onde é impossível sequer distinguir as cidades das florestas, mas de repente é visto da terra tomando metade do céu, e o pior, onde se pode acompanhar o disparo de um de seus mísseis e assistí-lo percorrer todo o trajeto, desde o exato ponto de onde foi lançado, até atingir seu alvo com uma explosão de... Napalm! É sério! Se não napalm, então gasolina comum.

Ao final do filme se percebe que parece ter centenas, talvez quilômetros de envergadura. Como algo do tipo poderia flutuar no céu sem estar em órbita só seria possível com tecnologias antigravitacionais que não estão claras no filme. E, adivinhe só, dentro dele tem gravidade normal, com direito até a plantações sabe-se lá pra quê. Pra piorar, parece não apenas estar em altitudes completamente díspares, mas ser capaz de se teletransportar, visto que uma hora está na Ásia, e de repente parece estar sobre Los Angeles.

Como se isso já não fosse suficientemente ruim, é visto como a grande super arma imbatível dos EUA, sem preocupação em explicar porque raios ninguém a pôs abaixo com mísseis, sendo que boa parte da premissa do filme é justamente a localização de uma arma secreta que seria capaz de destruir o NOMAD (Rogue One aqui!). Que ainda por cima dispara mísseis tão lentos que poderiam facilmente ser interceptados até por artilharia anti aérea convencional. Mas parece que em 2065 ninguém tem algo parecido como os Patriot dos EUA ou o Iron Dome de Israel.

Aliás, a lerdeza dos mísseis nesse filme permitiria a qualquer um evitá-los com facilidade.

Pra piorar o diretor parece achar que um veículo terrestre gigante seja alguma coisa minimamente prática num combate, parecendo se esquecer que não está em Star Wars e aqui não é lugar de AT-AT. Como se um monstrengo de uma dezena de metros de altura esmagando árvores não fosse um alvo fácil até para um macaco. (É sério!) E quando atingido por um único artefato em sua lateral, explode inteirinho!

Daí podemos pular para a simples concepção geopolítica do filme, onde veja só, a Ásia é retratada como uma profusão de palafitas e favelas ao melhor estilo resistência vietnamita. Lembrou-e os três filme mais famosos de Neil Blomkamp (Distrito 9, Elysium e Chappie), que podem ser resumidos em "Robôs, favelas e psicopatas" (e Sharlto Copley). Ao menos aqui não temos psicopatas para posar de vilões asquerosos, no que gerou reclamações de alguns críticos. A mim, pelo contrário, é um dos méritos do filme.

Mas absolutamente nenhuma única coisa é dita sobre os governos destes países que abrigariam as IAs. Num momento as cidades maiores e sofisticadas chegam a ser mostradas, mas tudo naquele clima de que são, afinal, "ditaduras". Em certa feita, as forças de segurança que deveriam capturar certos suspeitos, abrem fogo ensandecidamente contra um veículo civil onde acabaram de ver que estava cheio de crianças, e hora as forças policias e militares locais são tratadas como perigosíssimas e até cruéis, hora como trapalhões incompetentes.

Em suma, o filme que pretende fazer uma crítica do imperialismo norte americano retrata os asiáticos com a mesma visão que baseia esse imperialismo em si!

Por fim, o tema principal do filme está recheando das mesmíssimas inconsistências somente contornáveis por arbitrariedades jamais explicadas. Uma coisa que nosso mundo real nos ensina é que entre extremos, existem gradações. Não existem apenas os carros de luxo e os carros populares. Não há apenas os navios gigantescos e os navios pequeninos. Elysium (2013)*4, por exemplo, é um filme onde existe uma única mega estação espacial gigantesca e nenhuma outra menor, tal como ocorre com o NOMAD aqui.

Mas em se tratando dos robôs que vemos neste filme, ou eles são máquinas visualmente nada humanas ao melhor estilo do já citado Neil Blomkamp, ou tem aparência humana praticamente perfeita e indistinguível a não ser que se olhe de lado. E aí... piora.

É sério. Me dê uma... só uma explicação para aquele design dominante dos "simulants". Se há a intenção de popular o mundo com antróides que fazem tudo que os humanos fazem, de policiais a monges budistas, havendo até romance entre humanos e máquinas, POR QUE RAIOS não há sequer um que não simule um ser humano completamente?! Por que todos tem que ter aquela ridícula exposição de maquinários logo atrás das bochechas que não apenas destrói qualquer aparência de humanidade, como ainda permitiria que alguém enfiasse algo ali e os danificasse ou prendesse de uma forma patética?!

Em A.I. (2001) de Spielberg, podemos ver uma vasta variedade de robôs que vão dos menos ao mais humanos. Em The Creator só há as duas categorias extremas, sendo que mesmo a mais humana, ainda assim, conserva uma características estética contraproducente e sem qualquer justificativa!

E outra: que raio de explicação haveria para a limitação desses simulantes em criar rostos novos? Coisa que qualquer IA engine gráfica hoje faz instantaneamente! Porque haveria alguma regra para impedir que sejam concebidas faces humanas novas, ao mesmo tempo que alguém acharia uma boa ideia ceder seu rosto para que uma horda de robôs saiam andando por aí com uma cópia perfeita da sua cara num mundo repleto de sistemas de reconhecimento facial?!

E embora esteja longe de esgotar a lista, só acrescento o que está no próprio título do filme, a ideia de que faça algum sentido se lançar numa buscar pela tal NIMATA, como se capturar um indivíduo em especial fosse fazer alguma diferença, algo que lembra muito a ridícula premissa de The Surrogates (2009), onde sabe-se lá por que, acham que "o inventor" teria algum poder de reverter uma realidade consumada que sua "criação" engendrou. Fato que me leva a tormentosa conclusão de que o título no Brasil "Resistência", apesar de lamentável como todas as demais distorções de títulos de filmes, neste caso, faz até mais sentido que o título original.

Enfim, longe de questionar o espetáculo visual que o filme traz, algo que, por si só, já justifica assistí-lo. Por mais conceitualmente problemáticas, as concepções visuais ainda assim fornecem cenários de beleza extasiante em muitos momentos do filme. Além de uma ação dinâmica e interessante e personagens comoventes cujo drama só peca por alguns excessos que tem sido exaustivamente apontados por vários críticos.

Meu ponto é que apesar dos inúmeros problemas que tem sido evidenciados, ninguém parece ter se dado conta de que toda a fundamentação do filme é completamente furada! Nada ali faz sentido, motivo pelo qual é até meio inevitável que o resultado final descambe para uma correria desenfreada e uma sucessão de clichês.


Facebook 29 de Dezembro YouTube

LEAVE THE WORLD BEHIND, cujo título em português é, como muito frequente, péssimo, visto que "O Mundo Depois de Nós" até falsifica o conteúdo do filme, tem o mérito de ser a primeira produção de grande repercussão a retratar um cenário futuro bastante provável. Na verdade, probabilíssimo no caso de uma guerra generalizada.

[Spoilers Mínimos] Se ocorrer uma Terceira Grande Guerra, dificilmente será como as anteriores, e mais dificilmente ainda seria nuclear. O mais provável é que predomine justamente ataques à infraestrutura de comunicação, ou, como alguns gostam de dizer, uma "Cyberguerra". E dependendo do modo como for, pode sim ter como primeira consequência justamente o estado de desorientação geral causado pela queda da internet, telefonia e TV digital.

[Spoilers Médios] Daí, além do "apagão" telecomunicativo que deixaria a maioria das pessoas sem ter sequer como utilizar seu dinheiro, não seria de se espantar o que vemos no filme, ainda que com seus exageros: navios encalhando, aviões caindo, carros autônomos batendo. E sobretudo, muitas situações problemáticas das quais a maioria são por completo omitidas no filme porque, sabiamente, ele restringe sua ação a um subúrbio pouquíssimo habitado focado em um núcleo básico de seis personagens além de breves aparições de outros dois.

Mas o pior viria depois dessa primeira fase.

[Spoilers PESADOS] Pois como é bem retratado, a segunda fase é a continuidade da campanha de desinformação que já predomina na mídia de massa, porém, agravada por uma materialidade típica dos velhos tempos. No caso do filme, o lançamento de panfletos com informações duvidosas, provavelmente falsas, com o objetivo de semear pânico e discórdia na população, fazendo uns acreditarem num ataque da Rússia ou Irã, outros da Coréia do Norte ou da China, quando o mais provável seria se tratar de um trabalho interno.

Daí, quanto mais disfuncional um país, mais ele tenderia ao caos, e os EUA estão entre os mais disfuncionais do mundo, só não sendo isso mais problemático graças justamente a sua infra estrutura, que seria exatamente o que cairia num cenário como esses, e assim, a paranoia faria o resto, jogando os países alvo num processo auto destrutivo.

Em suma, um invasor estrangeiro, ou mesmo um interno, só precisaria fazer, como ato de guerra, destruir as condições materiais de funcionamento das redes: cabeamento submarino, satélites, vírus digitais, ou bombardeiros locais a alguns pontos informaticamente estratégicos. O resto seria caos, "Sem um inimigo claro, as pessoas se voltam umas contra as outras."

Quanto ao elenco, todos os atores estão ótimos, bem como a maioria de seus personagens.

A misantropa insuportável que odeia as pessoas justamente por ela própria ser uma pessoa odiável, ainda que por alguns amável e que posteriormente se dá conta de que gosta muito mais das pessoas do que esperava. O homem gentil sempre disposto a conversar, mas que trava e se desorienta em situações de estresse. A patricinha arrogante mas totalmente dependente que tenta se esquecer de sua inutilidade tensionando com os outros, e o pior, evitando, por medo, se desenvolver. Um adolescente passivo demais (o pior personagem no caso), e uma menina bastante chata, mas observadora o suficiente para, caso tivesse se comunicado e caso os pais fossem também mais abertos, poderia ter sido muito útil para antecipação de soluções.

Mas o melhor personagem em cena, no sentido de efetivamente agir para enfrentar os desafios, é o interpretado por Mahershala Ali, que só peca por demorar demais a revelar informações que só ele poderia ter graças a uma condição social privilegiada, sendo porém compreensível que não quisesse precipitar o pânico.

Com tudo isso, e deixando de lado os itens de decoração da casa que simplesmente mudam de aparência embora os personagens não percebam, e que no caso visa apenas intrigar o espectador forçando a teorizar sobre seu significado simbólico, o único ponto baixo é a tal "arma sônica" que, do nada, atormenta os personagens.

Aquilo só prejudicou o enredo e destoa por completo do restante da temática, sendo, até mesmo, inverossímil. Na verdade totalmente impossível a não ser que aquelas poucas pessoas estivessem sendo alvo de alguma experiência mais focada. Para piorar, sua maior consequência prática foi gerar a inexplicável "queda de dentes" do rapaz que só serviu para aplicar um elemento ainda mais destoante à trama. Primeiro pela implausibilidade, pois os dentes caírem daquele jeito é algo que não tem o menor fundamento, e segundo porque a estranha tentativa dos personagens de "solucionar" a situação se torna incompreensível.

Como assim tratar queda de dentes com remédios?!

Ainda por cima, completamente desnecessária, visto que a visita ao vizinho redneck que os recebe de arma na mão ao melhor estilo "Saiam da minha propriedade!" seria muito melhor justificada por algum mal mais comum que exigisse o uso de antibióticos e tornaria a situação mais urgente e minimamente solúvel. Do contrário, somente um dentista bem equipado poderia de fato fazer alguma coisa.

Ainda assim, o saldo do filme é bastante positivo, e também não vi problema nos comportamentos estranhos dos animais, que podem ser compreendidos por possíveis impactos ambientais causados por desastres resultantes do apagão informático. Mais me incomodou a irritante abertura, e algumas canções destoantes no primeiro quinto do filme.

[Fim dos Spoilers]

LEAVE THE WORLD BEHIND, porém, me parece um dos melhores lançamentos da Netflix, e que sirva de aviso, e até imunização, contra o risco de continuarmos dependentes demais da tecnologia e o que isso pode nos custar no caso de uma queda repentina de nossos recursos tele comunicativos.

Devo fazer um vídeo no meu canal comentando este e outros filmes que vi recentemente: Rebel Moon, Aquaman II e Godzilla Minus One. Todos com consequências reflexivas que vão bem além dos filmes em si.

23 de Dezembro

Godzilla Minus One é o melhor filme da franquia menos um: Godzilla 2014! Aquaman 2 fecha o DCCU Snyder com Tridente de Ouro!


20 de Dezembro

Joguei videogames desde o início da década de 70, começando nos Pongs, arcades eletromecânicos como Periscope ou o Space Invader original. Passei pelo Telejogo Philco, Odyssey, Atari, aí vieram computadores Apple II, MSX, voltei pros consoles no Mega Drive, com Sega CD, e mais SNES, 3DO, Saturn Play Station, PSII, PSIII, Xbox360 com Kinect, sem contar jogos no próprio PC, aí foquei mais nos tablets e mobiles por questão de praticidade.

Mas me sinto cada vez mais excluído da produção de games novos para celular por um motivo simples: SÃO TODAS PORCARIAS IGUAIS QUE TRATAM O JOGADOR COMO CONSUMIDOR E RETARDADO!

Pra começar você vê um anúncio, fica impressionado e quando vai lá na página do aplicativo, vê que era propaganda enganosa. A maioria dos jogos, são todos iguais, com tutoriais incontornáveis e infinitos que ficam te obrigando a "clique aqui, clique ali, clique acolá" em interfaces cheias de menus e submenus de inutilidades que parecem ganhar dinheiro com abertura de janelas.

É um tal de ganhar bauzinho hoje, ter que voltar amanhã pra ganhar um cristalzinho, e ir acumulando uma miríade infinita de fragmentos para ir "upando" uma coisinha aqui e ali num ritual interminável de construção de prediozinho e equipagem de porcarzinha para ganhar uma merrequinha de benefício que impedem a percepção de qualquer melhora real de seu personagem, nave, exército etc.

O jogador praticamente não tem mais direito a simplesmente abrir um jogo e ir onde quiser, explorando os menus que quiser, ou ter um tutorial opcional, ou simplesmente jogar sem que após cada meio minuto de ação ter que passar meia hora abrindo janela, clicando em submenu e "comprando" badulaques em lojinhas infinitas com personagens fazendo virtualmente os mesmos engodos mercadológicos que já temos que aguentar na vida real.

O que antes eram universos de ação, fantasia, aventura, hoje são universos de... ora ora: SHOPPINGS! Invés de matar dragões, atirar em alienígenas ou lutar contra assassinos, a moda agora é brincar de gastar moedinha e joiazinha em lojinha! Ou de construtora de casinha e castelinho que te dão a sensação de ser empreiteiro e especulador imobiliário!

Ainda existem jogos bons, claro, em especial jogos retrô programados por um único indivíduo que ama o que faz, mas pra cada uma coisa decente, tem uma horda de empresas que despejam milhares de porcarias tão iguais entre si que você pode misturar mil cenas de jogos distintos em sequência e ninguém nem percebe a diferença!

É impressionante como às vésperas de 2024 parece ter ficado é mais difícil achar jogos satisfatórios que tratem o jogador com respeito, nem que sejam jogos pagos, sem te infernizar com autênticas obrigações que parecem treinamento de crianças para um futuro de compras on-line.

E nem sequer toquei no assunto dos jogos que preferem te obrigar a ver anúncios do que simplesmente cobrar para serem jogados!

Do Click and Play, depravamos para o Click and Pay.

19 de Dezembro

Já recomendei muitos conteúdos aqui, até frisando uma relativa "obrigatoriedade" para o devido entendimento de um assunto.

Mas este aqui, seguramente, transcende!

Embora eu toque neste tema, literalmente, desde o milênio passado, e já tenha abordado o assunto em vários textos e vídeos, nunca passei perto de uma compilação tão suscinta e didática. Este vídeo consegue ser claro e instrutivo até mesmo pra quem nunca estudou o assunto! Além de enriquecidor mesmo pra quem o tenha feito ao nível da especialização.

ASSISTA! E nunca mais veja o mundo com os mesmos olhos. Inclusive há aí uma questão que eu ignorava completamente, terrivelmente chocante, mas que uma vez assimilada, faz tanto sentido que é até difícil imaginar como poderia ser diferente.

18 de Dezembro

Tentei guardar segredo sobre o meu super poder por muito tempo, mas infelizmente o Google Maps me desmascarou. Como poderei agora impedir que a S.H.I.E.L.D. descubra que sou capaz de correr a 21.330 Km/h?!



18 de Dezembro



16 de Dezembro

É impressionante neste Facebook a quantidade de gente disfuncional dando dicas, quando não ditando regras, de comportamento alheio. Tenho consciência de que devidamente avaliado, a maioria das pessoas considerará que sou mais bem sucedido que a média a nível pessoal, profissional e intelectual, mas eu próprio não costumo me atrever a dar conselhos existenciais genéricos. Dou conselhos específicos do tipo "Nunca instale de imediato uma atualização do Windows.", "Leia O Hobbit antes de ler O Senhor dos Anéis." ou "Não dê dinheiro pra maldita da Globo!" Fora isso, somente caso a caso, e pessoalmente a quem eu de fato conheça.

Mas o que vejo são fedelhos determinando como adultos devem se comportar, depressivos crônicos dando dicas de bem estar ou até Incels que pretendendo ter gabaritado a psique feminina posam de verdadeiros coaches de relacionamento! Tudo com pretensão de universalidade!

Entendo que muitas vezes atitudes assim podem fazer parte de uma espécie de terapia auto imposta, conscientemente ou não, na qual a disposição de ajudar a outrem é na verdade uma tentativa e ajudar a si. Mas penso que fariam melhor falando sobre suas próprias experiências e relatando o que lhes trouxe bons resultados. Assim ficam resguardados na autoridade inviolável da própria existência, e certamente poderiam servir de exemplo a ser seguido por pessoas em condições similares.

E aqui sim, pode-se extrair um conselho mais genérico, pois não é possível falar desse tema sem incorrer em algum grau no que ele descreve.

Ache seu caminho primeiro antes de se propor a guiar os outros!

13 de Dezembro

Quem trabalha deveria se sentir ofendido
de ser considerado um "Capital Humano".


11 de Dezembro - 19:49


11 de Dezembro - 8:31

E como presente de aniversário recebo esta mensagem nefasta que não permite ter a menor ideia de qual foi o conteúdo removido! Nem pra por a data do post!


7 de Dezembro - 16:46

BOAS NOVAS DO FUTURO

Venezuela recupera Esequibo, China recupera Taiwan;
Sérvia recupera Kosovo, Síria recupera Golã.

Milei vira a casaca, Argentina recupera as Malvinas;
Iraque recupera a si mesmo, Israel abandona a Palestina.

Cuba retoma Guantánamo, A Coréia se reunifica;
Rússia retoma a Ossétia e de quebra incorpora a Transnístria.

Guiana Francesa independente, Le Pen se elege e faz o FREXIT;
EUA devolve o Alaska, e de quebra ainda faz o TEXIT.
Índios, mamelucos e caboclos, retomam a Pindorama;
Os Titãs recuperam Atlântida, e os Anunnaki a Mesopotâmia.

Astecas retomam o México, expulsam o meteoro da cratera;
E da Península de Yucatan, os dinossauros retomam a Terra.


7 de Dezembro - 10:44

Babylon 5 é a única franquia de FC que se aproxima de The Expanse ao menos em alguns quesitos, pois pelo menos sabe que Força Gravitacional não é magia. No mínimo, dá alguma satisfação ao espectador sobre seu funcionamento, cometendo poucos erros além do mero pressuposto de uma hipertecnologia incompreensível nas naves mais sofisticadas em oposição àquelas que usam centrifugação. Até a forma de viagem hiperespacial é bem similar aos portais que vemos em The Expanse.

Com 5 temporadas com 22 episódios cada, além de seis longas metragens e uma série derivada, Cruzade, de 13 episódios, sem contar vários livros e quadrinhos, esta saga, exibida entre 1993 e 1998, seguramente marcou uma geração de fãs de FC e pavimentou as condições de surgimento da futura The Expanse.

Fãs das "Star(s)" (Wars, Trek ou Gate) podem até não se empolgar com The Expanse, mas dificilmente um fã de B5 deixará de apreciar uma série que levou ainda mais longe justo aquilo que sempre foi o diferencial da saga, que é uma noção um tanto mais realista e acurada do espaço.

Quando The Expanse decide, de fato "expandir" para níveis mais ousados de FC, mais similaridades surgem, lembrando os Old Ones de B5.

Agora, décadas depois, finalmente a série ganha um adendo, estreando no MAX, e outras plataformas, a animação "The Road Home". O resultado, porém, é um tanto ambíguo, visto que pode prenunciar qual será o tom do futuro remake da série, e sinceramente, eu não gostei muito.

Sheridan está descaracterizado. Agindo de um jeito meio "cômico", e meio burro, que não é compatível com o personagem original. Afora alguns, ou muitos, outros problemas, incluindo terem transformado os Shadows em algo mais próximo a Xenomorphs com armas. Mas ainda assim não deixa de ser um revival, com um certo deleite nostálgico, e que às vezes me faz pensar se não seria deixar a boa e velha saga como está.

Talvez B5 seja irreprodutível! Um produto de uma era ainda nos primórdios da internet, com um estilo único, à frente de seu tempo, com uma leitura política acurada que parodia a geopolítica real de nosso mundo. Mas ainda longe das trágicas contentas, cotas, cancelamentos e embates ideológicos que viriam afetar absolutamente tudo o que se fez depois e da qual nem The Expanse escapou totalmente incólume.

5 de Dezembro

Foi um desastre minha tentativa de organizar os vídeos exclusivos do canal. Parti da premissa que a liberação para o público e posterior fechamento para membros permitiria reordená-los, mas não aconteceu. Qualquer vídeo exclusivo que uma única vez tenha sido tornado público fica com a data da publicação irreversivelmente, ignorando por completo a data do upload.

Pois piorar o algoritmo do YouTube deve ter considerado como uma onda de publicações em massa logo em seguida fechadas e de algum modo me puniu, pois o próximo vídeo normal que publiquei (CAPITAL HUMANO) está com O PIOR DESEMPENHO DA HISTÓRIA DO CANAL! Quatro dias e nem 50 visualizações!

A única notícia boa é que provavelmente serviu para estimar quantas pessoas o acessaram visitando diretamente o canal.


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