25 de Agosto de 2006

Estou lendo um ótimo livro, chamado MATADOURO 5 Slaughterhouse 5, de um tal Kurt Vonnegut, que é americano, apesar do nome, e lutou na Segunda Guerra Mundial.
O livro mistura Ficção Científica [Viagens no Tempo e Abdução por ETs], com a Segunda Guerra Mundial e "Coisas da Vida", tudo de forma muito bem humorada, mas bastante profunda. Uma das passagens mais interessantes é a seguinte:
[...] O visitante do espaço realizava um estudo muito sério da cristandade para tentar compreender por que os cristãos achavam tão simples ser cruel. Ele concluiu que pelo menos parte do problema era o modo de narrar descuidado do Novo Testamento. Supunha que o objetivo dos Evangelhos era ensinar as pessoas, entre outras coisas, a serem misericordiosas até mesmo com o pior dos piores.

Mas os Evangelhos, na verdade ensinavam o seguinte:
Antes de matar alguém, tenha certeza absoluta de que ele não é bem relacionado. Coisas da vida.
O defeito das histórias de Cristo, disse o visitante do espaço, era que cristo, que não parecia muita coisa, era na verdade o Filho do Mais Poderoso Ser do Universo. Os leitores compreendiam isso e, então, quando chegavam à crucificação, pensavam naturalmente:
Ai, ai... eles realmente pegaram o cara errado para linchar desta vez!
E esse pensamento tinha um irmão:
Há pessoas certas para serem linchadas.
Quem? Aquelas que não são bem relacionadas. Coisas da vida.
O visitante do espaço deu de presente à Terra um novo Evangelho. Neste, Jesus realmente era um qualquer, e um pé no saco de muita gente com melhores relações. Ele ainda dizia todas as coisas encantadoras e enigmáticas que dizia nos outros evangelhos.
Um dia, as pessoas se divertiram pregando-o numa cruz e erguendo a cruz no chão. Não teria como haver qualquer repercussão, imaginaram os linchadores. O leitor pensaria a mesma coisa, já que o novo evangelho repetia sem parar que Jesus era um qualquer.
E então, pouco antes daquele qualquer morrer, os céus se abriram e houve raios e trovões. A voz de Deus retumbou no firmamento. Ele disse às pessoas que estava adotando aquele vagabundo como seu filho e lhe dando todos os poderes e privilégios d'O Filho do Criador do Universo por toda a eternidade. Deus disse o seguinte: Deste momento em diante, Ele punirá terrivelmente qualquer um que atormentar um vagabundo sem boas relações!
Isso tudo me fez lembrar o quanto sempre achei tolo as pessoas terem pena de Cristo por causa da Via Cruxis. Até a freirinha, professora de religião de um dos colégios católicos onde estudei, já havia me dito que se quisesse, Jesus sairia da cruz a qualquer momento.
A conclusão óbvia é que aquele "sofrimento" que Jesus teve na cruz não foi maior do que o "sofrimento" de um atleta pegando uma carga nova na aula de musculação, ou de um estudante de concurso ralando em cima dos livros. Como um ser com tantos super poderes, capaz de ver o futuro, poderia sofrer diante de um martiriozinho daquele tendo em frente a eternidade? Seria como relembrar hoje o nosso terrível sofrimento por ter cortado o dedinho numa certa ocasião da infância!
A tragédia da história de cristo não é o suposto sofrimento da via cruxis, mas sim o terrível fato de que a mensagem trazida por Jesus foi rejeitada. A via cruxis representa o desprezo com o qual uma das mais interessantes mensagens, um dos mais notáveis símbolos da virtude, foi tratada.
Lamentavelmente, hoje em dia essa mesma mensagem continua sendo desprezada, até mesmo porque é Paulo, e não Jesus, quem define nosso cristianismo. Mas poderia haver desprezo maior para a mensagem evangélica do que todas as atrocidades que foram cometidas em nome da cristandade ao longo dos tempos?
E perceba que interessante detalhe este texto de Kurt Vonnegut faz pensar. Todas as ações terríveis cometidas em nome do cristianismo foram contra pessoas sem boas relações! Quem defenderia as Bruxas? Ou os pobres Judeus? Só mesmo os muçulmanos deram o troco, mas o cristãos não esperavam isso.
Mesmo hoje em dia, George Bush ataca países praticamente indefesos! É bem diferente dos islâmicos que sempre tiveram peito para encarrar inimigos poderosos. 11 de Setembro que o diga.
Ah, é bom lembrar que isso é só um trechinho do livro, que no geral, fala de outras coisas, em especial da miséria das guerras, sempre enfocando que os soldados no campo de batalha são como crianças. O subtítulo do livro é "A Cruzada das Crianças", e dá atenção especial ao bombardeio da cidade alemã de Dresden, onde, pouca gente sabe, morreram quase o dobro de pessoas que em Hiroshima, e, segundo o autor, que esteve lá, transformou uma das mais estupendas arquiteturas góticas do mundo num cenário lunar, reduzindo toda cidade ao reino mineral.
Leia, se puder. Ainda estou terminando.

16 de Agosto de 2006

Finda minha graduação acadêmica, só volto para a Universidade no ano que vem para o mestrado, posso finalmente começar a me dedicar um pouco mais ao site, e é com prazer que publico os primeiros 3 capítulos de OS CRONONAUTAS, ou a minha versão da "Máquina do Tempo", onde reconto a obra clássica de Wells após um breve comentário sobre a mesma, e sobre as duas adaptações para o cinema.
Dois outros capítulos já estão totalmente escritos, sendo apenas revisados, e estou trabalhando no sexto, de um total de, espero, 9.
Aproveito também para publicar a ótima mensagem, e um texto anexo, de Eduardo Torres, na Mensagem 561 do Livro de Visitantes, que trata de Viagens no Tempo.
E enquanto isso trabalho na formatação do Raio-Y, que também está totalmente escrito há anos.
É hora de recuperar o Tempo Perdido!

10 de Agosto de 2006

Publicação de KOSMOS e TELOS finalizada. São 122 mil caracteres. Posteriormente ainda pretendo acrescentar alguns comentários em virtude das ótimas observações da banca examinadora.

9 de Agosto de 2006

Publicadas as primeiras 30 páginas de minha Monografia de conclusão de curso:
KOSMOS e TELOS, abordando o Argumento do Desígnio, e apesar de ser tema do site EVO.BIO, ficará também aqui, pois afinal é um de minhas Monografias! Mesmo assim, peço aos visitantes que prefiram comentá-la no EVO, onde será publicada também.

3 de Agosto de 2006

A pedidos... In The Flesh - Live ROGER WATERS

1 de Agosto de 2006

Perdão! De novo...

Estive ausente de novo, pois estou na reta final de minha graduação em Filosofia, com uma monografia sobre Argumento do Desígnio, incluindo Design Inteligente, que em breve será publicada em ambos os meus sites.
É focada, antes de tudo, em William Paley [ que é melhor do que eu pensava ] e David Hume [ forte candidato a meu filósofo favorito ], mas enfoca também Michael Behe e o filósofo Richard Swinburne.
Na parte de Ficção Científica, os visitantes não perdem por esperar, pois em breve teremos outro livro virtual de FC, veja uma sinopse em Raio-Y.
O Super-Homem Retorna! Tendo visto Superman Returns, tenho a dizer que se trata de um filme diferente da atual safra que temos tido. Ele saiu bem ao estilo dos anos 70, resgatando o espírito dos Filmes Superman I e II, que parecem ter sido os únicos levados em conta, pois esse seria como um novo Superman III, visto que os produtores, sabiamente, decidiram ignorar os filmes III e IV.
Essa diferença é notada na narrativa, mais lenta e "atmosférica", e nas sequência de ação do tipo resgates espetaculares. Acho que perde um pouco o ritmo no final, mas ficamos com a esperança de que a série vá em frente, afinal, o mundo precisa do Super-Homem, e pretendo escrever um texto sobre isso.
Vale a pena rever o clássico Superman - O Filme, 1978, só para ter uma idéia do quanto esse filme atual se apoia nele, aliás o DVD deste clássico trás algumas ótimas cenas inéditas, incluindo momento na Fortaleza da Solidão que ajudam a entender os fundamentos da história, e uma ótima sequência [inexplicavelmente cortada na versão original ] onde o Superhomem é recebido a bala, fogo e gelo na fortaleza subterrânea de Lex Luthor.
E o melhor de tudo, há um espetacular modo de áudio onde é possível ouvir somente a trilha musical durante todo o filme, silenciando as vozes e efeitos sonoros! E as imortais músicas de John Willians, honrosamente mantidas no filme atual, são uma das poucas coisas deste mundo que merecem o adjetivo de perfeitas.


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